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Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...

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Os reféns da UNITA<br />

Gunnar Sjöberg (esqª.) e<br />

Kent Anderss<strong>on</strong> obrigados<br />

a desfilar perante a<br />

imprensa, Jamba, Angola,<br />

Novembro de 1987. (Foto:<br />

Pressens Bild/Reuter)<br />

MPLA de Angola: Um caminho mais difícil<br />

os grupos pró-Angola são bastante francos. Dizem abertamente que aceitam o direito da<br />

UNITA a raptar cooperantes e homens de negócios estrangeiros. A resp<strong>on</strong>sabilidade é depois<br />

imputada às agências de apoio e às empresas, e não aos terroristas. 263<br />

Ameaças, reféns e assassinato<br />

Apesar de apoiada pela África do Sul do apar<strong>the</strong>id e de estar a alargar a sua influência<br />

por métodos muito pouco democráticos, a UNITA c<strong>on</strong>seguiu, mais ou menos simultaneamente,<br />

grandes êxitos internaci<strong>on</strong>ais. Em Julho de 1985, o C<strong>on</strong>gresso dos Estados<br />

Unidos rejeitou a Emenda Clark, que proibira o fornecimento declarado de ajuda ao<br />

movimento, e, no início de 1986, Savimbi foi recebido como um herói em Washingt<strong>on</strong>,<br />

pelo próprio presidente Reagan. Estes ac<strong>on</strong>tecimentos, juntamente com o apoio dos<br />

Estados Unidos aos C<strong>on</strong>tras na Nicarágua, impeliram Pierre Schori a criticar a política<br />

externa da administração Reagan, e a descrever os C<strong>on</strong>tras e a UNITA como ”clientes<br />

dos norte-americanos” e ”terroristas”. 264 Estimulados pelo rec<strong>on</strong>hecimento por parte de<br />

Washingt<strong>on</strong> e pelo apoio dado pela direita e pelos moderados suecos, o representante da<br />

UNITA, Luís Antunes, reagiu veementemente à declaração do subsecretário de estado<br />

para os Negócios Estrangeiros. Ameaçando recomendar que se fizesse alguma coisa aos<br />

suecos a trabalhar e a viver em Angola 265 emitiu, em Abril de 1986, um comunicado à<br />

imprensa, declarando que<br />

263. Ibid. Svenning c<strong>on</strong>cluiu: ”Ficamos a pensar quem financiará os grupos pró-Angola dominados pelos moderados,<br />

pois as análises desses grupos coincidem quase na totalidade com as da África do Sul, e cuja preocupação, na<br />

maioria dos casos, é saber como poderá a ”República Sul-africana sobreviver”” (ibid.). Os membros dos Grupos de<br />

África coincidiam em número com os do Grupo de Pretória Sverige-Sydafrikasällskapet (”Sociedade Suécia-África<br />

do Sul”). Em representação das suas filiais de Estocolmo e Södertälje, Tommy Hanss<strong>on</strong> esteve, por exemplo, muito<br />

activo nesta sociedade, para o fim dos anos oitenta, participando regularmente nas suas publicações Sydafrika-Nytt<br />

(”Notícias da África do Sul”). Cf. Tommy Hanss<strong>on</strong>: ”Sydafrikas krigsmakt effektivast i Afrika” (”Militares sul-africanos:<br />

Os mais eficientes de África”), em Sydafrika-Nytt, Nº 2, Abril de 1989.<br />

264. Bosse Schön: ”Schori gjorde UNITA till Sveriges fiende” (”Schori transformou a UNITA num inimigo da<br />

Suécia”), em Aft<strong>on</strong>bladet, 9 de Setembro de 1987.<br />

265. Na altura estavam cerca de 285 suecos no país (ibid.).<br />

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