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Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...

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MPLA de Angola: Um caminho mais difícil<br />

Problemas de transporte e logísticos: Perdas na ”estrada do inferno” entre Dar es Salaam, na Tanzânia e<br />

Lusaca, na Zâmbia, durante a época das chuvas de 1969. (Foto: IKON, Svenska kyrkans bildbyrå)<br />

Por fim, em Novembro–Dezembro de 1971, uma delegação da ASDI, da qual faziam<br />

parte Curt Ström, Marianne Rappe e Stig Lövgren, discutiu em reuniões com o MPLA,<br />

os aspectos técnicos ligados à alteração de preferências, em Lusaca e em Dar es Salaam. 76<br />

No final de 1971, com um atraso de quase um ano, foi definido um programa de ajuda<br />

em géneros para o ano fiscal de 1971–72. Disp<strong>on</strong>do de um orçamento em que mais de<br />

metade das verbas estavam reservadas para o sector dos transportes, o acordo renegociado<br />

reflectia as prioridades definidas por Agostinho Neto. Das 500.000 coroas suecas doadas,<br />

250.000 eram atribuídas à aquisição de camiões, motocicletas e bicicletas; 140.000<br />

para ambulâncias de tracção às quatro rodas e material médico; 50.000 para alimentos<br />

e ferramentas agrícolas e só 20.000 para equipamento para o sector da educação. 77 Sempre<br />

que possível, os artigos eram adquiridos in loco, ou seja, sobretudo na Tanzânia e na<br />

Zâmbia.<br />

As compras e entregas locais da Suécia, à luz do programa de ajuda em géneros acordado,<br />

fizeram-se sem complicações durante a primeira metade de 1972. Daí que o governo<br />

sueco tenha decidido aumentar o valor destinado ao MPLA, passando de 0,5 para 2<br />

com uma atitude positiva do governo sueco e com a ajuda ao MPLA vir, pelo menos, a duplicar” (ibid.).<br />

76. A primeira reunião com o MPLA em Lusaca não deu resultados práticos. Stig Lövgren recordaria mais tarde que:<br />

”realizou-se uma reunião, previamente combinada com os líderes do MPLA, mas nenhum deles lá estava quando<br />

chegámos. Disseram-nos depois que tínhamos de esperar por um dos comandantes da província, na fr<strong>on</strong>teira angolano-zambiana,<br />

que era Daniel Chipenda. [...] Os quadros do MPLA em Lusaca não se atreveram a debater c<strong>on</strong>nosco,<br />

porque tudo tinha de ser decidido por Chipenda em pessoa. Ele tinha de apanhar um vôo doméstico para Lusaca, e<br />

não tinha dinheiro, pelo que tivemos de lhe comprar o bilhete. Ao cabo de alguns dias, ele apareceu e reunimo-nos<br />

com ele, mas ele não estava preparado para o debate [...]. Para ser sincero, ele não parecia c<strong>on</strong>hecer-nos muito a<br />

fundo, nem qual era a finalidade da nossa reunião” (Entrevista com Stig Lövgren, pp. 311–12).<br />

77. CCAH: Memorandum: ”Ansökan från Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA, om fortsatt<br />

svenskt varubistånd” (”Pedido do MPLA no sentido da c<strong>on</strong>tinuação da ajuda em géneros da Suécia”), ASDI, Estocolmo,<br />

5 de Setembro de 1972 (SDA). O saldo de 40.000 coroas suecas foi reservado para custos de transporte,<br />

designadamente, de uma quantidade c<strong>on</strong>siderável de sapatos, doados pela Direcção do Mercado de Trabalho Sueco,<br />

(Arbetsmarknadsstyrelsen; AMS) para além de e sobrep<strong>on</strong>do-se à c<strong>on</strong>tribuição da ASDI. Para mais informações<br />

quando à inadequação do calçado doado pela AMS, c<strong>on</strong>sulte a Entrevista com Hillevi Nilss<strong>on</strong>, p. 327.<br />

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