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Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...

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Recolha de informações<br />

sobre a luta em Angola:<br />

Hillevi Nilss<strong>on</strong> do Grupo<br />

de África de Estocolmo<br />

nas z<strong>on</strong>as detidas pelo<br />

MPLA da parte leste de<br />

Angola, Julho de 1972.<br />

(Imagem gentilmente<br />

cedida por Bertil Sörberg)<br />

MPLA de Angola: Um caminho mais difícil<br />

Hedborg, Nilss<strong>on</strong> e Sörberg voltaram a África em Julho de 1972, desta vez para acompanhar<br />

o MPLA no l<strong>on</strong>go caminho dos mantimentos entre Dar es Salaam e Angola. 67<br />

A situação, em meados de 1972 era, c<strong>on</strong>tudo, muito diferente da que vigorava um ano<br />

antes. Depois de garantir uma trégua com a UNITA 68 , os portugueses lançaram, em Fevereiro<br />

de 1972, a ofensiva chamada Operação Átila c<strong>on</strong>tra o MPLA e, tal como na Guiné-Bissau<br />

e em Moçambique, intensificaram o programa destinado a forçar a população<br />

africana a viver em ”aldeamentos estratégicos”. 69 C<strong>on</strong>tudo, depois de uma reunião com<br />

o presidente Neto em Lusaca, os visitantes puderam, por um curto espaço de tempo, em<br />

finais de Julho de 1972, pouco tempo depois de Knut Andreassen, do Grupo de África de<br />

Lund, atravessar a fr<strong>on</strong>teira e entrar em Angola. 70 De visita a mais ou menos as mesmas<br />

z<strong>on</strong>as, os membros dos Grupos de África de Lund e de Estocolmo puderam, em plena<br />

ofensiva portuguesa, fazer uma listagem positiva dos esforços levados a cabo pelo MPLA,<br />

no sentido c<strong>on</strong>struir uma nova sociedade, especialmente nos campos da educação e da<br />

saúde. 71<br />

Nilss<strong>on</strong>, também estes representantes ficaram abismados com os problemas de transporte e logísticos, mas positivamente<br />

impressi<strong>on</strong>ados com a capacidade administrativa do MPLA. C<strong>on</strong>cluíram que as necessidades em termos de<br />

ajuda para as escolas e clínicas do MPLA nas z<strong>on</strong>as de fr<strong>on</strong>teira eram c<strong>on</strong>sideráveis (CCAH: Memorando (”Ansökan<br />

från Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA, om fortsatt svenskt varubistånd”/”Pedido do MPLA para<br />

c<strong>on</strong>tinuação da ajuda sueca em géneros”), ASDI, Estocolmo, 5 de Setembro de 1972) (SDA).<br />

67. Nilss<strong>on</strong> op. cit. em Kommentar, Nº 5–6, 1983, p. 28. Ver também a entrevista com Hillevi Nilss<strong>on</strong>, p. 327.<br />

68. Cann op. cit., p. 135. Para mais informações quanto à colaboração da UNITA com o exército col<strong>on</strong>ial português,<br />

c<strong>on</strong>sulte William Minter: Operação Madeira: Páginas do dossier de Savimbi, Africa World Press, Trent<strong>on</strong>, Nova<br />

Jérsia, 1988. Vestbro tinha, em meados de 1969, escrito que havia ”provas de que a UNITA colabora com os portugueses”<br />

(Dick Urban Vestbro: ”Sydafrikas akilleshäl” (”O Calcanhar de Aquiles da África do Sul”), em Tidsignal,<br />

Nº 28, 1969, p. 7).<br />

69. Por volta de Fevereiro de 1973, quase um milhão de angolanos tinham sido deslocados à força e colocados em<br />

2.000 aldeamentos nas z<strong>on</strong>as leste do país (Cann op. cit., p. 156).<br />

70. A visita de Hedborg, Nilss<strong>on</strong> e Sörberg foi organizada pelo Director de Informação do MPLA, Paulo Jorge.<br />

Sucedendo no cargo a José Eduardo dos Santos, Jorge foi Ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola entre 1976<br />

e 1984.<br />

71. Nilss<strong>on</strong> and Hedborg op. cit. em Kommentar, Nº 9, 1972. O fotógrafo norueguês Knut Andreassen participou<br />

activamente no trabalho do movimento sueco de solidariedade na África Austral. Em finais de 1970 visitou as z<strong>on</strong>as<br />

libertadas na Guiné-Bissau, juntamente com a deputada social democrata Birgitta Dahl. As suas fotos e impressões<br />

da viagem realizada às z<strong>on</strong>as c<strong>on</strong>troladas pelo MPLA no leste de Angola, em Junho-Julho de 1972, foram publicadas<br />

em 1973 num livro chamado Kamrater i Angola (”Camaradas em Angola”), Hermod, Malmö. Por fim, em Julho-<br />

Agosto de 1973, Leif Biureborgh, jornalista sueco a trabalhar para a imprensa sindicalista, passou um mês com o<br />

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