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Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...

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210<br />

Tor Sellström<br />

C<strong>on</strong>vidado para uma sauna na residência de Verão do primeiro ministro, em Harpsund,<br />

o líder marxista-leninista 233 da guerrilha moçambicana, e o criador de ovelhas sueco,<br />

não-socialista enc<strong>on</strong>traram um grande terreno comum de entendimento. 234 A fotografia<br />

do presidente Machel, do primeiro ministro Fälldin e do Ministro para a Cooperação<br />

Ullsten a tomar uma bebida fresca depois da sauna, ilustra o relaci<strong>on</strong>amento próximo e<br />

apartidário, criado entre os líderes naci<strong>on</strong>alistas da África Austral e o governo sueco.<br />

e desloquei-me à Suécia antes de Samora Machel lá chegar. Debati com os nossos amigos suecos e fui recebido pelo<br />

primeiro ministro. A certo p<strong>on</strong>to, disse: ”Sr. primeiro ministro, há uma questão muito sensível sobre a qual lhe<br />

queria fazer uma pergunta. Durante muito tempo, Olof Palme foi um nosso amigo muito íntimo e é hoje o líder da<br />

oposição. Seria inc<strong>on</strong>veniente se o presidente Machel se enc<strong>on</strong>trasse com Olof Palme?” A resposta que recebi simboliza<br />

o significado que a Suécia tem para nós. Disse-me: ”O c<strong>on</strong>trário é que nos surpreenderia. Olof Palme é uma<br />

das pessoas que c<strong>on</strong>tribuiu para o c<strong>on</strong>senso, na Suécia, à volta do que é o nosso relaci<strong>on</strong>amento com a FRELIMO.<br />

Faça o favor de se enc<strong>on</strong>trar com ele”” (Entrevista com Sérgio Vieira, pp. 55–56). Via-se que a situação se tinha invertido<br />

quando o vice presidente Marcelino dos Santos efectuou, em Janeiro de 1983, uma visita oficial à Suécia. Foi<br />

recebido pelo governo social democrata, liderado pelo primeiro ministro Olof Palme, que havia vencido as eleições<br />

de 1982, e, Marcelino dos Santos, a seu pedido, enc<strong>on</strong>trou-se com Thorbjörn Fälldin. Este último efectuara uma<br />

visita oficial a Moçambique, como primeiro ministro, em Agosto de 1981.<br />

233. No terceiro c<strong>on</strong>gresso da FRELIMO, em Fevereiro de 1977, a frente de libertação transformou-se num partido<br />

marxista-leninista.<br />

234. O acolhimento dispensado a Machel, aquando da sua visita em Abril de 1977, impressi<strong>on</strong>ou muito quem nela<br />

participou. Ao visitar Cuba, em Outubro de 1977, Machel levantou a questão da Suécia com Fidel Castro. Já no<br />

final duma das noites da visita, Castro e Machel ligaram ao encarregado de negócios sueco, Lars-Hjalmar Wide, ”elogiando<br />

o forte empenhamento de Ola Ullsten e Olof Palme para com os países da África Austral”. Ao mesmo tempo,<br />

Machel recordou haver sido c<strong>on</strong>vidado pelo primeiro ministro Fälldin para uma sauna, ”o que, aparentemente, foi<br />

uma parte apreciada das suas visitas à Suécia” (Carta de Lars-Hjalmar Wide ao Ministério dos Negócios Estrangeiros,<br />

Havana, 12 de Outubro de 1977) (MFA).

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