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Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...

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A FRELIMO de Moçambique: Abrir um caminho<br />

Funeral de Eduardo M<strong>on</strong>dlane, Presidente da Frelimo, em Dar es Salaam, Fevereiro de 1969: O Presidente<br />

Nyerere com Janet M<strong>on</strong>dlane e os três filhos dos M<strong>on</strong>dlanes (Foto: Uhuru Publicati<strong>on</strong>s, Dar es Salaam)<br />

e tribalistas” 16 começou a opor-se fr<strong>on</strong>talmente à maioria na FRELIMO, c<strong>on</strong>gregada à<br />

volta da figura do presidente M<strong>on</strong>dlane. 17 O grupo dissidente era liderado por Lázaro<br />

Nkavandame, o secretário de província da FRELIMO para Cabo Delgado, que, a nível<br />

das cúpulas, estava próximo do vice presidente, o Reverendo Uria Simango, e o Instituto<br />

Moçambicano era apoiado pelo padre e professor católico Mateus Gwenjere. Foi Gwenjere<br />

quem, em Janeiro de 1968, incitou os estudantes da escola secundária do instituto<br />

a entrar em greve, acusando Janet M<strong>on</strong>dlane de ter ligações à CIA e de estar c<strong>on</strong>tra os<br />

moçambicanos brancos e os professores a trabalhar fora do país. Entretanto, Nkavandame<br />

iniciara uma campanha de angariação de apoio para a c<strong>on</strong>stituição de um movimento<br />

separatista em Cabo Delgado. Recusando-se a participar no segundo c<strong>on</strong>gresso da<br />

16. Allan Isaacman e Barbara Isaacman: Mozambique: From Col<strong>on</strong>ialism to Revoluti<strong>on</strong>, 1900–1982, Westview Press,<br />

Boulder, Colorado, 1983, p. 97.<br />

17. Para mais informações sobre a crise da FRELIMO em 1968–70, c<strong>on</strong>sulte Christie op. cit., pp. 48–60. Para mais<br />

informações sobre as c<strong>on</strong>tradições ao nível da produção, c<strong>on</strong>sulte Bertil Egerö: Mozambique: A Dream Und<strong>on</strong>e: <str<strong>on</strong>g>The</str<strong>on</strong>g><br />

Political Ec<strong>on</strong>omy of Democracy, 1975–84 (”Moçambique: Um s<strong>on</strong>ho não realizado: A política ec<strong>on</strong>ómica da democracia,<br />

1975–84”), Nordiska Afrikainstitutet, Uppsala, 1987, pp. 17–27. Nkavandame e a maior parte dos seus<br />

seguidores eram mak<strong>on</strong>de do norte de Moçambique, sendo c<strong>on</strong>trários às posições radicais defendidas pelos líderes<br />

das partes mais a sul do país, nomeadamente Eduardo M<strong>on</strong>dlane, Marcelino dos Santos, Samora Machel e Joaquim<br />

Chissano. Apoiados por alguns membros do executivo da Tanzânia, o grupo de Nkavandame virou-se de forma<br />

muito virulenta c<strong>on</strong>tra os membros brancos da FRELIMO, c<strong>on</strong>seguindo que alguns deles fossem expulsos do país<br />

em Maio de 1968. Para mais informações sobre a difícil situação na altura das filiadas brancas no partido c<strong>on</strong>sulte<br />

a entrevista com Janet M<strong>on</strong>dlane, p. 44. Cf. e também a entrevista com Pamela dos Santos em Hilda Bernstein:<br />

<str<strong>on</strong>g>The</str<strong>on</strong>g> Rift: <str<strong>on</strong>g>The</str<strong>on</strong>g> Exile Experience of South Africans, J<strong>on</strong>athan Cape, L<strong>on</strong>dres, 1994, pp. 387–391. Tendo-se casado com<br />

Marcelino dos Santos em 1968, Pamela dos Santos, do ANC da África do Sul, trabalhava no gabinete da ASDI em<br />

Dar es Salaam, em meados da década de sessenta. Haveria depois de trabalhar no Departamento de Informação e<br />

Propaganda da FRELIMO.<br />

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