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Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...

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1970 44 e pela deputada social democrata<br />

Birgitta Dahl, em c<strong>on</strong>junto com o jornalista<br />

Knut Andreassen, também em<br />

1970. 45 Foram feitos relatos mais tarde<br />

que, em c<strong>on</strong>junto com os relatórios tão<br />

claros que apresentaram 46 , guiaram o governo<br />

sueco e ajudaram a manter elevados<br />

níveis de apoio do público à luta do<br />

PAIGC. 47 A causa naci<strong>on</strong>alista na pouco<br />

c<strong>on</strong>hecida colónia portuguesa começou,<br />

pouco tempo depois, a ser comparada<br />

com a do Vietname. À falta de cobertura<br />

mediática internaci<strong>on</strong>al, os testemunhos<br />

directos e pessoais feitos por suecos revestiram-se<br />

da maior importância. Em<br />

meados de 1972, o número de visitantes<br />

suecos às z<strong>on</strong>as libertadas da Guiné-<br />

Bissau excedia o de qualquer outra naci<strong>on</strong>alidade.<br />

48<br />

Caminho para o apoio oficial ao PAIGC<br />

O PAIGC da Guiné-Bissau: Desbravar terreno<br />

Os visitantes descreveram a forma como o PAIGC estava a c<strong>on</strong>struir uma sociedade democrática<br />

nas z<strong>on</strong>as libertadas, mantendo ao mesmo tempo em curso a luta armada com<br />

os portugueses. A c<strong>on</strong>strução da nova sociedade, na qual a disp<strong>on</strong>ibilização de cuidados<br />

de saúde e de serviços de educação era um elemento essencial, era ameaçada não só pelos<br />

c<strong>on</strong>stantes bombardeamentos aéreos, mas também por uma enorme escassez de material<br />

em Södra Afrika Informati<strong>on</strong>sbulletin, Nº 7, 1970, pp. 37–41. Palm editou posteriormente um livro em sueco, com<br />

textos da autoria de Amílcar Cabral: Vår kamp er kamp (”A nossa luta a vossa luta”), Bokförlaget PAN/Norstedts,<br />

Estocolmo, 1971. O líder do PAIGC foi trazido ao c<strong>on</strong>hecimento do público sueco em geral através da antologia<br />

de Anders Ehnmark com o título Guerrilla (Bokförlaget PAN/Norstedts, Estocolmo, 1968), que incluía o texto de<br />

Cabral chamado ”Kampen i Guinea” (”A luta na Guiné”).<br />

44. Rudebeck participou activamente no Comité da África do Sul de Uppsala/Grupo de África. Voltou à Guiné-Bissau<br />

em 1972. Mais tarde professor assistente de ciências políticas na Universidade de Uppsala, Rudebeck publicou<br />

em 1974 um livro intitulado Guinea-Bissau: A Study of Political Mobilizati<strong>on</strong> (”Guiné-Bissau: Um estudo da mobilização<br />

política”) (op. cit.).<br />

45. Knut Andreassen e Birgitta Dahl: Guiné-Bissau: Rapport om ett land och en befrielserörelse (”Guiné-Bissau: Relatório<br />

sobre um país e um movimento de libertação”), Prisma, Estocolmo, 1971. Dahl, que na altura desempenhava<br />

um cargo na ASDI, viria a ser nomeada Ministra da Energia (1982–90) e do Ambiente (1986–91). Tornou-se<br />

presidente do parlamento sueco em 1994.<br />

46. Tal como Bengt Ahlsén: Portugisiska Afrika: Beskrivning av ett kol<strong>on</strong>ialimperium och dess sönderfall (”A África<br />

portuguesa: Apresentação de um império col<strong>on</strong>ial e sua queda”), Svenska Utbildningsförlaget Liber AB, Estocolmo,<br />

1972. Após uma visita, em finais de 1971, às z<strong>on</strong>as libertadas, Anders Ehnmark e o fotógrafo Jean Hermans<strong>on</strong> publicaram<br />

Exemplet Guiné-Bissau: Ett reportage om en befrielserörelse (”O exemplo da Guiné-Bissau: Relatório sobre o<br />

movimento de Libertação”), Bokförlaget PAN/Norstedts, Estocolmo, 1973. O jornalista norueguês Johan Thorud<br />

acompanhou-os na viagem, publicando o seu próprio relato na Noruega (Geriljasamfunnet: Guiné-Bissaus kamp mot<br />

Portugal / ”A sociedade da guerrilha: A luta da Guiné-Bissau c<strong>on</strong>tra Portugal”, Tiden, Oslo, 1972).<br />

47. Uma vez que os c<strong>on</strong>hecimentos que a ASDI detinha sobre o PAIGC e sobre a situação nas z<strong>on</strong>as libertadas era<br />

limitado, pediu-se a Palm e a Dahl que apresentassem à agência relatos das suas visitas, documentos esses que teriam<br />

depois um papel importante na tomada de decisão de aumento da ajuda oficial sueca ao MPLA de Angola.<br />

48. Marianne Rappe: Memorandum (”Samtal med Folke Löfgren på SIDA den 21.4.1972: PAIGC”/”C<strong>on</strong>versa<br />

com Folke Löfgren na ASDI 21.4.1972: PAIGC”), ASDI, Estocolmo, 24 de Abril de 1972 (MFA).<br />

147<br />

Birgitta Dahl acompanhando o PAIGC às z<strong>on</strong>as<br />

libertadas da Guiné-Bissau em Novembro de 1970.<br />

(Foto: Knut Andreassen)

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