Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...
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122 Tor Sellström cobrir a visita oficial do primeiro ministro Erlander à Tanzânia em Janeiro de 1968, recebeu as autorizações necessárias, por parte do presidente da Tanzânia, Julius Nyerere, para se deslocar a Moçambique. 62 Mondlane e Johansson atravessaram o rio Rovuma e entraram na província de Cabo Delgado em Fevereiro de 1968. 63 Ao fim de ter passado uma semana com a guerrilha da FRELIMO e de ter conhecido Samora Machel, ”um comandante-em-chefe duro mas respeitado, com uma barba típica de guerrilheiro, à frente de um exército de 8.000 soldados” 64 , pôde dizer ao mundo só notei a presença portuguesa nas armas capturadas pela frente de libertação, nos dois aviões de reconhecimento e em algumas aldeias, destruídas pela artilharia portuguesa. [...] Vi provas suficientes para dizer que a FRELIMO está a travar uma guerra de libertação bem sucedida contra o poderio colonial português. As guerrilhas já controlam zonas maiores do que as abrangidas por muitos estados afro-asiáticos. A FRELIMO é eficaz, apesar de algo desorganizada (não há galões nem uniformes) e tem mais homens do que a maioria das forças armadas em África. Tem o apoio da população civil e luta ”em casa”, num terreno muito adequado à guerra de guerrilha. 65 Os relatórios de Johansson das zonas libertadas de Moçambique foram publicados pelo Dagens Nyheter em meados de Abril de 1968. 66 Tiveram um impacto em todo o mundo e ”deram a volta à propaganda portuguesa”. 67 Estes artigos coincidiram com as primeiras actividades do representante oficial da FRELIMO, Lourenço Mutaca, na Suécia e facilitaram a sua entrada neste novo ambiente. Por fim, foi também por intermédio dos artigos de Johansson que o público sueco tomou, pela primeira vez, 68 conhecimento de Cahora Bassa e dos possíveis interesses da Suécia neste projecto. 69 No entanto, nessa altura, ainda não se sabia que interesses particulares estavam representados. 70 reportagens no vosso jornal e noutros locais, que relatavam o que ele viu em Moçambique. Espero que Anders possa visitar novamente o nosso país e continuar o trabalho que iniciou. Acabei de receber uma carta muito interessante dele, a contar-me alguns projectos a decorrer na Suécia em apoio da luta de libertação [...]. Pensamos que não foi só a visita de um jornalista a Moçambique. Temos nele um amigo” (carta de Eduardo Mondlane a Olof Lagercrantz, Dar es Salaam, 6 de Novembro de 1968) (AHM). Anders Johansson, Pierre Schori e Bengt Säve-Söderbergh do Partido Social Democrata e Sören Lindh dos Grupos de África receberam a medalha honorária Bagamoyo em 1993, outorgada pelo parlamento moçambicano. 62. Entrevista a Anders Johansson, p. 295. Åke Ringberg do Dagens Nyheter fora convidado por Eduardo Mondlane em 1966 a visitar as zonas libertadas de Moçambique, mas considerou o projecto ”demasiado arriscado” e declinou o convite (carta de Åke Ringberg a Eduardo Mondlane, Estocolmo, 28 de Setembro de 1966) (AHM). 63. Posteriormente Johansson contaria ao autor o entusiasmo de Mondlane, e a forma como o presidente da FRE- LIMO insistira em ser a primeira pessoa a atravessar a fronteira (conversa com Anders Johansson, Eskilstuna, 5 de Março de 1996). 64. Anders Johansson: Struggle in Mozambique: A Firsthand Report (”Luta em Moçambique: um relato em primeira mão”), Indian Council for Africa, Nova Deli,(sem indicação de data, mas 1968), p. 4 e 5. 65. Ibid. 66. ”DN-man hos gerillan i Moçambique” (”Dagens Nyheter – Um homem com a guerrilha em Moçambique”); ”Antal soldater ej avgörande” (”O número de soldados não é decisivo”); ”Gerillan har folkets stöd” (”A guerrilha tem o apoio do povo”); e ”Vi måste befria Afrika” (”Temos de libertar África”), em Dagens Nyheter, 17, 18, 19 e 22 de Abril de 1968. 67. Entrevista a Anders Johansson, p. 295. Johansson documentou a sua visita com muitas fotografias. Uma delas, com Eduardo Mondlane e Samora Machel a conversar, descontraídos em cima de um formigueiro, viria a dar a volta ao mundo e seria reproduzida como selo dos correios no Moçambique independente. 68. A planta de Cabora Bassa tinha sido apresentada pelo Södra Afrika Informationsbulletin no seu No. 3, 1967. 69. Anders Johansson: ”Vi måste befria Afrika” (”Temos de libertar África”), em Dagens Nyheter, 22 de Abril de 1968. 70. No entanto, na sua conferência de imprensa em Dar es Salaam a 25 de Março de 1968, Mondlane tinha dito que a ASEA era uma das empresas internacionais envolvidas no projecto.
ASEA e reacções iniciais A sombra de Cahora Bassa A participação da ASEA tornou-se pública na Suécia no início de Maio de 1968, dois meses após a entrega das propostas. 71 Havia concorrência entre três consórcios internacionais para a adjudicação deste projecto. A empresa sueca, sediada em Västerås, formava o chamado grupo ZAMCO 72 que, sob liderança da Anglo-American Corporation da África do Sul, representava quinze empresas de França, Itália, Portugal, África do Sul, Suécia e Alemanha Ocidental. Por representar um país que criticava fortemente a África do Sul e Portugal, houve alguma resistência inicial à inclusão da ASEA. No entanto, ”Marcus Wallenberg 73 tinha boas relações com o Ministro dos Negócios Estrangeiros português Franco Nogueira e não atribuiu relevância à oposição política do seu país. Assim, o Ministério do Ultramar em Lisboa acabou por aceitar que a ASEA era um mal necessário”. 74 Mas mais importante era que o projecto envolvia o transporte de electricidade, por mais de 2.000 quilómetros, de Cahora Bassa para a África do Sul e que a ASEA era líder mundial na tecnologia de conversão e transmissão de corrente directa de alta voltagem, da forma mais barata e eficaz. Assim, a ASEA tinha um papel crucial. Se a proposta da ZAMCO vencesse, na primeira fase do projecto, a empresa seria responsável pelos terminais de Cahora Bassa e de Joanesburgo na África do Sul. Os custos calculados para esta primeira fase, que se esperava estar terminada em Abril de 1975, eram de cerca de 1.200 milhões de coroas suecas, dos quais aproximadamente 10 por cento seriam fornecimentos a fazer pela ASEA. 75 Um empreendimento dessa magnitude e duração seria dos maiores da história da empresa. Assim que o público soube da participação da ASEA na proposta ZAMCO, houve uma vaga de reacções. Numa das suas primeiras declarações públicas na Suécia, 76 Lourenço Mutaca, o recém-chegado representante da FRELIMO, denunciou a participação da Suécia no projecto, dizendo ao jornal social democrata, Aftonbladet, pertencente à LO, de forma bem clara, que ”qualquer sueco que participe activamente no projecto Cahora Bassa tem de levar em conta a possibilidade de levar um tiro no coração. A FRELIMO não abre excepções para os suecos. Todos os brancos que organizarem o trabalho no local de construção são potenciais alvos”. 77 Foram, sem qualquer dúvida, pala- 71. Dagens Nyheter, 9 de Maio de 1968. 72. Em português, Consórcio Hidroeléctrico do Zambeze. 73. Na altura Marcus Wallenberg era presidente do conselho de administração da ASEA. 74. Middlemas op. cit., p. 53. 75. Dagens Nyheter, 9 de Maio de 1968. 76. Mutaca, Olof Palme e Melina Mercouri da Grécia, falaram nas manifestações do Dia do Trabalhador do Partido Social Democrata em Estocolmo a 1 de Maio de 1968 (Dagens Nyheter, 2 de Maio de 1968). 77. Kommer ASEA hit så skjuter vi svenskarna!” (”Se a ASEA vier cá, matamos os suecos!”), em Aftonbladet, 11 de Maio de 1968. Desde o início que Mutaca empreendeu uma campanha contra a ASEA. A 27 de Maio, por exemplo, escreveu uma longa carta aos trabalhadores da ASEA, com cópia para o primeiro ministro Erlander, e para o Ministro do Comércio Gunnar Lange, a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos, a LO, todos os partidos políticos suecos e para a imprensa (Carta Aberta, ”Till anställda vid ASEA”/”Aos trabalhadores da ASEA”, de Lourenço Mutaca, Estocolmo, 27 de Maio de 1968) (AJC). No entanto, na altura, pareceu que Mutaca terá agido sem a devida autorização da FRELIMO. Numa carta datada de 1 de Junho de 1968 dirigida ao Departamento de Relações Internacionais da FRELIMO, Mutaca informou-os de que tinha ”iniciado uma campanha contra a ASEA apesar de não ter recebido quaisquer informações de Dar es Salaam em relação à posição da FRELIMO” (carta de Lourenço Mutaca ao Departamento de Relações Internacionais da FRELIMO, Estocolmo, 1 de Junho de 1968) (AHM). Eduardo Mondlane respondeu ao fim de três semanas. Falou da crise do Instituto Moçambicano e do congresso da FRELIMO que se aproximava, mas não referiu Cahora Bassa, a ASEA nem o activismo de Mutaca contra o projecto (carta de Eduardo Mondlane a Lourenço Mutaca, Dar es Salaam, 21 de Junho de 1968) (AHM). No entanto, Mondlane viria também a ameaçar abater quaisquer suecos que participassem no projecto de Cahora Bassa. 123
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ASEA e reacções iniciais<br />
A sombra de Cahora Bassa<br />
A participação da ASEA tornou-se pública na Suécia no início de Maio de 1968, dois<br />
meses após a entrega das propostas. 71 Havia c<strong>on</strong>corrência entre três c<strong>on</strong>sórcios internaci<strong>on</strong>ais<br />
para a adjudicação deste projecto. A empresa sueca, sediada em Västerås, formava<br />
o chamado grupo ZAMCO 72 que, sob liderança da Anglo-American Corporati<strong>on</strong> da<br />
África do Sul, representava quinze empresas de França, Itália, Portugal, África do Sul,<br />
Suécia e Alemanha Ocidental. Por representar um país que criticava fortemente a África<br />
do Sul e Portugal, houve alguma resistência inicial à inclusão da ASEA. No entanto,<br />
”Marcus Wallenberg 73 tinha boas relações com o Ministro dos Negócios Estrangeiros<br />
português Franco Nogueira e não atribuiu relevância à oposição política do seu país.<br />
Assim, o Ministério do Ultramar em Lisboa acabou por aceitar que a ASEA era um mal<br />
necessário”. 74 Mas mais importante era que o projecto envolvia o transporte de electricidade,<br />
por mais de 2.000 quilómetros, de Cahora Bassa para a África do Sul e que a<br />
ASEA era líder mundial na tecnologia de c<strong>on</strong>versão e transmissão de corrente directa de<br />
alta voltagem, da forma mais barata e eficaz. Assim, a ASEA tinha um papel crucial. Se a<br />
proposta da ZAMCO vencesse, na primeira fase do projecto, a empresa seria resp<strong>on</strong>sável<br />
pelos terminais de Cahora Bassa e de Joanesburgo na África do Sul. Os custos calculados<br />
para esta primeira fase, que se esperava estar terminada em Abril de 1975, eram de cerca<br />
de 1.200 milhões de coroas suecas, dos quais aproximadamente 10 por cento seriam fornecimentos<br />
a fazer pela ASEA. 75 Um empreendimento dessa magnitude e duração seria<br />
dos maiores da história da empresa.<br />
Assim que o público soube da participação da ASEA na proposta ZAMCO, houve<br />
uma vaga de reacções. Numa das suas primeiras declarações públicas na Suécia, 76<br />
Lourenço Mutaca, o recém-chegado representante da FRELIMO, denunciou a participação<br />
da Suécia no projecto, dizendo ao jornal social democrata, Aft<strong>on</strong>bladet, pertencente<br />
à LO, de forma bem clara, que ”qualquer sueco que participe activamente no projecto<br />
Cahora Bassa tem de levar em c<strong>on</strong>ta a possibilidade de levar um tiro no coração. A<br />
FRELIMO não abre excepções para os suecos. Todos os brancos que organizarem o trabalho<br />
no local de c<strong>on</strong>strução são potenciais alvos”. 77 Foram, sem qualquer dúvida, pala-<br />
71. Dagens Nyheter, 9 de Maio de 1968.<br />
72. Em português, C<strong>on</strong>sórcio Hidroeléctrico do Zambeze.<br />
73. Na altura Marcus Wallenberg era presidente do c<strong>on</strong>selho de administração da ASEA.<br />
74. Middlemas op. cit., p. 53.<br />
75. Dagens Nyheter, 9 de Maio de 1968.<br />
76. Mutaca, Olof Palme e Melina Mercouri da Grécia, falaram nas manifestações do Dia do Trabalhador do Partido<br />
Social Democrata em Estocolmo a 1 de Maio de 1968 (Dagens Nyheter, 2 de Maio de 1968).<br />
77. Kommer ASEA hit så skjuter vi svenskarna!” (”Se a ASEA vier cá, matamos os suecos!”), em Aft<strong>on</strong>bladet, 11 de<br />
Maio de 1968. Desde o início que Mutaca empreendeu uma campanha c<strong>on</strong>tra a ASEA. A 27 de Maio, por exemplo,<br />
escreveu uma l<strong>on</strong>ga carta aos trabalhadores da ASEA, com cópia para o primeiro ministro Erlander, e para o Ministro<br />
do Comércio Gunnar Lange, a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos, a LO, todos os partidos políticos suecos e<br />
para a imprensa (Carta Aberta, ”Till anställda vid ASEA”/”Aos trabalhadores da ASEA”, de Lourenço Mutaca, Estocolmo,<br />
27 de Maio de 1968) (AJC). No entanto, na altura, pareceu que Mutaca terá agido sem a devida autorização<br />
da FRELIMO. Numa carta datada de 1 de Junho de 1968 dirigida ao Departamento de Relações Internaci<strong>on</strong>ais da<br />
FRELIMO, Mutaca informou-os de que tinha ”iniciado uma campanha c<strong>on</strong>tra a ASEA apesar de não ter recebido<br />
quaisquer informações de Dar es Salaam em relação à posição da FRELIMO” (carta de Lourenço Mutaca ao Departamento<br />
de Relações Internaci<strong>on</strong>ais da FRELIMO, Estocolmo, 1 de Junho de 1968) (AHM). Eduardo M<strong>on</strong>dlane<br />
resp<strong>on</strong>deu ao fim de três semanas. Falou da crise do Instituto Moçambicano e do c<strong>on</strong>gresso da FRELIMO que se<br />
aproximava, mas não referiu Cahora Bassa, a ASEA nem o activismo de Mutaca c<strong>on</strong>tra o projecto (carta de Eduardo<br />
M<strong>on</strong>dlane a Lourenço Mutaca, Dar es Salaam, 21 de Junho de 1968) (AHM). No entanto, M<strong>on</strong>dlane viria também<br />
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