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Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...

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A sombra de Cahora Bassa<br />

Anders Johanss<strong>on</strong> do ”Dagens Nyheter” com Samora Machel (à esq.) durante a sua visita às z<strong>on</strong>as detidas pela FRELIMO<br />

em Cabo Delgado, Fevereiro de 1968. (Foto gentilmente cedida por Anders Johanss<strong>on</strong>)<br />

questão muito importante para o debate na Suécia foi o facto de o jornalista em questão<br />

ser Anders Johanss<strong>on</strong>, do jornal liberal Dagens Nyheter, o maior matutino dos países<br />

nórdicos. No início dos anos sessenta, Johanss<strong>on</strong> desempenhara um papel relevante no<br />

movimento sueco de solidariedade com a África do Sul e Austral. Tinha não só sido<br />

crucial na formação dos comités da África do Sul de base popular e no lançamento do<br />

boletim regular sobre a África Austral, mas tinha também estabelecido uma rede alargada<br />

na região, incluindo o acesso a informação privilegiada dos governos da África do Sul e<br />

da Rodésia. A visita de Johanss<strong>on</strong> às z<strong>on</strong>as libertadas de Moçambique, os seus c<strong>on</strong>tactos<br />

na África Austral e o facto de ser visto como um activista de solidariedade empenhado e<br />

como um corresp<strong>on</strong>dente de África respeitado c<strong>on</strong>tribuíram para o seu papel influente<br />

no debate sobre Cahora Bassa.<br />

Anders Johanss<strong>on</strong> além de ser o primeiro jornalista internaci<strong>on</strong>al a visitar as z<strong>on</strong>as<br />

libertadas de Moçambique, 59 fê-lo por ocasião da primeira entrada de Eduardo<br />

M<strong>on</strong>dlane no país como presidente da FRELIMO. Johanss<strong>on</strong> tinha c<strong>on</strong>hecido M<strong>on</strong>dlane<br />

em Estocolmo em Setembro de 1965. 60 Enquanto representante do Dagens Nyheter,<br />

um jornal com o qual os M<strong>on</strong>dlane tinham criado uma relação pessoal estreita 61 , e ao<br />

Nova Iorque e Tor<strong>on</strong>to, 1972, p. 282.<br />

59. Uma equipa de filmagens da Jugoslávia havia precedido Johanss<strong>on</strong> (entrevista a Anders Johanss<strong>on</strong>, p. 295).<br />

60. Ibid.<br />

61. Eduardo M<strong>on</strong>dlane corresp<strong>on</strong>dia-se regularmente com Olof Lagercrantz, editor-chefe do Dagens Nyheter (1960–<br />

75). Durante as suas visitas à Suécia em finais dos anos sessenta, Janet M<strong>on</strong>dlane também ficava alojada em casa dos<br />

Lagercrantz. Numa carta pessoal, após a visita de Anders Johanss<strong>on</strong> a Moçambique, M<strong>on</strong>dlane escreveu a Lagercrantz<br />

em Novembro de 1968 dizendo: ”Escrevo-lhe também para lhe agradecer por ter enviado o camarada Anders<br />

Johanss<strong>on</strong> a Moçambique para visitar as z<strong>on</strong>as libertadas do nosso país. Anders é um jornalista de tal modo dinâmico<br />

e humano que deixou uma impressão vincada em todos nós, em Moçambique. Todos gostámos de ler as suas boas<br />

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