Transmitindo o DNA - Igreja Batista Central de Belo Horizonte
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1<br />
PALAVRA PASTORAL<br />
O PERIGO DE UM CORAÇÃO ENDURECIDO<br />
Pr. Paulo Mazoni<br />
Conta-se a história <strong>de</strong> alguém que foi visitar a oficina<br />
<strong>de</strong> um ferreiro, daquelas <strong>de</strong> antigamente, on<strong>de</strong> o ferro era<br />
malhado ao fogo. Observando ali a rotina <strong>de</strong> trabalho, algo<br />
chamou a atenção do visitante: as peças eram retiradas do<br />
fogo com uma tenaz e colocadas sobre uma bigorna, on<strong>de</strong><br />
eram moldadas pelo hábil martelo do artífice ferreiro. Cada<br />
peça pronta era resfriada em água e lançada numa pilha <strong>de</strong><br />
produtos acabados. Mas o intrigante mesmo era que, <strong>de</strong><br />
tempos em tempos, aleatoriamente, o ferreiro interrompia o<br />
trabalho com uma peça e a lançava em outra pilha distinta. Ao<br />
ser questionado, o ferreiro explica que aquela pilha era a pilha<br />
<strong>de</strong> peças inúteis. Logo nas primeiras marteladas, o experiente<br />
ferreiro já percebia que, por serem duras <strong>de</strong>mais, tais peças<br />
dificilmente se <strong>de</strong>ixariam moldar no padrão requerido e,<br />
portanto, nada restava senão lançá-las na<br />
“A crise na<br />
família é apenas<br />
um exemplo<br />
das terríveis<br />
consequências<br />
<strong>de</strong> um coração<br />
endurecido”.<br />
pilha <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte, na pilha <strong>de</strong> peças inúteis.<br />
Esta ilustração me faz pensar. Como<br />
tenho sido nas mãos <strong>de</strong> Deus? Moldável, tratável,<br />
aberto para mudar e apren<strong>de</strong>r? Ou será que<br />
tenho me tornado duro e inflexível, fechado para<br />
mudanças, crescimento e transformações?<br />
Veja o exemplo dos relacionamentos<br />
conjugais. Em Mateus 19, ao ser perguntado a<br />
respeito do divórcio, a saída equivocada que<br />
muitos têm escolhido para as crises familiares,<br />
Jesus revela que esta nunca foi a vonta<strong>de</strong><br />
original <strong>de</strong> Deus. Afirma, ainda, que separações acontecem e<br />
se multiplicam por causa da dureza do coração das pessoas.<br />
Corações <strong>de</strong> pedra impe<strong>de</strong>m o perdão e a reconciliação.<br />
Para alguns, a justificativa é a incompatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênios,<br />
<strong>de</strong> temperamentos, <strong>de</strong> educação e cultura. Para outros, é<br />
subproduto <strong>de</strong> crises financeiras, existenciais, vocacionais ou<br />
<strong>de</strong> frustração sexual. Mas Jesus Cristo, o Filho <strong>de</strong> Deus, que se<br />
fez homem e que conhece a natureza humana, afirma que o<br />
problema maior é a dureza do coração das pessoas. Por causa do<br />
orgulho, da cegueira para com as próprias faltas, por não querer<br />
enten<strong>de</strong>r ou simplesmente para não dar “o braço a torcer”, a<br />
verda<strong>de</strong> é que muitos lares têm se transformado em campos<br />
<strong>de</strong> batalha. Falta tolerância, flexibilida<strong>de</strong>, amor e sensibilida<strong>de</strong>.<br />
Corações duros resistem à voz do Espírito, a mudanças, tornamse<br />
os donos da verda<strong>de</strong> e parece que nunca precisam apren<strong>de</strong>r.<br />
A crise na família é apenas um exemplo das terríveis<br />
consequências <strong>de</strong> um coração endurecido. Nestes dias <strong>de</strong><br />
mensagens para as famílias, precisamos lembrar do que<br />
Deus diz em Hebreus 3:7-19 que diz: “Hoje, se ouvir<strong>de</strong>s a sua voz,<br />
não endureçais o vosso coração”. Será que temos um coração<br />
É difícil falarmos <strong>de</strong> um “novo formato <strong>de</strong> família“<br />
quando o formato bíblico e cristão <strong>de</strong> uma família,<br />
segundo Efésios 5.22-33, está sedimentado no coração.<br />
Entretanto, na socieda<strong>de</strong> pós-mo<strong>de</strong>rna, é cada vez<br />
mais comum encontrarmos famílias com mães solteiras,<br />
pais solteiros, mães separadas e pais separados, o que<br />
torna inevitável a abordagem <strong>de</strong>ste assunto.<br />
As famílias pós-mo<strong>de</strong>rnas estão simplesmente<br />
reproduzindo o comportamento apresentado pela<br />
mídia, o mo<strong>de</strong>lo individualista proposto pelo mundo, o<br />
que gera sérias consequências.<br />
Observe: mães ou pais solteiros por opção, a chamada<br />
“produção in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte”, é uma forma absolutamente<br />
egoísta <strong>de</strong> enxergar a família. Enquanto o pai ou a mãe<br />
realiza o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> gerar um filho, a criança não tem o<br />
direito <strong>de</strong> escolher se <strong>de</strong>seja viver em um mo<strong>de</strong>lo familiar<br />
completo. O filho cresce carente da figura paterna ou<br />
PALAVRA PASTORAL FÉ HOJE<br />
endurecido? Há cura para o problema do<br />
coração endurecido? Teria o evangelho<br />
uma proposta para a solução da crise<br />
<strong>de</strong> relacionamentos na família? Deus é<br />
mesmo capaz <strong>de</strong> mudar completamente<br />
o caráter e o comportamento <strong>de</strong> um<br />
homem? A resposta é um retumbante sim! Em Ezequiel 36,<br />
Deus apresenta sua oferta: “Dar-vos-ei coração novo e porei <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> vós espírito novo; tirarei <strong>de</strong> vós o coração <strong>de</strong> pedra e vos darei<br />
coração <strong>de</strong> carne”. O plano <strong>de</strong> Deus para cada um <strong>de</strong> nós é nada<br />
menos do que um novo coração.<br />
Hebreus, capítulos 3 e 4, nos dá algumas dicas<br />
fundamentais. Primeiro, é preciso dar ouvidos à voz <strong>de</strong> Deus (Hb<br />
3:7, 8 e 15), ou seja, aceitar o que ele tem revelado<br />
a nosso respeito, admitirmos nossos erros e<br />
nos arrepen<strong>de</strong>rmos profundamente <strong>de</strong>les. Em<br />
segundo lugar, <strong>de</strong>vemos nos esforçar para entrar<br />
na vida abundante. Se confiamos na obra <strong>de</strong><br />
Cristo, por outro lado nos esforçamos para recebêla<br />
(Hb 4:11), <strong>de</strong>sejando ar<strong>de</strong>ntemente mudanças,<br />
buscando-as <strong>de</strong> todo o coração. Não <strong>de</strong>vemos nos<br />
contentar com menos do que a vida abundante<br />
que ele prometeu. Note que logo a seguir o<br />
texto diz que a palavra <strong>de</strong> Deus é viva e eficaz,<br />
penetrante, cheia <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> transformação<br />
(vs 12). “Sendo viva, conce<strong>de</strong> vida. Sendo eficaz, transforma<br />
o ouvinte. Sendo cortante, traz à luz os motivos obscuros do<br />
subconsciente. Sendo apta para discernir, julga os valores”. E<br />
finalmente, o texto diz que po<strong>de</strong>mos nos achegar confiadamente<br />
junto ao trono da graça, que receberemos misericórdia e graça <strong>de</strong><br />
Deus (vs16). Quebrantamento genuíno e novo coração é obra da<br />
graça e da misericórdia da graça <strong>de</strong> Deus. É provisão <strong>de</strong> Deus para<br />
aqueles que o buscam sincera e humil<strong>de</strong>mente.<br />
Ah, com Jesus ninguém precisa ser lançado na<br />
pilha dos inúteis, na pilha dos fracassados. Ninguém precisa<br />
<strong>de</strong>scartar relacionamentos nem ser <strong>de</strong>scartado. Deus propõe<br />
mudança completa. Se a dureza <strong>de</strong> coração é o problema,<br />
Deus provi<strong>de</strong>ncia um novo coração para nós. Nova natureza,<br />
novos sentimentos, novas reações, nova capacida<strong>de</strong> para<br />
amar e perdoar. É maravilhosa a oferta <strong>de</strong> Jesus. Se você luta<br />
contra sentimentos e dificulda<strong>de</strong>s resultantes <strong>de</strong> um coração<br />
duro, vá sem reservas até Jesus e receba um coração novo. Se<br />
você já é <strong>de</strong>le peça-lhe um genuíno quebrantamento e assim<br />
assuma e <strong>de</strong>sfrute seu novo coração. Sua vida vai mudar, e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ntro para fora. Tudo muda quando nós mudamos.<br />
materna e algo fica faltando, uma vez que os pais não<br />
cumprem o papel <strong>de</strong> se tornar uma só carne - pressuposto<br />
básico da existência <strong>de</strong> uma família sadia.<br />
E mais, o fracasso <strong>de</strong> alguns casamentos que<br />
terminam em separação evi<strong>de</strong>ncia que, em algum<br />
momento, um dos cônjuges ou ambos falharam em<br />
dar a resposta a<strong>de</strong>quada. O núcleo familiar se rompe,<br />
os filhos ficam divididos e a resposta subentendida aos<br />
<strong>de</strong>safios da vida é: se não está bom, se não <strong>de</strong>u certo, é<br />
<strong>de</strong>scartado e parte-se para outra. Assim, crescem sem a<br />
noção do vínculo, do compromisso, da responsabilida<strong>de</strong>,<br />
do esforço para se conquistar algo.<br />
Apesar <strong>de</strong> estar na moda, tais mo<strong>de</strong>los contrariam o<br />
plano <strong>de</strong> Deus.<br />
O projeto do Senhor requer um marido e pai que<br />
assuma o papel <strong>de</strong> cabeça da casa, uma esposa e mãe<br />
que edifique o lar, filhos com referências <strong>de</strong> valor e<br />
EDITORIAL<br />
É com gran<strong>de</strong> alegria que anunciamos<br />
que o jornal Notícias da <strong>Central</strong> acaba <strong>de</strong><br />
completar cinco anos. São 40 edições,<br />
cerca <strong>de</strong> 100 mil exemplares distribuídos,<br />
mais <strong>de</strong> 500 textos publicados, três<br />
reformas gráficas, centenas <strong>de</strong> fotos,<br />
notícias, curiosida<strong>de</strong>s, testemunhos,<br />
entrevistas e artigos.<br />
Para tornar possível o sonho <strong>de</strong> um jornal<br />
mais completo, atrativo e confiável, a<br />
equipe do Notícias da <strong>Central</strong> conta com<br />
o trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> profissionais.<br />
Parabéns a você que contribuiu ou<br />
ainda contribui para que cada edição se<br />
torne real. Parabéns aos i<strong>de</strong>alizadores<br />
<strong>de</strong>ste projeto que nasceu em abril<br />
<strong>de</strong> 2006. Parabéns aos que, contra<br />
todas as impossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempo se<br />
dispuseram a pegar o bastão da edição,<br />
revisão, diagramação, reportagem,<br />
fotografia e comercial.<br />
Buscamos evoluir juntamente com a<br />
<strong>Igreja</strong>, acompanhando sua trajetória<br />
passo a passo. A cada edição <strong>de</strong>sejamos<br />
surpreen<strong>de</strong>r com conteúdos relevantes<br />
e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Por isso, o nosso<br />
muito obrigado vai para você, leitor,<br />
que acredita em nosso trabalho e<br />
nos faz crescer. Que esta edição seja<br />
<strong>de</strong>liciosamente agradável para você e<br />
sua família. Boa leitura!<br />
EXPEDIENTE<br />
Produção: <strong>Igreja</strong> <strong>Batista</strong> <strong>Central</strong> <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong><br />
Conselho Pastoral: Paulo Mazoni/ Alexandre<br />
Regadas/ Ana Cláudia/ Luiz <strong>de</strong> Jesus/ Luiz Barros/<br />
Paulo Bottrel/ Osvaldo Souza/ Roberto Bottrel<br />
Jornalista Responsável: Lorena Ferrari<br />
Jornalistas colaboradores: Alessandra Sardinha /<br />
Carolina Cruz/ Daniela Oliveira/ Fabrícia Guimarães/<br />
Gabriela Palmerston/ Luanda Geneviéve/ Paulo Nunes/<br />
Viviane Primo<br />
Arte/ Diagramação: Camila Doro/ Lucas Campos/<br />
Marcela Leite<br />
Tratamento <strong>de</strong> Imagens: Lucas Campos<br />
Fotografia: Ana Carolina Vilela/ Lucas Campos/ Luiz<br />
Cavalcante/ Marcela Leite<br />
Revisão: Beatriz Pena e Zoraida Quiroga<br />
Anúncios: Marcela Leite<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Camila Doro<br />
Pastor responsável: Pr. Roberto Bottrel<br />
Tiragem: 3000 exemplares<br />
Contato: comunicar@ibcbh.com.br<br />
Os anúncios contidos nesta edição são <strong>de</strong> única e<br />
exclusiva responsabilida<strong>de</strong> dos anunciantes, não tendo a<br />
<strong>Igreja</strong> <strong>Batista</strong> <strong>Central</strong> nenhuma responsabilida<strong>de</strong> sobre o<br />
conteúdo e veracida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tais anúncios.<br />
FÉ HOJE FAMÍLIAS PÓS-MODERNAS, ONDE ESTÃO OS SEUS VALORES? Flávio e Ana Cláudia Machado<br />
disciplina, uma família em que todos<br />
trabalham em equipe.<br />
E se a família não é mais assim, como suprir a sua falta?<br />
On<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>remos a ser mães, pais, esposas, maridos,<br />
filhos e irmãos, senão numa família em que esses papéis<br />
são <strong>de</strong>sempenhados em toda a sua plenitu<strong>de</strong>? Deus<br />
nos oferece a sua família, a <strong>Igreja</strong>. Fomos <strong>de</strong>sejados por<br />
Deus e adotados como seus filhos: Mas a todos quantos<br />
o receberam <strong>de</strong>u-lhes o direito <strong>de</strong> serem feitos filhos <strong>de</strong><br />
Deus, a saber: aos que creem no seu nome; os quais não<br />
nasceram do sangue, nem da vonta<strong>de</strong> da carne, nem da<br />
vonta<strong>de</strong> do homem, mas <strong>de</strong> Deus. João 1.12-13<br />
Assim, por meio da família <strong>de</strong> Cristo, po<strong>de</strong>mos nos<br />
relacionar, manter comunhão, apren<strong>de</strong>r a respeitar o<br />
interesse do outro, sermos disciplinados, apren<strong>de</strong>r que<br />
somos diferentes, que somos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e que o<br />
perdão é essencial. Se vivermos <strong>Igreja</strong>, viveremos família.