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Tese Final.pdf - Estudo Geral - Universidade de Coimbra

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De acordo com os estudos da ciência do início da vida <strong>de</strong> Eleanor Luzes, os bebés<br />

<strong>de</strong>srespeitados durante a primeira fase do seu <strong>de</strong>senvolvimento intra-uterino, ficam<br />

marcados, ao longo da vida, por uma dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> socialização e tendências para certos<br />

cancros, além <strong>de</strong> algumas patologias como a diabetes, obesida<strong>de</strong>s, esquizofrenia, enfarte<br />

coronário. Esse período é consi<strong>de</strong>rado crucial para o <strong>de</strong>senvolvimento do bebé, porque é<br />

nele que se forma o início <strong>de</strong> toda estrutura externa e interna do organismo da criança,<br />

<strong>de</strong>pois a formação do cérebro e do sistema neurovegetativo.<br />

Para Navarro (1996), a acção stressante sobre o embrião, como por exemplo<br />

tentativas <strong>de</strong> aborto, gravi<strong>de</strong>z in<strong>de</strong>sejada, intoxicação ou emoções penosas da mãe, po<strong>de</strong>m<br />

atingir o embrião, interferindo no seu <strong>de</strong>senvolvimento psico-emocional e po<strong>de</strong>ndo<br />

<strong>de</strong>terminar um grave estado <strong>de</strong> baixa energia.<br />

Lowen (1977) <strong>de</strong>monstrou esta preocupação proclamando que se pu<strong>de</strong>rmos ajustar<br />

as nossas exigências culturais das crianças aos ritmos naturais <strong>de</strong> crescimento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, muitas doenças mentais po<strong>de</strong>m ser evitadas. Qualquer interferência séria<br />

com o processo <strong>de</strong> crescimento produz um problema caracteriológico patológico, que po<strong>de</strong><br />

persistir durante toda a vida.<br />

Chalita (2001) também acredita que as experiências <strong>de</strong> vida po<strong>de</strong>m alterar a<br />

estrutura psíquica <strong>de</strong> uma criança quando afirma que “se não houver o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

habilida<strong>de</strong> emocional, tudo <strong>de</strong> mais importante para o jovem se reduzirá a uma busca<br />

estéril” (p.58).<br />

A tentativa <strong>de</strong> consciencializar os pais através <strong>de</strong> conversas on<strong>de</strong> eles se passariam<br />

a interrogar sobre as suas atitu<strong>de</strong>s em relação à criança e a eles mesmos é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia e<br />

é imprescindível possibilitar esse tipo <strong>de</strong> consciência dos sentimentos.<br />

O cuidado que a mãe precisa <strong>de</strong> ter com o filho, no que diz respeito ao contacto<br />

físico e psíquico, <strong>de</strong>ve ocorrer não apenas quando a criança nasce, mas muito antes, ou<br />

seja, durante a gestação. Para Reich quando esse contacto não acontece, uma série <strong>de</strong><br />

disfunções energéticas po<strong>de</strong>m ocorrer, o que po<strong>de</strong> dar margem a uma posterior<br />

<strong>de</strong>sestrutura <strong>de</strong> carácter e energia, sendo essa a base para a manifestação <strong>de</strong> uma biopatia, e<br />

consequentemente <strong>de</strong> doenças, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as mais simples até as mais graves (Volpi, 2002).<br />

A gravi<strong>de</strong>z na nossa cultura oci<strong>de</strong>ntal é acompanhada pelos profissionais da saú<strong>de</strong>,<br />

com pouco apoio familiar e dos amigos. Não há quase apoio emocional, nem material ou<br />

informativo antes ou <strong>de</strong>pois do parto, sobretudo das mães <strong>de</strong> primeira viagem que saem da<br />

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