Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Discussão 76
poucas evidências sobre a associação com desordens articulares não dolorosas.
Eles sugeriram que os estudos devem ser interpretados com cuidado, pois o
relacionamento entre o bruxismo e a DTM parece ainda controverso e obscuro até
os dias atuais.
Outra conseqüência recentemente estudada foi à relação da posição
natural da cabeça com o hábito parafuncional do bruxismo. Vélez et al., no ano de
2007, relataram que o bruxismo interfere na posição natural da cabeça, por estar
relacionado às estruturas do sistema de mastigação, incluindo músculos do pescoço
e ombros, sendo todos conectados anatomicamente. Os autores observaram, em 72
crianças, que durante a fase da dentadura decídua as dimensões dos arcos são
mais estáveis, caracterizando uma estabilização da oclusão nesta fase. Portanto, se
houver mudanças na postura natural da cabeça e da coluna cervical, estas podem
ser devido a outros fatores que não o do desenvolvimento da oclusão. Os
pesquisadores encontraram uma relação significante entre a posição da cabeça para
anterior e inferior e o hábito parafuncional do bruxismo.
As dores de cabeça também são citadas como conseqüências do hábito
do bruxismo. Gorayeb e Gorayeb (2002) e Vemdrame et al. (2008) mostraram
claramente esta associação em seus trabalhos, concordando com os dados da atual
pesquisa, que serão explanados posteriormente.
6.2 Aspectos da amostra e metodologia
Tendo em vista os aspectos comentados anteriormente, o atual estudo se
propôs avaliar a prevalência do hábito parafuncional do bruxismo e sua relação com