Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Discussão 74
Quanto ao fator etiológico local, existem controvérsias entre os
pesquisadores. As más oclusões já foram consideradas fatores principais para o
estabelecimento do bruxismo (PAVARINA; BUSSADORI; ALENCAR JR., 1999).
Contudo, nos dias atuais, sabe-se que as más oclusões têm um papel coadjuvante,
sendo o fator psicológico já citado, bem mais influente (PAVARINA; BUSSADORI;
ALENCAR JR.,1999; SHINKAI et al., 1998; NG et al., 2005; ANTONIO; PIERRO;
MAIA, 2006; PETIT et al., 2007). Vanderas e Manetas (1995), em uma extensa
revisão, afirmaram que as más oclusões não aumentam a probabilidade do
aparecimento do hábito parafuncional do bruxismo e que o tratamento precoce das
más oclusões para a prevenção do mesmo não se justifica cientificamente. Estes
resultados também estão de acordo com Jaime (2004) e Santos et al. (2006).
Com relação ao fator fisiológico, Liu et al., (2005b), afirmaram que a
prevalência de bruxismo em crianças de 3 a 10 anos de idade pode estar
relacionada com a fase do desenvolvimento da dentição permanente e, segundo
Antonio, Pierro e Maia, em 2006, com a imaturidade do sistema mastigatório
neuromuscular. O distúrbio do sono, fenômeno que ocorre exclusivamente durante o
sono, também é considerado um fator etiológico do bruxismo
O hábito parafuncional do bruxismo, ocorrido em diversas idades, pode
causar vários danos ao sistema estomatognático como os desgastes dentários, as
disfunções temporomandibulares, o posicionamento de cabeça e as cefaléias
(PIZZOL et al., 2006; RODRIGUES et al., 2006).
Os desgastes dentários são um importante sinal do hábito parafuncional
do bruxismo, porém eles também podem indicar outras patologias pré-existentes.
Rios et al, em 2007, objetivaram na sua pesquisa avaliar a prevalência de fatores