Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Discussão 73
Considera-se o fator psicológico o fator mais determinante na prevalência
do hábito do bruxismo. A associação entre o stress e a ansiedade é extremamente
referenciada na literatura, de acordo com vários autores (SHINKAI et al., 1998;
PAVARINA; BUSSADORI; ALENCAR JR., 1999; NG et al.,2005; BHARTI; MALHI;
KASHYAP, 2005; ANTONIO; PIERRO; MAIA, 2006; PETIT et al., 2007). É muito
enfatizado que o bruxismo está relacionado com a frustração, ansiedade, raiva e que
estes, quando interagido com o estresse, promovem um aumento do tônus muscular
em todos os músculos voluntários, podendo causar este hábito parafuncional
(PAVARINA; BUSSADORI; ALENCAR JR., 1999). Cariola, em 2006, realizou uma
pesquisa com 22 crianças bruxômonas, de 5 anos de idade, com o objetivo de
observar se as mesmas apresentavam problemas emocionais. Por meio de análises
de desenhos, a autora pode concluir que em 72,7% dos casos, os desenhos das
crianças indicavam conflitos latentes. Concordando com este ponto de vista,
Vanderas et al. (1999) demonstraram, por meio de uma interessante investigação,
que a epinefrina e a dopamina apresentam uma forte correlação com o hábito do
bruxismo, confirmando assim que o fator emocional e o stress são fatores
proeminentes de desenvolvimento do mesmo. Restrepo et al. (2001) sugeriram duas
técnicas psicológicas para o tratamento do bruxismo – capacidade de reação e
relaxamento muscular –, sendo as duas bastante efetivas na redução dos sinais de
bruxismo, em crianças na fase de dentadura decídua. De acordo com vários autores,
o fator emocional também pode ser expresso pelo hábito de crianças dormirem
juntos aos pais, (MENDES; FERNANDES; GARCIA, 2004; BHARTI; MALHI;
KASHYAP, 2005), pelas crianças com stress (LIU et al., 2005b) e pelas crianças
ansiosas (PETIT et al.,2007; FUKUMIZIU et al., 2005; SERRA-NEGRA, 2006).