Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Revisão da literatura 36
45% apresentaram bruxismo; quanto aos distúrbios do sono, 14,5% apresentaram
sonambulismos, 25% enurese e 39,8% pesadelos noturnos. O pesadelo noturno foi
o distúrbio mais freqüente nas idades entre 2,5 e 3,5 anos. Não foram encontradas
diferenças significantes entre pesadelo noturno, sonambulismo e bruxismo. O
bruxismo foi o hábito parafuncional mais observado em crianças que dormiam com
os pais, considerado um costume muito comum na infância. A prevalência do
bruxismo diminuiu com o aproximar da adolescência, sendo o oposto entre 2,5 e 6
anos de idade, em que houve uma alta prevalência. Verificou-se que o
sonambulismo está mais relacionado com a hiperatividade das crianças e os
pesadelos noturnos com o fato dos pais terem se separado recentemente. A
prevalência do bruxismo, encontrada neste estudo, foi bem maior que a relatada em
estudos anteriores, tendo como causa a ansiedade das crianças em dormirem
sozinhas. Constatou-se também que se o bruxismo persistir na fase adulta, está
relacionado à presença da criança na cama dos pais, no período noturno.
Velez et al. (2007), em seu estudo, compararam a posição natural da
cabeça e os desgastes dentários em crianças com e sem o hábito parafuncional do
bruxismo. Todas as crianças selecionadas apresentavam a dentadura decídua
completa e foram classificadas de acordo com o nível de ansiedade. A amostra,
inicialmente, foi composta por 72 crianças pertencentes a uma clínica do serviço
sanitário colombiano e a Universidade de Sabaneta. No entanto, apenas 53 crianças
foram incluídas no estudo, sendo 33 com o hábito parafuncional do bruxismo (14
meninas e 19 meninos) e 20 sem o hábito (grupo controle: 9 meninas e 11 meninos).
Todas elas apresentavam-se saudáveis e sem má oclusão dentária. Os dados foram
coletados por meio de um questionário sobre antecedentes familiares respondidos
pelos pais/responsáveis. Para a análise dos desgastes dentários, foram