Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Revisão da literatura 30
geradas pelo bruxismo resulta em cargas extras não só na dentição, mas também
em todo o sistema estomatognático. De acordo com os artigos selecionados, a
etiologia do bruxismo é multifatorial, sendo seus principais fatores os locais, os
sistêmicos, os psicológicos, os ocupacionais, os neurológicos e a hereditariedade.
Dentre as possíveis conseqüências deste hábito estão o desgaste dentário
excessivo com perda de dimensão vertical, sensibilidade e mobilidade dentária,
trauma de tecidos moles, dores de cabeça, sensibilidade dos músculos da
mastigação, progressão da doença periodontal e distúrbios da ATM. Este hábito
ainda pode estar relacionado a desordens envolvendo a tuba auditiva, como os
casos de otite média crônica. Os autores concluíram que a forma de tratamento mais
indicada depende do fator etiológico, bem como dos sinais e sintomas apresentados,
sendo, portanto fundamental o diagnóstico correto. Destacaram-se os tratamentos
psicológicos, os medicamentosos, os procedimentos restauradores, o uso de placa
de mordida e o ajuste oclusal, devendo ser usados em conjunto e de preferência de
forma multidisciplinar, envolvendo profissionais como os Pediatras, Odontopediatras,
Psicólogos e Otorrinolaringologistas.
Herrera et al. (2006) pesquisaram sobre o sono de crianças com
bruxismo, a prevalência do refluxo gastro-esofágico nesses pacientes e também a
associação do bruxismo com o comportamento infantil. A amostra foi composta por
10 crianças de idades entre 5 e 15 anos que foram atendidas no Hospital St.
Christopher, na Filadélfia. Crianças que apresentavam o diagnóstico de “ranger os
dentes” por 3 vezes ou mais por semana, durante 6 meses, eram convidadas a
participar do estudo. O teste estatístico utilizado para a análise dos resultados foi o
teste two-tailed (p