Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Revisão da literatura 22
familiares, animal, brinquedo, ou luz acesa durante o sono e existência de
perturbações do sono como enurese, bruxismo, sonambulismo, terrores noturnos e
pesadelos. Antecedentes patológicos ativos passíveis à perturbação do sono
estavam presentes em 22% da amostra. As patologias encontradas foram às
seguintes: otorrinolaringologia em 12% das crianças, asma em 9 % e eczema
atópico em 1 %. Para o grupo etário estudado, foram considerados três tempos de
sono noturno: adequado entre 9 e 10 horas; excessivo se superior ou igual a 11
horas; e deficiente quando inferior ou igual a 8 horas. Verificou-se que 89% das
crianças tinham um tempo de sono noturno adequado, 11% excessivo e nenhuma
criança tinha tempo insuficiente de sono noturno. Constatou-se, ainda, que 17% das
crianças da amostra dormiam na cama dos pais e 41% destas tinham medo de
dormir sozinhas. O hábito de dormir com a companhia de um animal foi descrito por
três crianças e com um objeto por 25. Os dados relativos a pesadelos, bruxismo,
sonambulismo, terrores noturnos, enurese e insônia foram considerados apenas
quando ocorriam pelo menos uma vez por mês. Os despertares noturnos ocorreram,
sobretudo, em crianças de 5 a 7 anos e as parassonias mais freqüentes foram os
pesadelos (46%). Em 24% das crianças, detectou-se o bruxismo, em 12% os
terrores noturnos, em 10% o sonambulismo e em 2% a enurese noturna (emissão de
urina no período noturno em crianças com idade igual ou superior a 6 anos). O
sonambulismo foi a variável mais freqüente com outras perturbações do sono, tais
como os terrores noturnos, os pesadelos e o bruxismo. Os autores concluíram que a
educação para a saúde infantil deve incluir uma educação sobre os processos
básicos relacionados ao sono, devendo haver melhoria da higiene do sono e
modificações comportamentais.