Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Revisão da literatura 9
dentadura, 39,34% das crianças com bruxismo apresentaram-se em fase de
dentadura decídua e 24,34% em fase de dentadura mista. Entre as crianças com
bruxismo, 27,87% eram crianças ansiosas, 31,15% hiperativas e 51% com
problemas respiratórios e\ou alérgicos. Observou-se uma maior prevalência de BEN
em crianças de 2 a 5 anos e de 10 a 11 anos de idade. Os autores concluíram que o
BEN não pode ser correlacionado às seguintes variáveis: fator econômico, sexo,
problemas de saúde de ordem geral, presença de outros hábitos bucais
parafuncionais e grau de má oclusão.
Pavarina, Bussadori e Alencar Jr. (1999) objetivaram, em sua revisão de
literatura, chamar a atenção do cirurgião-dentista a respeito da alta prevalência de
hábitos parafuncionais como o bruxismo e também a sua etiologia multifatorial. De
acordo com os autores, as estruturas do sistema estomatognático estão intimamente
inter-relacionadas e as atividades básicas do sistema estão agrupadas em duas
categorias: a funcional e a parafuncional. A primeira permite que o organismo realize
funções necessárias com danos mínimos às estruturas, como mastigar, falar e
deglutir. Já a atividade parafuncional não apresenta um propósito definido, não
estando associada a nenhuma outra função do organismo. Os autores revisaram
vários artigos e concluíram que os fatores etiológicos do bruxismo podem ser
desencadeados no indivíduo pela interação de três fatores: psicológico, muscular e
dentário, podendo ainda incluir o fator ocupacional e emocional. Neste artigo, é
enfatizado que o bruxismo está relacionado com a frustração, a ansiedade, a raiva e
que estes, quando interagindo com o estresse, promovem um aumento do tônus
muscular em todos os músculos voluntários. As interferências oclusais não foram
classificadas por vários autores como fator desencadeante do bruxismo, mas sim
como fator coadjuvante. Os fatores sistêmicos, como a Síndrome de Down e alguns