BRUXISMO: Uma Visão Fonoaudiológica das Causas e ... - CEFAC

O bruxismo pode contribuir para o desenvolvimento de uma pseudoclasse
III, acelerar a extração de dentes decíduos e com isto retardar ou acelerar a
erupção dos dentes permanentes. Na dentição mista, o hábito pode acabar com a
guia anterior induzindo trauma sobre os dentes posteriores nos movimentos
protrusivos. Na dentição permanente, pode provocar o apinhamento nos dentes
anteriores, e com o tempo, facilitar a instalação de doença periodontal.
BEYRON ,apontado por FANTINI (1990) , enfatiza que como o bruxismo
ocorre inconscientemente, a preocupação com a dor e o funcionamento dos
processos protetores do sistema neuromuscular encontram-se diminuídos. Desta
forma, as forças oclusais podem ser extremamente fortes e exercidas por períodos
longos. É principalmente, na presença do bruxismo que podem manifestar-se
tensões excessivas, com consequentes danos aos músculos e à ATM.
Na manifestação do bruxismo, os contatos dentais são contínuos, pesados
e podem ser gerados em uma direção lateral. Na fonação, deglutição e
mastigação, os contatos dentais totalizam, geralmente, 2 horas por dia.
É observado que todos indivíduos com bruxismo são portadores de um
padrão de hiperatividade muscular crônica. O aumento na tonicidade muscular
pode induzir a um aumento de atividade livre noturna. O hipertonismo muscular
pode ser observado tanto clínica (palpação muscular) como
eletromiograficamente. Os músculos da face mais envolvidos durante os períodos
de bruxismo são masséter, temporal e pterigóideo interno.
O tônus aumentado na musculatura dos indivíduos com bruxismo é uma
consequência da tensão emocional aumentada e dos estímulos negativos que se
originam na oclusão desequilibrada.
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