18.06.2013 Views

Bruxismo; Fisioterapia - Fisio-tb.unisul.br - Unisul

Bruxismo; Fisioterapia - Fisio-tb.unisul.br - Unisul

Bruxismo; Fisioterapia - Fisio-tb.unisul.br - Unisul

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

TRATAMENTO DE BRUXISMO COM A CORRENTE INTERFERENCIAL –<<strong>br</strong> />

UM ESTUDO DE CASO<<strong>br</strong> />

RESUMO<<strong>br</strong> />

Daniela Ramos Bulzing 1<<strong>br</strong> />

Mara Inês Baptistella Ferão 2<<strong>br</strong> />

A presente pesquisa trata-se de um estudo de caso (RUDIO, 1998, p. 57) realizado no período<<strong>br</strong> />

de a<strong>br</strong>il a maio de 2002, na Clínica-Escola de <strong><strong>Fisio</strong>terapia</strong> da UNISUL, em Tubarão, SC. Foi<<strong>br</strong> />

realizada com um paciente <strong>br</strong>uxista, gênero feminino, 21 anos, universitário, submetido à<<strong>br</strong> />

avaliação fisioterapêutica da ATM. Objetivou verificar a eficácia do recurso eletroterapêutico<<strong>br</strong> />

com corrente interferencial (C.I.) no tratamento da dor, alterações no tônus muscular e na<<strong>br</strong> />

amplitude de movimento (ADM) ativa da articulação temporomandibular (ATM) em um<<strong>br</strong> />

paciente com <strong>br</strong>uxismo. Para Maciel (1998, p. 200), o <strong>br</strong>uxismo é o comportamento<<strong>br</strong> />

parafuncional de ranger ou apertar os dentes sem finalidade funcional, sendo um dos<<strong>br</strong> />

principais fatores etiológicos para as disfunções temporomandibulares (DTM’s). Realizaramse<<strong>br</strong> />

10 sessões com C.I. e após a reavaliação fisioterapêutica observou-se redução do quadro<<strong>br</strong> />

álgico e inalteração do tônus muscular e da ADM ativa da ATM.<<strong>br</strong> />

Palavras-chaves: Disfunção Temporomandibular (DTM); <strong>Bruxismo</strong>; <strong><strong>Fisio</strong>terapia</strong>; Corrente<<strong>br</strong> />

Interferencial (C.I.).<<strong>br</strong> />

ABSTRACT<<strong>br</strong> />

The present research is a case study (RUDIO, 1998, p. 57) accomplished in the period of<<strong>br</strong> />

April to May of 2002, in the of UNISUL Physiotherapy School Clinic, in Tubarão, SC. The<<strong>br</strong> />

research was accomplished with a <strong>br</strong>uxist patient, feminine gender, 21 years, college student,<<strong>br</strong> />

submitted to the physiotherapeutic evaluation of TJA. It objectified to verify the effectiveness<<strong>br</strong> />

of the electrotherapeutic resource with Interferencial Current (IC) in the treatment of the pain,<<strong>br</strong> />

alterations in the muscular rigidity and in the movement width (MW) active of the temple/jaw<<strong>br</strong> />

articulation (TJA) in a patient with <strong>br</strong>uxism. For Maciel (1998, p. 200), the <strong>br</strong>uxism is the<<strong>br</strong> />

behavior parafunctional of to screech or to press the teeth without functional purpose, being<<strong>br</strong> />

one of the main etiological factors for the temple/jaw articulation dysfunctions (TJAD’s). Ten<<strong>br</strong> />

sessions were accomplished with IC and after the physiotherapeutic reevaluation it was<<strong>br</strong> />

observed reduction of the pain symptom and not alteration of the muscular rigidity and of<<strong>br</strong> />

MW active of TJA.<<strong>br</strong> />

Key-Words: Articulations Dysfunctions (TJAD’s); Bruxism; Physiotherapy; Interferencial<<strong>br</strong> />

Current (IC).<<strong>br</strong> />

1 Acadêmica do curso de fisioterapia da UNISUL, Tubarão, SC. Trabalho apresentado como requisito à obtenção<<strong>br</strong> />

do título Bacharel em <strong><strong>Fisio</strong>terapia</strong>.<<strong>br</strong> />

2 Professora e orientadora da pesquisa.


INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

As disfunções temporomandibulares podem ser causadas por distúrbios<<strong>br</strong> />

musculares, geralmente manifestados pelo paciente por dor e disfunção da mobilidade<<strong>br</strong> />

articular. Para Marques; Giacomini; Rosa (2000, p. 31), em função do aumento da incidência<<strong>br</strong> />

desse tipo de alteração, busca-se cada vez mais estratégias eficazes de tratamento para o<<strong>br</strong> />

problema.<<strong>br</strong> />

Segundo Marques; Giacomini; Rosa (2000, p. 31), a alteração da mobilidade da<<strong>br</strong> />

ATM, juntamente com a dor crânio-facial, resulta em um problema que custa à sociedade<<strong>br</strong> />

somas em jornadas de trabalho perdidas, medicamentos consumidos e sofrimento psicológico,<<strong>br</strong> />

social e orgânico. A qualidade de vida dessas pessoas é limitada pela gravidade da lesão;<<strong>br</strong> />

então, tratamentos realizados a fim de reduzir a dor e melhorar a função articular podem<<strong>br</strong> />

conduzir a uma maior independência social e orgânica.<<strong>br</strong> />

Afirma Okeson, apud Valle et al. (2002, p. 165), que o número de pacientes com<<strong>br</strong> />

lesões articulares atualmente é elevado, e muitos deles desconhecem sua patologia. Fonseca;<<strong>br</strong> />

Valle; Freitas (1994, p. 23) acrescentam que aproximadamente 6 milhões de <strong>br</strong>asileiros<<strong>br</strong> />

devam apresentar sinais e sintomas de DTM. Com isso, sofrem com sintomas como dores nas<<strong>br</strong> />

costas, cabeça e ouvido e alterações posturais, entre outros.<<strong>br</strong> />

Mediante os relatos dos autores supracitados, realizou-se essa pesquisa buscando<<strong>br</strong> />

um recurso dentro da eletroterapia que contribua para o alívio do quadro álgico nos pacientes<<strong>br</strong> />

que apresentam <strong>br</strong>uxismo, bem como à melhoria na qualidade de atendimento a esses<<strong>br</strong> />

pacientes. Com isso, além de ampliar sua área de atuação nas disfunções<<strong>br</strong> />

temporomandibulares (DTM’s), a <strong><strong>Fisio</strong>terapia</strong> poderá estimular estudos e pesquisas<<strong>br</strong> />

relacionados a essas disfunções, e os recursos fisioterapêuticos a serem utilizados para as<<strong>br</strong> />

mesmas.<<strong>br</strong> />

A presente pesquisa teve como objetivos gerais analisar a efetividade da terapia<<strong>br</strong> />

por corrente interferencial no tratamento da dor de um paciente com diagnóstico odontológico<<strong>br</strong> />

de <strong>br</strong>uxismo; verificar as condições do tônus muscular antes e depois do tratamento com a<<strong>br</strong> />

corrente interferencial e mensurar a amplitude de movimento (ADM) ativa dos movimentos<<strong>br</strong> />

da ATM antes e depois do tratamento com a corrente interferencial.<<strong>br</strong> />

MÉTODOS E TÉCNICAS<<strong>br</strong> />

A pesquisa realizada é descritiva, do tipo estudo de caso (Rudio, 1998, p. 55). O<<strong>br</strong> />

paciente T. N. L., 21 anos de idade, gênero feminino, apresentou-se dia 22 de a<strong>br</strong>il de 2002 na<<strong>br</strong> />

Clínica-Escola de <strong><strong>Fisio</strong>terapia</strong> da UNISUL, em Tubarão, SC, para avaliação fisioterapêutica


da ATM, com diagnóstico odontológico de <strong>br</strong>uxismo. Teve indicação de placa de resina<<strong>br</strong> />

noturna há um ano, porém, sem reajustes periódicos e uso intermitente. Usou aparelho<<strong>br</strong> />

dentário fixo (14 aos 18 anos) e teve extração de todos os terceiros molares. Apresentava<<strong>br</strong> />

como sintomatologia dor na “bochecha” durante o dia e à noite e cefaléia, desencadeada pelo<<strong>br</strong> />

rangimento conforme relatado, além de desgaste dentário nos incisivos inferiores. No exame<<strong>br</strong> />

fisioterapêutico, encontrava-se em bom estado de saúde e negou estar fazendo uso de<<strong>br</strong> />

medicação. Apresentou desvio da linha média para o lado direito no movimento de abertura e<<strong>br</strong> />

fechamento bucais. Em posição de intercuspidação não apresentou desvio. Ausência de<<strong>br</strong> />

deflexão. Encontrou-se limitação no movimento de laterotrusão bilateralmente, mais limitada<<strong>br</strong> />

à direita. Apresentava movimento de abertura igual a 45 mm. Não apresentava clicks ou<<strong>br</strong> />

estalidos, e também não referiu ocorrência anterior. Relatou alguns hábitos parafuncionais<<strong>br</strong> />

além do rangimento noturno dos dentes: apertamento dentário diurno; morder caneta e<<strong>br</strong> />

bochecha. No exame postural, observou-se cabeça anteriorizada; diferença na altura dos<<strong>br</strong> />

om<strong>br</strong>os, estando o direito mais elevado e mem<strong>br</strong>os superiores em rotação externa.<<strong>br</strong> />

Foi realizada a avaliação funcional da ATM, com a paciente sentada, com<<strong>br</strong> />

objetivo de observar tônus muscular dos músculos masseter superficial e profundo, temporal,<<strong>br</strong> />

pterigóideos lateral e medial e digástrico, através de palpação muscular, bem como a<<strong>br</strong> />

amplitude de movimento (ADM) ativa da articulação, mensurada através de uma régua<<strong>br</strong> />

analógica.<<strong>br</strong> />

Como instrumentos para a avaliação e para os procedimentos fisioterapêuticos,<<strong>br</strong> />

foram utilizados: ficha de avaliação fisioterapêutica, inspirada na avaliação de Oliveira (2002,<<strong>br</strong> />

p. 216) e adaptada pela própria pesquisadora conforme as necessidades; régua analógica de 15<<strong>br</strong> />

cm, marca MAPED®; Escala de Dor citada por Oliveira (2002, p. 216) e Endophasys I KLD-<<strong>br</strong> />

Biosistemas, com intensidade entre 4000 e 4040Hz.<<strong>br</strong> />

Para aplicação da C. I., a paciente era posicionada em decúbito dorsal (DD), com<<strong>br</strong> />

travesseiro sob a cabeça. Moller apud Marzola; Marques; Marzola (2002, p. 126) afirma ser<<strong>br</strong> />

essa a posição ideal para manejo de pacientes com alterações na tonicidade muscular<<strong>br</strong> />

mastigatória. Os eletrodos utilizados foram de silicone com gel, posicionados na direção das<<strong>br</strong> />

fi<strong>br</strong>as musculares do músculo masseter. A intensidade selecionada objetivou analgesia;<<strong>br</strong> />

portanto, variou entre 4000Hz e 4040Hz. A média da variação da freqüência de modulação de<<strong>br</strong> />

amplitude (AMF) foi igual a 20Hz, e da AMF, de 40Hz; a paciente não tolerou intensidade<<strong>br</strong> />

superior. O método selecionado foi de dois pólos ou bipolar. Foram realizadas 10 sessões,<<strong>br</strong> />

com duração de aproximadamente 50 minutos cada.


ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS<<strong>br</strong> />

Mediante os objetivos da pesquisa em questão, pôde-se observar que a dor<<strong>br</strong> />

relatada pela paciente reduziu de grau 4 para grau 2, comparando-se a data da avaliação<<strong>br</strong> />

fisioterapêutica com o término da décima sessão, respectivamente. Houve, portanto, uma<<strong>br</strong> />

variação de 2 graus, conforme o gráfico a seguir:<<strong>br</strong> />

Escala de Dor<<strong>br</strong> />

Gráfico 1 – Comparação da dor na avaliação e reavaliação fisioterapêutica<<strong>br</strong> />

de um paciente <strong>br</strong>uxista após tratamento com corrente<<strong>br</strong> />

interferencial.<<strong>br</strong> />

Fonte: dados coletados pela própria pesquisadora.<<strong>br</strong> />

Também foram analisados o tônus muscular dos músculos masseter superficial e<<strong>br</strong> />

profundo, pterigóideos medial e lateral e digástrico, avaliados segundo o método citado por<<strong>br</strong> />

Oliveira (2002, p. 216), no qual “+” (uma cruz) corresponde ao tônus muscular leve ou<<strong>br</strong> />

moderado, e “++” (duas cruzes), ao tônus muscular exacerbado. Como os gráficos foram<<strong>br</strong> />

produzidos pelo Microsoft Excel, versão 98, que somente aceita números e não sinais, “+” foi<<strong>br</strong> />

substituída no gráfico pelo número 5, enquanto “++” foram substituídas pelo número 10.<<strong>br</strong> />

Observou-se uma importante diferença de tônus muscular entre as hemifaces<<strong>br</strong> />

direita e esquerda, o que pode estar relacionado com a mobilidade de laterotrusão para a<<strong>br</strong> />

esquerda ser maior. Mantiveram-se os valores após o tratamento, como pode ser verificado<<strong>br</strong> />

nos gráficos a seguir:<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Gráficos 2 e 3 - Comparação do tônus muscular na avaliação e reavaliação<<strong>br</strong> />

fisioterapêutica de um paciente <strong>br</strong>uxista após tratamento<<strong>br</strong> />

com corrente interferencial.<<strong>br</strong> />

Avaliação<<strong>br</strong> />

Reavaliação


Gráfico 2 – Tônus muscular da hemiface direita<<strong>br</strong> />

Tônus<<strong>br</strong> />

muscular<<strong>br</strong> />

Tônus muscular<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Fonte: dados coletados pela própria pesquisadora.<<strong>br</strong> />

Gráfico 3 – Tônus muscular da hemiface esquerda<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Masseter<<strong>br</strong> />

superficial<<strong>br</strong> />

Masseter<<strong>br</strong> />

superficial<<strong>br</strong> />

Masseter<<strong>br</strong> />

profundo<<strong>br</strong> />

Masseter<<strong>br</strong> />

profundo<<strong>br</strong> />

Pterigóideo<<strong>br</strong> />

medial<<strong>br</strong> />

Pterigóideo<<strong>br</strong> />

medial<<strong>br</strong> />

Pterigóideo<<strong>br</strong> />

lateral<<strong>br</strong> />

Pterigóideo<<strong>br</strong> />

lateral<<strong>br</strong> />

Fonte: dados coletados pela própria pesquisadora.<<strong>br</strong> />

A ADM ativa da ATM foi mensurada nos movimentos de abertura, protusão e<<strong>br</strong> />

laterotrusão bilateral. O movimento de abertura mostrou-se dentro dos valores normais, que<<strong>br</strong> />

estão entre 45 e 60mm, segundo Garcia; Souza, apud Marques; Giacomini; Rosa (2000, p.<<strong>br</strong> />

33). O movimento de protusão estava prejudicado, visto o valor de referência ser de<<strong>br</strong> />

aproximadamente 9 mm (GARCIA et al. apud MARQUES, GIACOMINI; ROSA, 2000, p.<<strong>br</strong> />

Digástrico<<strong>br</strong> />

Digástrico<<strong>br</strong> />

Músculo<<strong>br</strong> />

Músculo<<strong>br</strong> />

Avaliação<<strong>br</strong> />

Reavaliação<<strong>br</strong> />

Avaliação<<strong>br</strong> />

Reavaliação


33). Os movimentos da laterotrusão mostraram uma importante diferença comparando-se o<<strong>br</strong> />

movimento para a esquerda e para a direita, sendo que o lado esquerdo apresentou valores<<strong>br</strong> />

mais próximos aos normais, aproximadamente 10 mm (MARQUES; GIACOMINI; ROSA,<<strong>br</strong> />

2000, p. 33). A mensuração não mostrou alterações após o tratamento em nenhum dos<<strong>br</strong> />

movimentos avaliados, como mostra o gráfico:<<strong>br</strong> />

ADM (mm)<<strong>br</strong> />

Gráfico 4 – Comparação da ADM ativa na avaliação e reavaliação<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

4545<<strong>br</strong> />

fisioterapêutica de um paciente <strong>br</strong>uxista após tratamento<<strong>br</strong> />

com corrente interferencial.<<strong>br</strong> />

Fonte: dados coletados pela própria pesquisadora.<<strong>br</strong> />

Como a pesquisa foi direcionada a avaliar a corrente interferencial como recurso<<strong>br</strong> />

terapêutico na resposta à dor, o tônus muscular e a ADM ativa da articulação, não foram<<strong>br</strong> />

abordadas outras modalidades terapêuticas como massoterapia, cinesioterapia e terapia<<strong>br</strong> />

manual, entre outras. Esse pode ter sido um dos fatores pelos quais o tônus muscular e a ADM<<strong>br</strong> />

não alteraram, conforme mostrado acima.<<strong>br</strong> />

2 2 1 1<<strong>br</strong> />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<<strong>br</strong> />

6 6<<strong>br</strong> />

Abertura Protusão Lateralização direita Lateralização<<strong>br</strong> />

esquerda<<strong>br</strong> />

Avaliação<<strong>br</strong> />

Reavaliação<<strong>br</strong> />

Movimento<<strong>br</strong> />

Após 10 sessões de tratamento, foi possível avaliar que a C.I. apresentou-se eficaz<<strong>br</strong> />

na redução do quadro álgico do paciente, visto ter reduzido sua dor de grau 4 para grau 2 ao<<strong>br</strong> />

término do tratamento; porém a C.I. não se mostrou eficaz, se aplicada isoladamente, como no<<strong>br</strong> />

referido caso, para reduzir/alterar o tônus muscular dos músculos masseter superficial,<<strong>br</strong> />

masseter profundo, pterigóideos medial e lateral e digástrico. O tônus permaneceu inalterado


após o tratamento; e a C.I. não se mostrou eficaz para restabelecer uma ADM fisiológica dos<<strong>br</strong> />

movimentos de abertura, protusão e laterotrusão bilateral da ATM, pois os mesmos não<<strong>br</strong> />

sofreram alterações quando comparados com a avaliação.<<strong>br</strong> />

Sugere-se, portanto, que novas pesquisas sejam realizadas para abordar o tema,<<strong>br</strong> />

explorando a associação de C.I. com outras abordagens terapêuticas, como terapia manual ou<<strong>br</strong> />

cinesioterapia, como incentivo a pesquisas com uma população maior. Com isso, a<<strong>br</strong> />

fisioterapia amplia seu mercado de trabalho, pois as técnicas empregadas constituem uma<<strong>br</strong> />

terapia coadjuvante importante para o tratamento do alívio da dor, deixando em evidência a<<strong>br</strong> />

eficácia do tratamento e acompanhamento fisioterapêutico aos pacientes com DTM’s.<<strong>br</strong> />

Por existir uma íntima relação entre as disfunções da ATM e alterações posturais,<<strong>br</strong> />

conforme abordado na literatura revisada, sugere-se também que cada vez mais promovam-se<<strong>br</strong> />

trabalhos em equipe multidisciplinar e interdisciplinar, mais especificamente entre a<<strong>br</strong> />

fisioterapia e a odontologia. Juntas, os objetivos de tratamento e a atenção a esses clientes são<<strong>br</strong> />

mais facilmente atingidos, proporcionando um aumento à adesão ao tratamento e refletindo na<<strong>br</strong> />

melhora da qualidade de vida da população atingida.<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />

FONSECA, D. M.; VALLE, G. B. A. L. do; FREITAS, S. F. T. Diagnóstico pela Anamnese<<strong>br</strong> />

da Disfunção Craniomandibular. RGO Oclusão. Porto Alegre: Inodon, v. 42, n. 1, jan./fev.<<strong>br</strong> />

1994, p. 23-28.<<strong>br</strong> />

MACIEL, R. N. Parafunções-Disfunções. In:______. Oclusão e ATM. Procedimentos<<strong>br</strong> />

Clínicos. São Paulo: Santos, 1998, cap. 1, p. 195-202.<<strong>br</strong> />

MARQUES, A. R.; GIACOMINI, G. C.; ROSA, L. H. T. da. Intervenção <strong>Fisio</strong>terapêutica em<<strong>br</strong> />

indivíduos portadores de disfunção da articulação temporomandibular. Praxisterapia. Revista<<strong>br</strong> />

do curso de <strong><strong>Fisio</strong>terapia</strong> da UNICRUZ. Cruz Alta, v. 2, ano 2, dez./2000, p. 30-33.<<strong>br</strong> />

MARZOLA, F. T.; MARQUES, A. P.; MARZOLA, C. Contribuição da <strong><strong>Fisio</strong>terapia</strong> para a<<strong>br</strong> />

Odontologia nas Disfunções da Articulação Temporomandibular. Revista Odonto Ciência.<<strong>br</strong> />

Porto Alegre: PUCRS, v. 17, n. 1, a<strong>br</strong>./jun. 2002, p. 119-133.<<strong>br</strong> />

OLIVEIRA, W. Exame clínico. In:______. Disfunções Temporomandibulares. São Paulo:<<strong>br</strong> />

Artes Médicas, 2002, p. 189-216.<<strong>br</strong> />

RUDIO, F. V. Pesquisa descritiva e experimental. In:______. Introdução ao projeto de<<strong>br</strong> />

pesquisa científica. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 1998, cap. 5, p. 55-69.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!