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1 INTRODUÇÃO<br />

Os recursos florestais têm sido essenciais<br />

para a sobrevivência <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de. Nesse<br />

contexto o Brasil representa um papel chave, pois<br />

de acordo com FAO (2001), quase 50% <strong>da</strong>s<br />

reservas mundiais de floresta tropical estão <strong>na</strong><br />

<strong>Amazônia</strong>. E, como relata Costa (2005), essa<br />

região é rica em biodiversi<strong>da</strong>de e suas florestas<br />

têm potencial para a produção madeireira.<br />

Porém, a exploração florestal <strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong>,<br />

ain<strong>da</strong>, ocorre, em alguns casos, de forma<br />

pre<strong>da</strong>tória. Como estímulos para que tal fato<br />

exista, Sucupira (2002) lista o baixo custo <strong>da</strong><br />

ilegali<strong>da</strong>de, a facili<strong>da</strong>de para se obter<br />

autorizações de desmatamento e as políticas de<br />

extensão rural e de crédito volta<strong>da</strong>s, basicamente,<br />

à expansão e modernização <strong>da</strong> agropecuária.<br />

Vale citar Amaral et al. (1998) quando<br />

alertam que a exploração madeireira<br />

convencio<strong>na</strong>l causa impactos negativos <strong>na</strong><br />

floresta. Mais especificamente, ela provoca a<br />

extinção <strong>da</strong>s árvores de grande porte, que são<br />

chaves <strong>na</strong> produção de sementes; <strong>da</strong>nos aos<br />

indivíduos jovens com a exploração, gerando<br />

prejuízo ao estoque remanescente e redução<br />

<strong>da</strong> população de certas espécies e, por último,<br />

a abertura no dossel, ao facilitar a entra<strong>da</strong> do<br />

fogo <strong>na</strong> floresta afeta àquelas menos<br />

resistentes a ele.<br />

Entretanto, segundo Teixeira (2001), a<br />

socie<strong>da</strong>de vem tentando solucio<strong>na</strong>r os problemas<br />

advindos do desmatamento nos trópicos. Para tal,<br />

tem buscado identificar, e entender, as causas<br />

desses fatos e, a partir disso, definir políticas para<br />

corrigi-los.<br />

Salienta-se que, com a evolução dos<br />

conhecimentos sobre a floresta, surgiu o Manejo<br />

Florestal Sustentável (MFS), e com ele a<br />

possibili<strong>da</strong>de do uso correto desse recurso<br />

<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011.<br />

<strong>na</strong>tural. Sobre esse tema, Amaral et al. (1998)<br />

argumentam que tal procedimento reduz os<br />

<strong>da</strong>nos <strong>na</strong> floresta, eleva a produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

exploração e melhora a segurança do trabalho.<br />

Sucupira (2002) complementa informando que o<br />

mercado, exigindo ca<strong>da</strong> vez mais madeira com<br />

origem em áreas maneja<strong>da</strong>s, também vem<br />

atuando em prol do uso racio<strong>na</strong>l desses recursos<br />

<strong>na</strong>turais.<br />

Outro instrumento com potencial para<br />

fomentar o aproveitamento dos estoques<br />

florestais via manejo sustentável é a concessão<br />

florestal, pois como reporta El-Lakany (2002),<br />

uma <strong>da</strong>s formas que os governos recorrem para<br />

promover o uso <strong>da</strong>s florestas públicas.<br />

To<strong>da</strong>via, mesmo com o desenvolvimento<br />

de conceitos e técnicas, assim como <strong>da</strong>s<br />

mu<strong>da</strong>nças <strong>na</strong>s políticas gover<strong>na</strong>mentais, que<br />

levam ao uso racio<strong>na</strong>l <strong>da</strong>s florestas tropicais,<br />

ain<strong>da</strong> não está clara a superiori<strong>da</strong>de ou não dos<br />

custos de exploração em uma área maneja<strong>da</strong>,<br />

em relação aos obtidos <strong>na</strong> colheita madeireira a<br />

qual ocorre em locais de desmate. Nesse sentido,<br />

cabe <strong>aqui</strong> mencio<strong>na</strong>r que Johnson e Sarre (1995)<br />

e Thiele (1994) indicam os fatores econômicos<br />

como os maiores obstáculos à efetiva<br />

implantação do MFS nos trópicos.<br />

Applegate et al, (2004) acrescentam que<br />

os donos de firmas madeireiras não adotaram,<br />

ain<strong>da</strong>, o manejo florestal, <strong>na</strong> sua plenitude, por<br />

crerem ser tal operação mais cara que a<br />

exploração florestal convencio<strong>na</strong>l. Porém, esses<br />

autores põem em dúvi<strong>da</strong> se esses empresários<br />

conhecem, corretamente, os custos <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des<br />

florestais.<br />

Do exposto, é oportu<strong>na</strong> a realização de<br />

pesquisas que abordem os custos do MFS no Acre.<br />

Tal afirmação se embasa no Programa Estadual<br />

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