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No entanto, esse problema está sendo equacionado, pois as áreas de florestas públicas estão sendo disponibilizadas para o setor produtivo, por meio das concessões florestais. Dessa forma, no Estado estão sendo criadas condições favoráveis para o aumento das áreas de manejo de florestas nativas. Nesse sentido, precisam ser resolvidos alguns entraves que estão impedindo o desenvolvimento da atividade de manejo florestal. Estes foram identificados pelo IDEFLOR (2010), tais como: o descumprimento do prazo para análise dos planos de manejo florestal sustentável (40 dias), a dificuldade de comunicação com os órgãos fundiários, a rotatividade dos profissionais, 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A extensa área de cobertura florestal com elevada biodiversidade, composta de espécie de alto valor econômico aliado às condições de relevo, em sua maioria de superfície plana, possibilitou o desenvolvimento do setor florestal madeireiro no Pará, sendo o estado da região amazônica com maior número de empresas instaladas e o principal produtor de madeira tropical. Aliado a isso, a crescente demanda de produtos florestais não madeireiros por diversos segmentos industriais, aumentou a importância socioeconômica desse setor para o Estado e região, visto a sua contribuição na geração de divisas e emprego para a população, tanto em área rural como urbana, pois apresenta grande capilaridade. Apesar disso, somente recentemente, com a presença do IDEFLOR, intensificou-se a discussão sobre as questões florestais do estado, sendo identificados os entraves que estão dificultando o desenvolvimento das atividades inerentes ao setor. Nesse sentido, com a existência de um Instituto responsável pela gestão florestal, espera-se que sejam tomadas as medidas deficiência de informações e qualificação na elaboração de mapa, entre outros. Outra ação do Banco da Amazônia, no estado do Pará, consiste no desenvolvimento de pesquisa científica/tecnológica e qualificação dos recursos humanos em parceria com instituições de ensino e pesquisa, sendo aplicado um montante de R$ 1.168,9 mil. Dessa forma, vem contribuindo com esse setor, na geração de conhecimentos nas atividades de manejo florestal (empresarial e comunitário), sistemas agroflorestais, reflorestamento, produção florestal (madeireira e não madeireira), bem como, na qualificação de recursos humanos. necessárias para resolver tais problemas, incluindo o processo de concessão florestal a qual precisa ser dado maior dinamismo. Tais medidas juntamente com o melhor aproveitamento da matéria-prima poderão contribuir com o desempenho do setor florestal no Estado. Para tanto, há necessidade que sejam implementadas políticas com a finalidade de incentivar a modernização do parque industrial, de modo, a buscar o avanço tecnológico, reduzir o desperdício e aumentar a oferta de produtos de maior valor agregado, trazendo benefícios sociais, econômicos e ambientais. Quanto as linhas de financiamento, os recursos vêm sendo disponibilizados para o setor florestal por meio de programas específicos voltados para a área rural (florestas nativas e plantadas) e industrial (maquinários e equipamentos). Esses precisam ser mais divulgados e acessíveis, pois juntamente com os programas governamentais, poderão contribuir para o fortalecimento e sustentabilidade da produção florestal no estado do Pará. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 76
Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE FLORESTAS PLANTADAS (ABRAF). Anuário estatístico da ABRAF 2010, ano base 2009. Brasília, DF, 2010. 140 p. ______. Anuário estatístico da ABRAF 2012, ano base 2011. Brasília, DF, 2012. 150 p. BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 19 jul. 2000. Seção 1. Disponível em: . Acesso em: 23 abr. 2012. BRASIL. Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 3 mar. 2006. Seção 1. Disponível em: . Acesso em: 23 abr. 2012. BUAINAIAN, A. M.; BATALHA, M. O. Cadeia produtiva de madeira. Brasília, DF: IICA; MAPA/SPA, 2007. 84 p. COSTA, P. A.; LOPES, M. L. B.; CAMILO, P. F. Breve histórico do comércio exterior da Amazônia. Contexto Amazônico, Belém, v. 4, n. 21, dez. 2011. COSTA, D. H. M.; BAHIA, M. L. L.; REBELLO, F. K.; SANTANA, A. C. de. Oportunidade de negócios na cadeia florestal da Amazônia brasileira. Belém: Banco da Amazônia, 2010. 68 p. (Estudos Setoriais 8). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção da extração vegetal e silvicultura. 2011. Disponível em: . Acesso em: 23 abr. 2012. INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL DO ESTADO DO PARÁ (IDEFLOR). Plano anual de outorga florestal do estado do Pará 2011. Belém, 2011. 68 p. ______. Plano safra florestal madeireiro do estado do Pará 2010. Belém, 2010. 48 p. INSTITUTO DE PESQUISAS ESPACIAIS. Desflorestamento nos municípios da Amazônia legal para o ano de 2010. In: ______. Monitoramento de floresta amazônica por satélite (PRODES). 2011. Disponível em: . Acesso em: 23 abr. 2012. LENTINI, M.; PEREIRA, D.; CELENTANO, D.; PEREIRA, R. Fatos florestais da Amazônia 2005. Belém: IMAZON, 2005. 140 p. LENTINI, M.; VERISSÍMO, A.; SOBRAL, L. Fatos florestais da Amazônia 2003. Belém: IMAZON, 2003. 110 p. MATOS, M. M. Estudo das cadeias de comercialização de produtos florestais não-madeireiros nas regiões de integração do estado do Pará. Belém, 2010. Palestra da Sexta Técnica Banco da Amazônia. MARTINS, D. O desafio de implementar a concessão florestal. Pará Industrial, Belém, v. 4, n. 18, p. 17, dez. 2011. MONTEIRO, A.; CARDOSO, D.; CONRADO, D.; VERÍSSIMO, A.; SOUZA JUNIOR, C. Transparência manejo florestal do estado do Pará (2007 a 2008). Belém: IMAZON, 2009. 10 p. 77
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