Baixe aqui a revista na integra - Banco da Amazônia
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citamos: o descumprimento do prazo para análise<br />
dos projetos de reflorestamento (20 dias), a<br />
rotativi<strong>da</strong>de dos profissio<strong>na</strong>is, deficiência de<br />
informações e ausência do padrão <strong>na</strong> elaboração<br />
dos projetos florestais, entre outros.<br />
O <strong>Banco</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong>, visando o<br />
desenvolvimento dessa ativi<strong>da</strong>de, disponibiliza<br />
recursos por meio do Programa de Fi<strong>na</strong>nciamento<br />
para Manutenção e Recuperação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de<br />
Amazônica (FNO BIODIVERSIDADE), tanto em áreas<br />
de uso alter<strong>na</strong>tivo do solo, como em reserva legal<br />
4.4 MANEJO FLORESTAL<br />
No estado do Pará em decorrência <strong>da</strong><br />
extensa cobertura florestal, aliado a<br />
predominância de relevo com superfícies pla<strong>na</strong>s<br />
e suavemente ondula<strong>da</strong>, favoreceu o<br />
desenvolvimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Como antes<br />
citado, em 2009, atuavam 1.067 empresas, sendo<br />
consumido um total de 6.599 mil m 3 de madeira<br />
em tora.<br />
Cabe salientar que em 2009 a SEMA<br />
liberou 4.429,6 mil m 3 de madeira, desse total<br />
81% foram oriundos de projetos de manejo de<br />
florestas <strong>na</strong>tivas, 13% de reflorestamento e o<br />
restante (6%) de autorização de supressão<br />
vegetal (IDEFLOR, 2010). Portando, conforme<br />
previsto no Código Florestal Brasileiro (Lei nº<br />
4.771/1965), o manejo se constitui a principal<br />
fonte legal de matéria-prima para a ativi<strong>da</strong>de.<br />
Conforme consta <strong>na</strong> Lei de Gestão de<br />
Florestas Públicas, o manejo sustentável consiste<br />
<strong>na</strong> administração <strong>da</strong> floresta para obtenção de<br />
benefícios econômicos, sociais e ambientais,<br />
respeitando-se os mecanismos de sustentação do<br />
ecossistema objeto do mesmo e considerando-se,<br />
a utilização de várias espécies madeireiras, de<br />
múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros<br />
bem como de outros bens e serviços florestais.<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011.<br />
(recuperação), sendo fi<strong>na</strong>ncia<strong>da</strong>s as seguintes<br />
linhas: manejo florestal, reflorestamento, sistemas<br />
agroflorestais, entre outros.<br />
Dessa forma, até 2010, houve aplicação do<br />
montante de R$ 44,5 milhões em projetos de<br />
reflorestamento. Considerando essa ativi<strong>da</strong>de e<br />
o manejo foram investidos, no setor florestal do<br />
estado do Pará, um total de recursos de R$ 46,3<br />
milhões. Portanto, 96,04% destes disponibilizados<br />
para obtenção de matéria-prima do setor foi<br />
direcio<strong>na</strong>do para o reflorestamento.<br />
Segundo a UNIFLOR (2006), a parceria<br />
entre o setor produtivo, universi<strong>da</strong>des,<br />
instituições de pesquisa e ONGS contribuíram<br />
para melhorar o conhecimento sobre manejo<br />
florestal sustentável e trei<strong>na</strong>mento de mão de<br />
obra. Essa iniciativa foi importante para o<br />
avanço dessa ativi<strong>da</strong>de e possibilitou a<br />
certificação, que segundo Pereira et al. (2010)<br />
atingiu 2.376,1 mil ha de floresta <strong>na</strong>tiva<br />
certifica<strong>da</strong> no estado do Pará, sendo 832,6 mil<br />
ha de manejo florestal empresarial e 1.543,5<br />
mil ha de comunitário.<br />
Com relação às linhas de crédito<br />
disponíveis para a ativi<strong>da</strong>de de manejo de<br />
florestas <strong>na</strong>tivas, o <strong>Banco</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong>, oferece<br />
recursos por meio do FNO BIODIVERSIDADE.<br />
Para essa ativi<strong>da</strong>de, até 2010, houve aplicação<br />
no total de R$ 1,8 milhão, correspondendo<br />
ape<strong>na</strong>s 3,9% do montante disponibilizado para<br />
a obtenção de matéria-prima. Esse valor poderia<br />
ser mais elevado, porém de acordo com<br />
Veríssimo et al. (2006) o baixo desempenho do<br />
FNO Floresta, no período de 2003 a 2005, foi<br />
em decorrência <strong>da</strong> crise vivencia<strong>da</strong> pelo setor<br />
de floresta <strong>na</strong>tiva, visto a impossibili<strong>da</strong>de de<br />
acesso as florestas públicas, ficando o manejo<br />
florestal restrito as áreas priva<strong>da</strong>s.<br />
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