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4.3 PLANTAÇÃO FLORESTAL<br />
As florestas planta<strong>da</strong>s representam uma<br />
parcela muito peque<strong>na</strong> <strong>da</strong> cobertura florestal no<br />
Brasil, aproxima<strong>da</strong>mente 1%, com cerca de 6<br />
milhões ha concentrados, em sua maior parte,<br />
em 10 estados <strong>da</strong> federação. Dentre estes,<br />
destacam-se Mi<strong>na</strong>s Gerais e São Paulo, que<br />
juntos representam mais de 70% de todo<br />
eucalipto plantado em território <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<br />
(ABRAF, 2010). Apesar <strong>da</strong> peque<strong>na</strong> participação<br />
no total, estas têm um papel fun<strong>da</strong>mental para<br />
o setor florestal brasileiro e, consequentemente,<br />
para a economia <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, fornecendo matériaprima<br />
para os setores de celulose e papel,<br />
chapas, aglomerados, lami<strong>na</strong>dos e serraria,<br />
dentre outros, gerando impactos sobre to<strong>da</strong> a<br />
cadeia produtiva. Para se ter uma ideia, em<br />
2011, o VBP correspondeu a R$ 53,91 bilhões e<br />
R$ 7,61 bilhões em tributos. As exportações<br />
alcançaram US$ 7,97 bilhões participando com<br />
saldo <strong>da</strong> balança comercial brasileira. Os<br />
empregos gerados foram <strong>da</strong> ordem de 4,7<br />
milhões, sendo 650 mil diretos, 1.450 mil<br />
indiretos e 2.600 mil de efeito ren<strong>da</strong><br />
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE<br />
FLORESTAS PLANTADAS, 2012).<br />
Do total de florestas planta<strong>da</strong>s no Brasil,<br />
4,7% (308,4 mil ha) estavam localiza<strong>da</strong>s <strong>na</strong><br />
<strong>Amazônia</strong> legal. Dentre os estados pertencentes<br />
a essa região, a maior porção (48%)<br />
encontravam-se no Pará (148,7 mil ha). Em<br />
segui<strong>da</strong> aparecem em ordem de grandeza o Mato<br />
Grosso (61,9 mil ha), o Amapá (49,4 mil ha) e o<br />
Tocantins com 48,4 mil ha (ABRAF, 2012). Os<br />
plantios de eucalipto localizados, principalmente,<br />
nos municípios de Almeirim, Marabá e<br />
Paragomi<strong>na</strong>s visam atender as indústrias de papel<br />
e celulose, a produção de carvão vegetal<br />
(empresas siderúrgicas) e a indústria madeireira<br />
(fábrica de MDF). Já o paricá espécie <strong>na</strong>tiva <strong>da</strong><br />
<strong>Amazônia</strong>, plantado no leste do Pará visa suprir<br />
a deman<strong>da</strong> <strong>da</strong> indústria madeireira.<br />
Em Paragomi<strong>na</strong>s dentre as empresas que<br />
possui projetos de reflorestamento citamos:<br />
Grupo Concren, Companhia Vale, Paragomi<strong>na</strong>s<br />
Reflorestadores Associados, juntas já plantaram<br />
cerca de 36,7 mil/ha. Deste total, 81,2% (29,8<br />
mil ha) foram plantios efetivados pelo o Grupo<br />
Concren, principal reflorestadores do município,<br />
sendo que 27,5 mil ha com paricá e 2,3 mil/ha<br />
com eucalipto (COSTA et al., 2010).<br />
No Plano Safra Florestal Madeireira do<br />
Estado do Pará de 2010, consta que existem<br />
aproxima<strong>da</strong>mente 20 milhões ha de áreas<br />
abertas. Essas poderiam ser utiliza<strong>da</strong>s para<br />
plantações florestais, de modo, atender a<br />
deman<strong>da</strong> de matéria-prima <strong>da</strong>s indústrias<br />
madeireira, alimentícia e farmacêutica, bem como<br />
a produção de carvão vegetal.<br />
Para a UNIFLOR (2006), a implantação de<br />
um programa de reflorestamento pode atrair<br />
investimentos de áreas como papel celulose,<br />
fábricas de MDF e aglomerados, possibilitando a<br />
di<strong>na</strong>mização <strong>da</strong> produção de móveis e a<br />
verticalização <strong>da</strong> indústria madeireira no Estado,<br />
bem como, sendo estimulado <strong>na</strong>s peque<strong>na</strong>s<br />
proprie<strong>da</strong>des e assentamentos rurais podem<br />
contribuir para fixar o homem no campo. Além<br />
disso, os sistemas agroflorestais, associação de<br />
pastagens e culturas agrícolas com árvores, pode<br />
ser uma alter<strong>na</strong>tiva <strong>na</strong> geração de ren<strong>da</strong> para o<br />
produtor, como <strong>na</strong> recuperação <strong>da</strong> reserva legal<br />
e áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />
Portanto, o Estado apresenta condições<br />
favoráveis para aumentar as áreas de<br />
reflorestamento. No entanto há necessi<strong>da</strong>de de<br />
resolver alguns entraves que estão impedindo o<br />
desenvolvimento dessa ativi<strong>da</strong>de, segundo o<br />
IDEFLOR (2010) engloba problemas no<br />
licenciamento ambiental, infraestrutura ao<br />
licenciamento e quali<strong>da</strong>de dos projetos, dos quais<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 74