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4 TENDÊNCIA E PERSPECTIVA DE NEGÓCIOS
4.1 EVOLUÇÃO DO SETOR FLORESTAL MADEIREIRO DO ESTADO DO PARÁ
A Tabela 6 faz uma análise da evolução
do setor florestal madeireiro em 1998, 2004 e
2009. Observou-se que entre os anos de 1998 e
2004 ocorreu um aumento no número de
empresas nessa atividade, entretanto foi
acompanhado de uma ligeira queda no
consumo de madeira em tora de florestas
nativas. Por outro lado, a produção de madeira
processada cresceu 8,78% em decorrência do
rendimento de processamento ter melhorado,
passando de 37,7% para 41,5%, corroborando
com o aumento no número de empregos
gerados da ordem de 52,22%.
Segundo a UNIFLOR (2006) o rendimento
no processamento melhorou em decorrência dos
investimentos na modernização do parque
industrial (máquinas e tecnologia), havendo
desenvolvimento de novos produtos e redução do
desperdício da matéria-prima. Portanto, ocorreu
o melhor aproveitamento, refletindo na redução
do volume explorado de madeira nativa pelo setor.
Tabela 6 – Evolução do setor de base florestal do estado do Pará, em 1998, 2004 e 2009.
Fonte: Veríssimo et al. (2002); Lentini et al. (2003); Lentini et al. (2005); Pereira et al. (2010).
Quando se compara 2004 e 2009, observase
que houve retração da atividade madeireira
na Amazônia. Nesse período, somente no Pará
aconteceu o fechamento de 525 empresas
florestais, representando uma redução de
32,92%, ocasionando a diminuição do consumo
de madeira em tora nativa no Estado, que
juntamente com a queda no rendimento do
processamento da madeira para 38,6% (abaixo
da média da região amazônica de 41,1%),
resultou em um volume de madeira processada
de 2.550 mil m 3 , bastante inferior ao atingido
em 2004. Esse problema refletiu na quantidade
de empregos gerados pelo setor que apresentou
uma queda de 49,70%.
Dentre as causas citadas para essa retração
destacamos o aumento da fiscalização e a crise
Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 70