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Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE, 2010), a cobertura florestal em 2010, encontrava-se distribuída em uma área de 888.421 km 2 . Essa vegetação divide-se nos tipos mata de terra-firme, mata de várzea, manguezal, igapó, campos naturais e cerrados. A economia paraense apresentou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 58.402 milhões, 2.2 ORIGEM DOS DADOS Dada a relevância do setor florestal no Pará (silvicultura, exploração florestal e indústria), buscaram-se informações primárias nos principais municípios (Paragominas e Marabá) através de visitas técnicas realizadas junto às empresas madeireiras e siderúrgicas, no ano de 2009, além de outras entrevistas com atores-chave do setor. Os dados secundários foram obtidos em diversos estudos realizados, principalmente, pelas seguintes instituições: SFB; IMAZON, IBGE, ABRAF. Com base nessas fontes foram obtidas as informações sobre a produção e valor dos 3 PRODUÇÃO FLORESTAL 3.1 PRODUTOS MADEIREIROS A atividade madeireira é de fundamental importância à socioeconomia do Pará, em 2009 estavam atuando no Estado 1.067 indústrias madeireiras. Essas consumiram 6.599 mil m 3 de madeira em tora nativa, representado 46,64% da quantidade produzida na Amazônia legal, como pode ser visualizado na Tabela 1. Nesse ano, o estado do Pará foi considerado o principal produtor de madeira de floresta nativa da região amazônica (14.148 mil m 3 ), seguido pelo Mato Grosso (4.004 mil m 3 ) e Rondônia em 2009, representando aproximadamente 36% do PIB regional (R$ 163.208 milhões), tendo, setorialmente, as seguintes participações: agropecuária (9%), industrial (33,2%) e serviços (57,9%). Dentro da agropecuária encontram-se agregadas a agricultura, silvicultura e exploração florestal, responsáveis por 12% do valor adicionado do PIB. produtos madeireiros e não madeireiros de floresta nativa, empregos gerados, número de empresas da indústria do setor considerando os anos de 1998, 2004 e 2009. Com relação à silvicultura de plantações coletou-se dados sobre a espécie plantada, área e valor por segmento industrial. Referente às linhas de crédito e o montante de recursos disponibilizados para o setor florestal (produtividade e pesquisa científica) optou-se pelas informações dos programas de financiamento operacionalizados pelo Banco da Amazônia. (2.220 mil m 3 ) que juntos responderam por 91% do total (SFB; IMAZON, 2010). Observou-se, ainda, que o volume de madeira em tora extraído da floresta nativa resultou no processamento de 2.550 mil m 3, distribuídos da seguinte maneira: serrada (80%), laminados e compensados (12%) e produtos beneficiados na forma de portas, janelas, pisos e forros (8%), gerando uma receita bruta de R$ 2.177,61 milhões (SFB; IMAZON, 2010; PEREIRA et al., 2010). Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 64
O rendimento gerado no processamento foi da ordem de 38,6%, ficando abaixo da média da região amazônica (41,1%). Isso implica afirmar que houve um desperdício de matériaprima em torno de 61,4%, podendo ser um Fonte: SFB; IMAZON (2010); PEREIRA et al. ( 2010). Segundo Santana (2002) a maioria das empresas florestais que atuam na Região Norte apresentam deficiências tecnológicas da extração ao beneficiamento da madeira, ocasionando desperdício de matéria-prima, isso demonstra que grande parte de seus produtos são destinados ao mercado local ou regional por serem menos exigentes em termos de qualidade. Nesse sentido, Oliveira et al. (2008) apesar de reconhecer a importância da indústria madeireira na geração de emprego e renda para a Amazônia, ressaltaram que muitas empresas atuavam de forma transitória, vinculada ao estoque disponível de madeira para extrair, sem preocupar-se com a questão da inovações e nem com os impactos ambientais oriundos da atividade. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. indicativo da necessidade de modernizar o parque industrial, de modo, a aperfeiçoar o aproveitamento da madeira e gerar produtos de maior valor agregado (pisos, esquadrias, portas, janelas, componentes para móveis, entre outros). Tabela 1 - Produção de madeira em toras e processada, n o de empresas e nº empregos na atividade, Pará, 2009. Quanto ao destino da produção da madeira processada, aproximadamente 79% foi direcionada para atender a demanda do mercado nacional e o restante (21%) para exportação (PEREIRA et al., 2010). O volume comercializado do produto no mercado internacional, em 2010, alcançou US$ 639 milhões, colocando esse produto na 8 a posição na pauta de exportações da Amazônia, sendo o estado do Pará responsável por 60% desse volume (COSTA et al., 2011). Ainda com relação à Tabela 1, observouse que a indústria madeireira, em 2009, respondeu por um total de 92.424 empregos diretos e indiretos, os quais representaram 2,9% da População Economicamente Ativa (PEA) do 65
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Segundo o Instituto Nacio<strong>na</strong>l de Pesquisas<br />
Espaciais (INPE, 2010), a cobertura florestal em<br />
2010, encontrava-se distribuí<strong>da</strong> em uma área de<br />
888.421 km 2 . Essa vegetação divide-se nos tipos<br />
mata de terra-firme, mata de várzea, manguezal,<br />
igapó, campos <strong>na</strong>turais e cerrados.<br />
A economia paraense apresentou um<br />
Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 58.402 milhões,<br />
2.2 ORIGEM DOS DADOS<br />
Da<strong>da</strong> a relevância do setor florestal no Pará<br />
(silvicultura, exploração florestal e indústria),<br />
buscaram-se informações primárias nos principais<br />
municípios (Paragomi<strong>na</strong>s e Marabá) através de<br />
visitas técnicas realiza<strong>da</strong>s junto às empresas<br />
madeireiras e siderúrgicas, no ano de 2009, além<br />
de outras ent<strong>revista</strong>s com atores-chave do setor.<br />
Os <strong>da</strong>dos secundários foram obtidos em<br />
diversos estudos realizados, principalmente, pelas<br />
seguintes instituições: SFB; IMAZON, IBGE, ABRAF.<br />
Com base nessas fontes foram obti<strong>da</strong>s as<br />
informações sobre a produção e valor dos<br />
3 PRODUÇÃO FLORESTAL<br />
3.1 PRODUTOS MADEIREIROS<br />
A ativi<strong>da</strong>de madeireira é de fun<strong>da</strong>mental<br />
importância à socioeconomia do Pará, em 2009<br />
estavam atuando no Estado 1.067 indústrias<br />
madeireiras. Essas consumiram 6.599 mil m 3<br />
de madeira em tora <strong>na</strong>tiva, representado<br />
46,64% <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> <strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong><br />
legal, como pode ser visualizado <strong>na</strong> Tabela 1.<br />
Nesse ano, o estado do Pará foi considerado o<br />
principal produtor de madeira de floresta <strong>na</strong>tiva<br />
<strong>da</strong> região amazônica (14.148 mil m 3 ), seguido<br />
pelo Mato Grosso (4.004 mil m 3 ) e Rondônia<br />
em 2009, representando aproxima<strong>da</strong>mente 36%<br />
do PIB regio<strong>na</strong>l (R$ 163.208 milhões), tendo,<br />
setorialmente, as seguintes participações:<br />
agropecuária (9%), industrial (33,2%) e serviços<br />
(57,9%). Dentro <strong>da</strong> agropecuária encontram-se<br />
agrega<strong>da</strong>s a agricultura, silvicultura e exploração<br />
florestal, responsáveis por 12% do valor<br />
adicio<strong>na</strong>do do PIB.<br />
produtos madeireiros e não madeireiros de<br />
floresta <strong>na</strong>tiva, empregos gerados, número de<br />
empresas <strong>da</strong> indústria do setor considerando os<br />
anos de 1998, 2004 e 2009. Com relação à<br />
silvicultura de plantações coletou-se <strong>da</strong>dos sobre<br />
a espécie planta<strong>da</strong>, área e valor por segmento<br />
industrial.<br />
Referente às linhas de crédito e o<br />
montante de recursos disponibilizados para o<br />
setor florestal (produtivi<strong>da</strong>de e pesquisa<br />
científica) optou-se pelas informações dos<br />
programas de fi<strong>na</strong>nciamento operacio<strong>na</strong>lizados<br />
pelo <strong>Banco</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong>.<br />
(2.220 mil m 3 ) que juntos responderam por<br />
91% do total (SFB; IMAZON, 2010).<br />
Observou-se, ain<strong>da</strong>, que o volume de<br />
madeira em tora extraído <strong>da</strong> floresta <strong>na</strong>tiva resultou<br />
no processamento de 2.550 mil m 3, distribuídos <strong>da</strong><br />
seguinte maneira: serra<strong>da</strong> (80%), lami<strong>na</strong>dos e<br />
compensados (12%) e produtos beneficiados <strong>na</strong><br />
forma de portas, janelas, pisos e forros (8%),<br />
gerando uma receita bruta de R$ 2.177,61 milhões<br />
(SFB; IMAZON, 2010; PEREIRA et al., 2010).<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 64