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1 INTRODUÇÃO
No estado do Pará, o setor de base florestal
continua sendo importante para a economia, pois
contribui com a geração de divisas e emprego
para a população ao longo de sua cadeia
produtiva. Segundo o estudo realizado pelo
Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Instituto do
Homem Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON,
2010), a indústria madeireira, em 2009, originou
um receita bruta de R$ 2.177,61 e estava
constituída por 1.067 empresas, sendo
responsável pela geração de 92.423 empregos
diretos (processamento e exploração florestal) e
indiretos (transporte e revenda de madeira
processada, consultoria florestal, entre outros).
Entretanto, de acordo com a União das
Entidades Florestais do Estado do Pará
(UNIFLOR, 2006), a atividade madeireira no
Estado cresceu de forma desordenada,
ocasionando vários prejuízos ambientais e
limitando os benefícios sociais e econômicos.
Esses fatos, juntamente com questões fundiária,
ambiental e institucional ocasionaram sucessivas
crises na atividade florestal. Aliado a isso, a
crescente demanda dos produtos nãomadeireiros
(frutos, sementes, borracha, resina,
entre outros) produzidos pelas indústrias de
alimento, cosméticos e farmacêuticos estão
tornando-os cada vez mais relevantes na
geração de emprego e renda para um grande
contingente populacional.
2 MATERIAL E MÉTODO
2.1 ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO ESTUDO
Dada a relevância socioeconômica do
setor florestal para o estado do Pará
(silvicultura, exploração florestal e indústria) e
a abrangência do seu território com uma
superfície de 1.247.950 km 2 e um total de 144
Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011.
Dentre esses destacamos o fruto do açaí
que é o principal produto não madeireiro do
estado, pois o seu vinho, por ser um alimento
nutricional e apresentar potencial calórico, vem
sendo bastante consumido nas academias e
praias. Esse produto, sempre foi amplamente
demandado no estado, porém nos últimos anos,
vem conquistando espaço no mercado nacional
e internacional.
No entanto, apesar da importância
socioeconômica da atividade para o estado,
apenas recentemente com a criação do Instituto
de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará
(IDEFLOR), passaram a ser realizadas ações
voltadas para o seu fortalecimento, de modo, a
tornar a produção florestal sustentável.
Nesse sentido, este artigo tem a finalidade
de avaliar a situação do setor florestal no Estado,
buscando identificar as suas necessidades e
perspectiva de avanço na atual conjuntura estadual
e dessa forma contribuir com o debate sobre esse
segmento da economia e balizar as tomadas de
decisões dos diversos atores que nele atuam,
inclusive dos agentes financeiros, responsáveis pela
concessão de crédito de fomento. Assim, unir
esforços para apoiar as empresas de base florestal
a alcançar o desenvolvimento tecnológico
sustentável, tão importante para a região
amazônica e mais especificamente para o Pará.
municípios e uma população estimada, em
2010, de 7.581 mil habitantes (IBGE, 2011) é
de fundamental importância a realização de
estudos que avaliem a dinâmica dessa
atividade, bem como as suas perspectivas.
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