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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Há uma tendência de expansão <strong>da</strong>s<br />

florestas planta<strong>da</strong>s no Brasil e, principalmente,<br />

<strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong>, com destaque para o estado do<br />

Pará, que é o maior produtor de madeira dessa<br />

região. A necessi<strong>da</strong>de de garantir suprimento do<br />

produto para os grandes projetos industriais<br />

levará as empresas a ampliarem suas florestas<br />

próprias e intensificar programas de fomento no<br />

setor, contribuindo para consoli<strong>da</strong>r esta ativi<strong>da</strong>de<br />

<strong>na</strong>s proprie<strong>da</strong>des rurais.<br />

Atualmente, o que se observa no Brasil e<br />

<strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong> com destaque para o estado do<br />

Pará, é a intensificação <strong>da</strong> verticalização <strong>da</strong>s<br />

empresas em ativi<strong>da</strong>des florestais, bem como os<br />

investimentos no plantio próprio, <strong>na</strong> melhoria <strong>da</strong><br />

produtivi<strong>da</strong>de e <strong>na</strong> quali<strong>da</strong>de de suas florestas.<br />

O segmento de MDF foi o que mais cresceu,<br />

nos últimos anos, no País, devido à sua forte<br />

aceitação pelo setor moveleiro no mercado<br />

interno, e as perspectivas de crescimento dessa<br />

deman<strong>da</strong> são alentadoras, elevando, em<br />

consequência, a deman<strong>da</strong> por paricá no mercado<br />

regio<strong>na</strong>l.<br />

Essa tendência é reforça<strong>da</strong> pela crescente<br />

substituição <strong>da</strong> madeira <strong>na</strong>tiva por madeira de<br />

reflorestamento (paricá e eucalipto) para<br />

fabricação de lâmi<strong>na</strong>s e chapas de compensado.<br />

Segundo estudos do MAPA (BRASIL, 2007), a<br />

perspectiva é de que a área total planta<strong>da</strong> de<br />

eucalipto tenha um crescimento médio de 0,2%<br />

a.a. até 2020, devendo chegar a pouco mais de<br />

3 milhões ha, mas considerando os ganhos de<br />

produtivi<strong>da</strong>de, o rendimento florestal deverá ser<br />

suficiente para atender à deman<strong>da</strong>.<br />

Quanto ao consumo de madeira em toras,<br />

a de eucalipto deverá ter seu consumo ampliado<br />

nos próximos anos, acompanhando o crescimento<br />

<strong>da</strong> indústria de base florestal. Esse crescimento<br />

<strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por essa espécie deve-se à sua maior<br />

utilização em segmentos como madeira serra<strong>da</strong><br />

e painéis de fibra, como MDF.<br />

Dentro dessa perspectiva, o consumo<br />

projetado de madeira de uso industrial para 2020,<br />

será superior a 280 milhões de m 3 com 49% desse<br />

total representado pela madeira de eucalipto. As<br />

principais regiões consumidoras do País<br />

continuarão ser o Sul e Sudeste e o setor de<br />

celulose e papel continuará a ser o principal<br />

deman<strong>da</strong>nte de madeiras de espécies planta<strong>da</strong>s,<br />

como o eucalipto e o pinus (BRASIL, 2007).<br />

Quanto à fabricação de produtos<br />

madeireiros, a produção de madeira serra<strong>da</strong> de<br />

eucalipto deverá crescer a taxas entre 7% e 8%<br />

ao ano. Nas próximas déca<strong>da</strong>s, novos<br />

desenvolvimentos <strong>na</strong> tecnologia de<br />

processamento do eucalipto devem levar à sua<br />

consoli<strong>da</strong>ção como principal matéria-prima<br />

florestal do País (BRASIL, 2007).<br />

O uso de madeira serra<strong>da</strong> proveniente de<br />

florestas planta<strong>da</strong>s, em detrimento do uso de<br />

florestas <strong>na</strong>tivas constitui uma tendência que vem<br />

se estabelecendo no setor madeireiro em razão<br />

de fatores tais como as políticas de combate ao<br />

desmatamento <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong>, que impediram os<br />

produtores de madeira serra<strong>da</strong> de trabalhar nos<br />

anos de 2004 e 2005 (BRASIL, 2007). Para isso,<br />

<strong>na</strong> Região Norte, o <strong>Banco</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong> já<br />

disponibiliza linha de crédito para o setor<br />

florestal, de forma a diminuir a pressão <strong>da</strong><br />

exploração sobre a floresta <strong>na</strong>tiva e expandir o<br />

setor <strong>da</strong> silvicultura, com geração de emprego e<br />

fornecimento de matéria-prima, não só para o<br />

setor guseiro, mas também para os demais<br />

setores (celulose, móveis, construção civil, etc.),<br />

francamente em expansão no País como um todo.<br />

<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 56

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