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A Tabela 12 apresenta a produção histórica dos principais produtos extrativos da madeira, lenha e carvão no estado do Pará. Verifica-se que a produção de madeira, é proveniente, essencialmente (85% ou mais) de florestas nativas, logo, extrativa, de modo que a Fonte: IBGE (2010). Quanto à produção de madeira em tora por m³, por município, no Pará, verifica-se que o aumento ocorrido se deve à abertura de estradas e rodovias facilitando o escoamento da produção, entre as quais se destaca a Belém–Brasília, em 1976, que foi um marco para o desenvolvimento do Estado. indústria de madeira beneficiada depende desta matéria-prima. O ano de 2004 foi atípico, de modo que seu valor apresentou uma média entre dois anos (anterior e posterior) e a produção de produtos extrativos para a Região Norte depende do Pará. Tabela 12 - Produção extrativa de carvão, madeira em tora e lenha no estado do Pará, 1990-2008. Em termos de microrregiões paraenses, das 22, destacaram-se na produção de madeira em tora, em 2008: Almeirim (700.980 m 3 ), Portel (965.500 m 3 ), Furo de Breves (241.600 m 3 ), Cametá (984.902 m 3 ), Tomé-Açu (1.060.000 m 3 ), Guamá (331.488 m 3 ), Altamira (649.271 m 3 ), Tucuruí (318.550 m 3 ), Paragominas (1.284.801 m 3 ), Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 52
Redenção (265.396 m 3 ) e Conceição do Araguaia (266.527 m 3 ), totalizando uma produção de 6.803.619 m 3 sendo que em 2000 esta alcançou, para estas mesmas microrregiões, 10.122.355 m 3 de madeira em tora, portanto, uma retração de 33%. Esta é uma justificativa para que o estado do Pará necessite reflorestar, atualmente, 10 milhões de ha de áreas degradadas para a produção de carvão vegetal, celulose, laminado e compensado. Desse total, a indústria madeireira necessita de um milhão de hectares para laminado, compensado e aglomerado de madeira. Esses dados demonstram a importância do plantio de eucalipto e paricá, pois poderá suprir de matéria-prima as indústrias madeireiras e, assim, reduzir o desmatamento das florestas nativas. Com isto, além da recuperação das áreas alteradas, ter-se-á a conservação da floresta amazônica, o que deverá contribuir, significativamente, para a sustentabilidade da atividade. O paricá é a espécie nativa, atualmente, mais plantada no Pará. Nos projetos de reposição florestal, no estado, registrados no IBAMA, de 1976 a 1996, o paricá foi a espécie mais utilizada na reposição, sendo plantada por 38 % das empresas (GALEÃO et al., 2003). No Pará são produzidas chapas de compensados de alta qualidade e uniformidade, exportadas principalmente para os EUA, conquistando a preferência dos importadores. Como resultado do colapso nos mercados globais, as indústrias de madeira sólida sofreram quedas acentuadas nas vendas, pois, a madeira deste setor depende muito da procura no mercado imobiliário norte-americano. Quanto à produção de carvão em toneladas, foi reduzida em 50,9% no período de 2005 a 2008. Essa retração na produção deve-se à crise econômica do último ano, levando a uma paralisação das atividades do setor siderúrgico, que constitui o principal consumidor de carvão Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. no estado do Pará, consequentemente, houve uma redução de estoque desse produto. No município de Marabá, que é o maior produtor de carvão, apenas cinco empresas siderúrgicas, mesmo com a redução na produção, continuam em funcionamento: Companhia Siderúrgica do Pará (COSIPAR), Ferro–Gusa Carajás, Siderúrgica do Pará (SIDEPAR), Sidenorte Siderúrgica (SIDENORTE) e Siderúrgica Norte Brasil S.A. Por isso, a disponibilidade de recursos financeiros para a execução de atividades de plantações florestais para o suprimento de matéria-prima, de modo a atender a demanda e fornecer as indústrias madeireiras, assim como das metalúrgicas, torna-se de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável do setor florestal na Amazônia e do Pará, por ser o mais desenvolvido neste setor (madeireiro e siderúrgico). De acordo com um Relatório Técnico do IMAZON, elaborado por Pinto et al. (2009), o município de Paragominas recebeu da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), no ano de 2007, autorização para a produção de 246.648 m 3 de carvão vegetal. Paragominas se destaca como um dos principais municípios e seus arredores (Ulianópolis e Ipixuna) que estão processando reflorestamento de áreas alteradas. Ressalta-se que este representou 7,2% de produção de madeira em tora (m 3 ), em 2008, no estado do Pará (IBGE, 2010). Além disso, é neste município que as florestas plantadas se encontram em franca expansão e já ocupam cerca de 40.000 ha (IMAZON, 2009). As principais empresas de reflorestamento lá instaladas são: Grupo Concrem, constituído pelas empresas Floraplac, Expama e Rio Concrem, que juntas possuem cerca de 30.000 ha de florestas plantadas. O Projeto Vale Florestar, da Companhia Vale do Rio Doce, dispõe de 6.300 ha e a Paragominas Reflorestadores Associados com 600 ha. 53
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Redenção (265.396 m 3 ) e Conceição do Araguaia<br />
(266.527 m 3 ), totalizando uma produção de<br />
6.803.619 m 3 sendo que em 2000 esta alcançou,<br />
para estas mesmas microrregiões, 10.122.355<br />
m 3 de madeira em tora, portanto, uma retração<br />
de 33%.<br />
Esta é uma justificativa para que o estado<br />
do Pará necessite reflorestar, atualmente, 10<br />
milhões de ha de áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s para a<br />
produção de carvão vegetal, celulose, lami<strong>na</strong>do<br />
e compensado. Desse total, a indústria<br />
madeireira necessita de um milhão de hectares<br />
para lami<strong>na</strong>do, compensado e aglomerado de<br />
madeira. Esses <strong>da</strong>dos demonstram a importância<br />
do plantio de eucalipto e paricá, pois poderá<br />
suprir de matéria-prima as indústrias madeireiras<br />
e, assim, reduzir o desmatamento <strong>da</strong>s florestas<br />
<strong>na</strong>tivas. Com isto, além <strong>da</strong> recuperação <strong>da</strong>s<br />
áreas altera<strong>da</strong>s, ter-se-á a conservação <strong>da</strong><br />
floresta amazônica, o que deverá contribuir,<br />
significativamente, para a sustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
ativi<strong>da</strong>de.<br />
O paricá é a espécie <strong>na</strong>tiva, atualmente,<br />
mais planta<strong>da</strong> no Pará. Nos projetos de reposição<br />
florestal, no estado, registrados no IBAMA, de<br />
1976 a 1996, o paricá foi a espécie mais utiliza<strong>da</strong><br />
<strong>na</strong> reposição, sendo planta<strong>da</strong> por 38 % <strong>da</strong>s<br />
empresas (GALEÃO et al., 2003).<br />
No Pará são produzi<strong>da</strong>s chapas de<br />
compensados de alta quali<strong>da</strong>de e uniformi<strong>da</strong>de,<br />
exporta<strong>da</strong>s principalmente para os EUA,<br />
conquistando a preferência dos importadores.<br />
Como resultado do colapso nos mercados globais,<br />
as indústrias de madeira sóli<strong>da</strong> sofreram que<strong>da</strong>s<br />
acentua<strong>da</strong>s <strong>na</strong>s ven<strong>da</strong>s, pois, a madeira deste<br />
setor depende muito <strong>da</strong> procura no mercado<br />
imobiliário norte-americano.<br />
Quanto à produção de carvão em<br />
tonela<strong>da</strong>s, foi reduzi<strong>da</strong> em 50,9% no período de<br />
2005 a 2008. Essa retração <strong>na</strong> produção deve-se<br />
à crise econômica do último ano, levando a uma<br />
paralisação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des do setor siderúrgico,<br />
que constitui o principal consumidor de carvão<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011.<br />
no estado do Pará, consequentemente, houve<br />
uma redução de estoque desse produto.<br />
No município de Marabá, que é o maior<br />
produtor de carvão, ape<strong>na</strong>s cinco empresas<br />
siderúrgicas, mesmo com a redução <strong>na</strong> produção,<br />
continuam em funcio<strong>na</strong>mento: Companhia<br />
Siderúrgica do Pará (COSIPAR), Ferro–Gusa<br />
Carajás, Siderúrgica do Pará (SIDEPAR), Sidenorte<br />
Siderúrgica (SIDENORTE) e Siderúrgica Norte<br />
Brasil S.A.<br />
Por isso, a disponibili<strong>da</strong>de de recursos<br />
fi<strong>na</strong>nceiros para a execução de ativi<strong>da</strong>des de<br />
plantações florestais para o suprimento de<br />
matéria-prima, de modo a atender a deman<strong>da</strong> e<br />
fornecer as indústrias madeireiras, assim como<br />
<strong>da</strong>s metalúrgicas, tor<strong>na</strong>-se de fun<strong>da</strong>mental<br />
importância para o desenvolvimento sustentável<br />
do setor florestal <strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong> e do Pará, por ser<br />
o mais desenvolvido neste setor (madeireiro e<br />
siderúrgico).<br />
De acordo com um Relatório Técnico do<br />
IMAZON, elaborado por Pinto et al. (2009), o<br />
município de Paragomi<strong>na</strong>s recebeu <strong>da</strong> Secretaria<br />
de Estado de Meio Ambiente (SEMA), no ano<br />
de 2007, autorização para a produção de<br />
246.648 m 3 de carvão vegetal.<br />
Paragomi<strong>na</strong>s se destaca como um dos<br />
principais municípios e seus arredores<br />
(Ulianópolis e Ipixu<strong>na</strong>) que estão processando<br />
reflorestamento de áreas altera<strong>da</strong>s. Ressalta-se<br />
que este representou 7,2% de produção de<br />
madeira em tora (m 3 ), em 2008, no estado do<br />
Pará (IBGE, 2010). Além disso, é neste município<br />
que as florestas planta<strong>da</strong>s se encontram em<br />
franca expansão e já ocupam cerca de 40.000<br />
ha (IMAZON, 2009). As principais empresas de<br />
reflorestamento lá instala<strong>da</strong>s são: Grupo<br />
Concrem, constituído pelas empresas Floraplac,<br />
Expama e Rio Concrem, que juntas possuem cerca<br />
de 30.000 ha de florestas planta<strong>da</strong>s. O Projeto<br />
Vale Florestar, <strong>da</strong> Companhia Vale do Rio Doce,<br />
dispõe de 6.300 ha e a Paragomi<strong>na</strong>s<br />
Reflorestadores Associados com 600 ha.<br />
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