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madeira serra<strong>da</strong> com baixo valor agregado, tais<br />
como: ripas, caibros, tábuas e similares. Produtos<br />
beneficiados com maior valor agregado<br />
corresponderam a 13% (pisos, esquadrias,<br />
madeira aparelha<strong>da</strong>, etc.). Portanto, há<br />
necessi<strong>da</strong>de de avançar no beneficiamento dessa<br />
indústria, pois 8,4 milhões de m 3 madeira em tora<br />
foram categorizados como resíduos.<br />
De acordo com a Tabela 10, o estado do<br />
Pará, em 2009, respondeu por 48% <strong>da</strong>s<br />
empresas nessa ativi<strong>da</strong>de, desti<strong>na</strong>ndo para o<br />
consumo 47% <strong>da</strong> produção e gerando 44% <strong>da</strong><br />
receita bruta. Se considerar os estados do Mato<br />
Grosso e Rondônia em conjunto com o Pará,<br />
percebe-se que 90% de todos os resultados <strong>da</strong><br />
economia do setor madeireiro decorrem deles.<br />
Nesse sentido, urge que as ações de manejo,<br />
fomento e demais incentivos ao setor florestal<br />
devam ser priorizados, primeiramente, para os<br />
três referidos estados.<br />
5.1 MERCADO DO ESTADO DO PARÁ<br />
Após o impacto <strong>da</strong> crise econômica<br />
mundial, no segundo semestre de 2008, iniciouse,<br />
<strong>na</strong> Região Norte, a retoma<strong>da</strong> do crescimento<br />
e de grande parte dos investimentos planejados<br />
no período pré-crise. No Pará, serão US$ 50<br />
bilhões de dólares, até 2014, aplicados em sua<br />
maior parte pela iniciativa priva<strong>da</strong> em<br />
empreendimentos, <strong>na</strong> área <strong>da</strong> mineração e<br />
siderurgia (FIEPA, 2009) e uma parcela menor<br />
desses recursos em obras públicas de<br />
infraestrutura, provi<strong>da</strong>s pelo Governo Federal.<br />
O efeito multiplicador dos investimentos<br />
irá alavancar e fortalecer os elos com outros<br />
setores produtivos do Estado como o ecoturismo,<br />
alimentação, agronegócio, com destaque para<br />
construção civil e a produção florestal. Segundo<br />
levantamento realizado pelo Serviço Florestal<br />
Brasileiro (SFB), até 2008, o Pará deman<strong>da</strong>va mais<br />
de 200 mil ha de florestas planta<strong>da</strong>s para atender<br />
a deman<strong>da</strong> por carvão do parque industrial já<br />
instalado. Ele é usado não ape<strong>na</strong>s no processo<br />
químico de redução que transforma ferro em aço,<br />
O potencial para madeira maneja<strong>da</strong> e<br />
planta<strong>da</strong> existe <strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong>, entretanto, há<br />
necessi<strong>da</strong>de de maior organização e esforços <strong>da</strong>s<br />
enti<strong>da</strong>des representativas desde governos,<br />
empresas e instituições de pesquisa para gerar<br />
sustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> produção madeireira nesta<br />
região, como: fi<strong>na</strong>nciamentos, trei<strong>na</strong>mentos,<br />
aproveitamento de áreas desmata<strong>da</strong>s, replantio<br />
de espécies de ciclo curto e diversas outras ações<br />
que exigiriam um esforço concentrado dos atores<br />
envolvidos <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong>de.<br />
Com relação a mercado externo, os países<br />
considerados maiores produtores mundiais de<br />
madeira tropical são a Malásia e a Indonésia. Em<br />
nível <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, a <strong>Amazônia</strong> brasileira ocupa a<br />
terceira posição (com 6% <strong>da</strong> produção <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l),<br />
sendo a exploração e o processamento industrial<br />
<strong>da</strong> madeira uma <strong>da</strong>s principais ativi<strong>da</strong>des<br />
econômicas dessa região, juntamente com a<br />
mineração e a agropecuária.<br />
mas também como fonte de energia nos fornos<br />
<strong>da</strong>s siderúrgicas que fazem esta transformação<br />
(POLO SUSTENTÁVEL, 2008).<br />
Outra ativi<strong>da</strong>de de grande impacto no setor<br />
florestal é a construção civil. Atualmente, o Pará<br />
ocupa a segun<strong>da</strong> posição no ranking de<br />
crescimento <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, <strong>na</strong> qual já é bastante<br />
frequente o uso de madeira de reflorestamento<br />
em substituição à <strong>na</strong>tiva, <strong>da</strong>do as exigências<br />
ambientais atuais. Essa mu<strong>da</strong>nça de<br />
comportamento tem sido motiva<strong>da</strong> pelos maiores<br />
custos <strong>da</strong> madeira <strong>na</strong>tiva e posicio<strong>na</strong>mento de<br />
alguns importantes mercados consumidores no<br />
sentido de obterem maiores garantias <strong>da</strong> origem<br />
sustentável do produto.<br />
Outra vantagem competitiva do estado do<br />
Pará é a existência de cerca de 20 milhões de ha<br />
de áreas abertas em diferentes estágios de<br />
degra<strong>da</strong>ção. Nesse contexto, o reflorestamento<br />
atua <strong>na</strong> recuperação destas, auxiliando a suprir<br />
o mercado consumidor com madeira de boa<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 50