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1 INTRODUÇÃO<br />

Atualmente, o Brasil passa por um novo<br />

período de expansão dos seus projetos florestais<br />

industriais; tanto os existentes quanto os que,<br />

ain<strong>da</strong>, serão implantados, em grande parte,<br />

utilizam ou utilizarão madeira de floresta<br />

planta<strong>da</strong>.<br />

As vantagens comparativas e competitivas<br />

dos produtos <strong>da</strong> silvicultura brasileira alia<strong>da</strong>s aos<br />

preços atrativos e ao aumento <strong>da</strong> procura por<br />

alguns produtos florestais são fatores<br />

predomi<strong>na</strong>ntes <strong>na</strong> decisão de expansão destes<br />

empreendimentos, que em sua maioria<br />

concentram-se <strong>na</strong>s regiões Sul, Sudeste, Centro-<br />

Oeste e Nordeste.<br />

Segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Associação Brasileira de<br />

Produtores de Florestas Planta<strong>da</strong>s (ABRAF)<br />

(2010), os segmentos <strong>da</strong> silvicultura brasileira<br />

mais favorecidos por estes projetos são os de<br />

celulose e papel, painéis de madeira<br />

reconstituí<strong>da</strong>, siderurgia e carvão vegetal. A<br />

espécie mais utiliza<strong>da</strong> em florestas planta<strong>da</strong>s<br />

para estes fins é a do gênero Eucalyptus.<br />

De acordo com os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Pesquisa<br />

sobre a Produção <strong>da</strong> Extração Vegetal e <strong>da</strong><br />

Silvicultura, realiza<strong>da</strong> pelo Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística (IBGE, 2009), a<br />

produção primária brasileira de produtos<br />

florestais totalizou R$ 13,6 bilhões de reais,<br />

sendo que 64,4% (cerca de R$ 8,76 bilhões)<br />

deste valor provêm do segmento <strong>da</strong> silvicultura<br />

e 33,6% (R$ 4,6 bilhões) do extrativismo<br />

vegetal, onde R$ 3,9 bilhões são de produtos<br />

madeireiros e R$ 685,4 bilhões de não<br />

madeireiros. Dos sete produtos florestais<br />

pesquisados no segmento <strong>da</strong> floresta planta<strong>da</strong>,<br />

<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011.<br />

a lenha, o carvão vegetal e as folhas do eucalipto<br />

tiveram aumentos significativos em sua<br />

produção.<br />

Por outro lado, o aumento do consumo<br />

mundial de energia basea<strong>da</strong> em combustíveis<br />

fósseis e seus efeitos negativos ao meio ambiente<br />

trouxeram a necessi<strong>da</strong>de de mu<strong>da</strong>nças <strong>na</strong> matriz<br />

energética de diversos países, intensificando a<br />

diversificação no aproveitamento de outras<br />

fontes energéticas, em especial as renováveis,<br />

sobretudo, a partir do processo de combustão <strong>da</strong><br />

madeira.<br />

Em 2010, segundo estudo realizado pela<br />

Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do<br />

Ministério <strong>da</strong>s Mi<strong>na</strong>s e Energias (MME), a lenha<br />

compõe a segun<strong>da</strong> fonte primária de energia do<br />

País. O Balanço Energético Brasileiro 2009<br />

(BRASIL, 2010) mostra que a lenha e o carvão<br />

vegetal representam 12% <strong>da</strong> matriz energética<br />

brasileira, sendo que a primeira possui 10,3% de<br />

participação. Os <strong>da</strong>dos evidenciam, ain<strong>da</strong>, que a<br />

oferta inter<strong>na</strong> de energia mostrou um crescimento<br />

de 10,16% em relação ao ano anterior, muito<br />

superior ao apresentado pela economia que foi<br />

de 7,5,%, segundo o IBGE (2010).<br />

O estado do Pará possui grande<br />

potenciali<strong>da</strong>de para a expansão do setor de base<br />

florestal, não só pelas suas condições<br />

e<strong>da</strong>foclimáticas favoráveis, como também, pela<br />

necessi<strong>da</strong>de de suprir o déficit crescente, frente<br />

à grande deman<strong>da</strong> <strong>da</strong>s siderúrgicas paraenses.<br />

Segundo relatório <strong>da</strong> ABRAF (2011), a área<br />

planta<strong>da</strong> de eucalipto no Pará que, em 2009, era<br />

de 139.720 mil ha, em 2010 saltou para 148.656<br />

mil ha, um aumento de 6,4% em relação ao ano<br />

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