Baixe aqui a revista na integra - Banco da Amazônia
Baixe aqui a revista na integra - Banco da Amazônia Baixe aqui a revista na integra - Banco da Amazônia
2 MATERIAL E MÉTODOS O estudo da utilização do óleo-resina da copaíba (Copaifera paupera) para preservação de madeira sumaúma (Ceiba pentandra), iniciou-se em razão da quantidade de produtos que são descartadas pelas associações e cooperativas por não apresentarem os parâmetros necessários, principalmente de viscosidade e acidez, determinados pelas indústrias de cosméticos e medicamentos. O Laboratório de Produtos Naturais da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (FUNTAC), instituição parceira deste estudo, vem realizando pesquisa tecno-científica com esta oleaginosa desde 2006. A amostra utilizada nesta pesquisa foi coletada em 2010 na Reserva Extrativista Chico Mendes, município de Xapuri, Acre. As análises físico-químicas do óleo-resina Quadro 1 – Tratamentos e discriminação das soluções do óleo-resina de copaíba. Fonte: dados da pesquisa. Para análise da eficiência do preservante natural, foi selecionada a espécie Ceiba pentandra, oriunda da madeireira India Porã, localizada no distrito industrial do município de Rio Branco (AC). A escolha da espécie se deu devido à sua grande utilização na fabricação de lâminas da Região Norte e por apresentar problemas de manchas causadas por fungos, havendo a necessidade do uso de preservativos. Utilizadas três tábuas tangenciais, apresentando dimensões iniciais de 2 cm de de copaíba foram realizadas nas dependências do Laboratório de Produtos Naturais, sendo as seguintes análises efetuadas: Determinação da Densidade medida com decímetro digital Metler Toledo 30PX; Índice de Viscosidade medida com Viscosímetro Copo Ford; Índice de Refração, medido com refratômetro ABBÉ tipo: WYA, marca: BIOBRIX; Índice de Acidez, realizado segundo a Farmacopéia Brasileira (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 1988, parte 1, cap. 5, p. 139; FIRESTONE, 2009); Ranço foi realizado segundo a reação de Kreiss (FIRESTONE, 2009). O preparo da solução preservante de copaíba foi realizado no Laboratório de Botânica do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre (UFAC) discriminado no Quadro 1. espessura, 20 cm de largura e 300 cm de comprimento. Elas foram levadas à marcenaria da UFAC para confecção dos corpos de prova, tendo suas dimensões finais de 2 cm x 10 cm x 40 cm, sendo a última no sentido longitudinal. As amostras obtidas foram selecionadas visualmente, sendo descartadas aquelas que apresentaram defeitos, e identificadas em função do tratamento a ser empregado. Os corpos de prova selecionados foram secos em estufa a 103 ± 2°C, até atingirem massa constante. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 22
Foi determinada para cada corpo de prova a massa, por meio de pesagem em balança digital, e o volume, através de mensuração com paquímetro digital. Após a exposição dos corpos de prova às intempéries, suas superfícies foram limpas, com auxílio de um pincel, retirando as impurezas como restos de galhos e folhas obtendo-se a massa final, por meio de pesagem em balança digital. A perda de massa da madeira foi obtida por meio da razão entre a massa dos corpos de prova inicial e final, obtida pela Equação 1. Onde: (Equação 1) PM = Perda de massa, em porcentagem (%); m i = Massa inicial, absolutamente seca antes da exposição a intempéries, em gramas (g); m f = Massa final, absolutamente seca após exposição a intempéries, em gramas (g). Quadro 2 – Discriminação e notas atribuídas às amostras de madeira. Fonte: dados da pesquisa. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. No tratamento preservativo, os corpos de prova de C. pentandra foram submersos em óleoresina de copaíba puro – T2 – e óleo-resina de copaíba + solução (álcool 45% + éter 55%) – T3. Para tal tratamento foi utilizado o método de imersão a frio, em que os corpos de prova permaneceram submergidos por 5 minutos nas soluções conforme cada tratamento empregado. Após a imersão, os corpos de prova foram colocados para secar naturalmente no laboratório – sobre separadores de 2,5 cm – por um período de 36 horas, antes de serem levados a campo. Depois de tratados os corpos de prova foram expostos às intempéries por um período de 3 meses. O experimento foi instalado no Parque Zoobotânico da UFAC, em uma área aberta, sendo colocados sobre plataformas, separadas por tabiques. A avaliação da eficiência da solução preservante foi realizada após o período total de exposição às intempéries. Para a avaliação da incidência de fungos, os corpos de prova foram examinados atribuindo-se notas de acordo com a superfície manchada (Quadro 2). 23
- Page 1 and 2: AMAZÔNIA AMAZÔNIA CIÊNCIA & DESE
- Page 3 and 4: Editorial Artigos Ciências Agrári
- Page 5: Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v
- Page 8 and 9: VOLUMETRIC ESTIMATION OF EQUATIONS
- Page 10 and 11: 2 MATERIAL E MÉTODOS Os dados util
- Page 12 and 13: Também foram analisados os problem
- Page 14 and 15: Colpini et al. ( 2009) recomendam a
- Page 16 and 17: de 1% na altura da árvore, tem-se
- Page 18 and 19: SILVA, J. A. A da; MEUNIER, I. M. J
- Page 20 and 21: USE OF COPAIBA OIL (Copaifera paupe
- Page 24 and 25: Avaliada a superfície superior e i
- Page 26 and 27: 3.3 PERDA DE MASSA Em relação aos
- Page 28 and 29: Gráfico 3- Notas dadas aos corpos
- Page 30 and 31: Tabela 5 - Resumo das análises de
- Page 33 and 34: ANÁLISE E PERSPECTIVAS PARA O DESE
- Page 35 and 36: 1 INTRODUÇÃO Atualmente, o Brasil
- Page 37 and 38: Mapa 1 - Regiões de integração d
- Page 39 and 40: Tabela 1 - Participação de flores
- Page 41 and 42: A Tabela 3 apresenta a produção,
- Page 43 and 44: Em 2009, o Brasil produziu 106,91 m
- Page 45 and 46: A Região Sul lidera na produção
- Page 47 and 48: Tabela 8 - Espécies mais plantadas
- Page 49 and 50: Tabela 10 - Dados da economia flore
- Page 51 and 52: qualidade. O desenvolvimento dessa
- Page 53 and 54: Redenção (265.396 m 3 ) e Concei
- Page 55 and 56: 7 O PAPEL DO CRÉDITO COMO INDUTOR
- Page 57 and 58: Quanto à produção de celulose de
- Page 59: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
- Page 62 and 63: EVALUATION AND PERSPECTIVE OF FORES
- Page 64 and 65: Segundo o Instituto Nacional de Pes
- Page 66 and 67: Estado, considerando o levantamento
- Page 68 and 69: O restante da produção estadual d
- Page 70 and 71: 4 TENDÊNCIA E PERSPECTIVA DE NEGÓ
2 MATERIAL E MÉTODOS<br />
O estudo <strong>da</strong> utilização do óleo-resi<strong>na</strong> <strong>da</strong><br />
copaíba (Copaifera paupera) para preservação de<br />
madeira sumaúma (Ceiba pentandra), iniciou-se<br />
em razão <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de produtos que são<br />
descarta<strong>da</strong>s pelas associações e cooperativas por<br />
não apresentarem os parâmetros necessários,<br />
principalmente de viscosi<strong>da</strong>de e acidez,<br />
determi<strong>na</strong>dos pelas indústrias de cosméticos e<br />
medicamentos.<br />
O Laboratório de Produtos Naturais <strong>da</strong><br />
Fun<strong>da</strong>ção de Tecnologia do Estado do Acre<br />
(FUNTAC), instituição parceira deste estudo, vem<br />
realizando pesquisa tecno-científica com esta<br />
oleaginosa desde 2006. A amostra utiliza<strong>da</strong> nesta<br />
pesquisa foi coleta<strong>da</strong> em 2010 <strong>na</strong> Reserva<br />
Extrativista Chico Mendes, município de Xapuri,<br />
Acre. As análises físico-químicas do óleo-resi<strong>na</strong><br />
Quadro 1 – Tratamentos e discrimi<strong>na</strong>ção <strong>da</strong>s soluções do óleo-resi<strong>na</strong> de copaíba.<br />
Fonte: <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> pesquisa.<br />
Para análise <strong>da</strong> eficiência do preservante<br />
<strong>na</strong>tural, foi selecio<strong>na</strong><strong>da</strong> a espécie Ceiba<br />
pentandra, oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong> madeireira India Porã,<br />
localiza<strong>da</strong> no distrito industrial do município de<br />
Rio Branco (AC). A escolha <strong>da</strong> espécie se deu<br />
devido à sua grande utilização <strong>na</strong> fabricação de<br />
lâmi<strong>na</strong>s <strong>da</strong> Região Norte e por apresentar<br />
problemas de manchas causa<strong>da</strong>s por fungos,<br />
havendo a necessi<strong>da</strong>de do uso de preservativos.<br />
Utiliza<strong>da</strong>s três tábuas tangenciais,<br />
apresentando dimensões iniciais de 2 cm de<br />
de copaíba foram realiza<strong>da</strong>s <strong>na</strong>s dependências<br />
do Laboratório de Produtos Naturais, sendo as<br />
seguintes análises efetua<strong>da</strong>s: Determi<strong>na</strong>ção <strong>da</strong><br />
Densi<strong>da</strong>de medi<strong>da</strong> com decímetro digital Metler<br />
Toledo 30PX; Índice de Viscosi<strong>da</strong>de medi<strong>da</strong> com<br />
Viscosímetro Copo Ford; Índice de Refração,<br />
medido com refratômetro ABBÉ tipo: WYA, marca:<br />
BIOBRIX; Índice de Acidez, realizado segundo a<br />
Farmacopéia Brasileira (AGÊNCIA NACIONAL DE<br />
VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 1988, parte 1, cap. 5, p.<br />
139; FIRESTONE, 2009); Ranço foi realizado<br />
segundo a reação de Kreiss (FIRESTONE, 2009).<br />
O preparo <strong>da</strong> solução preservante de<br />
copaíba foi realizado no Laboratório de Botânica<br />
do curso de Engenharia Florestal <strong>da</strong><br />
Universi<strong>da</strong>de Federal do Acre (UFAC)<br />
discrimi<strong>na</strong>do no Quadro 1.<br />
espessura, 20 cm de largura e 300 cm de<br />
comprimento. Elas foram leva<strong>da</strong>s à marce<strong>na</strong>ria<br />
<strong>da</strong> UFAC para confecção dos corpos de prova,<br />
tendo suas dimensões fi<strong>na</strong>is de 2 cm x 10 cm x<br />
40 cm, sendo a última no sentido longitudi<strong>na</strong>l.<br />
As amostras obti<strong>da</strong>s foram selecio<strong>na</strong><strong>da</strong>s<br />
visualmente, sendo descarta<strong>da</strong>s aquelas que<br />
apresentaram defeitos, e identifica<strong>da</strong>s em função<br />
do tratamento a ser empregado. Os corpos de<br />
prova selecio<strong>na</strong>dos foram secos em estufa a 103<br />
± 2°C, até atingirem massa constante.<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 22