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Baixe aqui a revista na integra - Banco da Amazônia

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sentido de auxiliar a normatização, com base <strong>na</strong><br />

ecologia <strong>da</strong>s espécies e que contemple as<br />

particulari<strong>da</strong>des ambientais <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong> e não<br />

somente <strong>na</strong> produção volumétrica em relação ao<br />

povoamento.<br />

Infelizmente, a informação existente sobre<br />

os limites toleráveis pelas espécies, em contextos<br />

específicos para a <strong>Amazônia</strong>, é escassa. Outro<br />

ponto a ser destacado é a pesquisa para adoção<br />

de novas espécies para o mercado madeireiro e<br />

assim aumente as opções de uso e fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de,<br />

para serrarias, móveis, artefatos, exportação, etc.<br />

O fortalecimento do manejo comunitário,<br />

com regulação e normas específicas que se<br />

adéquem as peculiari<strong>da</strong>des desse modelo de<br />

produção, capacitação de profissio<strong>na</strong>is qualificados<br />

e a<strong>da</strong>ptados à ativi<strong>da</strong>de, para que supra a<br />

fragili<strong>da</strong>de nos processos de licenciamento<br />

ambiental e a falta de assessoria técnica qualifica<strong>da</strong><br />

para os comunitários, também são necessários.<br />

No entanto, para o IDEFLOR e SFB os<br />

contratos de 30 e 40 anos firmados,<br />

respectivamente com os empresários, são<br />

suficientes para garantir a regeneração <strong>da</strong><br />

floresta e em consequência iniciar um novo ciclo<br />

de exploração.<br />

Mas <strong>na</strong>s florestas <strong>da</strong> região do Baixo<br />

Amazo<strong>na</strong>s e do Marajó, as espécies de alto valor<br />

comercial e madeiras nobres como o Cedro e o<br />

Ipê, já estão com estoques baixos em função <strong>da</strong><br />

extração pre<strong>da</strong>tória dessas espécies (SANTANA<br />

et al., 2010).<br />

O prazo é insuficiente para que ocorra a<br />

regeneração e a reposição do estoque dessas<br />

espécies de alto valor comercial, embora a<br />

literatura especializa<strong>da</strong> informe que para a<br />

regeneração dessas é de no mínimo 60 anos<br />

(NSTITUTO DE PESQUISAS E ESTUDOS<br />

FLORESTAIS, 2005).<br />

Com isso, a empresa madeireira é<br />

incentiva<strong>da</strong> a explorar os recursos e, associado<br />

a uma baixa probabili<strong>da</strong>de de ser descoberta e<br />

sofrer alguma punição monetária, desvia-se do<br />

contrato assi<strong>na</strong>do e do padrão de exploração<br />

sustentável. Assim, dificilmente, no fi<strong>na</strong>l do<br />

contrato, a concessionária terá a garantia de<br />

reposição desse estoque, os empresários<br />

extrairão um volume de madeira além do<br />

máximo estabelecido. Além disso, podem<br />

adquirir madeira de origem ilegal extraí<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

áreas localiza<strong>da</strong>s no entorno dos planos de<br />

manejo, o que já vem ocorrendo <strong>na</strong>s regiões do<br />

Baixo Amazo<strong>na</strong>s e Marajó, conforme Santa<strong>na</strong><br />

et al. (2010).<br />

O IDEFLOR e o SFB têm sob sua<br />

responsabili<strong>da</strong>de monitorar, ao longo dos<br />

contratos, mais de 40 itens relacio<strong>na</strong>dos à<br />

concessão, envolvendo cláusulas contratuais e<br />

indicadores ambientais, sociais, de eficiência e<br />

agregação de valor, sendo que ca<strong>da</strong> um deles tem<br />

um prazo para ser avaliado e uma forma de<br />

verificação.<br />

As instituições têm um grande obstáculo<br />

pela frente porque nunca tiveram total controle<br />

sobre a extração e comercialização dos produtos<br />

oriundos <strong>da</strong> floresta, e nem experiência, porque<br />

não desenvolveu projeto de exploração<br />

sustentável <strong>na</strong> região, principalmente sob<br />

grandes extensões, como é o caso <strong>da</strong>s<br />

concessões.<br />

A fiscalização e o monitoramento <strong>da</strong>s áreas<br />

sob concessão são os elementos mais frágeis<br />

desse sistema, necessitando de uma ação forte,<br />

a fim de não comprometer a sustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

florestas. Neste caso, o monitoramento deve ser<br />

efetivo, com a atuação dos órgãos ambientais<br />

<strong>na</strong>s áreas sob concessão, em parceria com as<br />

comuni<strong>da</strong>des que habitam essas áreas, nesse<br />

caso, as comuni<strong>da</strong>des podem atuar como<br />

fiscalizadores in loco desse sistema.<br />

<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 140

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