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priva<strong>da</strong>s, sob cláusulas que especificam condições<br />
para o uso <strong>da</strong> terra e dos recursos <strong>na</strong>turais.<br />
Tal mu<strong>da</strong>nça no padrão de utilização do<br />
solo florestal, alterando direitos de transferência<br />
4 OS CONTRATOS DE CONCESSÃO FLORESTAL NO PARÁ<br />
A política de concessão florestal vem com<br />
a proposta de legalizar a ativi<strong>da</strong>de madeireira,<br />
incluir as populações locais e assegurar a<br />
sustentabili<strong>da</strong>de econômica, social e ambiental<br />
no setor. No entanto, para Santa<strong>na</strong> et al. (2010),<br />
o alcance desta política ain<strong>da</strong> está em fase<br />
embrionária. As características econômica,<br />
ambiental e social para que ocorra o<br />
desenvolvimento sustentável, estão coloca<strong>da</strong>s <strong>na</strong><br />
Lei de Gestão de Florestas Públicas (BRASIL,<br />
2006), nos editais para concessão e nos contratos<br />
de transição gerenciados pelo IDEFLOR, mas <strong>na</strong><br />
prática, não é o que está acontecendo.<br />
Os contratos de transição (um instrumento<br />
transitório, no qual permite o acesso a recursos<br />
florestais em áreas públicas, até que se<br />
implemente a concessão florestal) assi<strong>na</strong>dos<br />
desde 2006 no Estado, não contemplam a<br />
exploração dos produtos florestais não<br />
madeireiros, desobrigando os detentores destes<br />
contratos de aproveitar os resíduos <strong>da</strong> exploração<br />
florestal e a inclusão <strong>da</strong>s populações locais <strong>na</strong><br />
ativi<strong>da</strong>de madeireira.<br />
Para fun<strong>da</strong>mentar os leilões públicos e a<br />
valoração <strong>da</strong> floresta, é fun<strong>da</strong>mental que sejam<br />
realiza<strong>da</strong>s pesquisas para definir o preço justo<br />
<strong>da</strong> madeira em pé e dos recursos florestais não<br />
madeireiros, especificamente, <strong>da</strong>s áreas sob<br />
concessão.<br />
O contrato de concessão, também, deve<br />
obrigar os empresários a instalarem <strong>na</strong>s próprias<br />
comuni<strong>da</strong>des empresas responsáveis pela<br />
de proprie<strong>da</strong>de, se obtiver sucesso, poderá gerar<br />
impactos significantes <strong>na</strong> economia regio<strong>na</strong>l e<br />
<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l com mu<strong>da</strong>nças radicais nos preços <strong>da</strong><br />
terra e <strong>da</strong> madeira, mercado de trabalho,<br />
proprie<strong>da</strong>de do capital e concentração de terra.<br />
agregação de valor dos produtos extraídos do<br />
manejo florestal, para produção de produtos de<br />
alto valor agregado.<br />
Entretanto, apesar <strong>da</strong> grande importância<br />
socioeconômica dos Produtos Florestais Não<br />
Madeireiros (PFNM), constata-se que,<br />
geralmente, existe pouca informação<br />
sistematiza<strong>da</strong> sobre a quanti<strong>da</strong>de, valor,<br />
processos de produção (manejo e conservação),<br />
industrialização e comercialização desses<br />
produtos. Também é necessário avançar com a<br />
regulamentação e funcio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s normas<br />
específicas para o mercado destes produtos assim<br />
como ajustar as práticas à escala de produção e<br />
às especifici<strong>da</strong>des do mercado, para que não<br />
ocorra a superexploração dos recursos e a sua<br />
exaustão em curto tempo.<br />
Tal fato advém <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong>de e<br />
variabili<strong>da</strong>de de sua produção e mercados, sendo<br />
que essa escassez de informações se constitui<br />
como barreira à sua conservação e ao<br />
desenvolvimento de estratégias mercadológicas<br />
necessárias ao crescimento e desenvolvimento<br />
dessa ativi<strong>da</strong>de (FIEDLER et al., 2008).<br />
A percepção <strong>da</strong> população sobre os<br />
contratos de concessões florestais foi registra<strong>da</strong><br />
em atas de audiências públicas, disponibiliza<strong>da</strong>s<br />
pelo SFB. Além <strong>da</strong>s dúvi<strong>da</strong>s e anseios sobre esta<br />
política de uso sustentável, o documento mostra<br />
que as principais questões levanta<strong>da</strong>s no debate<br />
com os moradores dos municípios onde estão as<br />
áreas para concessão, são: a falta de informação<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 138