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associam as seguintes causas próximas:<br />

expansão <strong>da</strong>s pastagens e áreas agrícolas,<br />

extração de madeira e expansão <strong>da</strong><br />

infraestrutura. Young (1998), a partir de uma<br />

análise os mecanismos que causaram o<br />

desmatamento <strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong> Legal, <strong>na</strong>s déca<strong>da</strong>s<br />

de 1970 e 1980 afirma que outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des<br />

de uso <strong>da</strong> terra podem influenciar no<br />

desflorestamento, além <strong>da</strong> pecuária. Verificou-se,<br />

por exemplo, uma relação positiva entre o<br />

aumento do desflorestamento e as variáveis por<br />

ele utiliza<strong>da</strong>: variação <strong>da</strong> área agrícola, variação<br />

no tempo dos preços agrícolas, construção de<br />

rodovias, preço <strong>da</strong> terra e acesso a crédito.<br />

Rivero et al. (2009) comentam que nos<br />

municípios paraenses, onde o desflorestamento<br />

vem ocorrendo com taxas mais altas, há um<br />

momento de fi<strong>na</strong>nciamento <strong>da</strong> expansão <strong>da</strong><br />

pecuária baseando-se nos processos de<br />

arren<strong>da</strong>mento de áreas antigas, o que capitaliza<br />

os pecuaristas para fi<strong>na</strong>nciar a expansão <strong>da</strong>s<br />

pastagens em terras de menor valor, aumentando<br />

as expectativas de valorização <strong>da</strong>s novas terras<br />

ocupa<strong>da</strong>s em áreas próximas <strong>da</strong>s zo<strong>na</strong>s de<br />

3.3 DINÂMICA DO REFLORESTAMENTO DAS MESORREGIÕES<br />

A comparação <strong>da</strong> situação encontra<strong>da</strong> em<br />

(IBGE, 2008), com as informações <strong>da</strong> SEMA-PA,<br />

observa-se uma níti<strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça no cenário do<br />

reflorestamento <strong>na</strong>s mesorregiões estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Os<br />

municípios com maior área refloresta<strong>da</strong> até 2011,<br />

por exemplo, são: Paragomi<strong>na</strong>s, Dom Eliseu,<br />

Ulianópolis, Santa Maria <strong>da</strong>s Barreiras, Breu<br />

Branco, Tomé-Açu, Viseu e Marabá.<br />

Segundo os <strong>da</strong>dos obtidos no IBGE (2008)<br />

existem 26 e 37 municípios do Sudeste e<br />

Nordeste Paraense, respectivamente, que<br />

apresentaram informações sobre plantios com<br />

expansão <strong>da</strong> agricultura de larga escala. Assim,<br />

o desflorestamento se intensifica, também,<br />

associado a motivos especulativos.<br />

Além de aspectos relacio<strong>na</strong>dos ao espaço<br />

territorial, há ain<strong>da</strong> fatores endógenos<br />

associados à expectativa de rentabili<strong>da</strong>de dos<br />

agentes sobre os investimentos em ampliação<br />

<strong>da</strong>s áreas ocupa<strong>da</strong>s com novos cultivos<br />

específicos, sendo necessário, portanto, mapear<br />

e reconhecer esses processos de decisão dos<br />

agentes, caso se queira produzir políticas efetivas<br />

de redução do desflorestamento <strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong><br />

(RIVERO et al., 2009)<br />

Entre os coeficientes considerados<br />

intermediários (0,3 r < 0,6) ocorreram entre as<br />

seguintes correlações: Desflorestamento e<br />

Pecuária (0,453), que se correlacio<strong>na</strong>m de<br />

maneira proporcio<strong>na</strong>l; Desflorestamento e Matas<br />

(-0,355), cuja correlação foi inversamente<br />

proporcio<strong>na</strong>l; Milho e Arroz (0,403) e as variáveis<br />

Milho e Feijão (0,461) apresentaram correlações<br />

positivas; e Silvicultura Ipê e Silvicultura Mogno<br />

(0,569) mostraram correlação positiva.<br />

distintas espécies florestais. Entretanto, de<br />

acordo com os <strong>da</strong>dos levantados <strong>na</strong>s licenças<br />

ambientais para reflorestamento <strong>da</strong> SEMA-PA,<br />

esses números se reduzem para 15 e 19<br />

municípios do Sudeste e Nordeste Paraense,<br />

conforme as informações sobre as licenças<br />

expedi<strong>da</strong>s, respectivamente. É possível inferir<br />

que muitos projetos de reflorestamento, ain<strong>da</strong>,<br />

não foram licenciados pela SEMA-PA. Isso pode<br />

ser considerado como um indicativo de que a<br />

área refloresta<strong>da</strong> nessas duas mesorregiões é<br />

maior do que a autoriza<strong>da</strong> <strong>na</strong>s licenças<br />

ambientais.<br />

<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 124

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