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O segundo fator, denomi<strong>na</strong>do<br />
silvicultura nobre, explicou 15,1% <strong>da</strong><br />
variância total dos <strong>da</strong>dos e englobou as<br />
seguintes variáveis: Silvicultura Mogno e<br />
Silvicultura Ipê. Ambas apresentaram relação<br />
positiva. O ipê (Tabebuia sp.) é uma espécie<br />
florestal <strong>na</strong>tiva e tem uma ampla distribuição<br />
<strong>na</strong>s florestas tropicais <strong>da</strong> América do Sul.<br />
Almei<strong>da</strong> et al. (2006), Sabogal et al. (2006) e<br />
Costa et al. (2010) identificaram diversas<br />
experiências silviculturais no estado do Pará,<br />
dentre as quais o ipê foi incluído. Nas<br />
mesorregiões Nordeste e Sudeste Paraense, a<br />
espécie foi identifica<strong>da</strong> em Igarapé-Açu, Nova<br />
Ipixu<strong>na</strong>, Paragomi<strong>na</strong>s, Marabá, Garrafão do<br />
Norte, Dom Eliseu, Aurora do Pará, Vigia e<br />
Colares, além de Breu Branco, onde foi verificado<br />
um plantio com ipê. Esta preferência pode ser<br />
explica<strong>da</strong> pelo fato de que ambas espécies são<br />
considera<strong>da</strong>s madeira nobres, pelo valor<br />
comercial e aceitação no mercado. O valor do<br />
metro cúbico de ipê (madeira em pé) custava,<br />
em 2009, R$ 86,54 (IN 02/2010/IDEFLOR).<br />
No mercado inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, o metro cúbico<br />
do mogno chegou a atingir o preço de US$ 1.8<br />
mil (SIPAM, 2008). Devido ao alto valor comercial,<br />
seu plantio foi intensificado ao fi<strong>na</strong>l <strong>da</strong> déca<strong>da</strong><br />
de 1990 para atender as deman<strong>da</strong>s do mercado<br />
e minimizar o problema <strong>da</strong> escassez e<br />
esgotamento <strong>da</strong>s fontes <strong>na</strong>tivas <strong>da</strong> espécie. No<br />
entanto, com Decreto n o 4.722 (BRASIL, 2003),<br />
que estabeleceu a proibição de corte, além <strong>da</strong>s<br />
limitações silviculturais <strong>da</strong> árvore do mogno,<br />
resultado <strong>da</strong> ação <strong>da</strong> lagarta <strong>da</strong> mariposa<br />
Hypsipyla grandella, os plantios tiveram sua<br />
escala reduzi<strong>da</strong>.<br />
Informações <strong>da</strong> SEMA-PA indicam a<br />
redução de licenciamentos de proprie<strong>da</strong>des que<br />
realizam o plantio de mogno. Conforme Almei<strong>da</strong><br />
et al. (2006), o volume exportado no período<br />
entre 1996 e 2001 foi de mais de 255 mil t de<br />
madeira serra<strong>da</strong> de mogno. Já nos sete anos<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011.<br />
seguintes (2002 até 2007) esse valor não chegou<br />
a 24 mil t, o que, provavelmente, abriu espaço<br />
para a entra<strong>da</strong> de novas espécies no mercado.<br />
Assim, em função <strong>da</strong>s limitações silviculturais e<br />
os entraves de <strong>na</strong>tureza político-ambiental, os<br />
produtores podem ter optado pelo plantio de<br />
outras espécies florestais.<br />
O terceiro fator, denomi<strong>na</strong>do lavoura<br />
temporária, explicou 13,5% <strong>da</strong> variância total<br />
dos <strong>da</strong>dos e englobou as seguintes variáveis:<br />
arroz e milho. Essas variáveis apresentaram<br />
relação positiva com o fator. Conforme Santa<strong>na</strong><br />
et al. (2010), a partir de estudos sobre arranjos<br />
produtivos locais, estas duas culturas estão<br />
inseri<strong>da</strong>s entre as lavouras temporárias de<br />
maior expressão socioeconômica e cultural do<br />
Pará e 27,3% dos municípios tem como<br />
especiali<strong>da</strong>de potencial os cultivos <strong>da</strong>s lavouras<br />
temporárias. A cultura é cultiva<strong>da</strong> em diversos<br />
municípios paraenses, mas <strong>na</strong>s mesorregiões<br />
deste estudo, o plantio é predomi<strong>na</strong>nte em<br />
Paragomi<strong>na</strong>s e São Félix do Xingu, porém, o<br />
terceiro maior produtor é o município de Dom<br />
Eliseu. Atualmente, segundo informações<br />
divulga<strong>da</strong>s pelo IDESP 1 , houve redução <strong>na</strong><br />
produção de arroz entre o mês de abril de 2010/<br />
2011 <strong>na</strong> microrregião de Paragomi<strong>na</strong>s em<br />
função <strong>da</strong> redução <strong>da</strong> área planta<strong>da</strong> devido à<br />
ampliação do cultivo de soja.<br />
Quanto ao milho, o Pará é o maior produtor<br />
dessa commoditie <strong>na</strong> Região Norte. A cultura é<br />
planta<strong>da</strong> em, praticamente, todo o estado, mas<br />
alcança maior produtivi<strong>da</strong>de <strong>na</strong>s microrregiões<br />
de São Félix do Xingu e Redenção (Sudeste<br />
paraense) e Guamá (Nordeste paraense), onde<br />
se encontra São Domingos do Capim,<br />
considerado um dos municípios com maior<br />
produção de milho. Segundo <strong>da</strong>dos divulgados<br />
pelo IDESP, no Pará ela cresceu em 7,84%,<br />
impulsio<strong>na</strong><strong>da</strong> pelo aumento <strong>na</strong> área planta<strong>da</strong>.<br />
As áreas colhi<strong>da</strong>s de milho e arroz têm evoluído<br />
em função dos plantios de soja, que necessitam<br />
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