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Nacio<strong>na</strong>l de Pesquisas <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong> (INPA),<br />

apontam que é possível combi<strong>na</strong>r produção<br />

madeireira com conservação dos ecossistemas.<br />

Especificamente, esses resultados indicam que:<br />

(a) a floresta remanescente responde de modo<br />

positivo à abertura do dossel; <strong>da</strong>nos à floresta<br />

são rapi<strong>da</strong>mente cicatrizados; (b) o aumento do<br />

volume de madeira é compatível com os ciclos<br />

comerciais de corte; (c) é possível orientar a<br />

derruba<strong>da</strong> <strong>da</strong>s árvores controlando o tamanho<br />

<strong>da</strong>s clareiras e protegendo e estimulando a<br />

regeneração <strong>na</strong>tural; (d) é possível minimizar a<br />

exportação de nutrientes do sistema; (e) é<br />

possível planificar adequa<strong>da</strong>mente a colheita<br />

florestal, tendo em vista: a compactação do solo,<br />

os ciclos de nutrientes e água, a meso e<br />

microfau<strong>na</strong> do solo (HIGUCHI; FONSECA, 2004).<br />

Quanto à adoção do manejo florestal por<br />

parte de empresários <strong>da</strong> indústria madeireira dos<br />

principais estados produtores <strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong> (Pará,<br />

Mato Grosso e Rondônia) o importante estudo<br />

de Sabogal et al., (2006) aponta que existe entre<br />

as empresas um alto grau de padronização no<br />

nível muito baixo, no entanto, aquelas localiza<strong>da</strong>s<br />

em fronteiras antigas, mostraram um grau<br />

elevado de adesão as práticas de manejo. Ain<strong>da</strong><br />

segundo esses autores o maior grau de adesão<br />

PMFS em polos antigos pode ser explicado por<br />

maior: acesso á informação; controle por parte<br />

do Governo sobre o setor madeireiro; e<br />

disponibili<strong>da</strong>de de mão de obra qualifica<strong>da</strong> para<br />

elaborar e executar os planos de manejo florestal<br />

sustentável. Outro fator, apontado neste estudo,<br />

e que também pode explicar a maior adesão ao<br />

MFS em polos antigos diz respeito à escassez de<br />

matéria-prima <strong>na</strong>s fronteiras antigas, pois ao<br />

investir em manejo esses empresários estariam<br />

procurando garantir sua própria sobrevivência no<br />

mercado, a médio e longo prazo.<br />

6 UM CAMINHO PARA A SUSTENTABILIDADE DA INDÚSTRIA MADEIREIRA NA AMAZÔNIA<br />

O panorama atual do setor madeireiro <strong>na</strong><br />

<strong>Amazônia</strong> é caracterizado por uma situação<br />

bastante contraditória. Se por um lado, ele vem<br />

sofrendo a maior crise <strong>da</strong> história com o<br />

cancelamento de muitos planos de manejo<br />

florestal sustentável (SABOGAL et al., 2006),<br />

desvalorização do dólar e crise econômica<br />

mundial (inviabilizam as exportações), fato este<br />

que representa graves consequências<br />

socioeconômicas para a região a qual tem no<br />

setor madeireiro um grande gerador de<br />

empregos em to<strong>da</strong> sua cadeia (SFB, IMAZON,<br />

2010). Por outro lado, a aprovação do Projeto<br />

de Lei de Gestão de Florestas Públicas (BRASIL,<br />

2006) vem oferecendo uma oportuni<strong>da</strong>de única<br />

para uma reforma ampla no setor madeireiro e<br />

um importante estímulo para a adoção do<br />

manejo florestal (SABOGAL et al.,2006), cuja a<br />

legislação já está em vigor.<br />

Existe a necessi<strong>da</strong>de de compreender<br />

que a identificação <strong>da</strong>s vinculações entre o<br />

manejo florestal madeireiro e o<br />

desenvolvimento sustentável não subentende,<br />

necessariamente, a aceitação pacifica e<br />

irrestrita do conjunto de pressupostos dessa<br />

proposta de desenvolvimento. Muito menos se<br />

pode inferir que as bases de uma socie<strong>da</strong>de<br />

mais justa socialmente e ambientalmente<br />

responsável podem ser construí<strong>da</strong>s sem que<br />

haja profun<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças <strong>na</strong>s relações sociais<br />

e <strong>na</strong>s de poder entre indivíduos, socie<strong>da</strong>des e<br />

<strong>na</strong>ções nos níveis local, <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l e mundial<br />

(SILVA, 2006).<br />

Entende-se para que se processem essas<br />

mu<strong>da</strong>nças se faz necessária uma participação<br />

mais ampla <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil organiza<strong>da</strong> (ONGs,<br />

sindicatos, associações etc.) e do governo em<br />

<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 108

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