18.06.2013 Views

Baixe aqui a revista na integra - Banco da Amazônia

Baixe aqui a revista na integra - Banco da Amazônia

Baixe aqui a revista na integra - Banco da Amazônia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

os usuários, por serem os principais interessados<br />

<strong>na</strong> conservação e no uso sustentável do recurso,<br />

se sentiriam incentivados a cooperar e a agir<br />

efetivamente <strong>na</strong> promoção <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de<br />

destes.<br />

Um processo como este, por sua vez, traz<br />

consigo um pressuposto de Estado não somente<br />

enquanto instituição‚ que inicia, organiza e<br />

modera as relações, mas também estrutura a<br />

participação democrática e política tanto de<br />

ci<strong>da</strong>dãos quanto de organizações <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de<br />

civil, procurando abranger o maior número<br />

possível de pessoas.<br />

Pois de acordo com Frey (2001) a<br />

participação ampla <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de no processo de<br />

formação de identi<strong>da</strong>de poderia garantir uma<br />

maior aceitação popular <strong>da</strong>s políticas públicas.<br />

No caso específico do setor madeireiro, a<br />

mu<strong>da</strong>nça que leve a indústria a sair do lock-in,<br />

de exploração ilegal - baixo investimento - baixa<br />

produtivi<strong>da</strong>de necessita considerar a adesão dos<br />

madeireiros às práticas de manejo sustentáveis,<br />

mas também precisam apreciar consistentemente<br />

quais são os principais entraves visualizados pelo<br />

setor para esta adesão.<br />

Uma solução viável que inicie os processos<br />

de transformação do padrão de exploração para<br />

um padrão mais sustentável provavelmente não<br />

está, ape<strong>na</strong>s, em aumentar a eficácia <strong>da</strong>s ações<br />

3 A PRODUÇÃO DE MADEIRA DE FLORESTAS NATIVAS<br />

A produção total de madeira em tora<br />

extraí<strong>da</strong> de florestas <strong>na</strong>tivas tem se reduzido<br />

nos últimos anos. No Pará caiu de 10,8 milhões<br />

m 3 (2000) para 5,8 milhões m³ (2010). Essa<br />

produção corresponde, ain<strong>da</strong>, a 46% de to<strong>da</strong><br />

a madeira extraí<strong>da</strong> de floresta do Brasil<br />

(Gráfico 1), segundo o IBGE (2010). O declínio<br />

de comando e controle, mas passa, também, pelo<br />

aumento <strong>da</strong> eficiência dos órgãos reguladores do<br />

estado e <strong>da</strong> adesão de parte significativa dos<br />

produtores a processos evolutivos e negociados<br />

de boas práticas de manejo florestal.<br />

Vale dizer, também, que as ações de<br />

comando e controle, embora importantes <strong>na</strong><br />

redução imediata de estratégias de exploração<br />

ilegal pelos madeireiros provavelmente não serão<br />

suficientes, no longo prazo à transição <strong>da</strong><br />

indústria madeireira amazônica para práticas de<br />

exploração mais sustentáveis.<br />

Estas mu<strong>da</strong>nças são favoreci<strong>da</strong>s pela<br />

própria evolução recente do setor madeireiro <strong>na</strong><br />

região. Há um crescimento, ca<strong>da</strong> vez maior, <strong>da</strong><br />

participação <strong>da</strong> exportação no destino <strong>da</strong><br />

madeira produzi<strong>da</strong> localmente, o que gera uma<br />

necessi<strong>da</strong>de maior de uma produção total<br />

legaliza<strong>da</strong>. Há, também, um crescimento<br />

significativo <strong>da</strong> madeira planta<strong>da</strong> como fonte de<br />

matéria-prima para a indústria, que implica em<br />

níveis mais altos de investimento e em melhores<br />

práticas de manejo.<br />

Além disso, a maior efetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ações<br />

de comando e controle tem aumentado o risco<br />

<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de ilegal. Este quadro positivo está,<br />

porém combi<strong>na</strong>do com um quadro de progressiva<br />

redução <strong>da</strong> produção e dos estoques de madeira<br />

extraí<strong>da</strong> <strong>na</strong> <strong>Amazônia</strong>, seja pelo desmatamento,<br />

seja pela exploração com práticas pre<strong>da</strong>tórias.<br />

desta produção extrativa é um fenômeno<br />

generalizado. Ela caiu para o resto <strong>da</strong><br />

<strong>Amazônia</strong> legal, no período a<strong>na</strong>lisado de 15,7<br />

milhões m³ (2000) para 10,7 milhões de m³<br />

(2010) e para o total do Brasil, a produção caiu<br />

de 21,9 milhões de m³ (2000) para 12,6<br />

milhões de m³ (2010).<br />

<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 102

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!