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Universidade Estadual do Maringá – UEM Parasitos de peixes ...

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<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Estadual</strong> <strong>do</strong> <strong>Maringá</strong> <strong>–</strong> <strong>UEM</strong><br />

Núcleo <strong>de</strong> Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aqüicultura <strong>–</strong> NUPELIA<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ecologia <strong>de</strong> Ambientes Aquáticos Continentais <strong>–</strong> PEA<br />

Laboratório <strong>de</strong> Ictioparasitologia<br />

<strong>Parasitos</strong> <strong>de</strong> <strong>peixes</strong> como indica<strong>do</strong>res da integrida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s ecossistemas<br />

aquáticos: uma comparação entre riachos na Estação Ecológica <strong>do</strong> Caiuá<br />

Fabrício Hiroiuki Oda


1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA<br />

A biologia e a ecologia <strong>de</strong> <strong>peixes</strong> <strong>de</strong> ambientes como pequenos riachos, lagoas e brejos são pouco<br />

estudadas no Brasil. Tais corpos <strong>de</strong> água constituem-se em ambientes particulares, com importância<br />

ecológica nos ecossistemas em que se encontram, visto que muitos animais os utilizam como fonte <strong>de</strong> água.<br />

As alterações antrópicas, tais como drenagens e aterramentos, po<strong>de</strong>m acarretar a extinção <strong>de</strong> populações <strong>de</strong><br />

<strong>peixes</strong> e outros organismos que <strong>de</strong>senvolvem to<strong>do</strong> o ciclo <strong>de</strong> vida nesses hábitats (SHIBATTA &<br />

BENNEMANN 2003).<br />

A ictiofauna <strong>de</strong> riachos é composta por espécies <strong>de</strong> pequeno porte que apresentam eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong><br />

en<strong>de</strong>mismo, distribuição geográfica restrita, não possuem valor comercial e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da vegetação ripária<br />

para alimentação, reprodução e abrigo (CASTRO & MENEZES 1998), sen<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s bons indica<strong>do</strong>res<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ambiente (KAAR 1981, VIEIRA & SHIBATTA 2007).<br />

Ecossistemas consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s saudáveis contêm populações equilibradas <strong>de</strong> organismos nativos com<br />

organização funcional e estrutural diversa, com muitas espécies forman<strong>do</strong> a re<strong>de</strong> trófica, da qual fazem parte<br />

também os parasitos. Segun<strong>do</strong> TAKEMOTO et al. (2008), a fauna parasitária <strong>de</strong> <strong>peixes</strong> <strong>de</strong> água <strong>do</strong>ce po<strong>de</strong><br />

apresentar diferentes composições, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da espécie <strong>de</strong> hospe<strong>de</strong>iro, <strong>do</strong> nível trófico <strong>de</strong>ste hospe<strong>de</strong>iro<br />

na teia alimentar, da sua ida<strong>de</strong>, <strong>do</strong> seu tamanho, <strong>do</strong> sexo, além <strong>de</strong> outros fatores bióticos e abióticos. Além<br />

disso, no ciclo <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s parasitos, os <strong>peixes</strong> <strong>de</strong> pequeno porte po<strong>de</strong>m atuar como hospe<strong>de</strong>iros<br />

intermediários, já que servem <strong>de</strong> alimento para outras espécies <strong>de</strong> <strong>peixes</strong> e diversos grupos <strong>de</strong> animais, que<br />

são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s hospe<strong>de</strong>iros <strong>de</strong>finitivos, completan<strong>do</strong> o ciclo <strong>do</strong>s parasitos. Uma vez que a poluição e<br />

outros estressores po<strong>de</strong>m exercer impactos sobre as populações e as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> organismos e, então,<br />

sobre a estrutura da re<strong>de</strong> alimentar, os parasitos po<strong>de</strong>m também ser usa<strong>do</strong>s como indica<strong>do</strong>res biológicos<br />

naturais <strong>de</strong> alterações na “saú<strong>de</strong>” <strong>do</strong> ecossistema (MARCOGLIESE 2005).<br />

Informações concernentes aos parasitos <strong>do</strong>s <strong>peixes</strong> e <strong>de</strong>gradação ambiental são usualmente aplicadas<br />

no nível individual e relacionadas aos efeitos patológicos associa<strong>do</strong>s ao parasitismo. Apenas recentemente<br />

estu<strong>do</strong>s das comunida<strong>de</strong>s têm si<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s para investigar respostas a poluentes e outros estressores<br />

(SILVA-SOUZA et al. 2006). Uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> poluentes tais como metais pesa<strong>do</strong>s, pesticidas, efluentes<br />

<strong>do</strong>mésticos e industriais (veja VIDAL-MARTÍNEZ et al. 2009) influenciam aguda ou cronicamente os<br />

parasitos <strong>do</strong>s <strong>peixes</strong> (LANDSBERG et al. 1998).<br />

YEOMANS et al. (1997) estudan<strong>do</strong> tricodinas em Gasterosteus aculeatus observou que a população<br />

<strong>de</strong>stes protozoários variava com os diferentes níveis <strong>de</strong> poluição em que o rio se encontrava. SURES (1994)<br />

encontrou metais pesa<strong>do</strong>s em taxas significativamente mais elevadas nos teci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acantocéfalos <strong>do</strong> que<br />

nos encontra<strong>do</strong>s em seus hospe<strong>de</strong>iros. GALLI et al. (2001) <strong>de</strong>monstraram que cada parasito po<strong>de</strong> reagir <strong>de</strong><br />

forma diferente aos diferentes níveis <strong>de</strong> poluição da água conforme a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada organismo<br />

parasito, sen<strong>do</strong> que normalmente baixo número <strong>de</strong> espécies parasitas era encontra<strong>do</strong> em locais altamente<br />

poluí<strong>do</strong>s. Segun<strong>do</strong> estes autores a riqueza <strong>de</strong> espécies e os índices <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> mostram que a


comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parasitos é afetada pelos diferentes esta<strong>do</strong>s das condições ambientais. Outra importante<br />

vantagem da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parasitos apontada pelos autores como indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> estresse ambiental está<br />

relaciona<strong>do</strong> com os níveis tróficos: os parasitos se movem através da ca<strong>de</strong>ia alimentar e são situa<strong>do</strong>s no<br />

topo, incorporan<strong>do</strong> os efeitos adversos <strong>do</strong>s vários poluentes. Desta forma, a ictioparasitofauna po<strong>de</strong> ser um<br />

reflexo da exposição temporal e espacial a estes poluentes, bem como da ação <strong>de</strong> estressores como<br />

acidificação, estresse térmico, mudanças hidrológicas e eutrofização (MARCOGLIESE 2005).<br />

O estu<strong>do</strong> da fauna parasitária <strong>de</strong> <strong>peixes</strong> <strong>de</strong> riachos em diferentes esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>ve trazer<br />

informações que ajudarão a conhecer a integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses ecossistemas aquáticos. A partir <strong>de</strong>ssas<br />

informações, é possível inferir quais agentes estressores influenciam a fauna parasitária. Além disso, em<br />

espécies <strong>de</strong> <strong>peixes</strong> ainda não estudadas quanto a fauna parasitária (ex. Rivulus apiamici), é possível que<br />

novas espécies <strong>de</strong> parasitos sejam encontradas.<br />

2. OBJETIVOS<br />

2.1 Objetivo geral<br />

Analisar a fauna parasitária da ictiofauna <strong>de</strong> riachos na Estação Ecológica <strong>do</strong> Caiuá, no município <strong>de</strong><br />

Diamante <strong>do</strong> Norte, esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná e verificar a utilização <strong>do</strong>s parasitos como indica<strong>do</strong>res da integrida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>s ecossistemas aquáticos.<br />

2.2 Objetivos específicos<br />

Inventariar e <strong>de</strong>terminar a riqueza da fauna parasitária da ictiofauna;<br />

Determinar o grau <strong>de</strong> importância <strong>de</strong> cada espécie ou grupo <strong>de</strong> parasito;<br />

Determinar o padrão <strong>de</strong> dispersão da fauna parasitária;<br />

Verificar a influência <strong>do</strong> tamanho <strong>do</strong> peixe sobre o nível <strong>de</strong> parasitismo;<br />

Analisar se o sexo <strong>do</strong> hospe<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>termina o nível <strong>de</strong> parasitismo;<br />

Verificar se a sazonalida<strong>de</strong> influência a ocorrência <strong>do</strong>s parasitos;<br />

Confrontar a intensida<strong>de</strong> e a prevalência <strong>do</strong> parasitismo com o bem estar <strong>do</strong> hospe<strong>de</strong>iro, medi<strong>do</strong> pelo<br />

fator <strong>de</strong> condição relativo;<br />

3. METODOLOGIA<br />

3.1 Área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>


(Figura 1).<br />

O estu<strong>do</strong> será realiza<strong>do</strong> na Estação Ecológica <strong>do</strong> Caiuá (EEC), no município <strong>de</strong> Diamante <strong>do</strong> Norte<br />

Figura 1. Localização da Estação Ecológica <strong>do</strong> Caiuá, município <strong>de</strong> Diamante <strong>do</strong> Norte, esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná.<br />

O Noroeste <strong>do</strong> Paraná apresenta praticamente toda sua extensão recoberta por rochas sedimentares<br />

arenosas da Formação Caiuá (TORRES 2003), os solos são originários <strong>do</strong> Arenito Caiuá, que representa um<br />

substrato geológico-geomorfológico constituí<strong>do</strong> essencialmente por quartzo e altamente susceptível à<br />

erosão. Sua dinâmica reflete-se em <strong>de</strong>pósitos sedimentares inconsolida<strong>do</strong>s ao longo da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem,<br />

com modificação constante das feições fluviais ao longo <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong> abrangência. Os solos pre<strong>do</strong>minantes<br />

são o Latossolo Vermelho e o Argissolo Vermelho-Amarelo (NAKASHIMA & NÓBREGA 2003).<br />

Apresentam composição arenosa ou argilosa, com altos teores <strong>de</strong> matéria orgânica, típicos <strong>de</strong> relevos suave-<br />

ondula<strong>do</strong>s e mal drena<strong>do</strong>s (JACOMINE 2001).<br />

A unida<strong>de</strong> fitogeográfica da região Noroeste <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, que compreen<strong>de</strong> a área <strong>do</strong> Arenito Caiuá, e<br />

nos vales forma<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s rios, é <strong>de</strong>finida como Floresta Estacional Semi<strong>de</strong>cidual (ELETROSUL 1986,<br />

CAMPOS & SOUZA 1997, SOUZA et al. 1997, CAMPOS et al. 2000). É caracterizada pela dupla<br />

estacionalida<strong>de</strong> climática; condicionada por épocas <strong>de</strong> chuvas no verão, seguidas por estiagem acentuada e<br />

épocas subtropicais sem perío<strong>do</strong> seco. Há ainda, seca fisiológica provocada pelo frio <strong>do</strong> inverno, quan<strong>do</strong> a<br />

temperatura média alcança valores inferiores a 15°C (CAMPOS & SOUZA 1997, IBGE, 2004).<br />

3.2 Coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s


Serão realizadas coletas bimestrais regulares na área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> entre outubro <strong>de</strong> 2010 e fevereiro <strong>de</strong><br />

2012, totalizan<strong>do</strong> nove campanhas (Tabela 1).<br />

Tabela 1. Cronograma <strong>de</strong> execução <strong>do</strong> Exame <strong>de</strong> Qualificação Geral (EGQ) e <strong>do</strong> Projeto <strong>de</strong> Tese (PT). A) coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, B)<br />

triagem, preparação e análise <strong>do</strong> material biológico, C) revisão bibliográfica, D) redação <strong>do</strong> EGQ, E) apresentação (<strong>de</strong>fesa) <strong>do</strong><br />

EGQ, F) redação da tese e G) apresentação (<strong>de</strong>fesa) da tese.<br />

Cronograma<br />

2010 2011 2012<br />

O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D<br />

A X X X X X X X X X<br />

B X X X X X X X X X X X X X X X X X X<br />

C X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X<br />

D X X X X X X X X<br />

E X<br />

F X X X X X X X X X X X X<br />

G X<br />

Os <strong>peixes</strong> serão captura<strong>do</strong>s em três riachos <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m (STRAHLER 1957), e forma<strong>do</strong>res da<br />

Bacia <strong>do</strong> Alto Rio Paraná com o uso <strong>de</strong> peneira e pesca elétrica. No laboratório os <strong>peixes</strong> serão i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s<br />

quanto à espécie e o sexo, peso total (g) e o comprimento total e padrão (cm) <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os espécimes serão<br />

registra<strong>do</strong>s. Em cada ponto <strong>de</strong> amostragem serão obtidas amostras <strong>de</strong> água para a análise das variáveis<br />

físico-químicas (pH, condutivida<strong>de</strong>, oxigênio dissolvi<strong>do</strong>, temperatura, fósforo e nitrogênio). Os riachos a<br />

serem amostra<strong>do</strong>s são brevemente <strong>de</strong>scritos a seguir.<br />

O riacho Scherer (22°36’06.7”S; 052°53’02.0”W) possui cerca <strong>de</strong> 1.600 m <strong>de</strong> comprimento, nasce<br />

<strong>de</strong>ntro da EEC e <strong>de</strong>ságua em uma lagoa <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo <strong>de</strong> esgoto proveniente <strong>do</strong> Colégio Agrícola da<br />

<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> <strong>Maringá</strong> (Diamante <strong>do</strong> Norte, PR) antes <strong>de</strong> alcançar o rio Paranapanema. Ainda,<br />

possui uma barragem para coleta <strong>de</strong> água <strong>do</strong> Colégio em seu trecho médio.<br />

O riacho Conceição (22°35’15.0”S; 052°53’29.0”W) nasce <strong>de</strong>ntro da EEC, me<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 450 m <strong>de</strong><br />

extensão, <strong>do</strong>s quais, aproximadamente, os 100 m finais apresentam uma formação <strong>de</strong> banha<strong>do</strong> antes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>saguar no rio Paranapanema, a cerca <strong>de</strong> 200 m <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> riacho Scherer.<br />

O ribeirão Diamante nasce próximo ao município <strong>de</strong> Diamante <strong>do</strong> Norte, corta transversalmente a<br />

ECC senti<strong>do</strong> sul-norte, numa extensão <strong>de</strong> 1300 m, <strong>de</strong>sembocan<strong>do</strong> no lago artificial da UHE <strong>de</strong> Rosana<br />

(INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ 1997). Caracteriza-se por ser um tributário estreito e raso, que<br />

em comunicação com o reservatório torna-se mais largo e profun<strong>do</strong>.<br />

3.3 Coleta, fixação e i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s parasitos<br />

Cada grupo <strong>de</strong> parasitos receberá tratamento específico (Segun<strong>do</strong> EIRAS et al. 2006):


Monogenea: serão fixa<strong>do</strong>s em formalina 5% e conserva<strong>do</strong>s em álcool 70° GL, e <strong>de</strong>pois cora<strong>do</strong>s com<br />

Carmalúmem <strong>de</strong> Mayer, Hematoxilina <strong>de</strong> Delafield, ou Tricrômico <strong>de</strong> Gomori, clarifica<strong>do</strong>s em<br />

creosoto <strong>de</strong> faia, antes da montagem em bálsamo <strong>do</strong> Canadá. Para o estu<strong>do</strong> das estruturas<br />

esclerotizadas alguns espécimes serão monta<strong>do</strong>s em meio <strong>de</strong> Hoyer.<br />

Digenea: serão coleta<strong>do</strong>s ainda vivos, comprimi<strong>do</strong>s entre lâminas e imersos em AFA (85 partes <strong>de</strong><br />

álcool a 85%, 10 partes <strong>de</strong> formol e 5 partes <strong>de</strong> áci<strong>do</strong> acético glacial) para a fixação e conserva<strong>do</strong>s<br />

em álcool a 70%. Serão cora<strong>do</strong>s com Carmalúmem <strong>de</strong> Mayer através <strong>de</strong> processo regressivo,<br />

clarifica<strong>do</strong>s com creosoto <strong>de</strong> Faia e monta<strong>do</strong>s em lâminas permanentes com bálsamo <strong>do</strong> Canadá.<br />

Cestoda: serão coleta<strong>do</strong>s ainda vivos, fixa<strong>do</strong>s em formol a 5% a temperatura aproximada <strong>de</strong> 65°C e<br />

conserva<strong>do</strong>s em álcool a 70%. Serão cora<strong>do</strong>s com Carmalúmem <strong>de</strong> Mayer através <strong>de</strong> processo<br />

regressivo, clarifica<strong>do</strong>s com creosoto <strong>de</strong> Faia e monta<strong>do</strong>s em lâminas permanentes com bálsamo <strong>do</strong><br />

Canadá.<br />

Acanthocephala: ainda vivos serão coloca<strong>do</strong>s em placa <strong>de</strong> Petri conten<strong>do</strong> água <strong>de</strong>stilada e<br />

refrigera<strong>do</strong>s por algumas horas. Em seguida serão fixa<strong>do</strong>s em formol a 5% e conserva<strong>do</strong>s em álcool<br />

a 70%. Serão cora<strong>do</strong>s com Carmalúmem <strong>de</strong> Mayer através <strong>de</strong> processo regressivo, clarifica<strong>do</strong>s com<br />

creosoto <strong>de</strong> Faia e monta<strong>do</strong>s em lâminas permanentes com bálsamo <strong>do</strong> Canadá.<br />

Nematoda: ainda vivos serão fixa<strong>do</strong>s em formol a 5% a temperatura aproximada <strong>de</strong> 65°C e<br />

conserva<strong>do</strong>s em álcool a 70%.<br />

Branchiura, Copepoda e Acarina: serão fixa<strong>do</strong>s e conserva<strong>do</strong>s em álcool 70° GL. Preparações<br />

temporárias serão feitas em áci<strong>do</strong> láctico e preparações permanentes serão feitas em Hoyer.<br />

Isopoda: serão fixa<strong>do</strong>s em formalina a 5% (por 24 horas) e conserva<strong>do</strong>s em álcool 70° GL. As peças<br />

bucais, patas, urópo<strong>do</strong>s, pleópo<strong>do</strong>s e pleotelson serão removi<strong>do</strong>s com agulhas <strong>de</strong> dissecção e<br />

monta<strong>do</strong>s em lâminas permanentes pelo méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> fenol-bálsamo.<br />

Os espécimes a serem fotografa<strong>do</strong>s pelo microscópio eletrônico <strong>de</strong> varredura serão fixa<strong>do</strong>s em<br />

glutaral<strong>de</strong>í<strong>do</strong> a 2,5% diluí<strong>do</strong> em solução tampão cacodilato a 0,1% (1:10). Posteriormente os espécimes<br />

passarão pelo processo <strong>de</strong> metalização e então serão fotografa<strong>do</strong>s pelo microscópio eletrônico <strong>de</strong> varredura<br />

Shimadzu SS 550 para melhor visualização das estruturas. A terminologia ecológica utilizada será baseada<br />

em BUSH et al. (1997) e RÓZSA et al. (2000). A i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s parasitos utilizará bibliografia<br />

especializada.<br />

3.4 Análises estatísticas<br />

Para a análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s serão utiliza<strong>do</strong>s índices e testes estatísticos que serão <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s<br />

posteriormente <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.


4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

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