Potencialidade do creosoto de Eucalyptus como preservativo ... - Ipef
Potencialidade do creosoto de Eucalyptus como preservativo ... - Ipef
Potencialidade do creosoto de Eucalyptus como preservativo ... - Ipef
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
f , """! : ~..-<br />
POTENCIALIOADE DO CREOSOTO DE tucal"plus<br />
'- , SPP COMO PRESERVATIVO PARA MADEIRAS<br />
TESE APRESENTADA À<br />
ESCOLA POLITÉCNICA DA USP<br />
PARA O OBTENÇÃO DO 'TITULO<br />
DE DOUTOR EM ENGENHARIA<br />
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />
)<br />
ESCOLA POLITÉCNICA
Engenheiro Florestal, ESALQ - USP, 1976<br />
Mestre em Eng. Florestal, ESALQ - USP,1979<br />
POTENCIALIDADE DO CREOSOTO DE<br />
<strong>Eucalyptus</strong> SPP COMO PRESERVATIVO<br />
PARA MADEIRAS<br />
orienta<strong>do</strong>r: Dr. ENNIO SILVA LEPAGE<br />
Professor <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> pós-Graduação em<br />
Engenharia da Escola Politécnica da USP<br />
Chefe <strong>do</strong> Agrupamento <strong>de</strong> Preserva
A Francisco e Ivone, meus tios e padrinhos,<br />
pelo apoio e incentivo<br />
A Hugo e Ilza, meus pais, cujo esforço permitiu<br />
nossa formação<br />
A Luciana e Mayra, minhas filhas, razao -<br />
principal <strong>de</strong>sta existência<br />
A Nei<strong>de</strong>, minha esposa, pelo apoio,<br />
incentivo, compreensão e<br />
presença sempre constante,<br />
tornan<strong>do</strong> possível a concre'<br />
tização <strong>de</strong>ste trabalho -
· .<br />
Ao Dr. Ennio Silva Lepage, orienta<strong>do</strong>r e amigo, pelo<br />
estímulo constante é orientação precisa, que em mui<br />
to valorizaram nosso programa <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong><br />
Ao amigo e irmão, Dr. Luiz Carlos <strong>de</strong> Sampaio Olivei<br />
ra, pelo apoio e amiza<strong>de</strong> que nos foram fundamentais
-Aos professores Dr. José otávio Brito, Dr. Luiz Er-<br />
nesto G. Barrichelo e Dr. Mário Tomazello, <strong>do</strong> DepaPtamento <strong>de</strong> ciê~<br />
cias Florestais da ESALQ, e ao Dr. George Cury Kachan, <strong>do</strong> Departa-<br />
mento <strong>de</strong> Engenharia Qulmica da EPUSP, pelo apoio e sugestões.<br />
Aos biólogos Sidney nilano, Antonio Ta<strong>de</strong>u <strong>de</strong> Lelis<br />
e naria Dolores Garcia C.<strong>do</strong>s Santos, da Divisão <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>iras <strong>do</strong><br />
IPT, pela colaboração no-planejamento e execução <strong>do</strong>s ensaios bio-<br />
lógicos.<br />
Aos amigos João Alberto Câmara Sodré, <strong>do</strong> Centro Téc<br />
nico e~ Celulose e Papel <strong>do</strong> IPT, e Carlos Henrique nattiolli, <strong>do</strong><br />
Centro <strong>de</strong> Info~ática na Agricultura, ESALQ/USP, pelo auxilio no<br />
planejamento estatistico e na computação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s.<br />
A quimica rtaria <strong>de</strong> Fátima Pereira Sampaio nota, <strong>do</strong><br />
Centro <strong>de</strong> Análises Quimicas e Instrllr.lentais<strong>do</strong> IPT, pela importar!<br />
te colaboração na análise quimica <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s.<br />
As bibliotecárias Paula Kaori Yarnamura Ielo, da Di-<br />
visão <strong>de</strong> Ua<strong>de</strong>iras <strong>do</strong> IPT, e l'larialicert. Poggiani, <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong><br />
Pesquisas e Estu<strong>do</strong>s Florestais, pelo auxilio inesti~ável na recup~<br />
ração <strong>de</strong> artigos e orientação bibliográfica.<br />
Aos técnicos Josué Martins Neto, Luiz Antonio Pinto<br />
Reis, Sônia Maria Vicentainer e Oduwal<strong>do</strong> José P.Chaves, da Divi-<br />
são <strong>de</strong> I~a<strong>de</strong>iras <strong>do</strong> IPT, e Paulo Camalionte, <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Sil<br />
vicultura da ESALQ, pela valiosa colaboração nas ativida<strong>de</strong>s labor!<br />
to~iais.<br />
Ao colega Flávio R.Salgueiro, <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Pes -<br />
quisas e Estu<strong>do</strong>s Florestais, pela colaboração no <strong>de</strong>senho.e arte fi·<br />
nal das figuras.<br />
Ao Dr. Sérvio Túlio Augusto Guimarães, Diretor <strong>de</strong><br />
Engenharia da Cia. Agricola e Florestal Santa Bárbara, e ao Dr. J~<br />
sé Wilson Teixeira, Diretor <strong>de</strong> Produção da Florestal Acesita, pelo<br />
apoio e informações concedidas.<br />
Ao Conselho Nacional <strong>de</strong> Desenvolvi~ento Cientifico
e Tecnológico - CNPq, pela concessão <strong>de</strong> uma bolsa <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s; e ao<br />
Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Desenvolvimento Florestal - IBDF, pelo fi-<br />
nanciamento parcial <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />
Ao fisicoJosé Apareci<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Reis Coutinho, <strong>do</strong> Cen-<br />
tro <strong>de</strong> Energia Nuclear na Agricultura - CENA, pelo auxilio na <strong>de</strong>-<br />
terminação <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r calorifico <strong>do</strong>s piches.<br />
Aos <strong>de</strong>mais colegas da Divisão <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>iras <strong>do</strong> IPT e<br />
<strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Ciências Florestais da ESALQ, que conosco cola-<br />
boraram -e· t-!veFam seus nomes aqui omiti<strong>do</strong>s,<br />
.
POTENCIALIDADE DO CREOSOTO DE <strong>Eucalyptus</strong> SPP<br />
COMO PRESERVATIVO PARA ~~EIRAS<br />
Neste trabalho é estudada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se uti-<br />
lizar o <strong>creosoto</strong> da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> spp,obti<strong>do</strong> corno sub-pro-<br />
tluto da produção <strong>de</strong> carvão, para a preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />
--Para tanto~· alcatrões recupera<strong>do</strong>s em três unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> carbonização, duas industriais e uma piloto, foram <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s<br />
em laboratório, sob pressão reduzida (2,3 a 3,3 kPa) para obtenção<br />
<strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s. O rendimento gravimétrico da <strong>de</strong>stilação variou <strong>de</strong><br />
30,4% a 32,9% em relação ao alcatrão· anidro, sen<strong>do</strong> que foi poss!-<br />
've1 i<strong>de</strong>ntificar, por cromatografia em fase gasosa e espectrometria<br />
<strong>de</strong> massa, cerca <strong>de</strong> 35,0% das substâncias que compõe o <strong>creosoto</strong> ve-<br />
getal, fenólicas em sua maioria.<br />
Os <strong>creosoto</strong>s vegetais foram ensaia<strong>do</strong>s comparativa-<br />
mente ao <strong>creosoto</strong> mineral através <strong>do</strong>s testes <strong>de</strong> apodrecimento ace-<br />
lera<strong>do</strong> e resistência a cupins e a podridão mole. Verificou-se que<br />
a ma<strong>de</strong>ira tratada com os <strong>creosoto</strong>s vegetais não é resistente à <strong>de</strong>-<br />
terioração causada por fungos <strong>de</strong> podridão mole, mas apresenta boa<br />
resistência aos fungos das podridões branca e parda e ao ataque <strong>de</strong><br />
I ••<br />
cupins, sem igualar-se, porem, a ca<strong>de</strong>ira tratada com o <strong>creosoto</strong> mi<br />
neral.<br />
Assim, os <strong>creosoto</strong>s vegetais puros não são indica-<br />
<strong>do</strong>s para o trata.r.lento<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras com função estrutural, <strong>como</strong> pos-<br />
tesr- mas po<strong>de</strong>m ser uti~iza<strong>do</strong>s para a impregnação <strong>de</strong> peças si~ples,<br />
<strong>como</strong> coirões <strong>de</strong> cerca, através <strong>de</strong> processos sem pressão.
THE POTENTIALITY OF WOOD-TAR CREOSOTE FROM<br />
<strong>Eucalyptus</strong> SPP AS A WOOD PRESERVATIVE<br />
The poss1b111ty of us1ng the wood-tar creosote from<br />
<strong>Eucalyptus</strong> spp 1n wood preservat10n was 1nvest1gated.<br />
Thewood ... tar, obta1ned as by-product 1n two 1ndus-<br />
tr1al and ooe p1~ot plant of wood carbon1zat1on, was d1st111ed un-.<br />
<strong>de</strong>r reduced pressure (2.3 to 3.3 kPa) to g1ve thecreosotes. The<br />
d1st11lat1on y1el<strong>de</strong>d 30.4% to 32.9% of creosote 1n relat10n to the<br />
start1ng anhydrous tar.<br />
About 35.0% of the substances contained in the wood<br />
creosotes were i<strong>de</strong>nti:fied by gas chromatography and mass spectrom!<br />
try. The greater part o:f those substances are phenolic.<br />
The wood..;"taZ"creO"soteswere tested 1n laboratory<br />
against bio<strong>de</strong>terioration, in comparison to coal-tar creosote.<br />
Although the wood treated with vegetable creosotes showed a good<br />
resistance against termites, white rot :fungi and brown rot :fungi,<br />
it did not resist the attack by so:ft rot fung1. In alI tests, the<br />
coal-tar creosote gave the best protection to wood.<br />
The wood-tar creosote are not ind1cated for<br />
structural uses of wood, as poles, but it could be used in the<br />
treating o:f fence posts through non-pressure procesSe
Lista <strong>de</strong> Figuras<br />
Lista <strong>de</strong> Tabelas<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
2. REVISÃO 'BIBLIOGRÁFICA<br />
2.1. Histórico<br />
2.2 •.·Oaloatrão e os oreosotos vegetais<br />
23iólioteca<br />
<strong>do</strong><br />
c!J' I"<br />
'./ j /7 " f1<br />
l.c~G '0-<br />
•<br />
2.2.1. Processos <strong>de</strong> obtenção 8<br />
2.2.2. Influência da matéria-prima e <strong>do</strong> processo<br />
no rendimento em alcatrão 13<br />
2.2.3. Destilação <strong>do</strong> alcatrão vegetal<br />
2.2.4. Composição qu1mica <strong>do</strong> alcatrão vegetal<br />
2.3. Utilizações <strong>do</strong> alcatrão vegetal e <strong>do</strong>s seus<br />
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s<br />
2.3.1. O <strong>creosoto</strong> vegetal <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong><br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras<br />
-2.4. O <strong>creosoto</strong> mineral <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras 36<br />
2.5. Ensaios <strong>de</strong> laboratório visan<strong>do</strong> caracterizar um<br />
<strong>preservativo</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras 38<br />
2.5.1. Toxi<strong>de</strong>z<br />
2.5.2. Apodrecimento acelera<strong>do</strong><br />
2.5.3. Tratabilida<strong>de</strong><br />
3. ~~TERIAIS E ~mTODOS<br />
3.1. Obtenção <strong>do</strong> alcatrão<br />
3.2. Destilação <strong>do</strong>s alcatrões<br />
3.2.1. Destilações preliminares<br />
3.2.2. Destilações <strong>de</strong>finitivas<br />
3.2.3. Destilação para análise qu1mica<br />
3.3. Caracterização <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s<br />
3.3.1. Composição qu1mica<br />
"3.3.2. Densida<strong>de</strong> relativa<br />
3.3.3. Viscosida<strong>de</strong> Saybolt Universal<br />
3.3.4. Número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z<br />
3.3.5. Corr~sivi~a<strong>de</strong><br />
39<br />
39<br />
40<br />
42<br />
42<br />
42<br />
45<br />
48<br />
51<br />
51<br />
51<br />
53<br />
53<br />
54<br />
54
3.3.6. Creosoto mineral<br />
3.4. caracterização <strong>do</strong>s piches<br />
-3.5. Ensaios biológicos<br />
3.5.1. Ensaio preliminar <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z em meio<br />
<strong>de</strong> cultura<br />
3.5.2. Ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong> em<br />
laboratório<br />
3.5.3. Ensaio <strong>de</strong> resistência a fungos <strong>de</strong><br />
podridão mole<br />
3.5.4. Ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira seca<br />
3.6. Determinação da permeabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira<br />
em relação aos <strong>creosoto</strong>s<br />
3.7. Análise estatlstica<br />
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
4.1. Ensaios preliminares<br />
4.2. Destilações <strong>do</strong>s alcatrões vegetais<br />
4.3. Caracterização <strong>do</strong>s creosotO'S vegetais e mineral<br />
4.4. Ensaios biológicos<br />
4.4.1. Ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong> em<br />
laboratório<br />
4.4.2. Ensaio <strong>de</strong> resistência a fungos <strong>de</strong><br />
podridão mole<br />
4.4.3. Ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong><br />
Cla<strong>de</strong>ira seca<br />
4.5. Permeabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira em relação aos<br />
<strong>creosoto</strong>s<br />
4.6. Caracterização <strong>do</strong>s piches<br />
4.7. Sugestões para novas pesquisas<br />
5. CONCLUSÕES<br />
6. REFERtNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
ANEXO 1<br />
ANEXO 2<br />
ANEXO 3<br />
55<br />
55<br />
56<br />
@<br />
65<br />
68<br />
68<br />
73<br />
78<br />
84<br />
® 110<br />
112<br />
114<br />
116<br />
123<br />
134<br />
157
página<br />
FIGURA 2.1. Relação entre temperatura, tempo e produtos na<br />
<strong>de</strong>composição térmica da ma<strong>de</strong>ira. 9<br />
FIGURA 2.2. Diagrama termo-gravimétrico da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Pop~<br />
lus sp. 14<br />
FIGURA 2.3. Curvas da <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong> alcatões diversos~ ef!.<br />
tuadas sob pressão ambiente. 22<br />
FIGURA 2.4. Curvas da <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> folhosas, a pressão ambiente.<br />
FIGURA 2.5. Curvas da <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong> al~atrões diversos,sob<br />
pressão reduzida. 25<br />
FIGURA 3.1. Esquema da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carbonização e recuperação<br />
da CAF. 44<br />
-FIGURA 3.2-. Ilustração da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> earbenização e recup!.<br />
ração da ACESITA. 44<br />
FIGURA 3.3. Ilustração da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carbonização e recup!.<br />
ração da ESALQ. 45<br />
FIGURA 3.4. Esquema <strong>do</strong> sistema utiliza<strong>do</strong> para a <strong>de</strong>stilação<br />
<strong>do</strong>s alcatrões em laboratório. 46<br />
FIGURA 3.6. Evolução da pressão e das temperaturas <strong>do</strong> óleo<br />
<strong>de</strong> aquecimento, <strong>do</strong> alcatrão e,<strong>do</strong>s gases durante<br />
a <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão CAF. 49<br />
FIGURA 3.7. Evolução da pressão e das temperaturas <strong>do</strong> óleo<br />
<strong>de</strong> aquecimento, <strong>do</strong> alcatrão e <strong>do</strong>s gases durante<br />
a <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão ACESITA. 50<br />
FIGURA 3.8. Evolução da pressão e das temperaturas <strong>do</strong> óleo<br />
<strong>de</strong> aquecimento, <strong>do</strong> alcatrão e <strong>do</strong>s gases durante<br />
a <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão ESALQ. 50<br />
FIGURA 3.9. Cromatograma tlpico obti<strong>do</strong> na análise <strong>de</strong> um<br />
<strong>creosoto</strong> vegetal<br />
FIGURA 3.10. Ilustração <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> poço, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para o<br />
ensaio <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z em meio <strong>de</strong> cultura. 57<br />
52
FIGURA 3.11. Ilustração <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<br />
<strong>do</strong> em laboratório. 60<br />
.<br />
FIGURA 3.12. Ilustração <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> amostras submeti<strong>do</strong><br />
ao ensaio <strong>de</strong> resistência ao ataque <strong>de</strong> cupins<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca. 62<br />
FIGURA 3.13. Esquematização <strong>do</strong> sistema utiliza<strong>do</strong> para med!<br />
ção da vazão e posterior <strong>de</strong>terminação da permeabilida<strong>de</strong>.<br />
64<br />
FIGURA 3.14. Ilustração <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à <strong>de</strong>terminação<br />
Elapermeab1lida<strong>de</strong>. 64<br />
FIGURA 4.1. Porcentagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s em função da temperatura<br />
para os alcatrões CAF, ESALQ e ACESITA,<br />
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s a pressões <strong>de</strong> 2,27;2,32 e 2,29 kPa,<br />
respectivamente.- 74<br />
FIGURA 4.2. Porcentagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s em função da temperatura<br />
para os alcatrões CAF, ESALQ e ACESITA,<br />
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s a pressões <strong>de</strong> 2,27;2,32 e 2,29 kPa,<br />
respectivamente. 75<br />
FIGURA 4.3. Curva teórica para <strong>de</strong>terminar a toxi<strong>de</strong>z relativa<br />
<strong>de</strong> hidrocarbonetos aromáticos,com a localização<br />
aproximada <strong>do</strong>s compostos presentes nos<br />
<strong>creosoto</strong>s vegetais. 90<br />
FIGURA 4.4. Ilustração das cavida<strong>de</strong>s causadas pelo ataque<br />
<strong>de</strong> fungos<br />
,<br />
puruvu.<br />
da podridão mole em amostras <strong>de</strong> Gua<br />
98
página<br />
TABELA 2.2. Substâncias citadas <strong>como</strong> presentes no. alcatrão<br />
<strong>de</strong>canta<strong>do</strong>. 26<br />
TABELA 2.3. Possíveis utilizações <strong>do</strong> alcatrão vegetal<br />
<strong>do</strong>s seus <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s.<br />
TABELA 2.4. Especificação iugoslava para o <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> ma<br />
<strong>de</strong>ira. 29<br />
TABELA 2.5. Especificação norte-americana ( Associação Na<br />
cional <strong>de</strong> Química da Ma<strong>de</strong>ira) para o óleo <strong>de</strong><br />
<strong>creosoto</strong> da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> folhosas. 29<br />
TABELA 2.6. Creosotos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira comercializa<strong>do</strong>s nos Esta<br />
<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>i<br />
rase<br />
TABELA.2.7. Toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal e <strong>de</strong> compostos fe<br />
nólicos em relação a fungos xilófagos; compa:<br />
ra<strong>do</strong>s ao <strong>creosoto</strong> mineral. 31<br />
TABELA 2.8. Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> tratabilida<strong>de</strong> com cre<br />
osotos vegetal e mineral. 33<br />
TABELA 2.9. Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> teste <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong><br />
(estacas) comparan<strong>do</strong> os <strong>creosoto</strong>s mineral<br />
e vegetal. 33<br />
TABELA 2.10. Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> teste <strong>de</strong> apodrecimento em campo<br />
(postes) comparan<strong>do</strong> os <strong>creosoto</strong>s mineral e ve<br />
getal. 34<br />
TABELA 2.1:L.Resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> diversos ensaios <strong>de</strong> campo para<br />
avaliar a durabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira tratada com<br />
<strong>creosoto</strong> mineral. 38<br />
TABELA 3.1. Resumo das principais características <strong>do</strong>s pr2<br />
cessos <strong>de</strong> carbonização da ESALQ, CAF e ACESI-<br />
TA. 43<br />
TABELA 3.2. Condições <strong>de</strong> temperatura e pressão durante as<br />
<strong>de</strong>stilações preliminares <strong>do</strong>s alcatrões. 47<br />
TABELA 3.4. Mo<strong>de</strong>los lineares para experimentos ~atoriais<br />
a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s para a análise <strong>de</strong> variâncla. 66
TABELA 3.5. Esquema para a análise <strong>de</strong> variâneia <strong>do</strong>s resul<br />
ta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>,<br />
consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se as esperanças <strong>do</strong>s qu~<br />
dra<strong>do</strong>s médios. 67<br />
TABELA 3.6. Esquema para a análise <strong>de</strong> variância <strong>do</strong>s resul<br />
ta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nos ensaios <strong>de</strong> resistência a<br />
fungo~ da podridão mole e a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
seca, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se as esperanças <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s<br />
médios. 67<br />
TABELA 4.1. Rendimentos das <strong>de</strong>stilações preliminares <strong>do</strong>s<br />
alcatrões <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> spp efetuadas sob<br />
'pressão ambiente e sob pressão reduzida. 68<br />
TABELA 4.2. Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento (em mm~/dia)<strong>do</strong>s fua<br />
gos G.trabeum, P.fumosus, F.connatus e L.lep!<br />
<strong>de</strong>us , no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z em<br />
meio <strong>de</strong> cultura. 69<br />
TABELA 4.3. Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento (em mm 2 /dia)<strong>do</strong>s tua<br />
gos G.trabeum. P.fumosus, F.connatus e L.lep!<br />
<strong>de</strong>us , no perlo<strong>do</strong> final <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z<br />
em meio <strong>de</strong> cultura (<strong>do</strong> 92 ao 132 dia), . para<br />
os <strong>creosoto</strong>s vegetais. 71<br />
TABELA 4.4. Rendimento gravimétrico <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação<br />
<strong>do</strong>s alcatrões vegetais, em relação ao<br />
alcatrão bruto. 73<br />
TABELA 4.5. Rendimento gravimétrico <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação<br />
<strong>do</strong>s alcatrões vegetais, em relação ao<br />
alcatrão anidro. 74<br />
TABELA 4.6. Estimativas da conversão (kg <strong>de</strong>'<strong>creosoto</strong>/ton~<br />
lada <strong>de</strong> carvão) e <strong>do</strong> custo 90S <strong>creosoto</strong>s veg~<br />
tais. 77<br />
TABELA 4.7. Resulta<strong>do</strong>s da análise quali-quantitativa, visan<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>terminar a composição qulmica <strong>do</strong>s<br />
<strong>creosoto</strong>s vegetais. 79<br />
TABELA 4.8. Resulta<strong>do</strong>s da análise quali-quantitativa <strong>do</strong><br />
<strong>creosoto</strong> CAF fraciona<strong>do</strong>. 80<br />
TABELA 4.9. Composição quantitativac(fo<strong>creosoto</strong> CAF, fraciona<strong>do</strong>e<br />
total, obtida na análise qulmica <strong>de</strong><br />
talhada. 81<br />
TABELA 4.10. Fórmulas e características físicas das substân<br />
. -<br />
cias orgânicas i<strong>de</strong>ntifieadas nos <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
82
TABELA 4.11. Caracteristicas fisico-quimicas <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s<br />
vegetais e mineral. 82<br />
TABELA 4.12. Análise <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral, executada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />
com a norma AWPA-A1/78(7), comparada<br />
com a especificação AWPA-P1/78(8). 84<br />
TABELA 4.13. Valores médios <strong>de</strong> massa especifica, em g/cm 3 ,<br />
<strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova submeti<strong>do</strong>s ao ensaio <strong>de</strong> a<br />
podrecimento acelera<strong>do</strong>, em função das variáveis<br />
estudadas. 85<br />
TABELA 4.14. Valores médios <strong>de</strong> retenção, em kg/m 3 ,<strong>do</strong>s corpos<br />
<strong>de</strong> prova submeti<strong>do</strong>s ao ensaio <strong>de</strong> apodreci<br />
mento acelera<strong>do</strong>, em função das variáveis estu<br />
dadas. 86<br />
TABELA 4.15. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em g, obti<strong>do</strong>s<br />
no ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>. 87<br />
·TABELA 4.16. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em %, obti<strong>do</strong>s<br />
no ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>. 88<br />
TABELA 4.17. Análise <strong>de</strong> variância aplicada aos resulta<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> massa <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> apodrecimento<br />
acelera<strong>do</strong>. 89<br />
TABELA 4.18. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), para<br />
a combinação entre os fatores <strong>creosoto</strong>s e<br />
retenções. 89<br />
TABELA 4.19. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), paraa<br />
combinação entre os fatores <strong>creosoto</strong>s e<br />
fungos. 89<br />
TABELA 4.20. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), para<br />
a combinação entre os fatores retenções e<br />
fungos. 90<br />
TABELA 4.21. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), para<br />
a combinação entre os fatores retenções e<br />
situações. 90<br />
Tabela 4.22. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa verifica<strong>do</strong>s no<br />
ensaio <strong>de</strong> volatilização, em (g) e em (%), das<br />
amostras <strong>de</strong>stinadas ao ensaio <strong>de</strong> apodrecimento<br />
acelera<strong>do</strong>. 92<br />
TABELA 4.23. Valores médios <strong>de</strong> massa especifica, em g/cm 3<br />
,<br />
das amostras submetidas ao ensaio <strong>de</strong> resistên<br />
cia a fungos da podridão mole. 94
TABELA 4.24. Valores médios <strong>de</strong> retenção, em kg/m 3 , das amos<br />
tras subQetidas ao ensaio <strong>de</strong> resistência a fun<br />
gos da podridão Qole. 95<br />
TABELA 4.25. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa verifica<strong>do</strong>s<br />
no ensaio <strong>de</strong> volatilização, em (g) e em (%),<br />
das amostras <strong>de</strong>stinadas ao ensaio <strong>de</strong> resistên<br />
cia a fungos <strong>de</strong> podridão mole. 95<br />
TABELA 4.26. Valores ~édios da perda <strong>de</strong> massa, em(g) e (%),<br />
obti<strong>do</strong>s no ensaio <strong>de</strong> resistência a fungos da<br />
podridão mole. 97<br />
TABELA 4.27. Análise <strong>de</strong> variância aplicada aos da<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
perda <strong>de</strong> massa <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> resistência a fun<br />
gos da podridão mole. 97<br />
TABELA 4.28. Valores Qédios <strong>de</strong> massa especifica, em g/cm 3 ,<br />
das amostras submetidas ao ensaio <strong>de</strong> resistên<br />
cia a cupins <strong>de</strong> Qa<strong>de</strong>ira seca. 100<br />
TABELA 4.29. Valores médios <strong>de</strong> retenção, em kg/Q3, das amostras<br />
submetidas ao ensaio <strong>de</strong> resistência a<br />
cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca. 101<br />
TABELA 4.30. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa verifica<strong>do</strong>s<br />
no ensaio <strong>de</strong> volatilização, em (g) e em (%),<br />
das amostras <strong>de</strong>stinadas ao ensaio <strong>de</strong> resistên<br />
cia a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca. 101<br />
TABELA 4.31. Valores médios da perda <strong>de</strong> Qassa, e~ (g) e<br />
(%), obti<strong>do</strong>s no ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca. 102<br />
TABELA 4.32. Valores médios <strong>do</strong> <strong>de</strong>sgaste sofri<strong>do</strong> pelas aQo~<br />
tras <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong> ~a<strong>de</strong>ira<br />
seca. 103<br />
TABELA 4.33. Valores médios da porcentagem <strong>de</strong> cupins<br />
tos no ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ira seca.<br />
TABELA 4.34. Análise <strong>de</strong> variância aplicada aos da<strong>do</strong>s<br />
perda <strong>de</strong> oassa, <strong>de</strong>sgaste e porcentagem <strong>de</strong><br />
setos mortos, <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> resistência a<br />
pins <strong>de</strong> oa<strong>de</strong>ira seca.<br />
morma-<br />
<strong>de</strong><br />
incu-<br />
TABELA 4.35. PerQeabilida<strong>de</strong> das Qa<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> Pinus e alburno<br />
<strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong>, em relação aos <strong>creosoto</strong>s ve<br />
getais e mineral. 107<br />
104<br />
104
TABELA 4.36. Viscosida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s mineral e vegetais,<br />
à te~peratura ambiente, antes e após armazena<br />
mento. 109<br />
TABELA 4.37. Caracter1sticas <strong>do</strong> piche residual, resultante<br />
das <strong>de</strong>stilações <strong>do</strong>s alcatrões CAF, ESALQ e A-<br />
CESITA. 111
Embora o termo "<strong>creosoto</strong>" atualmente seja utiliza<strong>do</strong><br />
para <strong>de</strong>signar um <strong>de</strong>stila<strong>do</strong> da hu1ha amplamente utiliza<strong>do</strong> na preseE<br />
vação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras, ele foi inicialmente aplica<strong>do</strong> por Reichenbach,<br />
em 1832, para caracterizar o principio antissépticó conti<strong>do</strong> no al-<br />
catrão <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> da ma<strong>de</strong>ira.<br />
Durante a <strong>de</strong>stilação da ma<strong>de</strong>ira, para a obtenção <strong>de</strong><br />
carvão, é possive1 con<strong>de</strong>nsar os gases libera<strong>do</strong>s no processo e ob-<br />
ter um liqui<strong>do</strong> <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> licor ou áci<strong>do</strong> piro1enhoso. Esse liqui<strong>do</strong><br />
consiste <strong>de</strong> uma solução aquosa <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s, álcoois, a1<strong>de</strong>i<strong>do</strong>s, ceto-<br />
nas e outros compostos orgânicos conten<strong>do</strong>, em suspensão, substân-<br />
cias <strong>de</strong> composição complexa que compõem o alcatrão (85). Por <strong>de</strong>can<br />
tação separa-se o alcatrão insolúvel <strong>do</strong> licor piro1enhoso~<br />
O rendimento e as caracteristicas <strong>do</strong> alcatrão irão<br />
variar em função <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, <strong>do</strong> processo a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> e da velo<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carbonização. A literatura registra rendimentos em alca-<br />
trão varian<strong>do</strong> entre 2,0% (48) e 10,5% (155) em relação à massa ini<br />
cia1 da ma<strong>de</strong>ira seca. De um mo<strong>do</strong> geral, as coniferas eram <strong>de</strong>stila-<br />
das visan<strong>do</strong> a obtenção <strong>de</strong> breu e terebintina, ao passo que as fo-<br />
1hosas foram mais utilizadas para a produção <strong>de</strong> carvão e metano1.0<br />
rendimento em alcatrão é maior nas fo1hosas, existin<strong>do</strong> indicações<br />
<strong>de</strong> que o seu <strong>creosoto</strong> é mais eficiente <strong>do</strong> que o das coniferas.<br />
,.<br />
Embora o conhecimento sobre as proprieda<strong>de</strong>s antis-<br />
sépticas <strong>do</strong>s alcatrões remonte aos prim6rdios da hist6ria da civi-<br />
lização, apenas na Ida<strong>de</strong> Média é que se registra o uso <strong>de</strong> um alca-<br />
trão, extrai<strong>do</strong> da ma<strong>de</strong>ira, aplica<strong>do</strong> na sua pr6pria preservação.Po~<br />
teriormente, no final <strong>do</strong> século XVIII e inicio <strong>do</strong> século XIX, a a-<br />
bundância <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> hu1ha e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />
tratamento em autoc1ave fizeram com que o produto mineral se fir-<br />
masse <strong>como</strong> um excelente <strong>preservativo</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />
Os <strong>creosoto</strong>s <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira não conseguiram competir<br />
com o similar mineral, sobretu<strong>do</strong> porque as quantida<strong>de</strong>s disponiveis<br />
eram muito pequenas (154), além <strong>do</strong> que a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s 61eos era<br />
muito variável. No inicio <strong>do</strong> século atual eram produzi<strong>do</strong>s, nos Es-
ta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, alguns tipos <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong>s <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s <strong>do</strong> alcatrão <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira (154), porém sem conseguir expressão no merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r.<br />
Dessa torma, os estu<strong>do</strong>s com o <strong>creosoto</strong> vegetal pa-<br />
ra a preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras foram aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s no inicio <strong>do</strong> século<br />
XX, ao mesmo tempo em que os esforços <strong>de</strong> pesquisa concentram-se no<br />
<strong>creosoto</strong> mineral e nos <strong>preservativo</strong>s hidrossolúveis. No <strong>de</strong>correr<br />
<strong>do</strong> atual século observou-se uma evolução constante na padronização<br />
e nos processos <strong>de</strong> obtenção e aplicação <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> da hulha.<br />
No Brasil, a primeira usina para tratamento <strong>de</strong> .ma~<br />
<strong>de</strong>iras foi instalada em 1902 (31), utilizan<strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral im-<br />
porta<strong>do</strong> para a preservação <strong>de</strong> <strong>do</strong>rmentes. Com o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
si<strong>de</strong>rurgia nacional ocorreu o natural aumento na oferta <strong>de</strong> creoso-<br />
to mineral, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que os registros mais recentes (1980/81) acu-<br />
sam um consumo anual <strong>de</strong> aproximadamente 10.000 toneladas(31).<br />
Porém, a si<strong>de</strong>rurgia brasileira não se <strong>de</strong>senvolveu<br />
baseada apenas na hulha, sen<strong>do</strong> que das 13~0. x 10 6 toneladas <strong>de</strong> gu-<br />
sa produzidas em 1983, 37,3% foram processadas com carvão vegetal<br />
(9).Essa produção significou a utilização <strong>de</strong> 17,5 x 10 6 m 3<br />
<strong>de</strong> car-<br />
vão vegetal. Em 1983 utilizou-se na si<strong>de</strong>rurgia um total <strong>de</strong> 22,5 x<br />
10 6 m 3<br />
<strong>de</strong> carvão vegetal, 18% <strong>do</strong>s quais foram provenientes <strong>de</strong> re~<br />
florestamentos(9). Para o perio<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1985 a 1990 está previsto um<br />
consumo <strong>de</strong> 5,2 x 10 6 toneladas/ano <strong>de</strong> carvão vegetal para fins si<br />
durúrgicos (10).<br />
Empresas produtoras <strong>de</strong> carvão vegetal têm procura<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>senvolver méto<strong>do</strong>s para a recuperação <strong>do</strong> alcatrão, tais <strong>como</strong> a<br />
Florestal Acesita, que conduz o processo <strong>de</strong> carbonização em fornos<br />
<strong>de</strong> alvenaria <strong>do</strong> tipo camisa cil{ndrica com cúpula em calota e cu-<br />
jos indices <strong>de</strong> recuperação passaram <strong>de</strong> 60kg para 120 kg <strong>de</strong> alca-<br />
trão por tonelada <strong>de</strong> carvão. Em condições favoráveis já foram recu<br />
pera<strong>do</strong>s até 200 kg <strong>de</strong> alcatrão por tonelada <strong>de</strong> carvão (53,54).<br />
Supon<strong>do</strong>-se que a participação <strong>do</strong>s reflorestamentos<br />
na produção <strong>de</strong> carvão vegetal mantenha o nível verifica<strong>do</strong> em 1983<br />
(18%), a recuperação <strong>do</strong> alcatrão apenas na carbonização <strong>de</strong>ssa ma-<br />
<strong>de</strong>ira significaria, para o perío<strong>do</strong> entre 1985 e 1990, uma produção
anual <strong>de</strong> 112.300 toneladas. Admitin<strong>do</strong>-se que na <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong>sse<br />
alcatrão seja possível obter, no mínimo, 10% <strong>de</strong> óleos conten<strong>do</strong><br />
substâncias fenólicas (<strong>creosoto</strong> vegetal); produzir-se-iam, anual-<br />
mente, 11.230 toneladas <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong> da ma<strong>de</strong>ira, suficientes para<br />
suprir a <strong>de</strong>manda interna <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> da hulha.<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que:<br />
a) para as nossas condições, tanto a crise energética <strong>como</strong> o <strong>de</strong>sen<br />
volvimento <strong>do</strong> setor si<strong>de</strong>rúrgico promoveram um incentivo à prod~<br />
ção <strong>do</strong> carvão vegetal;<br />
b) as empresas florestais que produzem carvão vegetal em escala c~<br />
mercial também estão voltadas para a recuperação <strong>do</strong> alcatrão;<br />
c) a presente queda <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> petróleo no merca<strong>do</strong> mundial está<br />
contribuin<strong>do</strong> para inviabilizar o carvão e o alcatrão vegetais<br />
<strong>como</strong> fontes alternativas <strong>de</strong> energia;<br />
d) verificou-se, nas últimas décadas, um aperfeiçoamento constante<br />
<strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong> para ma<strong>de</strong>iras;<br />
e) houve uma evolução <strong>do</strong> conhecimento referente à <strong>de</strong>gradação bio-<br />
lógica da ma<strong>de</strong>ira;<br />
f) são disponíveis técnicas laboratoriais mais precisas, tanto pa-<br />
ra o estu<strong>do</strong> da composição química <strong>como</strong> <strong>do</strong> comportamento biocida<br />
<strong>do</strong>s <strong>preservativo</strong>s;<br />
surge a opQrtunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar estu<strong>do</strong>s visan<strong>do</strong> a utilização <strong>do</strong><br />
<strong>creosoto</strong> vegetal.<br />
Assim, o presente trabalho ~isa retomar as pesquisas<br />
sobre a utilização <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal para a preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>i<br />
raso Seus objetivos específicos são:<br />
a) <strong>de</strong>terminar experimentalmente as características <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> ob-<br />
ti<strong>do</strong> <strong>como</strong> sub-produto da carbonização da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong><br />
spp;<br />
b) avaliar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua utilização <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong> para<br />
ma<strong>de</strong>iras; e<br />
c) indicar os aspectos mais importantes a serem pesquisa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mo-<br />
<strong>do</strong> a aprimorar a sua aplicação.
A carbonização e a preservação da ma<strong>de</strong>ira, assim<br />
<strong>como</strong> a si<strong>de</strong>rurgia, estão fortemente interligadas entre si <strong>do</strong> pon-<br />
to <strong>de</strong> vista histórico.<br />
A produção <strong>de</strong> carvão po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada a pri-<br />
meíra indústria quimica. que apareceu na Terra. Escavações em s{<br />
tios pré-históricos <strong>do</strong> perio<strong>do</strong> Hallstatt (110-500 a.C.) trouxe-<br />
ram à luz a evidência da produção relativamente intensa <strong>de</strong> carvão<br />
<strong>de</strong> lenha, usa<strong>do</strong> para fins metalúrgicos (122). As crônicas das ci<br />
vilizaçoes - mais recentes, <strong>como</strong> as <strong>do</strong> Egito, India, " China, Grecia<br />
e Roma trazem constantes referências, associan<strong>do</strong> a produção <strong>do</strong><br />
carvão vegetal para a si<strong>de</strong>rurgia(47).<br />
Os romanos também preocupavam-se com a preservação<br />
da ma<strong>de</strong>ira, e já utilizavam as técnicas <strong>de</strong> carbonizar superficial<br />
mente as peças <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou <strong>de</strong> aplicar óleos <strong>de</strong> oliva e <strong>de</strong> cedro<br />
(154). Também, nessa época, registra-se a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> um sistema<br />
para recuperação <strong>do</strong> alcatrão e <strong>de</strong> parte <strong>do</strong> licor pirolenhoso<br />
Durante a Ida<strong>de</strong> Média não foram observadas modifi-<br />
cações <strong>de</strong> vulto nos processos <strong>de</strong> preservação e <strong>de</strong> carbonização<br />
(122, 156). Nos séculos XVI e XVII, perio<strong>do</strong> das gran<strong>de</strong>s navega-<br />
ções' começaram a surgir os problemas <strong>de</strong> conservação <strong>do</strong>s navios,<br />
registran<strong>do</strong>-se gran<strong>de</strong>s perdas causadas pela podridão seca e pela<br />
ação <strong>de</strong> organismos mar~nhos(116,154,156). Nessa época aconselha-<br />
va-se a imersão da ma<strong>de</strong>ira em uma mistura <strong>de</strong> alcatrão vegetal e<br />
áci<strong>do</strong> pirolenhoso com o objetivo <strong>de</strong> evitar seu apodrecimento (91).<br />
Em 1657, Johann Glauber, na Alemanha, <strong>de</strong>senvolveu um méto<strong>do</strong> no<br />
qual a ma<strong>de</strong>ira era superficialmente carbonizada, coberta com alca<br />
trão e posteriormente imersa no áci<strong>do</strong> pirolenhoso(156).<br />
O século XVIII foi marca<strong>do</strong> por uma série <strong>de</strong> inova<br />
ções. Em 1716 foi concedida a primeira patente especifica para a
preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras (91), referente a um antisséptico "uma<br />
par.te <strong>do</strong> qual é óleo ou essência <strong>do</strong> alcatrão". Em 1756, Ha1es na<br />
Inglaterra, restabeleceu o procedimento <strong>de</strong> perfurar a ma<strong>de</strong>ira, in<br />
troduzin<strong>do</strong> então uma mistura <strong>de</strong> alcatrão e áci<strong>do</strong> píro1enhoso.<br />
Os primeiros registros sobre a indicação ou uso <strong>de</strong><br />
substâncias hidrosso1úveis <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong>s(c10reto <strong>de</strong> mercúrio<br />
e sulfato <strong>de</strong> cobre) datam <strong>de</strong> 1767 (154).<br />
Até então o carvão <strong>de</strong> lenha pre<strong>do</strong>minava nos proce~<br />
sos meta1úrgicos, uma vez que o carvão <strong>de</strong> pedra não podia ser ut~<br />
1iza<strong>do</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao seu alto teor <strong>de</strong> matérias voláteis (122). Dessa<br />
forma, o alcatrão vegetal era o único <strong>preservativo</strong> oleoso em uso,<br />
apesar <strong>de</strong> Becher e Ser1e terem patentea<strong>do</strong> um méto<strong>do</strong> para obtenção<br />
<strong>de</strong> breu e alcatrão por <strong>de</strong>stilação seca da hu1ha, em 1681 (91).<br />
No inicio <strong>do</strong> século XIX <strong>de</strong>senvolveu-se o processo<br />
<strong>de</strong> coqueificação <strong>do</strong> carvão <strong>de</strong> pedra, que alterou profundamente a<br />
si<strong>de</strong>rurgia e trouxe reflexos, tanto na preservação, <strong>como</strong> na carbo<br />
nização da ma<strong>de</strong>ira.<br />
A queda na <strong>de</strong>manda por carvão acelerou os estu<strong>do</strong>s<br />
visan<strong>do</strong> a utilização <strong>do</strong>s sub-produtos da carbonização. Em 1812,<br />
Tay10r <strong>de</strong>scobriu a existência <strong>do</strong> álcool meti1ico (83), que poste-<br />
riormente, em 1833, também foi separa<strong>do</strong> por Dumas e Pe1igot (61).<br />
Em 1819 R~ichenbach utilizou a primeira'retorta metálica para a<br />
produção <strong>de</strong> carvão (61), e em 1824 Jasmeyer conseguiu recuperar e<br />
purificar o áci<strong>do</strong> acético (83), que era "tão palatáve1 quanto o<br />
vinagre comum" (61).<br />
A introdução das colunas<br />
-,<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação em 1870 tor<br />
nou possi vel a produção. <strong>de</strong> áci<strong>do</strong> acético puro (61). De 1870 a<br />
1900 houve um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento na indústria quimica da ma<strong>de</strong>i<br />
ra, a qual utilizava os sub-produtos da carbonização, fazen<strong>do</strong> com<br />
que o carvão passasse a ser o sub-produto (61,140).<br />
Com a utilização dahulha na obtenção <strong>de</strong> gás para<br />
iluminação e principalmente na produção <strong>do</strong> coque metalúrgico ocor<br />
reu um consi<strong>de</strong>rável aumento na oferta <strong>do</strong> alcatrão mineral no inI-<br />
cio <strong>do</strong> século XIX. Simultaneamente , verificava-se a rápida exp~
sao - da~ ferrovias e <strong>do</strong> telégrafo, fato que acarretava a necessid~<br />
<strong>de</strong> <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> suprimento <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para <strong>do</strong>rmentes, postes e cruze<br />
tas.<br />
Nesse perío<strong>do</strong> surgiu a primeira uniqa<strong>de</strong> para a <strong>de</strong>s<br />
tilação <strong>do</strong> alcatrão <strong>de</strong> hulha (em 1830, na Inglaterra); e em 1835<br />
tratamento <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras, utilizan<strong>do</strong> <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong>s óleos obti-<br />
<strong>do</strong>s <strong>do</strong> alcatrão <strong>de</strong> hulha (91, 115, 116). Em seu processo, Moll <strong>de</strong><br />
nominou os óleos peSa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> "kreosot" (116), embora esse termo te<br />
nha si<strong>do</strong> primeiramente aplica<strong>do</strong> por Reichenbach, em 1832, para <strong>de</strong><br />
o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Franz Moll, provavelmente, <strong>de</strong>u origem<br />
aos termos <strong>creosoto</strong> e creosotagem, mas foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> impraticá-<br />
vel a níveis industriais.<br />
~ O <strong>creosoto</strong> mineral começou a firmar-se <strong>como</strong> prese~<br />
vativo em 1838,quan<strong>do</strong> John Bethell, na Inglaterra, patenteou um<br />
processo <strong>de</strong> impregnação em autoclave que podia utilizar diversas<br />
substâncias oleaginosas, entre as quais uma mistura, em partes i-<br />
guais, <strong>de</strong> alcatrão com os óleos pesa<strong>do</strong>s (<strong>creosoto</strong>) obti<strong>do</strong>s por<br />
<strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> próprio alcatrão (91, 116,154,156). O próprio Be-<br />
thell dava preferência a essa mistura, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que por volta .. <strong>de</strong><br />
1850 o <strong>creosoto</strong> firmava-se <strong>como</strong> o mais seguro e persistente pre-<br />
Nessa época, o alcatrão provinha quase que em sua<br />
totalida<strong>de</strong> das retortas produtoras <strong>de</strong> gás para iluminação, ten<strong>do</strong><br />
si<strong>do</strong> substituí<strong>do</strong>, ao lo~go <strong>do</strong>s anos, pelo alcatrão<br />
<strong>do</strong>s fornos <strong>de</strong> coque associa<strong>do</strong>s às industrias meta1úrgicas.<br />
Entre 1830 e 1840 foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s três impor-<br />
tantes méto<strong>do</strong>s para o tratamento <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras (156): o processo <strong>de</strong><br />
Kyan em 1832 e o <strong>de</strong> Burnett em 1838, utilizan<strong>do</strong> cloreto <strong>de</strong> mercú-<br />
rio, e o <strong>de</strong> Bethell, tamb~m em 1838, utilizan<strong>do</strong> o <strong>creosoto</strong>.O pro-<br />
cesso Bethell ou <strong>de</strong> célula-cheia e os processos Rüeping (<strong>de</strong> 1902)<br />
e Lowry (<strong>de</strong> 1906), também <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s célula-vazia, são utiliza-
<strong>do</strong>s pelas usinas <strong>de</strong> preservação nos dias atuais.<br />
O <strong>creosoto</strong>, que no final <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong> era <strong>de</strong>-<br />
fini<strong>do</strong> <strong>como</strong> "um liqui<strong>do</strong> oleoso <strong>de</strong> coloração amarelada, composto<br />
<strong>de</strong> uma mistura <strong>de</strong> fenóis <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s da ma<strong>de</strong>ira, co~ cheiro <strong>de</strong> fu-<br />
maça e gosto <strong>de</strong> queima<strong>do</strong>, também chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> óleo <strong>do</strong> alcatrão ou ó<br />
leo da fumaça" (154); é atualmente, por <strong>de</strong>finição, "um <strong>de</strong>stila<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> alcatrão <strong>de</strong> carvão mineral obti<strong>do</strong> pela carbonização <strong>do</strong> carvão<br />
betuminoso a alta temperatura; com faixa <strong>de</strong> ebulição <strong>de</strong> no minimo<br />
125°c e começandO em torno aos 200 n C, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à preservação <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>iras" (101).<br />
Enquanto o <strong>creosoto</strong> mineral provocava a diminuição<br />
na <strong>de</strong>manda <strong>do</strong> similar vegetal, a sintese <strong>de</strong> substâncias quimicas,<br />
principalmente a partir <strong>do</strong> petróleo, também contribui a para a <strong>de</strong><br />
sativação da indústria <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação da ma<strong>de</strong>ira.<br />
Nas condições atuais, a produção <strong>de</strong> acetona, áci<strong>do</strong><br />
acético e metanol a partir da <strong>de</strong>stilação da ma<strong>de</strong>ira raramente ofe<br />
rece atrativos econômicos, com exceção da Rússia e outros páises<br />
<strong>do</strong> bloco soviético on<strong>de</strong> a ma<strong>de</strong>ira continua sen<strong>do</strong> utilizada <strong>como</strong><br />
matéria-prima para a obtenção <strong>de</strong> produtos quimicos através <strong>de</strong> pr~<br />
cessos <strong>de</strong> hidrólise e <strong>de</strong>stilação (140).<br />
Em termos mundiais, a c~rbonização da ma<strong>de</strong>ira tem<br />
se <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> exclusivamente à produção <strong>de</strong> carvão para aquecimento,<br />
cocção <strong>de</strong> alimentos e usos industriais diversos. A utilização em<br />
metalurgia tem <strong>de</strong>clina<strong>do</strong>, à exceção <strong>de</strong> paises <strong>como</strong> o Brasil (140)<br />
on<strong>de</strong> o consumo <strong>de</strong> carvão vegetal na si<strong>de</strong>rurgia passou <strong>de</strong><br />
2.452.000 ton em 1973 para 4.843.000 ton em 1983 (94).<br />
Os processos para a <strong>de</strong>gradação ou <strong>de</strong>composição tér<br />
mica da ma<strong>de</strong>ira são <strong>de</strong>scritos <strong>como</strong> pirólise (57, 133), gaseifica-<br />
ção (99), <strong>de</strong>stilação da ma<strong>de</strong>ira (59,117), <strong>de</strong>stilação seca ( 95,<br />
102) e carbonização (95,133,155). To<strong>do</strong>s esses termos <strong>de</strong>signam pr~<br />
cessos para a Obtenção <strong>de</strong> produtos gasosos, liqui<strong>do</strong>s e sóli<strong>do</strong>s a
partir da ma<strong>de</strong>ira. Os termos <strong>de</strong>stilação seca e carbonização são<br />
os ,mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s para os processos em que a ma<strong>de</strong>ira é submetida<br />
à <strong>de</strong>composição térmica na ausência <strong>de</strong> ar, obten<strong>do</strong>-se <strong>como</strong> princ~<br />
pa1 produto diversas substâncias quimicas na fase }iquida (<strong>de</strong>st~<br />
1ação seca) ou o carvão na fase sólida (carbonização). Com base<br />
nessa <strong>de</strong>finição tem-se o alcatrão <strong>como</strong> produto nos processos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>stilação e sub-produto da carbonização (140).<br />
A <strong>de</strong>composição térmica da ma<strong>de</strong>ira inicia-se em tem<br />
peraturas ligeiramente acima <strong>de</strong> 100°C, mas a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reação<br />
é extremamente lenta (102). Até 150°C-170°C tem-se a eliminação<br />
da água presente na ma<strong>de</strong>ira (117, 122), sen<strong>do</strong> que a liberação <strong>de</strong><br />
gases (CO e C02) e o inicio da <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong> áci<strong>do</strong> ácetico, meta-<br />
no1 e alcatrão ocorre entre 170°C e 270°C (117, 122). Os produtos<br />
libera<strong>do</strong>s são <strong>de</strong>correntes da hidró1ise <strong>do</strong>s po1issacari<strong>de</strong>os da ma<br />
<strong>de</strong>ira (123), cuja <strong>de</strong>composição é inf1uenc~ada por agentes hidro1i<br />
zantes tais <strong>como</strong> 0- vapor d'água e áci<strong>do</strong>s orgânicos (102). Entre<br />
270°C e 280°C ocorrem reações exotérmicas, cuja energia liberada<br />
correspon<strong>de</strong> <strong>de</strong> 5,7% a 7,0% <strong>do</strong> calor <strong>de</strong> combustão da ma<strong>de</strong>ira (102,<br />
122). Acima <strong>de</strong>ssa temperatura, o processo <strong>de</strong> carbonização evolui<br />
sem a necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> fornecimento <strong>de</strong> calor, com a liberação <strong>de</strong> g~<br />
ses e <strong>de</strong> vapores con<strong>de</strong>nsáveis (117)-<br />
A <strong>de</strong>composição da celulose inicia-se a 290°C, em<br />
uma reação en<strong>do</strong>térmica, atingin<strong>do</strong> seu máximo a 315°C. A completa<br />
carbonização ocorre exotermicamente a 340°C. A 1ignina tem sua <strong>de</strong><br />
composição exotérmica ocorren<strong>do</strong> lentamente, com o inicio a 300°C<br />
e atingin<strong>do</strong> seu máximo a 425°C(155).<br />
A Figura.2.1. e a Tabela 2.L ilustram, <strong>de</strong> forma c1a<br />
ra, a relação entre a temperatura, o tempo e os produtos obti<strong>do</strong>s<br />
na <strong>de</strong>composição térmica da ma<strong>de</strong>ira.<br />
A produção <strong>de</strong> carvão pela queima <strong>de</strong> pilhas <strong>de</strong> ma-<br />
<strong>de</strong>ira é o méto<strong>do</strong> mais antigo <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong>s residuos ma<strong>de</strong>irei-
TABELA 2.1. Evolução <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> carbonização. (40)<br />
FASE SECAGEM PRODUÇÃO DE INíCIO DA PRQ FASE DOS HI- FASE DO<br />
• DA GASES DUÇÃO DE HI- DROCARBONE- DISSOCIAÇÃO HIDRO-<br />
CARBONIZAÇÃO OXIGENADOS DROCARBONETOS TOS GfNIO<br />
TEMPERATURA (OC) 150-200 200-280 280-380 380-500 500 .•700 700-900<br />
TEOR DE CARBONO<br />
(%) EM PESO<br />
GASES NÃO<br />
CONDENSÁVEIS (%)<br />
60 68 78 84 89 91<br />
CO 2 68,0 66,5 35,5 31,5 12,2 0,5<br />
CO 30,0 30,0 20,5 12,3 24,6 9,7<br />
H<br />
2<br />
0,0 0',2 6,5 7,5 42,7 80,9<br />
HIDROCARBONETOS 2,0 3,3 37,5 48,7 20,5 8,9<br />
PODER CALORíFICO<br />
DO GÁS (cal/m 3 ) 1.100 1.210 3.920 4.780 3.630 3.160<br />
(J/m3) 4.600 5.060 16.410 20.010 15.200 13.230<br />
CONSTITUINTES VAPOR VAPOR D'ÁGUA+ ÁCIDO ACÉTICO+ ALCATRÃO<br />
CONDENSAVEIS D'ÁGUA ÁCIDO ActTICO METANOL + PESADO ALCATRÃO<br />
DOS VOLATEIS ALCATRÃO LEVE<br />
QUANTIDADE ~ruITO MUITO<br />
PEQUENA IMPORTANTE UWORTANTE PEQUENA<br />
DOS VOLÁTEIS PEQUENA<br />
PEQUENA<br />
20<br />
15<br />
il<br />
/<br />
/' -<br />
, I'<br />
,"<br />
/.<br />
~ ..-- - r-- ~---<br />
10 2<br />
-<br />
I<br />
I<br />
'I -' .•.<br />
5<br />
I'<br />
" 1<br />
o o<br />
I<br />
5C<br />
lt'Y'<br />
~ GAS COMBUST(VEL<br />
~ 1EMP. EXTERNA<br />
DIOXlDO DE CARBONO<br />
•• TEMP. INlER~A<br />
ÍIII DESTILADO L QUIDO<br />
J50<br />
2 3 4 5 6 7 8 9 10 "<br />
TEMPO EM H~AS<br />
FIGURA 2.1. Relação entre temperatura, tempo e produtos na <strong>de</strong>composição<br />
térmica da ma<strong>de</strong>ira. (102)<br />
,-'<br />
4<br />
00 CI)<br />
o o<br />
00: ~I-<br />
Z<br />
300~ u<br />
CI)<br />
OO~ a:<br />
(.!)
os e <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras finas. Os processos iniciais constituiam-se <strong>de</strong><br />
pilhas simples, cobertas com terra, lama ou musgo, nas quais eram<br />
<strong>de</strong>ixa<strong>do</strong>s canais para ignição e salda <strong>do</strong>s gases. Controlan<strong>do</strong>-se os<br />
, (<br />
orificios para entrada <strong>do</strong> ar era poss1ve1 um controle grosseiro<br />
<strong>do</strong> processo (59, 140,155).<br />
Os fornos <strong>de</strong> terra evo1u1ram para os fornos esta-<br />
cionários, <strong>de</strong> alvenaria, nos quais os gases da carbonização po<strong>de</strong>m<br />
ser retira<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> uma única chaminé que, além <strong>de</strong> melhorar<br />
o controle da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carbonização, permite também a recup~<br />
ração <strong>de</strong> boa parte <strong>do</strong>s gases con<strong>de</strong>nsáveis, pela adaptação <strong>de</strong> um<br />
conjunto <strong>de</strong> ciclones e/ou con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>res na salda da chaminé (1,29<br />
53,54,59,82,83,132). Esse tipo <strong>de</strong> forno, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> forno <strong>de</strong> su-<br />
( - ,<br />
perf1cie, com a adaptaçao <strong>de</strong> recupera<strong>do</strong>res e ilustra<strong>do</strong> nas figu-<br />
ras 3.1. e 3.2 •<br />
A produção <strong>de</strong> carvão nos fornos <strong>de</strong> superfície é<br />
lenta, e a conversão da ma<strong>de</strong>ira em carvão e sub-produtos é re1ati<br />
vamente baixa. Contu<strong>do</strong>, é importante reconhecer que, com exceção<br />
das socieda<strong>de</strong>s altamente industrializadas, a maior parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />
utiliza esse processo simples para a carbonização da ma<strong>de</strong>ira(140).<br />
A manutenção quase nula, o baixo investimento inicial, a não ne-<br />
cessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra especializada , e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> insta<br />
- - (<br />
lar os fornos acompanhan<strong>do</strong> a exp10raçao florestal sao caracter1S-<br />
ticas que explicam sua sobrevivência ao longo <strong>do</strong>s anos (82).<br />
Aos fornos <strong>de</strong> tijolos seguiram-se os fornos metá1i<br />
cos, <strong>como</strong> o ilustra<strong>do</strong> na Figura 3.3!,que apresentam as mesmas ca-<br />
racteristicas <strong>do</strong>s fornos <strong>de</strong> superfície (149) e permitem maior re-<br />
cuperação <strong>de</strong> sub-produtos.<br />
A fase industrial da carbonização <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras ini-<br />
ciou-se com o aparecimento das retortas metálicas, que permitem ~<br />
ma recuperação total <strong>do</strong>s produtos emiti<strong>do</strong>s no esta<strong>do</strong> gasoso(122).<br />
As primeiras retortas eram <strong>de</strong> ferro fundi<strong>do</strong>, <strong>de</strong> pequeno volume e<br />
colocadas verticalmente em fornos <strong>de</strong> tijolos refratários(83,122).<br />
Esse equipamento também era <strong>de</strong> baixa produção, pois necessitava<br />
<strong>do</strong> resfriamento antes da <strong>de</strong>scarga <strong>do</strong> carvão.Posteriormente, o <strong>de</strong>-<br />
.
senvolvimento <strong>de</strong> retortas horizontais e verticais, e das câmaras<br />
me~álicas para gran<strong>de</strong>s volumes (59,63,122,155), on<strong>de</strong> o carrega-<br />
mento da ma<strong>de</strong>ira e a <strong>de</strong>scarga <strong>do</strong> carvão são realiza<strong>do</strong>s com o e-<br />
quipamento ainda quente, contribuiu para tornar o processo quase<br />
continuo e viável para a produção <strong>de</strong> carvão em escala comerci.al.<br />
Com o objetivo <strong>de</strong> promover uma <strong>de</strong>stilação continua<br />
a partir principalmente da queima <strong>de</strong> residuos, foram i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>s<br />
diversos processos que visavam mais a obtenção <strong>de</strong> substâncias qui<br />
micas <strong>do</strong> que carvão.<br />
O processo STAFFORD (Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s) utiliza uma<br />
retorta vertical operan<strong>do</strong> a temperaturas <strong>de</strong> 400°C a 500 n C (63,100,<br />
118, 126,155). No inicio da combustão é necessária uma fonte adi<br />
cional <strong>de</strong> calor até que a reação torne-se exotérmica e gere a e-<br />
nergia suficiente para manter o processo continuo. Os gases quen-<br />
tes são utiliza<strong>do</strong>s para secar e pré-aquecer a ma<strong>de</strong>ira, cuja umida<br />
<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> exce<strong>de</strong>r a 0,5%.<br />
O processo SEAMAN (63,155) é semelhante ao proces-<br />
so Stafford, utilizan<strong>do</strong> uma retorta inclinada e rotativa. Esses<br />
<strong>do</strong>is processos são inicialmente indica<strong>do</strong>s para pequenas peças <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira (residuos) e, embora possam ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s continuos,p~<br />
riodicamente as retortas necessitam pagsar por uma limpeza para a<br />
retirada· das incrustrações <strong>do</strong> alcatrão.<br />
O processo REICHERT (Alemanha) éum processo conti<br />
nuo que utiliza retortas verticais (2,155). É i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong> para a<br />
queima <strong>de</strong> peças sólidas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, pois com o uso <strong>de</strong> serragem ou<br />
<strong>de</strong> peças pequenas a corrente <strong>de</strong> ar não po<strong>de</strong>ria passar através da<br />
carga. O aquecimento é feito no topo da retorta pelos gases alta-<br />
mente aqueci<strong>do</strong>s, e a velocida<strong>de</strong> da carbonização é controlada pela<br />
vazão e temperatura da corrente <strong>do</strong>s gases circulantes •<br />
.0 processo LAJiBIOTTE (França) po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />
completamente continuo (2,155). Utiliza uma retorta vertical que<br />
é dividida em três zonas <strong>de</strong> reação. Na primeira, a ma<strong>de</strong>ira é pré-<br />
aquecida, na segunda ocorre a reação exotérmica <strong>de</strong> carbonização,e
na terceira os produtos são resfria<strong>do</strong>s. Os gases <strong>de</strong> aquecimento<br />
sã? introduzi<strong>do</strong>s na parte inferior da segunda zona <strong>de</strong> reação e m~<br />
vem-se em direção ao topo da retorta, no senti<strong>do</strong> contrário ao <strong>de</strong>s<br />
locamento da ma<strong>de</strong>ira.<br />
Nesse processo não há restrição quanto ao teor <strong>de</strong><br />
umida<strong>de</strong> na ma<strong>de</strong>ira, porém aumentan<strong>do</strong>-se a umida<strong>de</strong>, ocorre um a-<br />
crescimo no consumo <strong>de</strong> energia e na quantida<strong>de</strong> necessária <strong>do</strong> gás<br />
em circulação.<br />
Já o processo SUIDA (Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s) é i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong><br />
para a recuperação direta <strong>do</strong> áci<strong>do</strong> acético (109, 118). A ma<strong>de</strong>ira<br />
é pré-aquecida durante 48 horas a temperaturas <strong>de</strong> 150°C a 200°C,<br />
e a carbonização é feita em fornos metálicos <strong>de</strong>scontinuos operan-<br />
<strong>do</strong> a temperaturas entre 400°C e 450°c. Os vapores con<strong>de</strong>nsáveis<br />
são recolhi<strong>do</strong>s e envia<strong>do</strong>s à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separação e purificação. O<br />
aquecimento inicial, no interior <strong>do</strong>s fornos, é obti<strong>do</strong> pela queima<br />
<strong>do</strong>s gases, óleos leves ou alcatrão <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s da própria carboniza<br />
Outros processos continuos ou semi-contiriuos são<br />
<strong>de</strong>scritos em literatura (60, 63,92,118,155), porém sem apresentar<br />
informações <strong>de</strong>talhadas sobre o uso a nivel industrial.<br />
Um trabalho relativameote recente (146), publica<strong>do</strong><br />
na Rússia, cita um processo <strong>de</strong> pirólise em <strong>do</strong>is estágios. No pri-<br />
meiro estágio a ma<strong>de</strong>ira é semi-carbonizada a 2800C, e serve <strong>de</strong> ma<br />
téria-prima para o segun<strong>do</strong> estágio, que é efetua<strong>do</strong> em um equipa -<br />
mento para pirólise rápida operan<strong>do</strong> a 500 0 C. O rendimento <strong>de</strong> alca<br />
trão insolúvel (<strong>de</strong>canta<strong>do</strong>) nesse processo foi 48% superior ao ob-<br />
ti<strong>do</strong> na carbonização qireta a 500 0 C.<br />
In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação ou carboni-<br />
zação, a recuperação da fração liquida (áci<strong>do</strong> pirolenhoso, alca-<br />
trão solúvel e alcatrão insolúvel) consiste basicamente na con-<br />
<strong>de</strong>nsação <strong>do</strong>s vapores libera<strong>do</strong>s durante o processo.<br />
Os processos <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação através <strong>de</strong> troca<strong>do</strong>res<br />
<strong>de</strong> calor mostram-se eficient~na recuperação da fração aquosa, ao<br />
passo que o alcatrão é obti<strong>do</strong> em maior quantida<strong>de</strong> com o auxilio
<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> absorção, coalescência (impacto) e separação <strong>de</strong><br />
partlculas (132).<br />
No Brasil tem-se da<strong>do</strong> maior atenção ao <strong>de</strong>senvolvi-<br />
mento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> recuperação adaptáveis a fornos <strong>de</strong> alvenaria<br />
ou metálicos (1,29,132), visan<strong>do</strong> principalmente à obtenção <strong>de</strong> al-<br />
catrão. Os equipamentos mais utiliza<strong>do</strong>s têm si<strong>do</strong> troca<strong>do</strong>res <strong>de</strong> c~<br />
lor, torres <strong>de</strong> lavagem ou absorção, ciclones e filtros. A separa-<br />
ção final <strong>do</strong> alcatrão insolúvel, normalmente é feita por <strong>de</strong>can-<br />
·tação.<br />
2.2.2. Influência da matéria-prima e <strong>do</strong> processo no rendi-<br />
mento em alcatrão.<br />
, - -<br />
A quantida<strong>de</strong> e as caracterlsticas <strong>do</strong> alcatrao irao<br />
variar com o tipo e espécie <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e com as condições e a tem<br />
peratura da carbonização (48,58).<br />
Se a ma<strong>de</strong>ira for completamente pirolisada, os pro-<br />
dutos resultantes são os mesmos que seriam espera<strong>do</strong>s na pirólise<br />
isolada <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s seus três componentes principais (140). A~<br />
sim, o comportamento da ma<strong>de</strong>ira diante <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> carboniza -<br />
ção po<strong>de</strong> ser representa<strong>do</strong> pelo somatório <strong>do</strong>s comportamentos das<br />
hemiceluloses, da celulose e da lignina(103).<br />
As hemiceluloses <strong>de</strong>compõe-se primeiro, entre 200 0C<br />
e 260 0 C, seguidas pela celulose <strong>de</strong> 2400C,a 3500C e, por último,<br />
pela lignina, cuja faixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição vai <strong>de</strong> 2800C a 5000C<br />
(140). Na Figura 2.2. é apresentada a perda <strong>de</strong> massa da ma<strong>de</strong>ira e<br />
seus componentes em função <strong>do</strong> aumento da temperatura, permitin<strong>do</strong><br />
a visualização <strong>do</strong> comportamento <strong>de</strong>scrito.<br />
Contu<strong>do</strong>, a análise térmica diferencial indica que<br />
as mudanças verificadas na ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>vidas ao tratamento térmico<br />
po<strong>de</strong>m ser interpretadas <strong>como</strong> um efeito adicional "das mudanças em<br />
seus componentes somente <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> certos limites (40).<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que o méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> no isolamen<br />
to <strong>do</strong>s componentes da ma<strong>de</strong>ira po<strong>de</strong> influenciar os resulta<strong>do</strong>s das<br />
.
o /00 400 000<br />
TEMPERMURA ct<br />
FIGURA 2.2. Diagrama termo-gravimétrico da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Populus sp<br />
(49).<br />
análises térmica diferencial e termo-gravimétrica, o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
comportamento <strong>de</strong> cada constituinte, isoladamente, representa boa<br />
aproximação <strong>do</strong> comportamento da ma<strong>de</strong>ira <strong>como</strong> um to<strong>do</strong>.<br />
As hemiceluloses, que estão presentes nas folhosas<br />
principalmente <strong>como</strong> pentosanas e nas con1.feras <strong>como</strong> hexosanas<br />
(155), são os componentes mais sens1.veis à temperatura (102,140).<br />
Em comparação com a celulose, as hemiceluloses pr~<br />
duzem mais gás, menos alcatrão e quantida<strong>de</strong> similar <strong>de</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s<br />
aquosos. Embora seja esperada a formação <strong>de</strong> vários <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s furâ<br />
nicos durante a <strong>de</strong>composição, baixos rendimentos têm si<strong>do</strong> observa<br />
<strong>do</strong>s experimentalmente (140,155). Esse fato <strong>de</strong>ve-se provavelmente<br />
à reati vida<strong>de</strong> <strong>do</strong> furfural, que tanto po<strong>de</strong>'ria sofrer reações se<br />
cundárias durante a pirólise (140, 155) ou à cisão das moléculas<br />
<strong>de</strong> pentosanas em fragmentos que não resultariam em anéis furâni-<br />
Acredita-se que as hemiceluloses (103), principal-<br />
mente as pentosanas (140), sejam responsáveis pela formação da<br />
maior parcela <strong>de</strong> áci<strong>do</strong> acético. A pirólise <strong>de</strong> pentosanas isoladas<br />
por extração alcalina, contu<strong>do</strong>, resulta em baixos rendimentos <strong>de</strong><br />
áci<strong>do</strong>s (102), o que po<strong>de</strong> ser explica<strong>do</strong> pela separação <strong>do</strong>s grupos<br />
acetilas durante o isolamento das hemiceluloses (155).
Tver<strong>do</strong>khlebova e Levin (145), estudan<strong>do</strong> o processo<br />
<strong>de</strong> pirólise em <strong>do</strong>is estágios, verificaram que o rendimento <strong>de</strong> áci<br />
<strong>do</strong>s (em relação à matéria-prima inicial) foi <strong>de</strong> 4,05% no primeiro<br />
estágio (temperatura <strong>de</strong> 2800C) e <strong>de</strong> apenas 0,89% • no segun<strong>do</strong><br />
(a 500 0 C). Esses resulta<strong>do</strong>s confirmam que o processo <strong>de</strong> formação<br />
<strong>do</strong>s áci<strong>do</strong>s carboxilicos é resulta<strong>do</strong> da <strong>de</strong>struição das hemicelulo-<br />
ses <strong>do</strong>s grupos acetilas a elas associa<strong>do</strong>s(102,140,155).<br />
As alterações sofridas pela celulose em resposta à<br />
ação <strong>de</strong> temperaturas elevadas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m não apenas da temperatura<br />
mas, também, <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> polimerização da celulose e da presença<br />
<strong>de</strong> outros compostos em mistura com a celulose.<br />
Sumarizan<strong>do</strong>-se as informações coletadas por<br />
Nikitin (102) e os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Shafiza<strong>de</strong>h e De Groot, cita<strong>do</strong>s<br />
por Fengel e Wegener (49), as reações que ocorrem durante a <strong>de</strong>gra<br />
dação térmica da celulose po<strong>de</strong>m ser or<strong>de</strong>nadas da seguinte forma:<br />
- comum aquecimento mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> (acima <strong>de</strong> l20 0 C) in!.<br />
cia-se o proCesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>polimerização, sen<strong>do</strong> que a <strong>de</strong>sidratação e<br />
- ,<br />
alteraçoes nas macromoleculas <strong>de</strong> celulose começam a ocorrer qu~<br />
<strong>do</strong> a temperatura está em torno <strong>de</strong> 2400C. O aquecimento a 275 0 C ou<br />
mais resulta em uma extensa <strong>de</strong>composição.<br />
- as reações <strong>de</strong> <strong>de</strong>polime~ização que ocorrem a tem-<br />
peratu~as em torno <strong>de</strong> 300 0 C resultam em uma mistura <strong>de</strong> levogluco-<br />
sana, outros monossacari<strong>de</strong>os <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s e uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oligos-<br />
sacari<strong>de</strong>os, geralmente referi<strong>do</strong>s <strong>como</strong> fração <strong>do</strong> alcatrão. Essas<br />
reações são acompanhadas pela <strong>de</strong>sidratação das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> açü-<br />
car, resultan<strong>do</strong> em compostos insatura<strong>do</strong>s incluin<strong>do</strong> levoglucoseno-<br />
na, furfural e uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s furânicos, parte <strong>do</strong>s<br />
quais se encontra na fração <strong>do</strong> alcatrão e parte entre os volá-<br />
teis.<br />
- a temperaturas mais elevadas ocorre a fissão das<br />
unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> açúcar, resultan<strong>do</strong> em compostos carbonilicos,os quais<br />
se evaporam rapidamente. A liberação <strong>de</strong> produtos liqui<strong>do</strong>s comple-<br />
ta-se, praticamente, quan<strong>do</strong> a temperatura atinge 400 0 C a 450 0 C. O<br />
residuo resultante é a celulose carbonizada, a qual é altamente
Acredita-se que a 1evog1ucosana (1,6 anidrog1ucose)<br />
seja o mais importante produto primário da <strong>de</strong>gradação térmica da<br />
celulose, embora outras anidroglucoses, enonas, furanas e <strong>de</strong>riva-<br />
.<br />
<strong>do</strong>s sejam também forma<strong>do</strong>s (49). A formação da 1evog1ucosana é ex-<br />
p1icada pela quebra inicial da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> celulose em glucose, que<br />
originaria a glucosana com a posterior perda <strong>de</strong> uma molécula <strong>de</strong> á<br />
gua (155). Contu<strong>do</strong>, da<strong>do</strong>s experimentais permitem supor que a rupt~<br />
ra das moléculas <strong>de</strong> celulose leva à formação <strong>de</strong> fragmentos com<br />
grau <strong>de</strong> po1imerização da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 200. Subsequentemente, no anel<br />
terminal <strong>de</strong>sse fragmento tem lugar uma redistribuição <strong>do</strong>s átomos<br />
acompanha<strong>do</strong> pela cisão <strong>do</strong> anel e consequente formação da 1evog1u-<br />
cosana <strong>como</strong> resulta<strong>do</strong> da saturação mútua das va1ências. O proces-<br />
so repete-se no anel seguinte, que passou a ser o anel terminal,<br />
repetin<strong>do</strong>-se até que todas as unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> fragmento inicial te-<br />
nham si<strong>do</strong> rompidas (102).<br />
Uma vez que tanto a celulose <strong>como</strong> a 1evog1ucosana<br />
têm a mesma fórmula elementar (C6H1005), é <strong>de</strong> se esperar um alto<br />
rendimento <strong>do</strong> último composto. Porém a 1evog1ucosana também é sen<br />
sive1 ao calor, <strong>de</strong>compon<strong>do</strong>-se em áci<strong>do</strong> acético, acetona, fenóis e<br />
água (155).<br />
A <strong>de</strong>composição térmica da 1evog1ucosana sob pre~<br />
são atmosférica resulta em produtos semelhantes aos obti<strong>do</strong>s na pi<br />
ró1ise da celulose sob condições idênticas(102). Esse fato indica<br />
que, provavelmente, a 1evog1ucosana é um produto intermediário no<br />
processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição térmica da celulose sob pressão atmosfé-<br />
Comparan<strong>do</strong>-se os rendimentos entre a piró1ise da<br />
ma<strong>de</strong>ira e da celulose <strong>do</strong> algodão (consi<strong>de</strong>rada <strong>como</strong> a forma mais<br />
pura da celulose), tem-se que a ma<strong>de</strong>ira <strong>como</strong> um to<strong>do</strong> produz duas<br />
a três vezes mais áci<strong>do</strong> acético e o <strong>do</strong>bro <strong>de</strong> alcatrão (102). Embo<br />
ra os compostos fenó1icos sejam consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>como</strong> os componentes<br />
mais importantes <strong>do</strong> alcatrão da celulose, apenas o feno1 e o cre-<br />
sol pu<strong>de</strong>ram ser isola<strong>do</strong>s, na sua forma pura, e em pequena quanti-
da<strong>de</strong>s (102). Adicionalmente, os trabalhos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por Zava-<br />
rin e Snajberk e por Kratzl e colabora<strong>do</strong>res (cita<strong>do</strong>s por Fengel e<br />
Wegener (49) ), permitiram i<strong>de</strong>ntificar apenas traços <strong>de</strong>fenóis<br />
nos <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s <strong>de</strong> celulose. Esses autores atribuem a formação <strong>do</strong>s<br />
compostos fenólicos à <strong>de</strong>gradação térmica da lignina e outros com-<br />
postos aromáticos.<br />
A lignina embora seja consi<strong>de</strong>rada <strong>como</strong> o componen-<br />
te da ma<strong>de</strong>ira mais estável termicamente, começa a apresentar mu-<br />
dariçaS-emsua estrutura --sobtemperaturas inferiores a 2-00 0C (49).<br />
A <strong>de</strong>stilação seca da lignina em laboratório tem <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> a e-<br />
xistência da liberação <strong>de</strong> gases, em taxas muito lentas, a temper~<br />
turas entre 1280C e 1300C, sen<strong>do</strong> que a taxa máxima ocorre a 4300C<br />
Uma caracter1stica especifica da <strong>de</strong>stilação seca<br />
da lignina é o alto rendimento em carvão (102, 140,155). Fletcher<br />
e Harris (51,52) estudan<strong>do</strong> a pi-rolise da lignina residual obtida<br />
pela hidrólise <strong>de</strong> serragem, obtiveram rendimentos <strong>de</strong> carvão en-<br />
tre 53% e 65% da matéria-prima inicial. Verificaram também que a<br />
diminuição na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> earvão era ocasionada pelo aumento no<br />
teor <strong>de</strong> celulose mistura<strong>do</strong> à lignina residual.<br />
Esse efeito também é nota<strong>do</strong> na carbonização da ma-<br />
<strong>de</strong>ira, existin<strong>do</strong> uma correlação direta entre o rend~~ento gravi-<br />
métrico <strong>de</strong> carvão e o teor <strong>de</strong> lignina existente na ma<strong>de</strong>ira que<br />
foi carbonizada (27,106).<br />
.<br />
O rendimento em álcatrão da lignina também é supe-<br />
rior ao da celulose e da ma<strong>de</strong>ira. A natureza aromática da lignina<br />
reflete-se nos compost~s existentes no alcatrão (140,155), nos<br />
quais pre<strong>do</strong>minam guaicol e seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, fenol, o e p-cresol,p!<br />
rogalol e xilenol (49,51,52,102,140,155).<br />
Outro fato ressaltan<strong>do</strong> a influência da lignina na<br />
formação <strong>de</strong> compostos fenólicos é a presença <strong>de</strong> fenóis da série<br />
<strong>do</strong> pirocatecol no alcatrão proveniente <strong>de</strong> coniferas, ao passo que<br />
o alcatrão <strong>de</strong> folhosas contém adicionalmente fenóis da série <strong>do</strong><br />
.
Essa diferenciação nos alcatrões po<strong>de</strong> ser explica-<br />
da,pela pre<strong>do</strong>minância das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> guaiacil na lignina das co<br />
nlferas, enquanto que a lignina das folhosas contém, além das uni<br />
da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> guaiacil, uma boa proporção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seringil.<br />
O alto teor <strong>de</strong> grupos metoxilas existente .na ligni<br />
na, ao contrário <strong>do</strong> espera<strong>do</strong>, não favorece a formação <strong>de</strong> metanol.<br />
Supõe-se que no máximo 10% <strong>do</strong>s grupos metoxilas da lignina parti-<br />
cipam da formação <strong>de</strong> metanol durante a pirólise (155). Da _ mesma<br />
forma que o metanol, o áci<strong>do</strong> acético e a acetona são 'produzi<strong>do</strong>s<br />
em pequenas quantida<strong>de</strong>s (51,52,102).<br />
Alterações nas condições <strong>de</strong> pressão durante a <strong>de</strong>s-<br />
tilação irão causar mudanças nas- caracterlsticas <strong>do</strong>s <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s .<br />
Assim, quan<strong>do</strong> a celulose é carbonizada sob pressão reduzida se ob<br />
tem altos rendimentos em levoglucosana (102,155), que po<strong>de</strong>m atin~<br />
gir até 78% da massa inicial da celulose (140). Embora seja sensl<br />
vel ao calor, a levoglucosana é também volátil, <strong>de</strong> forma que sob<br />
vácuo ela <strong>de</strong>stila e ~ forçâda a sair da zona <strong>de</strong> reação antes que<br />
se processem as reações secundárias.<br />
Quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>stilada em atmosfera <strong>de</strong> nitrogênio a 300 0C<br />
e sob pressão ambiente, a celulose acusou um rendimento <strong>de</strong> 19,1%<br />
em alcatrão, o qual aumentou expressivàmente para 55,8% quan<strong>do</strong> a<br />
-p~essão foi reduzida para 1,5mmHg (0,2 kPa) (103). O rendimento<br />
em carvão diminuiu <strong>de</strong> 34,2% para 17,8%.<br />
Também a lignina quan<strong>do</strong> carbonizada sob pressão re<br />
duzida ten<strong>de</strong> a produzir maiores quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alcatrão (102,155).<br />
A <strong>de</strong>stilação da lignina bruta em mistura com solução alcoólica <strong>de</strong><br />
hidróxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> cálcio a 320 0 C resultou em 65% <strong>de</strong> alcatrão puro, <strong>do</strong>s<br />
quais 24% eram fenóis (143).<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que a <strong>de</strong>gradação térmica <strong>do</strong>s comp~<br />
nentes principais da ma<strong>de</strong>ira ocorre em diferentes faixas <strong>de</strong> temp~<br />
ratura, e que os teores <strong>de</strong>sses componentes variam nas diversas es<br />
pécies florestais, torna-se lógico supor que as principais variá-<br />
veis <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> carbonização da ma<strong>de</strong>ira, afetan<strong>do</strong> o rendimen-<br />
to em alcatrão, serão a temperatura, a espécie <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira que es-
tá sen<strong>do</strong> carbonizada, e o tempo que a ma<strong>de</strong>ira permaneceu sob ação<br />
da temperatura. De um mo<strong>do</strong> geral, tem-se <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> que baixas<br />
temperaturas com aquecimento lento maximizam a produção <strong>de</strong> carvão,<br />
enquanto que o aquecimento rápi<strong>do</strong> por perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo reduzi<strong>do</strong><br />
•<br />
favorece a produção <strong>de</strong> líqui<strong>do</strong>s (45).<br />
Palmer(104), em 1915, já recomendava para as opera<br />
ções industriais <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação da ma<strong>de</strong>ira, que o aquecimento até<br />
O' " ponto <strong>do</strong> alcatrão" (fase <strong>do</strong> processo em que se inicia a <strong>de</strong>st,!.<br />
,..". - , t<br />
- laçao <strong>do</strong>alcatrao) fosse o maisrap-i-<strong>do</strong> pOSS1 vel" diminuin<strong>do</strong>-se en<br />
tão o fornecimento <strong>de</strong> calor até o término da <strong>de</strong>stilação. Esse pro<br />
cedimento permitiria aumentar.significativamente o rendimento <strong>de</strong><br />
metanol e ligeiramente o <strong>de</strong> áci<strong>do</strong> ácetico.<br />
A temperatura máxima da carbonização, quan<strong>do</strong> anal,!.<br />
sada isoladamente, aparenta não ter um efeito pronuncia<strong>do</strong> sôbre o<br />
rendimento em alcatrão. Vergnet e Villeneuve (148) apresentam re-<br />
sulta<strong>do</strong>s da carbonização da ma<strong>de</strong>ir-a <strong>de</strong> Vouacapoua americana a tem<br />
peraturas <strong>de</strong> 3800C a 800°C, on<strong>de</strong> os rendimentos gravimétricos má-<br />
ximo e mínimo <strong>de</strong> alcatrão foram <strong>de</strong> 13,4% a 660 0 C e 11,5% a 500 0C,<br />
respectivamente.<br />
El<strong>de</strong>r (45) verificou, para ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> pinheiros <strong>de</strong><br />
regiões temperadas que o aumento da temperatura na faixa entre<br />
250 0 C e 8000C causa um aumento no rendimento <strong>de</strong> alcatrão, sen<strong>do</strong><br />
que acima <strong>de</strong> 500 0 C esse efei·to é muito pequeno, com um acre'scimo<br />
no rendimento da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1,8%. Resulta<strong>do</strong>s similares foram relata<br />
<strong>do</strong>s para a ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> pinheiros tropicais (28), on<strong>de</strong> o 'rendimento<br />
médio passou <strong>de</strong> 10,5% a 450 0C para 10,8% a 600 0C.<br />
Contu<strong>do</strong>, as pesquisas <strong>de</strong> Franzese (55), com quatro<br />
espécies <strong>de</strong> folhosas argentinas, mostram que po<strong>de</strong> haver uma inte-<br />
ração entre temperatura e espécie. Enquanto que, para três das es<br />
pécies sob estu<strong>do</strong> o rendimento <strong>de</strong> alcatrão não variou significat,!.<br />
vamente em função da temperatura da carbonização, uma espécie (a!<br />
garrobo) quan<strong>do</strong> carbonizada a 600 0C produziu o <strong>do</strong>bro <strong>de</strong> alcatrão<br />
em comparação com a pirólise conduzida a 400 0 C e 5000C.<br />
A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alcatrão produzi<strong>do</strong> pela ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>
étu1a <strong>de</strong>stilada a 4000C diminui com o aumento no tempo <strong>de</strong> exposi<br />
ção ao calor (155), <strong>de</strong>crescen<strong>do</strong> <strong>de</strong> 18,0%, após três horas <strong>de</strong> aqu~<br />
cimento, para 10,1%, após 16 horas <strong>de</strong> processo. Os· resulta<strong>do</strong>s a-<br />
presenta<strong>do</strong>s por E1<strong>de</strong>r (45) são contraditórios, mostran<strong>do</strong> não ha-<br />
ver um efeito significativo <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> carbonização na produção<br />
<strong>de</strong> alcatrão. Contu<strong>do</strong>, a complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu trabalho <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao nú<br />
mero <strong>de</strong> variáveis envolvidas, torna difícil a análise isolada <strong>do</strong><br />
fator tempo <strong>de</strong> aquecimento, o qual aparenta estar sen<strong>do</strong> mascara<strong>do</strong><br />
p-e1a vazão <strong>de</strong> retirada <strong>do</strong>s gases.<br />
A velocida<strong>de</strong> com que a ma<strong>de</strong>ira é carbonizada in-<br />
flui <strong>de</strong> forma marcante na produção <strong>de</strong> alcatrão. Os resulta<strong>do</strong>s da<br />
carbonização das ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> grandis e Euealyptus pan,!<br />
eu lata a 430 0C e com taxas <strong>de</strong> aquecimento varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2,3 0 C/h a<br />
138 0 C/h mostram que o rendimento <strong>de</strong> alcatrão está corre1aciona<strong>do</strong><br />
com a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aquecimento (103). Aplican<strong>do</strong>-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
regréssão1inear simples· a esses-Tesu1ta<strong>do</strong>s, para as duas espéci-<br />
es estudadas, chega-se à equação<br />
R = 2,561 + 0.067(Q) (2.1.)<br />
on<strong>de</strong> (R) é rendimento porcentua1 <strong>de</strong> alcatrão, e (Q) é a taxa <strong>de</strong> a<br />
quecimento em °C/h. O coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação da equação (r 2<br />
)<br />
é <strong>de</strong> 0,7937, comprovan<strong>do</strong> a influência <strong>do</strong> parâmetro sob estu<strong>do</strong>.<br />
C9mportamento similar é relata<strong>do</strong> para ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />
bétu1a carbonizada a 4000C (155). Deve-se ressaltar que em ambos<br />
os casos o aumento na produção <strong>de</strong> alcatrão é acompanha<strong>do</strong> pela di-<br />
minuição no rendimento gravimétrico <strong>de</strong> carvão.<br />
Diversos trabalhos têm forneci<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s da<br />
carbonização <strong>de</strong> diferentes espécies <strong>de</strong> fo1hosas, tanto em condi<br />
ções <strong>de</strong> laboratório (15,55,61,86,106) <strong>como</strong> em escala piloto (63 ,<br />
151) com rendimentos em alcatrão varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1,8% a 12,4%. Vila<br />
(151) apresenta uma relação <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze espécies tropicais cujo rendi<br />
mento em alcatrão po<strong>de</strong> atingir até 14,4%, mas adimite que, a ní-<br />
vel industrial, po<strong>de</strong>riam ser recupera<strong>do</strong>s apenas 1,3kg <strong>de</strong> óleos <strong>do</strong><br />
alcatrão por 100kg <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira carbonizada.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s divulga<strong>do</strong>s por Babicki(15), para a
carbonização a 4500C <strong>de</strong> sete espécies provenientes <strong>do</strong> Chile, mos-<br />
tram que a conversão em alcatrão está inversamente relacionada<br />
com a massa especIfica da ma<strong>de</strong>ira, relação essa que po<strong>de</strong> ser ex-<br />
pressa pela equação<br />
C = 13,28 - 11,16 ( me) (2.2.)<br />
on<strong>de</strong> (C) é a conversão porcentual em alcatrão e (me) é a massa es<br />
pecIfica da ma<strong>de</strong>ira a 0% <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, em g/cm 3 • Para essa equação<br />
<strong>de</strong>terminou-se um coeficiente (r 2 ) <strong>de</strong> 0,8160.<br />
- Uma vez queas:condiçÕesexperiment-ais (temperatu-<br />
ra e tempo <strong>de</strong> carbonização) foram idênticas para as sete espécies<br />
provavelmente as menos <strong>de</strong>nsas sofreram uma <strong>de</strong>gradação térmica<br />
mais rápida, já que a massa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira a ser queimada era menor.<br />
Como a pirólise mais rápida favorece a formação <strong>de</strong> mais alcatrão,<br />
tem-se a posslvel explicação para a correlação <strong>de</strong>scrita.<br />
Devi<strong>do</strong> ao alto teor <strong>de</strong> fenóis, a <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> al-<br />
catrão <strong>de</strong>canta<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> diversos pesquisad~<br />
res. ° alcatrão po<strong>de</strong> ser dividi<strong>do</strong> em três frações: "óleos leves",<br />
"óleos pesa<strong>do</strong>s" e piche.<br />
Até 1100C - 120eC <strong>de</strong>stilapl os "óleos leves" (com<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> menor que 1,0) e os compostos aquosos ainda presentes<br />
no alcatrão. De 1100C - 1200C a 2500C-2759C <strong>de</strong>stilam os "óleos p~<br />
sa<strong>do</strong>s" (com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> maior que 1,0), <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>como</strong> resIduo o pi-<br />
che (83,85). Embora essa seja a <strong>de</strong>scrição genérica da <strong>de</strong>stilação<br />
<strong>do</strong> alcatrão, Wenz1 (155) registra a ocorrência <strong>de</strong> <strong>do</strong>is pontos <strong>de</strong><br />
inf1exão na curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação: o primeiro correspon<strong>de</strong>nte à se-<br />
paraçao da água e substâncias dissolvidas, e o segun<strong>do</strong> entre<br />
1500C e 1520C, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao rápi<strong>do</strong> aumento na massa mo1ecu1ar <strong>do</strong>s<br />
, ,<br />
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s e na qUantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aci<strong>do</strong>s carboxi1icos. Adicionalmente<br />
Haw1ey (63) consi<strong>de</strong>ra que a mudança <strong>de</strong> "óleos leves" para "óleos<br />
pesa<strong>do</strong>s" ocorre quan<strong>do</strong> a temperatura nos vapores atinge 1800C.<br />
A literatura relata diferentes valores para o ren-
dimento na <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão. Essas informações precisam ser<br />
analisadas com relação ao processo <strong>de</strong> pirólise, a espécie <strong>de</strong> ma-<br />
.<br />
<strong>de</strong>ira e a forma <strong>como</strong> foi conduzida a <strong>de</strong>stilação.<br />
100<br />
!90<br />
~<br />
ai<br />
80<br />
- 10<br />
60<br />
50<br />
AO<br />
JO<br />
20<br />
r5<br />
10<br />
O<br />
175 195 275 295 315<br />
TEJflERATmA COC)<br />
1 (o) = alcatrão refina<strong>do</strong>, obti<strong>do</strong> da pirólise <strong>de</strong><br />
,<br />
residuos<br />
<strong>de</strong> serraria (127)<br />
2 (.) = alcatrão <strong>de</strong>canta<strong>do</strong> (86)<br />
3 (o) = alcatrão com alto po<strong>de</strong>r fungicida (50)<br />
4 (..) = fração orgânica <strong>do</strong> alcatrão <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> sp (79 )<br />
5 (A) = mistura <strong>de</strong> alcatrões <strong>de</strong> carvalho e nogueira (97)<br />
FIGURA 2.3. Curvas da <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong> alcatrões diversos, efe.tuadas<br />
sob pressão ambiente (50,79,86,97,127).<br />
Na Figura 2.3. po<strong>de</strong>m ser observadas curvas <strong>de</strong> <strong>de</strong>s-<br />
tilação para diversos alcatrões, à pressão ambiente. Nota-se que<br />
a porcentagem <strong>do</strong>s <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s em função da temperatura é extrema -<br />
mente variável. Esse fato é causa<strong>do</strong> pelas diferenças no tipo <strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s recupera<strong>do</strong>res e na posterior <strong>de</strong>cantação <strong>do</strong> alcatrão para sep~<br />
- , I<br />
raçao previa <strong>do</strong>s produtos aquosos. Uma caracteristica comum, que
po<strong>de</strong> ser visualizada na Figura 2.3., é que a quase totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s é obtida a temperaturas entre 2750C e 300oC.<br />
, -" -<br />
Alias, se a temperatura da <strong>de</strong>stilaçao a pressao am<br />
biente for superior a 3000C, o piche residual tend~ a formar esp~<br />
ma e aumentar <strong>de</strong> volume (63,83,86,134), com o risco <strong>de</strong> explosão<br />
<strong>do</strong> reator (81).<br />
A fração <strong>de</strong> "óleos pesa<strong>do</strong>s", normalmente com ponto<br />
<strong>de</strong> ebulição acima <strong>de</strong> l20oC, é utilizada para a obtenção <strong>do</strong> creoso<br />
tó (63,-a~,85,155)~' O <strong>creosoto</strong> 'po<strong>de</strong> apresentar curvas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stila-<br />
ção semelhantes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da ma<strong>de</strong>ira que tenha si<strong>do</strong> utilizada<br />
(Figura 2.4.), levan<strong>do</strong>' à suposição <strong>de</strong> que se o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stila<br />
ção <strong>do</strong> alcatrão e o posterior refinamento <strong>do</strong>s óleos forem cri te-<br />
, ""<br />
riosamente conduzi<strong>do</strong>s,obter-se-a um <strong>creosoto</strong> homogeneo e <strong>de</strong> boa<br />
qualida<strong>de</strong>.<br />
Uma técnica que tem si<strong>do</strong> bastante utilizada, é a<br />
<strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão sob pressão reduzida C55,97,112, 119, 127,<br />
146,150,155,157). Com a redução na pressão ocorre um abaixamento<br />
no ponto <strong>de</strong> ebulição <strong>de</strong> um da<strong>do</strong> composto, o que permite conduzir<br />
a <strong>de</strong>stilação em temperatuas menores.<br />
Uma vez que a fração <strong>de</strong> "óleos pesa<strong>do</strong>s" (que cons-<br />
tituirá o <strong>creosoto</strong>) é uma mistura <strong>de</strong> compostos ..<br />
cujos pontos <strong>de</strong> e-<br />
bulição são <strong>de</strong> até 3000C ou mais, a diminuição na temperatura cog<br />
tribuirá para diminuir a <strong>de</strong>composição <strong>do</strong>s compostos mais "pesa-<br />
- <strong>do</strong>s". Consequentemente, aumentará o rendimento, principalmente <strong>do</strong>s<br />
"óleos pesa<strong>do</strong>s".<br />
Os resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s por Schra<strong>de</strong>r et allii<br />
(127) mostram que a redução da pressão para 17 mmHg (2,3 kPa) re<br />
sultou em um rendimento 9,6% superior em relação à pressão ambieg<br />
te, sen<strong>do</strong> que o total <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s e fenóis presentes nos <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s<br />
aumentou 34,0%. Acrescente-se que a redução na pressão permitiu<br />
reduzir a temperatura máxima da <strong>de</strong>stilação em 550C. Wenzl (155)<br />
relata que a <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong> alcatrão sob pressão <strong>de</strong> 5mmHg(0,7 kPa)<br />
e temperatura <strong>de</strong> até 2300C resultou em 71,7% <strong>de</strong> óleos, 47,1% <strong>do</strong>s<br />
quais foram isola<strong>do</strong>s <strong>como</strong> substâncias fenólicas.
100<br />
,..<br />
1 90<br />
180<br />
....•<br />
~70<br />
I-l<br />
~60<br />
M<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
O<br />
195 285 300<br />
IDftRATLRA (OC)<br />
1 (0) = <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> Fagus sp (134)<br />
2 (e) = <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> Acer sp (108)<br />
FIGURA 2.4. Curvas da <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> folho<br />
sas, à pressão ambiente (108, 134).<br />
A Figura 2.S". apresenta três curvas da <strong>de</strong>stilação<br />
à vácuo, on<strong>de</strong> observa-se que, para temperaturas acima <strong>de</strong> 230°C, a<br />
tendência é <strong>do</strong> rendimento estar inversamente relaciona<strong>do</strong> à pres-<br />
são. Embora a literatura disponivel não comprove especificamente<br />
essa tendência na <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão, po<strong>de</strong>-se supor que seja<br />
da<strong>de</strong> na extração <strong>de</strong> fenóis (cardanol) a partir <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> da cas-<br />
ca da castanha <strong>de</strong> caju.<br />
o alcatrão <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>, que irá originar o <strong>creosoto</strong><br />
vegetal, é rico em compostos fenólicos. Wenzl (155) cita teores
260" 290 320 350<br />
1BFERAlrnA (OC)<br />
1 (O) = alcatrão <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>, obti<strong>do</strong> da carbonização <strong>de</strong> residuos<br />
<strong>de</strong> Larix sp, sob pressão <strong>de</strong> 10mmHg (1,3kPa) (146)<br />
2 (.) = alcatrão refina<strong>do</strong>, obti<strong>do</strong> da pir6lise <strong>de</strong> residu6s <strong>de</strong><br />
serraria, sob pressão <strong>de</strong> 17mmHg (2,3kPa) (127)<br />
3 (D) = alcatrão 121, ap6s hidrogenização,sob pressão <strong>de</strong> 17mmHg<br />
(2 ,3kP a) (127 )<br />
FIGURA 2.5. Curvas da <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong> alcatr~es diversos, sob pressão<br />
reduzida (127,146).<br />
<strong>de</strong> fen6is nos 61e'Os <strong>de</strong> alcatrão varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 35,0% a 63,2%, que r~<br />
presentam até 42,5% <strong>do</strong> alcatrão bruto. Essa variação na quantid~<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong> fen6is presentes no alcatrão é também atribuida ~s diferen-<br />
ças <strong>de</strong> matéria-prima e"das condições <strong>de</strong> pir6lise.<br />
tem si<strong>do</strong> objetivo <strong>de</strong> diversos pesquisa<strong>do</strong>res em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Na<br />
Tabela 2.2., que resume as citações sôbre as substâncias já i<strong>de</strong>n-<br />
tificadas, nota-se que mais atenção tem si<strong>do</strong> dispensada ao fenol,<br />
cres6is, xilenóis e substâncias hom6logas da série <strong>do</strong> guaiacol,p!
<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação das mesmas.<br />
Contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar que nos trabalhos mais<br />
antigos (58,108,142,157) não §e dispunham <strong>de</strong> técnicas apuradas p~<br />
ra a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> substâncias orgânicas, fato que po<strong>de</strong> gerar<br />
dúvidas sôbre os resulta<strong>do</strong>s divulga<strong>do</strong>s. Atualmente, os recursos<br />
da cromatografia em fase gasosa e da espectrometria <strong>de</strong> massa (28,<br />
46,84, 146) permitem maior segurança quanto à i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da subs-<br />
tância analisada.<br />
TABELA 2.2. Substâncias citadas <strong>como</strong> presentes no alcatrão <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>.<br />
Butirolactona 58<br />
Áci<strong>do</strong> butlrico 58<br />
3,4-benzopireno 155<br />
Acetona e homólogos 58,63,142<br />
Furanos e homólogos 63,102,142<br />
Fenol 28,46,55,63,99,102,121,146,155<br />
Florol 63,155,157<br />
Maltol 58<br />
o,p, m - cresol 28,46,55,63,99,102,146,155,157<br />
Xilenóis 55,63,99,102,146,155,157<br />
Guaiacol e homólogos 46,55,58,63,99,102,146,155,157<br />
Pirogalol e homólogos 63,99,102,108,121,157<br />
Pirocatecol e homólogos 102,121,146,155,157<br />
Creosol 58,63<br />
Eugenol 46,142<br />
Resorcinol 146<br />
Áci<strong>do</strong>s graxos insatura<strong>do</strong>s(láurico,<br />
oleico, palmltico,palmitolei<br />
co, esteárico, entre outros) - 84<br />
Tolueno e Xileno 102,142<br />
.
,<br />
o licor pirolenhoso bruto, provavelmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a<br />
presença <strong>do</strong> alcatrão solúvel, também contém substâncias existen-<br />
tes no alcatrão <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>, tais <strong>como</strong> o fenol, guaiacol, o,p,m-cre<br />
sol (102,106,107,145,148), xilenbis (112,145), pirocatecol ( 107,<br />
112,145), eugenol (112), resorcinol (145) e acetona (106).<br />
O alcatrão solúvel obti<strong>do</strong> a partir da pirblise <strong>de</strong><br />
cascas e resíduos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira também tem si<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong>, obten<strong>do</strong>-se<br />
<strong>de</strong> 15,9% a 39,7% <strong>de</strong> fenbis em relação ao alcatrão (110,111). Des-<br />
ses fenóis foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s fenol, o,p,m-cresol, xilenbis, e<br />
substâncias homblogas da série <strong>do</strong> guaiacol, pirocatecol e piroga-<br />
101.<br />
Devi<strong>do</strong> ao fato <strong>de</strong> o alcatrão vegetal ser uma mistu<br />
-ra <strong>de</strong> -diversas substâncias orgânicas, já :foram pesquisadas as<br />
mais diversas alternativas para a sua utilização, seja na forma<br />
bruta ou apbs <strong>de</strong>stilação e purificação.<br />
Conforme po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> na Tabela 2.3., que r~<br />
sume as indicações <strong>de</strong> uso constantes na literatura disponível,<br />
mais ênfase tem si<strong>do</strong> dada à utilização <strong>do</strong> alcatrão <strong>como</strong> combustí-<br />
.'<br />
vel, inse~icida, matéria-prima para obtenção <strong>de</strong> fenbis, óleo <strong>de</strong><br />
flotação, <strong>preservativo</strong>s <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras, e produção <strong>de</strong> solventes, tin<br />
O que se percebe claramente na literatura, é que à<br />
medida em que aumentava a oferta <strong>de</strong> petrbleo e seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, di<br />
minuia o interesse pelo uso <strong>do</strong> alcatrão vegetal. Os trabalhos<br />
mais atuais são provenientes <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, da França e <strong>do</strong>s<br />
países <strong>do</strong> bloco socialista, dan<strong>do</strong> mais enfoque à i<strong>de</strong>ntificação<br />
das substâncias presentes no alcatrão.<br />
A queima <strong>do</strong> alcatrão, bruto ou mistura<strong>do</strong> com pb <strong>de</strong><br />
carvão, visan<strong>do</strong> produzir energia, é a única forma <strong>de</strong> utilização<br />
que perdura até o presente. No Brasil, em função da sua produção<br />
<strong>de</strong> carvão vegetal, a queima <strong>do</strong> alcatrão em substituição ao óleo<br />
combustível tem <strong>de</strong>sperta<strong>do</strong> a atenção <strong>do</strong>s produtores (53,54,82).
TABELA 2.3. PossIveis utilizações <strong>do</strong> alcatrão<br />
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s.<br />
Aditivo para gasolina<br />
Combustível para motores<br />
Aglutinante para pavimentação<br />
Aglutinante para briquetes<br />
Herbicida<br />
Inseticida<br />
Ligante e óleo para tintas<br />
Matéria-prima na obtenção<br />
nóis para fins químicos e<br />
cêuticos<br />
Preservativo para ma<strong>de</strong>iras<br />
Resinas fenólicas<br />
57,140<br />
86,97,140<br />
44,53,54,57,61,86,109,122,151<br />
61,86<br />
48<br />
121<br />
19,98,117,122,149,150,151<br />
123,149,150,151<br />
<strong>de</strong> fefarma-<br />
97,117,121,122,127,140<br />
19,86,106,117,121,123,140<br />
16,86,95,106,117,123,149,150,151<br />
37,61,86<br />
19,86,97,122,123,127,151<br />
19,37,149,150,151<br />
A utilização extensiva <strong>do</strong> breosoto vegetal foi pr~<br />
judicada principalmente pela sua produção em pequenas quantida -<br />
<strong>de</strong>s e à variabilida<strong>de</strong> na sua composição (22,66,91). A produção i~<br />
suficiente para uso na impregnação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong>via-se, provave!<br />
bruto <strong>como</strong> para os <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s(65), assim <strong>como</strong> a variabilida<strong>de</strong> na<br />
composição refletia a falta <strong>de</strong> uma especificação ou norma exclusi<br />
va para o <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à impregnação (91).<br />
As únicas especificações citadas em literatura (T~<br />
belas 2.~ e 2.5.) eram aplicadas genericamente ao óleo <strong>de</strong>stila<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> alcatrão vegetal, e não contavam com o aval <strong>de</strong> associações vol<br />
tadas à preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.
TABELA 2.4_. Especificação iugos1ava para o <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />
(91)<br />
,<br />
Teor <strong>de</strong> agua<br />
Fenóis<br />
Áci<strong>do</strong>s, em extrato aquoso<br />
Insolúveis em benzo1<br />
Curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação<br />
O -150 0 C<br />
O - 200 0 C<br />
0- 235 0 C<br />
1,05 - 1,10<br />
2 %<br />
• 40 %<br />
5 % (<strong>como</strong> S03)<br />
0,5 %<br />
3 %<br />
10 %<br />
30 %<br />
TABELA 2.5. Especificação norte-americana (Associação Nacional <strong>de</strong><br />
Química da Ma<strong>de</strong>ira) para o óleo <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong> da ma<strong>de</strong>ira<br />
<strong>de</strong> fo1hosas. (65)<br />
-1. Massa espec:f.ficaa 20 0 C não <strong>de</strong>ve ser in-ferior ai, 060.<br />
2. A <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> óleo, seguin<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> da AWPA, <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r<br />
os seguintes limites:<br />
a) não mais <strong>de</strong> 4% a 200 0 C, sen<strong>do</strong> que a água <strong>de</strong>verá ser 2% <strong>do</strong> to<br />
tal.<br />
b) não mais <strong>de</strong> 40% a 225 0 C.<br />
c) nao menos <strong>de</strong> 85% a 270 0 C.<br />
3. A fração que <strong>de</strong>stila entre 200 0 C e 225 0 C terá, pelo menos, 30%<br />
<strong>de</strong> seu volume solúvel em 10% <strong>de</strong> soda cáustica.<br />
4. A água proce<strong>de</strong>nte da lavagem <strong>do</strong> óleo por um vo1-ume igual <strong>de</strong> água<br />
<strong>de</strong>verá conter menos <strong>de</strong> 0,5% <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s, calcula<strong>do</strong>s <strong>como</strong> acético.<br />
Mesmo com essas restrições, diversas marcas <strong>de</strong><br />
<strong>creosoto</strong> vegetal <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à preservação eram comercia1iza<strong>do</strong>s no<br />
in:f.cio<strong>do</strong> século, principalmente nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s (Tabela 2.6~.<br />
1-1:artinez(91) cita o uso <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal também na Inglaterra<br />
(com o nome comercial <strong>de</strong> Sha1co) e na Iugoslávia, pa:f.son<strong>de</strong> o pr~<br />
duto era mistura<strong>do</strong> ao <strong>creosoto</strong> mineral.<br />
De acor<strong>do</strong> com Wi1kinson (156), atualmente, o creo-
soto vegetal é utiliza<strong>do</strong> apenas em palses com <strong>de</strong>ficiências no su-<br />
primento <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong> mineral, e que, <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong>, êle é um<br />
produto <strong>de</strong> pequena importância. Mesmo assim, as caracterlsticas<br />
preservativas <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal têm si<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s cons<br />
tantes.<br />
TABELA 2.6. Creosotos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira comercializa<strong>do</strong>s nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />
<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />
Nm.IE COMERCIAL MATÉRIA-PRIMA REFERÊNCIAS<br />
Preservol folhosas (faia) 154<br />
Spirittine conlferas 67,154<br />
Lyster folhosas 154<br />
Beechwood Creosote folhosas (faia) 134,154<br />
No-D-K folhosas 67,91,116,154<br />
Maplewood Creosote folhosas (bor<strong>do</strong>) 108<br />
T-ermite Oil conlreras 67<br />
Na Tabela 2.7. po<strong>de</strong>-se avaliar a toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> creo-<br />
soto vegetal e <strong>de</strong> três compostos fen61icos presentes em sua com-<br />
posição, comparada à <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral. Po<strong>de</strong>-se observar que o<br />
produto <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> da ma<strong>de</strong>ira apresenta limites <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z simila-<br />
res aos <strong>do</strong> <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> da hulha, com concentrações letais extremame~<br />
te baixas. Entretanto, especificamente para o fungo Fomes annosus,<br />
nota-se que as concentrações letais indicadas por autores diferen<br />
tanto pelo fato <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ensaio não terem si<strong>do</strong> iguais <strong>como</strong><br />
pelas caracterlsticas <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s utiliza<strong>do</strong>s.<br />
provável, pois tanto existe uma senslvel variabilida<strong>de</strong> na toxi<strong>de</strong>z<br />
<strong>de</strong> diversos alcatrões vegetais (50), <strong>como</strong> também os ensaios <strong>de</strong><br />
-<br />
na reprodutibilida<strong>de</strong> (137) e dificultam a comparaçao e extrapola-<br />
ção <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s (88).
TABELA 2.7. Toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal e <strong>de</strong> compostos fenólicos<br />
em relação a fungos xilófagos, compara<strong>do</strong>s ao <strong>creosoto</strong><br />
mineral.<br />
PRODUTO<br />
FUNGO ENSAIADO<br />
CONCENTRAÇÃO REFE-<br />
LETAL (%) R~NCIA<br />
Cresol Coniophora cerebella 0,125 154<br />
Cresol Lenzites sepiaria 0,125 154<br />
Cresol Polystictus versicolor 0,125 154<br />
Fenol Coniophora cerebella 0,10 154<br />
1,3,5 xilenol Fomes annosus 0,03 62<br />
1,3,5 xilenol Lenzites trabea * 0,03 62<br />
1,3,5, xilenol Poria incrassata 0,03 62<br />
Creosoto vegetal Fomes annosus O,,65 ;°,025 -O ,05 62,154<br />
Creosoto vegetal Fomes pinicola 0,20 154<br />
Creosoto vegetal Lenzites trabea * 0,05-0,10 62<br />
Creosoto vegetal Poria incrassata 0,025-0,05 62<br />
Creosoto vegetal Polyporus fumosus 0,16 80<br />
Creosoto mineral Fomes annosus 0,05 62<br />
Creosoto mineral Lenzites trabea * 0,05 62<br />
Creosoto mineral Poria incrassata 0,006-0,0125 62<br />
(*) A <strong>de</strong>nominação atual <strong>do</strong> fungo Lenzites trabea é Gloeophyllum<br />
trabeum.<br />
.'<br />
seca, também varia em função <strong>do</strong> tratamento a que foi submeti<strong>do</strong> o<br />
<strong>creosoto</strong> vegetal. Embora os testes em laboratório comprovem que<br />
o <strong>creosoto</strong> vegetal é eficiente na proteção da ma<strong>de</strong>ira contra o a-<br />
taque <strong>de</strong> térmitas, a adição <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral na proporção <strong>de</strong><br />
1:1 em volume aumentou a eficiência <strong>do</strong> produto, notadamente quan-<br />
<strong>do</strong> os corpos <strong>de</strong> prova impregna<strong>do</strong>s foram submeti<strong>do</strong>s a uma volatili<br />
zação prévia. Comportamento similar foi observa<strong>do</strong> em ensaios <strong>de</strong><br />
toxi<strong>de</strong>z contra fungos apodrece<strong>do</strong>res causa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> podridões bran-<br />
ca, parda e mole (76,78).<br />
Nagase (98) estu<strong>do</strong>u o valor inseticida <strong>de</strong> diversas<br />
substâncias fenólicas contra o mosquito Culex qúinquefasciatus e<br />
concluiu que os cresóis (o, p, m), o guaiacol e o pirocatecol são<br />
mais letais <strong>do</strong> que o fenol. A partir <strong>de</strong>ssa informação po<strong>de</strong>-se in-
ferir que as proprieda<strong>de</strong>s inseticidas <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal prova-<br />
velmente são <strong>de</strong>correntes da presença <strong>de</strong>ssas substâncias em sua<br />
composição.<br />
o <strong>creosoto</strong> vegetal penetra facilmente na ma<strong>de</strong>ira<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua viscosida<strong>de</strong>, que é menor em relação ao <strong>creosoto</strong>. mi-<br />
neral (116). Embora Weiss (154) relate resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um ensaio em<br />
que a penetrabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral foi <strong>de</strong> duas a seis ve-<br />
zes maior, os da<strong>do</strong>s da Tabela 2.8. <strong>de</strong>monstram claramente a supe -<br />
riorida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal no que se refere à tratabilida<strong>de</strong> da<br />
ma<strong>de</strong>ira e confirmam a afirmativa feita pbr Richardson (116).<br />
Conforme po<strong>de</strong> ser visto na Tabela 2.8., os <strong>do</strong>is ti<br />
pos <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong>s penetraram totalmente nas amostras sob ensaio;<br />
mas a retenção atingida pelo <strong>creosoto</strong> vegetal (para um mesmo pro-<br />
cesso <strong>de</strong> tratamento e mesma espécie <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira a ser tratada) foi<br />
<strong>de</strong> 1,2 a 2,9 vezes maior <strong>do</strong> que a retenção obtida para o <strong>de</strong>stila-<br />
<strong>do</strong> <strong>de</strong> hulha.<br />
Para avaliar com exatidão o <strong>de</strong>sempenho da ma<strong>de</strong>ira<br />
tratada com o <strong>creosoto</strong> vegetal, o Serviço Florestal <strong>do</strong> Departame~<br />
to <strong>de</strong> Agricultura <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s instalou, na década <strong>de</strong> 30,<br />
<strong>do</strong>is campos <strong>de</strong> apodrecimento. A evolução <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sses en<br />
saios consta das Tabelas 2.9.e 2.10., para os testes com estacas<br />
e postes, respectivamente.<br />
Pelos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> teste com estacas conclui-se<br />
que, para retenções em torno <strong>de</strong> l12kg/m 3 ,' a vida média da ma<strong>de</strong>ira<br />
tratada com <strong>creosoto</strong> vegetal representa <strong>de</strong> 31% a 58% da durabili-<br />
da<strong>de</strong> média conferida pelo <strong>creosoto</strong> mineral; não sen<strong>do</strong> possível<br />
ainda fazer a mesma comparação para as retenções mais elevadas.Pe<br />
Ia comparação das Tabelas 2.9. e 2.10. nota-se que, com retenções<br />
semelhantes, a vida média <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral aumentou 3,5 vezes,<br />
ao passo que para o <strong>creosoto</strong> vegetal esse acréscimo na durabilida<br />
<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 6,8 vezes.<br />
A diferença entre os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nos <strong>do</strong>is<br />
testes <strong>de</strong> campo po<strong>de</strong> ter duas causas distintas. Inicialmente <strong>de</strong> -<br />
ve-se consi<strong>de</strong>rar que os microrganismos causa<strong>do</strong>res da <strong>de</strong>teriora -
TABELA 2.8. Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> tratabilida<strong>de</strong> com os <strong>creosoto</strong>s<br />
vegetal e mineral. (75,77)<br />
Creosoto vegetal<br />
Creosoto vegetal<br />
Creosoto vegetal<br />
Creosoto vegetal<br />
Creosoto vegetal<br />
~reosoto vegetal<br />
Creosoto mineral<br />
Lowry Pinus elliottii<br />
Lowry Pinus elliottii<br />
Lowry <strong>Eucalyptus</strong> spp<br />
Lowry <strong>Eucalyptus</strong> spp<br />
Bethell <strong>Eucalyptus</strong> spp<br />
Bethell <strong>Eucalyptus</strong> spp<br />
Lowry<br />
Lowry<br />
RETENÇÃO PENETRAÇÃO<br />
(kg/m 3<br />
)<br />
667,"2 total<br />
785,7 total<br />
199,6 total<br />
295,1 total<br />
227,5<br />
361,9<br />
421,7<br />
164,7<br />
123,4<br />
TABELA 2.9. Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> teste <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong> (estacas<br />
)-,comparan<strong>do</strong> os <strong>creosoto</strong>s mineral e vegetal. (23,<br />
67,68,69)<br />
PRODUTO<br />
ENSAIADO<br />
Creosoto mineral<br />
Spirittine(c)<br />
Spirittine<br />
Termite Oil l(d)<br />
Termite Oil 1<br />
No-D-K "b"(e)<br />
RETENÇÃO<br />
MÉDIA<br />
(kg/m 3<br />
)<br />
112,1<br />
217,9<br />
112,1<br />
221,0<br />
116,9<br />
232,3<br />
112,;1.<br />
224,2<br />
% DE ESTACAS REMOVIDAS(a) NO<br />
DECORRER DO ENSAIO<br />
(TEMPO Ef·1ANOS)<br />
9 10 20 23,5<br />
50,0<br />
0,0<br />
100,0<br />
75,0<br />
87,5<br />
28,6<br />
100,0<br />
50,0<br />
62,5<br />
12,5.<br />
75,0<br />
100,0<br />
28,6<br />
100,0<br />
25,0<br />
VIDA<br />
f.iÉDIA(b)<br />
(ANOS)<br />
10,0<br />
23,0<br />
5,8<br />
9,4<br />
3,3<br />
3,1<br />
10,8<br />
(a) estacas <strong>de</strong>struidaspelo ataque isola<strong>do</strong> ou conjuga<strong>do</strong> <strong>de</strong> fungos<br />
e cupins.<br />
(b) representa o tempo <strong>de</strong>corri<strong>do</strong> até a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> 60% <strong>do</strong> total<br />
<strong>de</strong> estacas ensaiadas, sen<strong>do</strong> calcula<strong>do</strong> após a perda <strong>de</strong> 100% das<br />
estacas.<br />
(c) <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong> alcatrão <strong>de</strong> coniferas.<br />
(d) produto <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong> óleo <strong>de</strong> pinho.<br />
(e) <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> folhosas.
çao - existentes nos locais <strong>do</strong>s ensaios sao - diferentes, resultan<strong>do</strong><br />
em diferentes agressivida<strong>de</strong>s à ma<strong>de</strong>ira exposta ao apodrecimento.A-<br />
lém disso, as relações área superficial/volume e superfície <strong>de</strong> to-<br />
po/área superficial são muito maiores nas estacas <strong>do</strong> que em pos-<br />
tes, significan<strong>do</strong> que as condições para volatilização <strong>do</strong> preserva-<br />
tivo são mais favoráveis nos corpos <strong>de</strong> prova <strong>de</strong> menores dimensões<br />
(estacas). Saben<strong>do</strong>-se que o <strong>creosoto</strong> vegetal é composto <strong>de</strong> substân<br />
cias com pontos <strong>de</strong> ebulição inferiores a SOOoC, torna-se possivel<br />
supor que o ef-eito negativo da volatilização ( perda <strong>do</strong> preservat!<br />
vo) será mais significativo nas estacas <strong>do</strong> que em postes.<br />
TABELA 2.10. Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> teste <strong>de</strong> apodrecimento em campo(postes)<br />
comparan<strong>do</strong> os <strong>creosoto</strong>s mineral e vegetal. (21,24,25,<br />
158)<br />
PRODUTO<br />
.ENSAIADO<br />
Creosoto mineral<br />
No-D-K (c)<br />
RETENÇÃO<br />
MÉDIA<br />
(kg/m 3 )<br />
96,1<br />
105,7<br />
% DE POSTES REMOVIDOS (a) NO<br />
DECORRE~ DO ENSAIO<br />
(TEr.'lPO El-iANOS)<br />
3 5,5 17 26<br />
3,0<br />
54,0<br />
.<br />
19,0<br />
73,0<br />
VIDA<br />
MÉDIA(b)<br />
(ANOS)<br />
(a) postes sem condições <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao apodrecimento, isola<strong>do</strong><br />
ou conjuga<strong>do</strong> ao ataque <strong>de</strong> cupins.<br />
(b) perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo estima<strong>do</strong> para qu~ 60% <strong>do</strong>s postes sob ensaio,<br />
para um da<strong>do</strong> tratamento, não apresentem condições <strong>de</strong> uso.<br />
(c) <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> folhosas.<br />
Lillja (89), basea<strong>do</strong> nos resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um teste <strong>de</strong><br />
campo com vigas e tábuas, afirma que po<strong>de</strong>m ser obti<strong>do</strong>s bons resul-<br />
ta<strong>do</strong>s impregnan<strong>do</strong>-se a ma<strong>de</strong>ira com <strong>creosoto</strong>, alcatrão <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />
óleo <strong>do</strong> alcatrão <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e um prepara<strong>do</strong> a base <strong>de</strong>sse alcatrão.<br />
Contu<strong>do</strong>, percebe-se que, apesar <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal<br />
riora<strong>do</strong>res, a sua eficiência em campo é notadamente inferior a <strong>do</strong><br />
<strong>creosoto</strong> mineral. Esse aspecto já havia si<strong>do</strong> comenta<strong>do</strong> por Blew<br />
(22), o qual consi<strong>de</strong>rou essa caracter{stica <strong>como</strong> uma das razões p~<br />
ra que o <strong>creosoto</strong> vegetal não se firmasse <strong>como</strong> um bom preserva<strong>do</strong>r.
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s da ma<strong>de</strong>ira, diversos pesquisa<strong>do</strong>res voltaram-se para a<br />
aditivação <strong>do</strong>s óleos, procuran<strong>do</strong> fortificar as substâncias fenóli-<br />
cas'pela reação com enxofre, nitrogênio ou cloro.<br />
Inouye e colabora<strong>do</strong>res (70,71), real~zan<strong>do</strong> testes<br />
com fungos xilófagos em meio <strong>de</strong> cultura, verificaram que a adição<br />
<strong>de</strong> enxofre ao óleo <strong>de</strong> pinho, óleo da terebintina e à fração cresó-<br />
lic~<strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> contribui para aumentar a toxi<strong>de</strong>z, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> que<br />
algumas das misturas tornam-se superiores a alguns <strong>do</strong>s compostos u<br />
tiliza<strong>do</strong>s em diversos <strong>preservativo</strong>s comerciais.<br />
A cloração <strong>do</strong>s fenóis foi estudada por Shirk e col~<br />
bora<strong>do</strong>res (128,129), que verificaram ser o fungo Aspergillus niger<br />
sensível a diversas substâncias <strong>de</strong> carácter fenólico, e que a cIo<br />
ração <strong>de</strong>ssas substâncias aumenta significativamente o po<strong>de</strong>r tóxi -<br />
As possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cloração das diversas frações<br />
<strong>do</strong> óleo <strong>de</strong> pinho e o aumento <strong>de</strong> sua ação esterilizante também foi<br />
discutida por Inouye e colabora<strong>do</strong>res (72), que afirmam ser a fra -<br />
ção 2ll o C-240 0 C a mais ativa e com maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver<br />
o cloro. Sabe-se que as substâncias fenólicas, presentes no alca-<br />
trão vegetal, com temperaturas <strong>de</strong> ebulição em torno <strong>de</strong> 2300C são<br />
as que possuem maior po<strong>de</strong>r redutor (157), o que po<strong>de</strong> explicar a ca<br />
pacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reagir com o cloro.<br />
Com base na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> diversas substâncias<br />
presentes nos <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alcatrão veget~l (item 2.2.4.) .e na<br />
temperatura <strong>de</strong> ebulição <strong>de</strong>ssas substâncias, é possível p·rever que<br />
a fração 2ll O C-2400C contém pre<strong>do</strong>minantemente fenol, guaiacol, cre<br />
sóis e xilenóis. Coinci<strong>de</strong>ntemente, a cloração <strong>do</strong> 2,6 e <strong>do</strong> 3,5 xi-<br />
lenol, <strong>do</strong> 0- e m-cresol e <strong>do</strong> fenol aumenta <strong>de</strong> 9 a 11 vezes a toxi<br />
<strong>de</strong>z das substâncias não cloradas em relação ao fungo Aspergillus<br />
A nitração da resina fenólica obtida <strong>do</strong> nó <strong>de</strong> pinho<br />
(Araucaria angustifolia) foi pesquisada por Botelho (26), que rea-<br />
lizan<strong>do</strong> ensaios em meio <strong>de</strong> cultura com os fungos Polystictus versl<br />
colore Fomes connatus verificou ter a resina nitrada maior toxi<strong>de</strong>z
<strong>do</strong> que a resina c10rada.<br />
Apesar <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s promissores, os testes com a<br />
fortificação <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal permaneceram ao nlve1 <strong>de</strong> ensaios<br />
em meio <strong>de</strong> cultura, que são insuficientes para garantir a futura<br />
.<br />
eficiência <strong>do</strong> produto nos campos <strong>de</strong> apodrecimento ou em condições<br />
reais <strong>de</strong> uso da ma<strong>de</strong>ira tratada.<br />
A carbonização da hu1ha, para a obtenção <strong>de</strong> gás ou<br />
<strong>de</strong> coque meta1úrgico, permite a recuperação <strong>do</strong> alcatrão <strong>de</strong> hu1ha,<br />
cuja <strong>de</strong>stilação resultará no <strong>creosoto</strong> mineral.<br />
Em função <strong>do</strong> efeito da temperatura <strong>de</strong> carbonização<br />
na composição <strong>do</strong> alcatrão, po<strong>de</strong>m ser obti<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is produtos bem<br />
distintos (91):<br />
- a) alcatrões primários ou <strong>de</strong> baixa temperatura, em que a temperat~<br />
ra <strong>de</strong> carbonização da hu1ha , e mantida abaixo <strong>de</strong> 7000C;<br />
b) alcatrões<br />
,<br />
secundarios ou <strong>de</strong> alta temperatura, em que a tempera-<br />
tura <strong>de</strong> carbonização<br />
,<br />
e superior a 9000C. ~O <strong>creosoto</strong> obti<strong>do</strong> <strong>do</strong> alcatrão secundário<br />
,<br />
e consi<strong>de</strong>-<br />
ra<strong>do</strong> o produto "padrão" para a preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras. Em sua<br />
forma comercial o <strong>creosoto</strong> é um 11qui~0 escuro, com o<strong>do</strong>r caracte -<br />
,<br />
ristico, insolúvel em água, não corrosivo, com alta resistivida<strong>de</strong><br />
a correntes elétricas e disponlve1em diversos tipos para diferen -<br />
tes aplicações (156).<br />
O <strong>creosoto</strong> mineral<br />
,<br />
e uma mescla complexa, conten<strong>do</strong><br />
mais <strong>de</strong> 160 substâncias orgânicas distintas e i<strong>de</strong>ntificadas, que<br />
testadas individualmente mostraram proprieda<strong>de</strong>s fungicidas (101,<br />
120). Seus principais constituintes po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s em<br />
três principais grupos (66,91):<br />
a) hidrocarbonetos aromáticos - que constituem até 90% em volume<br />
<strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> e compreen<strong>de</strong>m compostos <strong>de</strong> várias séries das quais<br />
as mais importantes são a benzênica ( benzeno, to1ueno exile -<br />
no), a nafta1ênica (nafta1eno e homó10gos) e os hidrocarbone -
no) ;<br />
b) áci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alcatrão - representam cerca <strong>de</strong> 5% <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> total<br />
e, no senti<strong>do</strong> qulmico, não são verda<strong>de</strong>iros áci<strong>do</strong>s. Os princi-<br />
pais compostos <strong>de</strong>ste grupo são os fenóis, cresói~, xilenóis e<br />
naftóis.<br />
c) bases <strong>de</strong> alcatrão - são substâncias que possuem caráter básico<br />
quan<strong>do</strong> em solução. As bases não exce<strong>de</strong>m a 5% <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong>, e são<br />
constituidas·por compostos aromáticos nos quais um átomo <strong>de</strong> car<br />
bono foi substitui<strong>do</strong> por um átomo <strong>de</strong> nitrogênio, <strong>como</strong> a piridi-<br />
na, a quinolina e a acridina.<br />
A toxi<strong>de</strong>z e a eficiência <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> têm si<strong>do</strong> estu-<br />
dad~por diversos pesquisa<strong>do</strong>res (17,18,42,43,138,147), e sua ação<br />
<strong>como</strong> <strong>preservativo</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras é indiscutlvel. Contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve-se res<br />
saltar que o seu comportamento é o resulta<strong>do</strong> da complexa interação<br />
entre seus componentes.<br />
As frações com menor ponto <strong>de</strong> ebulição apresentam<br />
maior toxi<strong>de</strong>z quan<strong>do</strong> analisadas isoladamente, porém são as que<br />
mais facilmente evaporam da ma<strong>de</strong>ira após o tratamento. As frações<br />
mais"pesadas',' embora menos tóxicas, são mais resistentes à volati-<br />
lização e asseguram a permanência da toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> <strong>como</strong> um<br />
Mesmo saben<strong>do</strong>-se que a performance <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> -<br />
" ;\ -<br />
pen<strong>de</strong> <strong>do</strong>s componentes pesa<strong>do</strong>s e mais persistentes, a penetraçao<br />
<strong>do</strong> produto na ma<strong>de</strong>ira também é importante e está relacionada com<br />
a quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s componentes mais"leves"(116).<br />
A eficiência <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> po<strong>de</strong> ser comprovada atra-<br />
vés <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em testes <strong>de</strong> campo instala<strong>do</strong>s em diver<br />
sas regiões <strong>do</strong> globo terrestre, conforme resumo apresenta<strong>do</strong> na Ta<br />
As pesquisas têm obti<strong>do</strong> sucessos no aumento da durabilida<strong>de</strong> da ma-<br />
<strong>de</strong>ira tratada, na facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manipulação na usina <strong>de</strong> tratamento,
na aparência visual da ma<strong>de</strong>ira tratada e na disponibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> pr~<br />
duto. Muitas <strong>de</strong>ssas proprieda<strong>de</strong>s foram aprimoradas por uma melhor<br />
combinação das frações ou da fortificação com outras substâncias<br />
qu1micas <strong>como</strong> o pentaclorofenol ou o trióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> ar~ênio.<br />
TABELA 2.11. Resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> diversos ensaios <strong>de</strong> campo para avaliar<br />
a durabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira tratada com <strong>creosoto</strong> mineral.<br />
TIPO DE<br />
TESTE<br />
Postes<br />
Moirões<br />
Moirões<br />
RETENÇÃO<br />
(kg/m 3 )<br />
96,1<br />
192,0<br />
210,0<br />
PROCESSO DE<br />
APLICAÇÃO<br />
DURABILIDADE<br />
MÉDIA (anos)<br />
LOCAL DO<br />
ENSAIO<br />
Argentina<br />
USA(rUssissipi)<br />
BR (são Paulo)<br />
BR (São Paulo)<br />
Portugal<br />
Inglaterra<br />
África <strong>do</strong> Sul<br />
USA (Hawai)<br />
Austrália<br />
Panamá<br />
Panamá<br />
Panamá<br />
REFE-<br />
RÊNCIA<br />
* = durabilida<strong>de</strong> média estimada com base na porcentagem <strong>de</strong> peças<br />
, ,<br />
ja <strong>de</strong>struidas.<br />
I<br />
tempo em serviço sem que houvessem peças <strong>de</strong>struldas em quant!<br />
da<strong>de</strong> suficiente para estimar a durabilida<strong>de</strong> média.<br />
2.5. Ensaios <strong>de</strong> laboratório visan<strong>do</strong> caracterizar um preservat!<br />
vo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />
quente-frio<br />
sob pressão<br />
(8)<br />
(8)<br />
153,0 célula vazia (45)<br />
,<br />
cia <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> <strong>preservativo</strong> somente possam ser obtidas apos<br />
longos teste <strong>de</strong> serviço sob condições reais <strong>de</strong> uso (campos <strong>de</strong> apo-<br />
drecimento), muitas informações sobre as proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> produto<br />
<strong>como</strong> toxi<strong>de</strong>z, penetrabilida<strong>de</strong>, composição qu1mica e corrosivida<strong>de</strong>,<br />
27<br />
21<br />
153<br />
25<br />
93<br />
93<br />
114<br />
113<br />
23<br />
23<br />
23<br />
23<br />
38<br />
38
Uma vez que a eficiência <strong>de</strong> um tratamento preserva~<br />
tivo irá <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r basicamente <strong>do</strong> produto utiliza<strong>do</strong> e da quantida<strong>de</strong><br />
e penetração <strong>de</strong>sse produto na ma<strong>de</strong>ira (87), os ensaios <strong>de</strong> laborató<br />
rio mais importantes são aqueles que avaliam a toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> preserv!<br />
tivo e a tratabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira com o mesmo.<br />
A primeira proprieda<strong>de</strong> a ser testada é a toxi<strong>de</strong>z, o<br />
que normalmente é feito observan<strong>do</strong>-se o crescimento <strong>de</strong> fungos xil~<br />
fagos em meio <strong>de</strong> cultura conten<strong>do</strong> quantida<strong>de</strong>s crescentes <strong>do</strong> produ-<br />
to sob ensaio (66,156). A forma mais comum <strong>do</strong> ensaio é a utilização<br />
<strong>de</strong> placas <strong>de</strong> Petri conten<strong>do</strong> meio <strong>de</strong> cultura mais o <strong>preservativo</strong>, e<br />
·na qual coloca-se um inóculo d-o fungo consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>.<br />
Para ensaiar <strong>preservativo</strong>s oleosos (insolúveis em<br />
, ,<br />
agua e dificeis <strong>de</strong> serem homogeneamente mistura<strong>do</strong>s ao meio <strong>de</strong> cul-<br />
tura) são sugeridas técnicas Com papel <strong>de</strong> filtro (39) ou perfura -<br />
ção <strong>do</strong> meio <strong>de</strong> cultura para posterior adição <strong>do</strong> produto (30).<br />
Contu<strong>do</strong>, é importante ressaltar que esses ensaios<br />
são comparativos, e que os valores da toxi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> diferentes produ-<br />
tos são diretamente comparáveis apenas quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s contra<br />
o mesmo fungo e sob as mesmas condições e~perimentais (66,87).<br />
Um <strong>do</strong>s principais ensaios em laboratório, utiliza<strong>do</strong><br />
para avaliar a toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> <strong>preservativo</strong> aplica<strong>do</strong> à ma<strong>de</strong>ira, é o te~<br />
te <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong> (amplamente conheci<strong>do</strong> pela <strong>de</strong>nomição<br />
original, em inglês, <strong>como</strong> "soil-block test").<br />
Neste méto<strong>do</strong>, pequenos corpos <strong>de</strong> prova, previamente<br />
impregna<strong>do</strong>s com retenções crescentes <strong>do</strong> <strong>preservativo</strong> em estu<strong>do</strong>,são<br />
submeti<strong>do</strong>s à ação <strong>de</strong> fungos xilófagos. Avalia-se a perda <strong>de</strong> massa
, ,. _ A<br />
das amostras, que e atribu1da a <strong>de</strong>terioraçao da substancia 1enhosa<br />
em função <strong>do</strong> ataque <strong>do</strong>s fungos (68,87).<br />
Os fungos utiliza<strong>do</strong>s são causa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> podridões<br />
branca ou parda, toman<strong>do</strong>-se o cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong> incluir um fungo reconhe-<br />
cidamente resistente ao tipo <strong>de</strong> produto ensaia<strong>do</strong>. Este ensaio, na<br />
forma tradicional, tem si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para testar tanto preservat!<br />
vos <strong>como</strong> a tolerância <strong>de</strong> fungos xi1ófagos (36,41,42,43,76,78,139 ,<br />
Uma vez que a perda <strong>de</strong> massa <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova p~<br />
<strong>de</strong> ser causada por apodrecimento e por erros operacionais, uma so-<br />
fisticação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> vem sen<strong>do</strong> sugerida por diversos pesquisa<strong>do</strong>res<br />
(20,135,136,144), que preten<strong>de</strong>m quantificar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> C02 1!<br />
berada pelos fungos ao apodrecerem a ma<strong>de</strong>ira. De acor<strong>do</strong> com o tra-<br />
balho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Smith (136), a utilização da cromatografia<br />
em fase gasosa para analisar a respiração <strong>do</strong>s microrganismos<br />
sensive1, precisa, facilmente automatizada e reduz em um terço<br />
tempo dispendi<strong>do</strong> no ensaio tradicional.<br />
Conforme já cita<strong>do</strong> anteriormente, os testes <strong>de</strong> apo-<br />
drecimento acelera<strong>do</strong> apresentam variações intrinsecas (88,137),re~<br />
tringin<strong>do</strong> a comparação direta <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s a ensaios conduzi<strong>do</strong>s<br />
sob as mesmas condições experimentais.<br />
Para os fungos da podridão mole, cujas caracteristi<br />
cas <strong>de</strong> ataque à ma<strong>de</strong>ira são bastante distintas das <strong>do</strong>s fungos das<br />
podridões branca ou parda, não se po<strong>de</strong> aplicar o teste<br />
.<br />
<strong>de</strong> apodreci-<br />
mento acelera<strong>do</strong>. Um <strong>do</strong>s ensaios mais utiliza<strong>do</strong>s para avaliar, em<br />
laboratório, a resistência da ma<strong>de</strong>ira tratada contra o ataque <strong>de</strong><br />
fungos da podridão mole baseia-se nos trabalhos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por<br />
Savory (124,125).<br />
A tratabi1ida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida <strong>como</strong> a facilida<strong>de</strong><br />
da ma<strong>de</strong>ira em ser impregnada com 1iqui<strong>do</strong>s, normalmente medida pela<br />
magnitu<strong>de</strong> da absorção, pela profundida<strong>de</strong> da penetração ou pela com
inação <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>is parâmetros (159).<br />
Sob idênticas condições <strong>de</strong> tratamento, as diferenças<br />
da tratabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser atribui das a variaçges nas caracteristi-<br />
cas da ma<strong>de</strong>ira , principalmente a resistência oferecida ao fluxo <strong>do</strong><br />
flui<strong>do</strong> impregnante. Essa caracteristica da ma<strong>de</strong>ira & <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong><br />
permeabilida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser matematicamente relacionada com a"trata<br />
bilida<strong>de</strong> da mesma (32).<br />
° fluxo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s incompressiveis através da ma<strong>de</strong>i-<br />
ra geralmente é governa<strong>do</strong> pela Lei <strong>de</strong> Darcy e pela Lei <strong>de</strong> Poiseuil-<br />
le, expressas pelas equações A3.1. e A3.2., <strong>de</strong>talhadas no Anexo 3.<br />
k<br />
Q<br />
Q / A L.Q<br />
=<br />
àp<br />
=<br />
/ L A.~P<br />
N .'11'. r4 •~<br />
= 8.IJ..L<br />
(A3.1. )<br />
(A3.2.)<br />
Hudson e Shelton (64) <strong>de</strong>monstraram que após o liqui-<br />
<strong>do</strong> ter penetra<strong>do</strong> toda a ma<strong>de</strong>ira e com o diferencial <strong>de</strong> pressão con~<br />
tante (fluxo em esta<strong>do</strong> estável), a Lei <strong>de</strong> Darcy é válida; sen<strong>do</strong> que<br />
Comstock (35)" acrescenta que o liqui<strong>do</strong> em questão não po<strong>de</strong> provocar<br />
o inchamento da ma<strong>de</strong>ira.<br />
Quan<strong>do</strong> o fluxo é medi<strong>do</strong> seguin<strong>do</strong> uma das direções es<br />
truturais da ma<strong>de</strong>ira, a permeabilida<strong>de</strong> é especificada em relação à-<br />
quela direção. Assim, para o senti<strong>do</strong> longitudinal, tem-se:<br />
L.Q<br />
A.Ap<br />
on<strong>de</strong> K L é a permeabilida<strong>de</strong> no senti<strong>do</strong> lon~itudinal.<br />
A permeabilida<strong>de</strong> especifica (K) é igual ao<br />
da permeabilida<strong>de</strong> (k) <strong>do</strong> material pela viscosida<strong>de</strong> (IJ.)<strong>do</strong><br />
(130,131), conforme a ~quação A3.6.<br />
K = k • IJ.<br />
produto<br />
flui<strong>do</strong><br />
A permeabilida<strong>de</strong> especifica da ma<strong>de</strong>ira é uma caracte<br />
ristica intrinseca e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> na mensuração,<br />
conforme <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> no Anexo 3.
tas, a saber:<br />
a) alcatrão recupera<strong>do</strong> nos fornos <strong>de</strong> carbonização da Companhia A-<br />
gro-Florestal Santa Bárbara, munic1pio <strong>de</strong> Bom Despacho, Minas<br />
Gerais, <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> alcatrão ou <strong>creosoto</strong> CAF;<br />
b) alcatrão recupera<strong>do</strong> nos fornos <strong>de</strong> carbonização da Florestal Ace<br />
sita S.A., no munic1pio <strong>de</strong> Ipatinga, Minas Gerais, <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> al<br />
catrão ou <strong>creosoto</strong> ACESITA;<br />
c) alcatrão recupera<strong>do</strong> no forno experimental <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong><br />
Ciências Florestais da Escola Superior <strong>de</strong> Agricultura "Luiz <strong>de</strong><br />
Queiroz", da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> são Paulo, no munic1pio <strong>de</strong> Piraci-<br />
caba, são Paulo, <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> alcatrão ou <strong>creosoto</strong> ESALQ.<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que as peculiarida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s proces-<br />
sos <strong>de</strong> carbonização da ma<strong>de</strong>ira e posterior recuperação <strong>do</strong> alcatrão<br />
po<strong>de</strong>m afetar as caracter1sticas <strong>do</strong>s <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s, foram coletadas in<br />
formações referentes aos processos que pu<strong>de</strong>ssem vir a ser úteis na<br />
interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s finais. N~ Tabela 3.1. são resumidas<br />
as caracter1sticas <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> carbonização da CAF, ACESITA e<br />
ESALQ, com as respectivas unida<strong>de</strong>s industriais ilustradas nas Fig~<br />
ras 3.1. a 3.3.<br />
No processo CAF o licor pirolenhoso é recupera<strong>do</strong><br />
por ciclonagem e o alcatrão separa<strong>do</strong> por <strong>de</strong>cantação, ao passo que<br />
na unida<strong>de</strong> da ESALQ tanto a con<strong>de</strong>nsação <strong>do</strong> pirolenhoso <strong>como</strong> a sep~<br />
ração <strong>do</strong> alcatrão são obti<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> ciclones e<br />
,<br />
<strong>de</strong> um con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r. Nesse aspecto, o processo a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> na ACESITA e<br />
totalmente diferente, sen<strong>do</strong> que o alcatrão é recupera<strong>do</strong> por lava-<br />
gem em contra corrente com a fração aquosa <strong>do</strong> pirolenhoso já con-<br />
<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>.<br />
3.2. Destilação <strong>do</strong>s alcatrões.
ses. Na fase preliminar visou-se comparar o rendimento e a toxi<strong>de</strong>z<br />
't-invi tro" <strong>do</strong>s produtos. Com base nos resul ta<strong>do</strong>sobti<strong>do</strong>s <strong>de</strong>finiu-<br />
se'quais <strong>creosoto</strong>s seriam utiliza<strong>do</strong>s nos ensaios flsicos e bioló-<br />
gicos e qual o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>.Posteriormente<br />
efetuou-se um fracionamento <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> CAF para facilitar a<br />
lise qulmica.<br />
Construçio<br />
Tempo <strong>de</strong> clrbonlzação<br />
Temperatura final<br />
(nos gases)<br />
Ilúmero <strong>de</strong> fornos IIV!<br />
<strong>do</strong>s a um recupera<strong>do</strong>r<br />
Dimensão <strong>do</strong>s toretes<br />
- comprimento<br />
- diimetro<br />
Teor <strong>de</strong> umlda<strong>de</strong><br />
(base umlda)<br />
Conversão (kg<strong>de</strong> alcatrio/t<br />
<strong>de</strong> carvio)<br />
Custo <strong>de</strong> produção<br />
(USS/t)<br />
ESAlQ<br />
Camisa cllrndrlca com<br />
cúpula plana<br />
Hetill,u<br />
E. 911AIlCÜJ.<br />
(Ienhl fina)<br />
2,0 m<br />
B,O cm no mrnlmo<br />
- 70,0<br />
(IOt <strong>de</strong> umldad.)<br />
Pesquisas ~xperlmentals<br />
(I) htlftla<strong>do</strong> p.r. uma bateria completa cm" 20 fornos<br />
L o t A L<br />
- tAF<br />
Camlla cllrndrlcl co~<br />
cúpull em calotl<br />
E. gllAlldi4<br />
(com 6 anos)<br />
2.20 m<br />
varia<strong>do</strong><br />
)2,)0<br />
a<br />
37,20<br />
Camisa cllrndrlcl c~<br />
cúpula em calota<br />
E. palliculat.4<br />
E. eit\iCldO\4<br />
E. 4a.l.igll/l<br />
1,30 III<br />
varl a<strong>do</strong><br />
,<br />
TABELA 3.1. Resumo das principais caracteristicas <strong>do</strong>s procesos <strong>de</strong><br />
carbonização da ESALQ, CAF e ACESITA.
l-FCRNJ ~ ALVENARIA<br />
2-CANAIS SUlTERfWlõOS<br />
3-CHAMI~ CCLETCRA<br />
4-CIQCN: PRIMÁRIO<br />
5-l:U'l.O CIQCN: SEawARIO<br />
6-€XAUSTOO<br />
7-SAIDA aos GASES<br />
8- TA!'Q.IS ~ ~CANTAÇAo<br />
9-8CM3A ~ ÁCIOO PIRCLEi'HJSO<br />
lD-SAfDA 00 ALCATRIIO<br />
11-C(H'(JlTA<br />
12 -OOTlR'\[)(Jl DA D-lAMI~ 00 FCRNJ<br />
13- TLa.LAÇAO CCLETCRA ~ ALCATAAO<br />
FIGURA 3.1. Esquema da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carbonização e recuperaçao da<br />
CAF.<br />
FIGURA 3.2. Ilustração da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carbonização e recuperaçao da
FIGURA 3.3. Ilustração da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carbonização e recuperação da<br />
ESALQ.<br />
Os alcatrões foram submeti<strong>do</strong>s à <strong>de</strong>stilação simples,<br />
em equipamento <strong>de</strong> laboratório, tanto à pressão ambiente <strong>como</strong> sob<br />
pressão reduzida (vácuo). Cada alcatrão <strong>de</strong>u origem a cinco produ-<br />
tos os quais foram ensaia<strong>do</strong>s quanto a toxi<strong>de</strong>z em meio <strong>de</strong> cultura.<br />
Esses produtos são:<br />
a) alcatrão anidro - alcatrão <strong>de</strong>stila<strong>do</strong> à pressão ambiental até<br />
150 0 C <strong>de</strong> temperatura , para retirada da· fração aquosa. Tomou-se<br />
o que permanec~u no balão <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação <strong>como</strong> o produto final;<br />
b) <strong>creosoto</strong> I - <strong>creosoto</strong> obti<strong>do</strong> da <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão vegetal<br />
à pressão ambiente, coletan<strong>do</strong>-se os óleos que <strong>de</strong>stilaram entre<br />
2000C e 270 0 C <strong>de</strong> temperatura;<br />
c) <strong>creosoto</strong> 11 - <strong>creosoto</strong> obti<strong>do</strong> da <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão vegetal<br />
sob pressão reduzida (2,13 kPa/16 mmHg) , coletan<strong>do</strong>-se separada-<br />
mente os óleos <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s em três faixas <strong>de</strong> temperatura:<br />
Cl) fração 1, entre SooC e 150 0 C,<br />
C2) fração 2, entre 150 0 C e 1750C,<br />
C3) fração 3, entre 1750C e 2000C.
Durante a <strong>de</strong>stilação controlaram-se as temperaturas<br />
<strong>do</strong> ambiente, <strong>do</strong> óleo <strong>de</strong> aquecimento, <strong>do</strong> alcatrão e <strong>do</strong>s gases, bem<br />
. -<br />
<strong>como</strong> as pressoes ambiental e no <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>r. As faixas <strong>de</strong> temperat~<br />
ra a<strong>do</strong>tadas <strong>como</strong> os limites da <strong>de</strong>stilação referem-se a temperatura<br />
<strong>do</strong> alcatrão.<br />
A Figura 3.4. apresenta o esquema <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>~<br />
tilação, o qual po<strong>de</strong> ser visualiza<strong>do</strong> na Figura 3.5. Na Tabela 3.2.<br />
são mostradas as condições <strong>de</strong> temperatura e pressão durante as <strong>de</strong>s-<br />
tilaç~es preliminares.<br />
=<br />
tÇ\<br />
10<br />
1= óleo térmico(<strong>de</strong> silicone)<br />
2= resistência <strong>de</strong> aquecimento<br />
3= termopar<br />
4= balão <strong>de</strong><strong>de</strong>stilação<br />
5= borbulha<strong>do</strong>r<br />
6= termômetro <strong>do</strong> alcatrão<br />
7= termômetro <strong>do</strong> óleo<br />
8= termômetro <strong>do</strong>s gases<br />
9= rotâmetro<br />
10= termoregula<strong>do</strong>r<br />
11= contator magnético<br />
12= balão coletor<br />
13= manômetro <strong>de</strong> Hg<br />
14= caixa <strong>de</strong> vácuo<br />
15= manômetro<br />
16= termo-barômetro<br />
17= bomba <strong>de</strong> vácuo<br />
FIGURA 3.4. Esquema <strong>do</strong> sistema utiliza<strong>do</strong> para a <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong>s alcatr~es<br />
em laboratório.
TABELA 3.2. Condições <strong>de</strong> temperatura e pressao - durante as <strong>de</strong>stila-<br />
ções preliminares <strong>do</strong>s alcatrões.<br />
ALCATRÃO DESTILADO<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
TEMPERATURA (OC) PRESSÃO (kPa)<br />
NOS GASES NO ALCATRÃO MÉDIA f\1ÁX • MIN.<br />
Alcatrão anidro até 101 até 162 93',4 93,4 93,4<br />
Creosoto I 100 - 144 230 - 275 93,6 93,6 93,5<br />
Creosoto 11 2,15 3,01 2,05<br />
Fração 1 67 - 111 84 - 150<br />
Fração 2 111 - 130 150 - 175<br />
Fração 3 130 - 151 175 - 200<br />
Alcatrão anidro· até 1.. 20 até 224 92,9 93,0 93,0<br />
Creosoto I 117 - 192 204 - 262 93,4 93,4 93,3<br />
Creosoto 11 2,17 2,27 2,04<br />
Fração 1 40 - 125 80 - 151<br />
Fração 2 125 - 150 151 - 175<br />
Fração 3 150 - 161 175 - 200<br />
Alcatrão anidro até 120 até 170 93,1 93,1 93,1<br />
Creosoto I 120 - 182 220 - 270 93,3 93,4 93,3<br />
Creosoto 11 2,17 2,89 2,08<br />
Fração 1 53 - 104 85 - 151<br />
.Fração 2 104 128 151 175<br />
Fração 3 128 - 144 175 - 201
As <strong>de</strong>stilações <strong>de</strong>finitivas foram efetuadas sob pre~<br />
são reduzida, utilizan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong>is balões <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação: um com um<br />
litro <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> bruta utiliza<strong>do</strong> na <strong>de</strong>terminação das curvas <strong>de</strong><br />
rendimento em função da temperatura, e outro com três litros <strong>de</strong> ca<br />
pacida<strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong> na obtenção <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos en-<br />
saios fisicos e biológicos.<br />
Nas <strong>de</strong>stilações para estimativa <strong>do</strong> rendimento, o al<br />
catrão era aqueci<strong>do</strong> até uma <strong>de</strong>terminada temperatura, a qual era<br />
mantida constante até que ocorresse a <strong>de</strong>stilação completa àquela<br />
temperatura. Nesse ponto, <strong>de</strong>terminava-se a massa <strong>do</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong> e a<br />
temperatura era elevada em aproximadamente 20 o C, repetin<strong>do</strong>-se nova<br />
mente o procedimento. A temperatura inicial foi <strong>de</strong> 900C e a final<br />
<strong>de</strong> 200 o C.<br />
As <strong>de</strong>stilações para obtenção <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s <strong>de</strong>stina-<br />
<strong>do</strong>s aos ensaios foram conduzidas em duas fases, uma para <strong>de</strong>sidrata<br />
ção e outra para a retirada <strong>do</strong>s óleos.<br />
a) <strong>de</strong>sidratação:<br />
O termoregula<strong>do</strong>r, que controla a temperatura <strong>do</strong> óleo térmico p~<br />
ra aquecimento <strong>do</strong> alcatrão, era ajustaao para lOOoC, com o sistema<br />
sob pressão ambiental. Quan<strong>do</strong> o alcatrão at±ngia temperatura próxi<br />
ma <strong>de</strong> 60 0 C e iniciava-se a <strong>de</strong>stilação propriamente dita, reduzia -<br />
se gradativamente a pressão no sistema ate se atingir a pressão <strong>de</strong><br />
trabalho. Desse ponto em diante as condições eram mantidas const~<br />
tes até que o alcatrão atingisse 90 0 C e a temperatura <strong>do</strong>s gases a-<br />
baixasse para 400C ou menos.<br />
Foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> esse procedimento <strong>de</strong> se reduzir a pressão ao nível<br />
<strong>de</strong>seja<strong>do</strong> 2 a 3 horas após o inicio da <strong>de</strong>stilação pelo fato <strong>de</strong> que<br />
o abaixamento prematuro da pressão provocava uma violenta ebulição<br />
<strong>do</strong> alcatrão, com o consequente arraste até o con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r e o cole-<br />
tor, inutilizan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>stilação.<br />
b) retirada <strong>do</strong>s oléos:<br />
Uma vez terminada a <strong>de</strong>sidratação, o termoregula<strong>do</strong>r era regula<strong>do</strong>
para 1600C. As alterações no termoregula<strong>do</strong>r passavam então a serem<br />
feitas em função <strong>do</strong> tempo, permanecen<strong>do</strong> 1 hora a 160°C, 1 hora e<br />
meia a lSOoC e mais 1 hora e meia a 200°C. Decorri<strong>do</strong> esse perio<strong>do</strong><br />
° termoregula<strong>do</strong>r era ajusta<strong>do</strong> para 2300C e passava-se a observar a<br />
temperatura <strong>do</strong> alcatrão. Quan<strong>do</strong> a mesma atingia 200°C era mantida<br />
constante até que a temperatura <strong>do</strong>s gases diminuisse para 140°C ou<br />
menos, dan<strong>do</strong>-se então por terminada a <strong>de</strong>stilação.<br />
As Figuras 3.6. a 3.S. permitem visualizar as condi<br />
ções<strong>de</strong> Rressão e tempera~ura na <strong>de</strong>stjlação <strong>do</strong>s alcatrges CAF, ACE<br />
SITA e ESALQ, respectivamente.<br />
200<br />
Ü<br />
to<br />
c 180<br />
11:<br />
~160<br />
11:<br />
~ 8140<br />
•••<br />
..<br />
(<br />
PRESsJO<br />
.<br />
~o<br />
o<br />
10 . 11 12<br />
TE •••• O (HORAS!<br />
FIGURA 3.6. Evolução da pressão e das temperaturas <strong>do</strong> óleo <strong>de</strong> aqu~<br />
cimento, <strong>do</strong> alcatrão e <strong>do</strong>s gases durante a <strong>de</strong>stilação<br />
<strong>do</strong> alcatrão CAF.<br />
Condições médias baseadas em cinco <strong>de</strong>stilações.
-u<br />
t. 2CO<br />
J<br />
••• ..<br />
~ 180<br />
c<br />
:11 160<br />
~<br />
140<br />
ÓLEO OE AQUECIMENTO<br />
/<br />
/,PRESSÃO<br />
OESIDRATAÇ10 EXTRAÇio DOS ÓLEos ~O<br />
I J 4 S • 7 • 10 1/ • TEM PO (HO"ASJ<br />
o<br />
Ir<br />
FIGURA 3.7. Evolução da pressão e das temperaturas <strong>do</strong> óleo <strong>de</strong> aque<br />
cimento, <strong>do</strong> alcatrão e <strong>do</strong>s gases durante a <strong>de</strong>stilação<br />
<strong>do</strong> alcatrão ACESITA.<br />
Condições m~dias baseadas em çinco <strong>de</strong>stilações.<br />
u<br />
t.<br />
JI80<br />
~<br />
-. = 160<br />
r<br />
~ MO •..<br />
ÓLEO DE<br />
AQUECIMENTO<br />
• 10 1/<br />
TEMPO (HO"ASJ<br />
4,ll<br />
3,0<br />
z.o<br />
8,0 l .• 7,0 _<br />
o 0,=<br />
5,0:.. '"<br />
FIGURA 3.8. Evolução da pressão e das temperaturas <strong>do</strong> ól~o <strong>de</strong> aqu~<br />
cimento, <strong>do</strong> alcatrão e <strong>do</strong>s gases durante a <strong>de</strong>stilação<br />
<strong>do</strong> alcatrão ESALQ.<br />
Condições médias baseadas em cinco <strong>de</strong>stilações.<br />
4,ll<br />
3,0<br />
z.o<br />
~O<br />
O<br />
11
uma análise química mais <strong>de</strong>talhada, o alcatrão CAF . foi<br />
em quatro frações:<br />
a) fração I = entre 90 0C e l43 0C<br />
b) fração 11 = entre l43 0 C e l55 0 C<br />
c) fração 111= entre l55 0 C e l85 0 C<br />
d) fração IV = entre l85 0 C e 200 0 C<br />
Essa <strong>de</strong>stilação foi conduzida sob pressao - reduzida,<br />
3.3. Caracterização <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s.<br />
Os c·reosotos vegetais foram estuda<strong>do</strong>s quanto as<br />
suas características físicas e a sua composição química, visan<strong>do</strong><br />
uma possível comparação com o <strong>creosoto</strong> mineral e maior disponibi-<br />
lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações para auxiliar a interpretação <strong>do</strong>s<br />
biológicos.<br />
A análise química quantitativa e qualitativa foi<br />
realizada no Agrupamento <strong>de</strong> Análises Químicas e Instrumentais -<br />
DQEQ/IPT (Divisão <strong>de</strong> Química e Engenharia Química <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong><br />
Pesquisas Tecnológicas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> são Paulo - IPT S/A), através<br />
<strong>de</strong> cromatografia em fase gasosa e espectrometria <strong>de</strong> massa.<br />
A Figura 3.9. ilustra um cromatograma típico da aná<br />
lise <strong>de</strong> um <strong>creosoto</strong> vegetal. A área <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s picos registra-<br />
<strong>do</strong>s no cromatograma é proporcional à massa ou à concentração da<br />
substância que originou o pico. Assim, <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong>-se a área <strong>de</strong><br />
cada pico e conhecen<strong>do</strong>-se a massa total da mistura introduzida no<br />
cromatógrafo é possível quantificar percentualmente os componentes<br />
da mistura. A dificulda<strong>de</strong> existente nesse méto<strong>do</strong> é o cálculo prec!<br />
so da área quan<strong>do</strong> ocorre a superposição <strong>de</strong> picos, <strong>como</strong> no exemplo
A i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s componentes registra<strong>do</strong>s no cro-<br />
matograma foi feita por tentativa ou por espectrometria <strong>de</strong> massa:<br />
a) i<strong>de</strong>ntificação por tentativa - quan<strong>do</strong> se tem um ~rovável conhec!<br />
mento <strong>do</strong> componente, injeta-se, junto com a mistura, quant~da -<br />
<strong>de</strong>s crescentes da substância pura. Essa adição provocará o apa-<br />
recimento <strong>de</strong> picos também crescentes, e cuja posição no cromat~<br />
grama permitirá i<strong>de</strong>ntificar o componente sob análise;<br />
b') por esj:fectrometria-<strong>de</strong> massa ~ ao sair da coluna, junto com a<br />
corrente <strong>de</strong> gás inerte, a substância é coletada (por con<strong>de</strong>nsa -<br />
ção, absorção ou adsorção) e convenientemente separada para a<br />
<strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> seu espectro <strong>de</strong> massa. Uma vez que o espectro é<br />
, A<br />
uma caracteristica particular <strong>de</strong> cada substancia, torna-se pos-<br />
sivel i<strong>de</strong>ntificar o componente com o auxilio <strong>de</strong> padrões.<br />
gttbllll'Wiii I?Li li IIs lJ 11\ JIIII ~lollIlllll~IJII 1~IJlllllillUI1l111l1!1I11 1111111111<br />
I I I I IIl' II I I 1I I II 111111 I 111111111 I II I i111111111i I::: :;i; iíí~ 1\1111111<br />
I I II II1I I1111111111111111111 1IIIIIIIIIIIIIIIltlllLL 1IIIIIIIr<br />
I ,I 1111 I 1 I1I 1111111111111111111111111111111111'1111 Illlllll<br />
111 ITII I II IIII I I11111 1111 IIII 111111111 11111" 1I 1111 1111 III 11111111<br />
~ I I Imlcwilll I 111IIIWII mllllI IlJIII ill!llll~llIllJ.Jlllll;;;;;I.;:,2.UIIIW illllllll<br />
mllll I II IlliillmlllI!I Ili!n1I1III11'iilllli1'iiiil:il! III1i1l1!i1I1IIII1I1U lil !'!:;:mj111111111<br />
llu 11 III III I1riIIIItIl II ilI! II 111 III1 I II I i IIIII! 1'11:1: : . li i II1II iII 11111 III! IIIII<br />
IIII 11 IIIIII1 IIIIIII IIIIII TI IIIIII III 111::·:::::;:: I;'::.; :... ,I; , I'<br />
;... :.1 I i 11i 1'1 iI<br />
]]I I II I I III IIII t IIII 1I I I 11 II rt-UJ!I i I iI !IIi IIIIIIII! i!I!I!IIi iiIi Ii iI~;111 IiI:1111 i<br />
lJ!II.JIIIIIIU!1 ml~LlIlllllsJIIIIIIIUl!lrH-l9o! 1!lII!hIJ!IIII!I~IJI!!IIi!WIII 11:!IIU Iil!il!lIl~<br />
illll lli 11I 11111111111111111111111111111111 rrNlll!! 1111111111111111111111111111,111 1!l1I1!!ll ~<br />
I' I! !II Il!I ® U!!! I' li!!! li!! 1111,11 ! ! I1 f*J IIIIIII! 111111111 ~ I~!! ~ ~,E~IIlora !!~ IH"<br />
i I I mI Dll ITII I I I I I I 111I!! 11ij I ! i !i I" I I No.:I i II !I !lI 11i 111 ""111II 11 I r I t! Ii !J<br />
I!!, !" I~,'" ~I!! ,!!!I ~,I" II I !~!,JII II iI~i I I, i !iI" I' j j li ':,I!; '111" til lI! I ~ I 11111 111 i I H i11.<br />
~ I lU Wll1J11 ti 1111111 1111111 111111 HW I Lilllllllllllllllll 11111111 ~11111l1111111 U 11111 11111 I! 111I1 LI! i<br />
Alcatrão CAF - fração <strong>de</strong> 155 • lB5DC'- Porapk Q (02) - 100 • 250DC; 6DC/min. - rco - 0,5 ~1<br />
FIGURA 3.9. Cromatograma tipico obti<strong>do</strong> na análise <strong>de</strong> um <strong>creosoto</strong><br />
vegetal.
Os <strong>creosoto</strong>s vegetais foram analisa<strong>do</strong>s em um cromató<br />
grafo SHlMADZU, mo<strong>de</strong>lo 4-B, com as seguintes condições:<br />
colunas: Porapak Q<br />
Carbowax 20 M<br />
<strong>de</strong>tectores: condutivida<strong>de</strong> térmica e ionização <strong>de</strong> chama.<br />
temperatura <strong>do</strong> <strong>de</strong>tector: 2800C<br />
temperatura <strong>de</strong> injeção: 2500C<br />
temperatura na coluna: 100°C a 250°C, 6oC/min.<br />
,<br />
gas <strong>de</strong> arraste: Hélio<br />
120°C a 250°C; 5 0 C/min.<br />
150°C a 250°C; 4 o C/min.<br />
170°C a 250°C; 3 0 C/min.<br />
Os cromatogramas obti<strong>do</strong>s na análise <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> CAF<br />
fraciona<strong>do</strong>, representativos das condições experimentais,<br />
<strong>do</strong> Anexo I.<br />
A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> cada <strong>creosoto</strong> foi <strong>de</strong>termina<br />
da <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a norma ASTM D-369 (6), indicada para análise <strong>de</strong><br />
pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>preservativo</strong>s eleosos. O méto<strong>do</strong> preconiza<br />
a utilização <strong>de</strong> picnômetros <strong>do</strong> tipo Gay-Lussac com 10 mIou 25 ml<br />
<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>.<br />
A temperatura <strong>do</strong> ensaio é <strong>de</strong> 38,00C e os resulta<strong>do</strong>s<br />
são expressos em relação à <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da água a 15,5 0 C.<br />
,<br />
MB-326 (12), utilizan<strong>do</strong>-se um viscosimetro Saybolt e anotan<strong>do</strong>-se °<br />
tempo <strong>de</strong> escoamento <strong>do</strong>s óleos através <strong>de</strong> um orificio Universal,nas<br />
temperaturas <strong>de</strong> 25,00C (ambiente), 45,OoC e 100,OoC.<br />
A conversão da viscosida<strong>de</strong> Saybolt Universal ( tem-<br />
po <strong>de</strong> escoamento) em viscosida<strong>de</strong> cinemática foi feita aplican<strong>do</strong>-se
as equações 3.1. e 3.2. (105).<br />
V = 0,00226t<br />
,,= 0,00220t<br />
- 1,95/t;<br />
- 1,35/t;<br />
para<br />
para<br />
32 < t < 100<br />
t > 100<br />
v = viscosida<strong>de</strong> cinemática, em stokes (cm 2 /s) .<br />
t = tempo <strong>de</strong> escoamento, em s<br />
(3.1.)<br />
(3.2.)<br />
Saben<strong>do</strong>-se que a viscosida<strong>de</strong> cinemática é <strong>de</strong>finida<br />
<strong>como</strong> o quociente da viscosida<strong>de</strong> dinâmica pela <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>,<br />
tem-se que:<br />
/.L = viscosida<strong>de</strong> dinâmica, em poise (g/cm.s)<br />
~ = <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> em g/cm 3<br />
~ = viscosida<strong>de</strong> cinemática em cm 2 /s<br />
Para expressar a viscosida<strong>de</strong> em unida<strong>de</strong>s SI, foram<br />
feitas as conversões <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Tabela 3.3.<br />
o número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z repr~senta a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> base,<br />
expressa em miligramas <strong>de</strong> KOH, necessária para neutralizar to<strong>do</strong>s<br />
os constituintes áci<strong>do</strong>s presentes em um grama da amostra.<br />
MB-494(13), que preconiza a dissolução da amostra em uma mistura<br />
<strong>de</strong> tolueno e álcool isoprop1lico, conten<strong>do</strong> uma pequena quantida<strong>de</strong><br />
, -, -, .<br />
<strong>de</strong> agua, e posterior t~tulaçao potenciometrica com soluçao alcooll<br />
ca <strong>de</strong> KOH, usan<strong>do</strong>-se um eletro<strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> vidro e um eletro<strong>do</strong><br />
referência <strong>de</strong> calomelano.<br />
Engenharia Qu1mica - DQEQ/IPT.<br />
As <strong>de</strong>terminações foram realizadas no Agrupamento <strong>de</strong>
indicada para medir o po<strong>de</strong>r corrosivo <strong>de</strong> uma substância quan<strong>do</strong> em<br />
contato com o cobre. Porém, o metal utiliza<strong>do</strong> foi o aço carbono<br />
SAE 1006, que se consi<strong>de</strong>rou <strong>como</strong> mais representativo das condições<br />
reais <strong>de</strong> uso em uma usina para tratamento da ma<strong>de</strong>i~a.<br />
° teste consiste na <strong>de</strong>terminação da perda <strong>de</strong> massa<br />
<strong>de</strong> uma placa <strong>de</strong> metal, com dimensões padronizadas, após 6 horas <strong>de</strong><br />
imersão no produto sob ensaio a temperaturas <strong>de</strong> 25,00C, 45,00C e<br />
lOO,OoC.<br />
Orgânica - DQEQ/IPT.<br />
° ensaio foi conduzi<strong>do</strong> no Agrupamento <strong>de</strong> Tecnologia<br />
Por ser o produto oleoso mais utiliza<strong>do</strong> na preserv~<br />
ção <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras, o <strong>creosoto</strong> mineral serviu <strong>de</strong> padrão comparativo<br />
para os similares <strong>de</strong> origem vegetal.<br />
AWPA Pl-78 (8), <strong>de</strong>terminou-se:<br />
Para verificar se o produto atendia a especificação<br />
a) porcentagem <strong>de</strong> água presente no <strong>creosoto</strong>;<br />
b) porcentagem <strong>de</strong> material insolúvel em benzeno;<br />
c) massa especIfica <strong>do</strong> produto e das frações <strong>de</strong>stiladas entre<br />
235,00C e 3l5,00C e entre 3l5,00C e 35~,00C;<br />
d) curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação à pressão ambiente.<br />
Essas <strong>de</strong>terminações seguiram a norma AWPA Al-78(7),<br />
e foram feitas no Agrupamento Preservação <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>iras- DIMAD/IPT,<br />
(Divisão <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>iras <strong>do</strong> IPT).<br />
A fração residual da <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong>s alcatrões é<br />
constitulda por um piche com posslveis usos em produtos asfálticos<br />
ou <strong>como</strong> combustlvel. Assim, <strong>de</strong>terminou-se o po<strong>de</strong>r calorlfico e o<br />
ponto <strong>de</strong> amolecimento <strong>de</strong>sse material, visan<strong>do</strong>-se aumentar a gama<br />
<strong>de</strong> informações a respeito <strong>do</strong>s alcatrões vegetais.
o ponto <strong>de</strong> amolecimento, que é uma medida da dureza<br />
<strong>do</strong> piche, foi <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> a norma ASTM D-36(5). O po<strong>de</strong>r ca<br />
lorifico foi <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a norma ABNT MB-51R(11)T u-<br />
san<strong>do</strong>-se uma bomba calorimétrica mo<strong>de</strong>lo CENA-82.<br />
Os testes mais importantes a serem feitos com um<br />
provável <strong>preservativo</strong> para ma<strong>de</strong>iras são os ensaios biológicos, que<br />
abrangem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> experimentos "in vitro" até a exposição da ma<strong>de</strong>ira<br />
tratada à ação <strong>de</strong> fungos e insetos xilófagos.<br />
O ensaio <strong>de</strong> tox~<strong>de</strong>z em meio <strong>de</strong> cultura é o passo i-<br />
nicial quan<strong>do</strong> se <strong>de</strong>seja avaliar a potencial ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />
produto <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.O méto<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o <strong>do</strong> p~<br />
ço (30).<br />
Em uma placa <strong>de</strong> Petri com 8,5 cm <strong>de</strong> diâmetro são a-<br />
diciona<strong>do</strong>s 20 ml <strong>do</strong> meio <strong>de</strong> cultura (39,Og <strong>de</strong> <strong>de</strong>xtrose-agar MERCK<br />
dissolvi<strong>do</strong>s em 1 ,0 I <strong>de</strong> água). Após o endurecimento <strong>do</strong> meio, são fe!,<br />
tos <strong>do</strong>is poços diametralmente opostos com 0,6cm <strong>de</strong> diâmetro e afas-<br />
ta<strong>do</strong>s 0,5cm da pare<strong>de</strong> lateral da placa. ~m cada poço foram coloca-<br />
das cinco gotas <strong>do</strong> produto, utilizan<strong>do</strong>-se uma seringa <strong>de</strong> 1,0ml com<br />
agulha 13 x 4 (tipo insulina). Um inóculo (com 0,5cm <strong>de</strong> diâmetro)<br />
<strong>do</strong> fungo a ser ensaia<strong>do</strong> foi então ~oloca<strong>do</strong> no centro da placa.<br />
Toda manipulação das placas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o adicionamento<br />
<strong>do</strong> meio <strong>de</strong> cultura até a inoculação <strong>do</strong> fungo, foi executada numa<br />
capela <strong>de</strong> fluxo laminarVECO, mo<strong>de</strong>lo VLFS-12, para evitar a conta-<br />
minação por bactérias ou outros microrganismos.<br />
Os 15 <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s alcatrões. vegetais (item 3.2.1)<br />
foram ensaia<strong>do</strong>s contra os fungos Gloeophyllum trabeum (Pers.ex Fri-<br />
es)J.1urr.,Polyporus fumosus Pers.ex Fries, Fomes connatus (\'leinn)
verificar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong> fungo, e a segunda com a<br />
adição <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong> mineral ao meio para servir <strong>de</strong> réferência em re<br />
lação ao comportamento <strong>do</strong>s produtos <strong>de</strong> origem vegetal. O teor (ma~<br />
Foram inoculadas cinco placas por tratamento (comb~<br />
nação fungo/produto) e cinco placas por série testemunha, que per-<br />
maneceram em estufa a (27 ± l)OC durante 13 dias. Mediu-se a área<br />
da placa coberta pelas hifas <strong>do</strong>s fungos no quinto, no nono e no dé<br />
mos da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong>s fungos nos perío<strong>do</strong>s compreen-<br />
di<strong>do</strong>s entre as medições, ou seja, até o quinto dia, <strong>do</strong> quinto ao<br />
nono dia e <strong>do</strong> nono ao décimo terceiro dia ..<br />
A Figura 3.10., que representa o registro feito ao<br />
final <strong>do</strong> ensaio, ilustra o méto<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>.<br />
FIGURA 3.10. Ilustração <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> poço, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para o<br />
<strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z em meio <strong>de</strong> cultura.
3.5.2. Ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong><br />
("Soil-Block Test").<br />
prova impregna<strong>do</strong>s com os produtos a serem testa<strong>do</strong>s foram expostos<br />
a culturas puras <strong>de</strong> fungos apodrece<strong>do</strong>res.<br />
A ma<strong>de</strong>ira utilizada na obtenção <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova<br />
, , ,<br />
espeeie apresenta gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> nas suas caracteristicas fi<br />
sicas, o que po<strong>de</strong> afetar tanto a impregnação <strong>como</strong> o próprio resul-<br />
ta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ensaio, os corpos <strong>de</strong> prova foram previamente seleciona<strong>do</strong>s<br />
em termos da massa especifica (massa seca/volume seco) e da preseg<br />
crescimento na face radial e com massa especifica<br />
0,400 g/cm 3<br />
a 0,550 g/cm 3 •<br />
A impregnaçao <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova se <strong>de</strong>u por imer -<br />
são no produto à pressão ambiente. A diferença <strong>de</strong> massa após a im-<br />
pregnação, <strong>de</strong>terminada em balança Mettler mo<strong>de</strong>lo P-1200N com precl<br />
são <strong>de</strong> O,Olg, dividida pelo volume da amostra <strong>de</strong>fine a retenção <strong>do</strong><br />
produto, expressa em kg/m 3 •<br />
veis <strong>de</strong> retenção:<br />
As amostras tratadas foram agrupadas em quatro<br />
- retenção 1 = <strong>de</strong> 54kg/m 3<br />
- retenção 2 = <strong>de</strong> 8lkg/m 3<br />
- retenção 3 = <strong>de</strong> 117 kg/m 3<br />
- retenção 4 = <strong>de</strong> l62kg/m 3<br />
a 66kg/m 3<br />
a 99kg/m 3<br />
a l43kg/m 3<br />
a 198kg/m 3<br />
sen<strong>do</strong> que o valor médio da retenção 3 (130kg/m 3 )<br />
niza<strong>do</strong> para o tratamento <strong>de</strong> postes com <strong>creosoto</strong> mineral, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />
com as normas brasileiras (14).<br />
Meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova (544 amostras) foi subme<br />
tida à volatilização, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a norma ASTM D-14l3, item 12<br />
(4). Este ensaio consiste na imersão das amostras em água <strong>de</strong>stila-<br />
da durante duas horas à temperatura ambiente seguida <strong>de</strong> secagem em
estufa a (49±1)OC por 334 horas.<br />
O ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong><br />
em relação aos fungos Gloeophyllum trabeun (Pers.ex Fries) f1urr. ,<br />
Polyporus fumosus Pers.ex Fries, Fomes connatus (W~inn) Gill e Le~<br />
tinus lepi<strong>de</strong>us Fries, e consistiu na introdução <strong>do</strong>s corpos àe.pro-<br />
va em frascos conten<strong>do</strong> solo esteriliza<strong>do</strong> (com umida<strong>de</strong> ajustada pa-<br />
ra 130% da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água) e com a cultura <strong>do</strong><br />
respectivo fungo perfeitamente <strong>de</strong>senvolvida, na razão <strong>de</strong> duas amos<br />
tras por frasco. Após a montagem, os frascos foram manti<strong>do</strong>s em câ-<br />
mara climática, à temperatura <strong>de</strong> (27± l)OC e umida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong><br />
(70~5)% até que as testemunhas (amostras não impregnadas) tives-<br />
sem acusa<strong>do</strong> perda <strong>de</strong> massa <strong>de</strong>vida ao apodrecimento, equivalente à<br />
60% da massa inicial, no minimo. A Figura 3.11. ilustra o méto<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>scrito.<br />
guintes variáveis:<br />
Em resumo, avaliou-se no ensaio a combinação das se<br />
- 4 produtos (3 <strong>creosoto</strong>s vegetais e o <strong>creosoto</strong> mineral)<br />
- 4 fungos (G.trabeum, P.fumosus, F.connatus e L.lepi<strong>de</strong>us)<br />
- 4 retenções (60, 90, 130 e 180 kg/m 3 )<br />
- 2 situações ( submeti<strong>do</strong> ou não à volatilização)<br />
Foram ensaiadas oito rep~tições (amostras) por com-<br />
binação produto/fungo/reten~ão/situação, com duas séries testemu -<br />
nhas (amostras não impregnadas) por fungo, também<strong>como</strong>ito repeti-<br />
ções por série.<br />
Devi<strong>do</strong> a ocorrência <strong>de</strong> contaminação <strong>de</strong> alguns fras-<br />
cos por outros microrganismos, principalmente nas séries testemu-<br />
nhas e com retenção <strong>de</strong> 6pkg/m 3 , diversas amostras tiveram <strong>de</strong> ser e<br />
liminadas <strong>do</strong> ensaio. Visan<strong>do</strong> homogeneizar o teste e facilitar a a-<br />
nálise estatistica <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>cidiu-se consi<strong>de</strong>rar somente<br />
seis repetições por tratamento, totalizan<strong>do</strong> 800 amostras.<br />
Nos tratamentos em que houve contaminação elimina -<br />
ram-se as amostras contaminadas, e nos <strong>de</strong>mais, as amostras corres-<br />
pon<strong>de</strong>ntes a sétima e oitava repetições.<br />
A avaliação <strong>do</strong> ensaio é feita com base na perda <strong>de</strong>
<strong>do</strong>-se o comportamento <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais com o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>creosoto</strong>mineral e das testemunhas não impregnadas.<br />
CREOSOTO CAF<br />
(60 Kg/m J )<br />
CREOSOTO MINERAL<br />
(60 Kg/m')<br />
FIGURA 3.11. Ilustração <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong> em la<br />
boratório.<br />
IPT/DI~~D D-5(74), a qual fundamenta-se no trabalho<br />
por Savory e Carey (125).<br />
CSchizolobium parahyba), com dimensões <strong>de</strong> 3,0 cm x 1,5cm x 0,5cm e<br />
massa especifica varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 0,270 g/cm 3 a 0,330 g/cm 3 •<br />
Os procedimentos para impregnação e volatilização ,<br />
bem <strong>como</strong> os niveis <strong>de</strong> retenção, foram idênticos aos <strong>de</strong>scritos no<br />
, -<br />
O teste visa submeter os corpos <strong>de</strong> prova a açao da<br />
microflora natural existente em solos <strong>de</strong> jardins. Para tanto, os
pacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água) conti<strong>do</strong> em frascos <strong>de</strong> ensaio, na ra-<br />
zão <strong>de</strong> duas amostras por frasco. Após a montagem os frascos perma-<br />
neceram em sala climatizada, à temperatura <strong>de</strong> (27~1)OC e umida<strong>de</strong><br />
relativa <strong>de</strong> (70±5)%, durante 120 dias (4 meses).<br />
Foi avaliada a combinação das variáveis:<br />
- 4 produtos ( 3 <strong>creosoto</strong>s vegetais e o <strong>creosoto</strong> mineral)<br />
- 4 retenções (60,90,130 e 180 kg/m 3<br />
2 situações (submeti<strong>do</strong> ou não à volatilização)<br />
)<br />
Adicionalmente foram instaladas duas séries testemu<br />
nhas não impregnadas. Tanto a testemunha <strong>como</strong> cada uma das combina<br />
ções produto/retenção/situação tiveram <strong>de</strong>z repetições (amostras) ,<br />
sen<strong>do</strong> que seis foram enterradas em solo natural e quatro em solo<br />
previamente esteriliza<strong>do</strong>.<br />
A avaliação <strong>do</strong> ensaio é feita· com base na perda <strong>de</strong><br />
massa corrigida das amostras, comparan<strong>do</strong>-se os <strong>creosoto</strong>s vegetais<br />
com o <strong>creosoto</strong> mineral e a testemunha. A correção, para cada lote<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>z repetições, é obtida subtrain<strong>do</strong>-se da perda <strong>de</strong> massa verifi-<br />
cada nas amostras enterradas em solo natural o valor acusa<strong>do</strong> pelas<br />
amostras expostas ao solo esteriliza<strong>do</strong>. Esse procedimento assegura<br />
que as médias corrigidas serão consequência apenas <strong>do</strong> ataque da mi<br />
croflora existente no solo.<br />
Para confirmar o tipo <strong>de</strong> apodrecimento foram feitos<br />
cortes <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova para exame ao microscópio <strong>de</strong> luz polari<br />
zada.<br />
Este ensaio objetiva avaliar a resistência da ma-<br />
<strong>de</strong>ira tratada quan<strong>do</strong> exposta à ação <strong>de</strong> cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca, <strong>do</strong><br />
gênero Cryptotermes (fam. Kalotermitidae), seguin<strong>do</strong>-se o méto<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>scrito pela norma IPT/DI~~D D-2(73).<br />
Foram utiliza<strong>do</strong>s 340 corpos <strong>de</strong> prova <strong>de</strong> Pinus cari-<br />
baea varo hondurensis. com dimensões <strong>de</strong> 7,0 cm x 2,3 cm x 0,6 cm,<br />
sen<strong>do</strong> a dimensão <strong>de</strong> 7,0 cm paralela à direção das fibras. As amos-
tras apresentavam <strong>do</strong>is ou três anéis <strong>de</strong> crescimento na face trans-<br />
versal, com a massa especifica varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 0,450 g/cm 3 a 0,600 g/<br />
tras, assim <strong>como</strong> os procedimentos <strong>do</strong> agrupamento em função <strong>do</strong>s ni-<br />
veis <strong>de</strong> retenção e posterior ensaio <strong>de</strong> volatilização, estão <strong>de</strong> a-<br />
pares pelas laterais com 7,0 cm, colocan<strong>do</strong>-se sobre elas um cilin-<br />
dro <strong>de</strong> vidro com 4,0 cm <strong>de</strong> altura e 3,5cm <strong>de</strong> di~metro interno. De~<br />
solda<strong>do</strong>s. Para cada combinação produto/retenção/situação foram mon<br />
ta<strong>do</strong>s cinco <strong>de</strong>sses conjuntos, os quais permanecer~1 em c~mara cli-<br />
mática à temperatura <strong>de</strong> (27~1)OC e umida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> (70~5)% du-<br />
CREOSOTO CAF<br />
(60 Kg/m J )<br />
CREOSOTO CM<br />
(130 Kg/m J )<br />
FIGURA 3.12. Ilustração <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> amostras submeti<strong>do</strong> ao ensaio<br />
<strong>de</strong> resistência ao ataque <strong>de</strong> cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira se<br />
ca.<br />
tadas no item 3.5.4., com a condução em paralelo <strong>de</strong> duas séries(10<br />
conjuntos <strong>de</strong> amostras) testemunhas, não impregnadas.
mortos, a perda <strong>de</strong> massa e o <strong>de</strong>sgaste produzi<strong>do</strong>. Para o <strong>de</strong>sgaste ~<br />
tribuiram-se notas varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> O a 4, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a seguinte cor<br />
respondência:<br />
O - nenhum <strong>de</strong>sgaste<br />
1 - <strong>de</strong>sgaste superficial<br />
2 - <strong>de</strong>sgaste mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />
3 - <strong>de</strong>sgaste acentua<strong>do</strong><br />
4 - <strong>de</strong>sgaste profun<strong>do</strong><br />
A análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s foi feita comparan<strong>do</strong>-se os<br />
<strong>creosoto</strong>s vegetais com o <strong>creosoto</strong> mineral e a testemunha não im-<br />
A permeabilida<strong>de</strong> longitudinal da ma<strong>de</strong>ira em relação<br />
aos <strong>creosoto</strong>s vegetais e mineral foi <strong>de</strong>terminada registran<strong>do</strong>-se a<br />
vazão <strong>do</strong>s produtos através <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> longitudinal <strong>de</strong> urna amostra<br />
-<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira quan<strong>do</strong> submetida a um diferencial <strong>de</strong> pressao.<br />
A medição da vazão foi feita , com o auxilio <strong>do</strong> siste<br />
ma esquematiza<strong>do</strong> na Figura 3.13. e ilustra<strong>do</strong> na Figura 3.14.<br />
O corpo <strong>de</strong> prova, com as laterais impermeabilizadas<br />
pela aplicação <strong>de</strong> um a<strong>de</strong>sivo termoestável e transparente, tem a<br />
,<br />
sua face inferior <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um recipiente fecha<strong>do</strong> e submeti<strong>do</strong> a<br />
pressão reduzida (vácuo). A face superior está em contato com um<br />
tubo <strong>de</strong> vidro ( com escala graduada em 0,1 ml) conten<strong>do</strong> o <strong>creosoto</strong><br />
e exposto à pressão ambiente.<br />
O diferencial <strong>de</strong> pressao, - manti<strong>do</strong>em torno <strong>de</strong> 51kPa,<br />
promove o fluxo <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> através da amostra. Quan<strong>do</strong> o volume <strong>do</strong><br />
flui<strong>do</strong> que se <strong>de</strong>sloca pela amostra passa a ser constante em função<br />
<strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> escoamento, tem-se o fluxo em regime permanente ou es<br />
ta<strong>do</strong>-estável. Nesse momento registrava-se a vazão (Q).
,<br />
em 20 aQostras <strong>de</strong> forma cilindrica, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> sp(com<br />
5,0 cm <strong>de</strong> comprimento e 1,0 cm <strong>de</strong> diâmetro) e <strong>de</strong>z <strong>de</strong> Pinus sp (com<br />
4,0 cm <strong>de</strong> comprimento e 1,5 cm <strong>de</strong> diâmetro), com a dimensão maior<br />
5<br />
8<br />
12<br />
1= recipiente <strong>de</strong> vacuo<br />
2= corpo <strong>de</strong> prova<br />
3= rolha <strong>de</strong> borracha<br />
4= tubo COr.l<strong>creosoto</strong><br />
ª O<br />
5= r.lanôoetro <strong>de</strong> Hg<br />
[!]<br />
6= filtro gela<strong>do</strong><br />
7= cronôr.letro eletrônico<br />
8= caixa <strong>de</strong> vacuo<br />
9= bOr.lba <strong>de</strong> vacuo<br />
10= terr.lo-barôoetro<br />
11= frasco coletar<br />
12= r.lanôr.letro<br />
FIGURA 3.13. Esquematização <strong>do</strong> sistema utiliza<strong>do</strong> para medição da<br />
vazão e posterior <strong>de</strong>terminação da permeabilida<strong>de</strong>.<br />
FIGURA 3.14. Ilustração <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à <strong>de</strong>terminação da pe~<br />
meabilida<strong>de</strong>.
Na <strong>de</strong>terminação da permeabilida<strong>de</strong> não houve a preo-<br />
cupação <strong>de</strong> se efetuar correções em função <strong>de</strong> variáveis experimen -<br />
tais, <strong>como</strong> o comprimento da amostra, visto que os resulta<strong>do</strong>s foram<br />
analisa<strong>do</strong>s comparativamente entre os <strong>creosoto</strong>s vegetais e o creoso<br />
A permeabilida<strong>de</strong> tradicionalmente é expressa em cm 3<br />
( <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>)/cm. atm.s, não existin<strong>do</strong> uma unida<strong>de</strong> especifica ou <strong>de</strong><br />
rivada no Sistema Internacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s (SI). A forma que se<br />
consi<strong>de</strong>rou mais a<strong>de</strong>quada para expressar a permeabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />
com o SI foi através da conversão direta das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cm, cm 3 e<br />
ser expressa em m 3 /m.Pa.s ou m 3 .m/N.s, que são equivalentes. Os fa<br />
tores para conversão das unida<strong>de</strong>s constam da Tabela 3.3.<br />
CONVERTER DE: PARA:<br />
Poise (p) Pa.s ou N.s/m 2<br />
Stoke (St) m 2 /s<br />
•<br />
Atmosfera (atm) Pa<br />
cm 3<br />
cm m<br />
cm 3 /cm.atm.s m 3 /m.Pa.s ou m 3 .m/N.s<br />
m 3<br />
,<br />
.<br />
0,1<br />
1 x 10- 4<br />
101. 325<br />
1 x 10- 6<br />
1 x 10- 2<br />
<strong>do</strong>, resistência a fungos <strong>de</strong> podridão mole e resistência a<br />
9,869233 x 10- 10<br />
tos fatoriais (<strong>de</strong>scritos na Tabela 3.4.), consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se as espe-<br />
ranças <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s médios.<br />
A perda <strong>de</strong> massa registrada no teste <strong>de</strong> apodrecimen
-<br />
to aceler~<strong>do</strong> foi analisada seguin<strong>do</strong>-se o esquema da Tabela<br />
com seis repetições por tratamento.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios <strong>de</strong> resistência a<br />
da podridão mole (perda <strong>de</strong> massa) e a cupins <strong>de</strong> maqeira seca (per-<br />
da <strong>de</strong> massa, <strong>de</strong>sgaste e mortalida<strong>de</strong>), foram analisa<strong>do</strong>s seguin<strong>do</strong>-se<br />
o esquema da Tabela 3.6. O ensaio <strong>de</strong> podridão mole teve seis repe-<br />
tições por tratamento e o <strong>de</strong> cupins apenas cinco.<br />
Em todas as análises efetuadas, quan<strong>do</strong> ocorreu <strong>de</strong><br />
urna das variáveis ou interaç~es (causa da variação) apresentar si~<br />
nificância no teste F, proce<strong>de</strong>u-se a comparação entre médias atra-<br />
, ,<br />
ves <strong>do</strong> teste Tukey , procuran<strong>do</strong>-se <strong>de</strong>tectar qual o fator respons~<br />
vel pela significância acusada.<br />
Seguin<strong>do</strong> as recomendações <strong>de</strong> Steel e Torrie (14l)os<br />
valores da perda <strong>de</strong> massa, em porcentagem, foram previamente tran~<br />
forma<strong>do</strong>s em V x+O, 5 i<br />
.<strong>de</strong>) em are sen V x/100 1<br />
; e a porcentagem <strong>de</strong> cupins mortos (mortalida -<br />
• Na ínterpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da análise<br />
estatística foi levada em consi<strong>de</strong>ração a existência ou não da homo<br />
cedasticida<strong>de</strong> das variâncias. residuais.<br />
TABELA 3.4. Mo<strong>de</strong>los lineares para expe~imentos fatoriais a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s<br />
para a análise da variância.<br />
Apodrecimento<br />
acelera<strong>do</strong><br />
Podridão mole e<br />
cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
seca<br />
ONDE:<br />
A =<br />
B =<br />
C =<br />
D =<br />
Z =<br />
Xijklm = ~ + Ai + Bj + (AB)ij + Ck +<br />
+ (AC)ik + (BC)jk + (ABC)ijk +<br />
+ Dl + (AD)il + (BD)jl + (CD'kl+<br />
+ (ABD)ijl + (ACD)ikl +(BCD)jkl+<br />
+ (ABCD)ijkl + Z.(ijkl)<br />
Xijlm = ~ + Ai + Bj + (AB)ij + Dl +<br />
+ (AD)il + (BD)jl + (ABD)ijl +<br />
+ Zm(ijl)<br />
níveis <strong>de</strong> retenção; fator aleatório; i = 1, ••• ,4<br />
<strong>creosoto</strong>s; fator fixo; j = 1, ..• ,4<br />
fungos; fator fixo; k = 1, ••• ,4<br />
situações (volatiliza<strong>do</strong> ou não); fator fixo; 1 = 1,2<br />
repetições; fator aleatório; • = 1, ••• ,r (sen<strong>do</strong> r o número<br />
<strong>de</strong> repetições <strong>do</strong> ensaio consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>)
TABELA 3.5. Esquema para análise da variância <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s<br />
no ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>,consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>se<br />
as esperanças <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s médios.<br />
CAUSA DA<br />
VARIAÇÃO<br />
RETENÇÕES (A)<br />
CREOSOTOS (B)<br />
FUNGOS (C)<br />
SITUAÇÕES (D)<br />
INTERAÇÕES<br />
(A)x(B)<br />
(A)x(C)<br />
(A)x(D)<br />
(B)x(C)<br />
(B)x(D)<br />
(C)x(D)<br />
(A)x(B)x(C)<br />
(A)x(B)x(D)<br />
(A)x(C)x(D)<br />
(B)x(C)x(D)<br />
(A)x{B)x(C)x(D)<br />
ESPERANÇA DO<br />
QUADRADO MÉDIO<br />
52 + 192(-1 A)<br />
-1 + 48 (-1 B)<br />
~ + 48(-1 AC) + 192(-1 C)<br />
~ +96(~AD)+384(~D)<br />
~ + 48( ~ AB)<br />
~ + 48( ~ AC)<br />
52 + 96(~ AD)<br />
~ + 12(~ ABC) + 48(-1 BC)<br />
~ + 24(~ ABD) + 96(~ BD)<br />
~ + 24(~ ACD) + 96(~ CD)<br />
52 + 12( 52 ABC)<br />
52 + 24 (52 ABD)<br />
52 + 24( 52 ACD)<br />
52 + 6( 52 ABCD) + 24( ~ BCD)<br />
52 + 6( 52 ABCD)<br />
QM(A) /QM( R) .<br />
QM(B)/QM(R)<br />
QM(C)/QM(AC)<br />
QM(D)/QM(AD)<br />
QM(AB)/QM(R)<br />
QM(AC)/QM(R)<br />
QM(AD)/QM(R)<br />
QM(BC)/QM(ABC)<br />
QM(BD)/QM(ABD)<br />
QM(CD)/QM(ACD)<br />
QM(ABC)/QM(R)<br />
QM(ABD)/QM(R)<br />
QM(ACD) /Qf4(R)<br />
QM(BCD)/QM(ABCD)<br />
QM(ABCD)/QM(R)<br />
TABELA 3.6. Esquema para análise da variância <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s<br />
nos ensaios <strong>de</strong> resistêneia a fungos da podridão m~<br />
le (PM) e a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca (CS), consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>se<br />
as esperanças <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s médios.<br />
(r = número <strong>de</strong> repetições <strong>do</strong> ensaio)<br />
CAUSA DA<br />
VARIAÇÃO<br />
RETENÇÕES (A)<br />
CREOSOTOS (B)<br />
SITUAÇÕES (D)<br />
INTERAÇÕES<br />
(A)x(B)<br />
(A)x(D)<br />
(B)x(D)<br />
(A)x(B)x(D)<br />
G.L.<br />
(PM) (CS)<br />
ESPERANÇA DO<br />
QUADRADO MÉDIO<br />
52 + 8r( 52 A)<br />
52 + 2r( 52 AB) + 8r( 52 B)<br />
52 + 4r( 52 AD) + 16r( 52 D)<br />
QM(A)/QM(R)<br />
QM(B)/QM(AB)<br />
QM(D)/QM(AD)<br />
9 9 52 + 2r( 52 AB) QM(AB)/QM(R)<br />
3 3 52 + 4r( 52 AD) QM(AD)/QM(R)<br />
3 3 52 + r( 52 ABD) + 4r( 52 BD) QM(BD)/QM(ABD)<br />
9 9 52 + r( 52 ABD) QM(ABD)/QM(R)<br />
160 128 52
-,<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> toxi<br />
<strong>de</strong>z em meio <strong>de</strong> cultura foram fundamentais para <strong>de</strong>finir a continui-<br />
da<strong>de</strong> <strong>do</strong> presente trabalho, torna-se importante discutir separada-<br />
TABELA 4.1. Rendimento das <strong>de</strong>stilações preliminares <strong>do</strong>s alcatrões<br />
<strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> spp, efetuadas sob pressão ambiente (a.!.<br />
catrão anidro e <strong>creosoto</strong> I) e sob pressão reduzida<br />
(<strong>creosoto</strong> 11).<br />
ALCATRÃO DESTILADO RENDIMENTO RESíDUO AQUOSOS +<br />
(%) (%) PERDAS(%)<br />
Alcatrão anidro ,<br />
71,76 28,24<br />
Creosoto I 11,29 61,68 27,03<br />
Creosoto 11 38,43 36,79 24,78<br />
CAF Fração 1 9,38<br />
Fração 2 15',09<br />
Fração 3 13,96<br />
ACESITA<br />
ESALQ<br />
Alcatrão anidro 62,37 37,63<br />
Creosoto I 11,62 46,31 42,07<br />
Creosoto 11 18,43 35,17 46,40<br />
Fração 1 10,27<br />
Fração 2 3,64<br />
Fração 3 4,52<br />
Alcatrão anidro 70,50 29,50 ,<br />
o{<br />
Creosoto I 9,43 57,70 32,87 !<br />
Creosoto 11 22,44 44,33 33,23<br />
Fração 1 7,87<br />
Fração 2 7,68<br />
Fração 3 6,89<br />
Obs. : o percentual representa a relação<br />
la<strong>do</strong> e o alcatrão inicial.<br />
,<br />
gravimetrica<br />
entre o <strong>de</strong>sti
TABELA 4.2. Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento (em mm 2 /dia) <strong>do</strong>s fungos<br />
G.trabeum, P.fumosus, F.connatus e L.lepí<strong>de</strong>us, no <strong>de</strong>cor<br />
rer <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z em meio <strong>de</strong> cultura.<br />
OR IGEI1<br />
PRODUTO<br />
cu.oe.ophyUum tJutóeum l'ol!fPOltLL6 6unOhlá FOllIU CDnJu.tlu Len.t..úwJ> lep.i.<strong>de</strong>lá<br />
PERloDO DE TEMPO DECORRIDO APOS A INOCULACAO (DIAS)<br />
o A 5 5 A 9 9 A 13 o A 5 5 A 9 9 A 13 o A 5 5 A 9 9 A 13. o A 5 5 A 9 9 A 13<br />
TESTEMUNHA 356,54 96R,05 •• 704,28 •• •• 502,39 880,17 •• 155,35 507,61 618,94<br />
ESALQ<br />
CI 0,00 0,00 O,oOl 0,34 0,00 O,ool 0,00 0,00 o,oal 0,00 0,00 O,ool<br />
CII/Fl 0,00 0.00 0.00" 0.00 0,00 O.OOl 2,25 32,73 182,53" 0,00 0,00 o,oal<br />
CII/F2 0,00 0,00 o,oal 0,00 0,00 O,OOl 0,00 0,00 o,oal 0,00 0,00 O,OOl<br />
CII/F3 0,50 0,00 O,OO! 40,68 107,11 245,70" 16,00 32,78 102,4z.i 2,09 0,00 o,oal<br />
Alcatrão Anidro 17,06 1,85 0,94" 105,48 372,43 391,98" 66,44 75,98 139,9z.i 5,16 4,50 0,86"<br />
ACESITA<br />
CI<br />
CII/Fl<br />
0,69<br />
0,53<br />
0,00<br />
0,55<br />
O,OO!<br />
o.4z.i<br />
3,93<br />
1,73<br />
4,71<br />
0,24<br />
11,47"<br />
4,24"<br />
1,02<br />
0,00<br />
2,20<br />
0,00<br />
4,lz.i<br />
o,oal<br />
0,00<br />
0,00<br />
0.00<br />
0.00<br />
o,oal<br />
o,oal<br />
CII/F2<br />
CII/F3<br />
0,00<br />
1,57<br />
0,00<br />
0,00<br />
O,OO!<br />
O,OO!<br />
8,17<br />
36,19<br />
0,47<br />
81,25<br />
0,00"<br />
148,13"<br />
4,63<br />
19,43<br />
1,78<br />
3,09<br />
l,3i·<br />
13,90"<br />
0,00<br />
1,31<br />
0,00<br />
0,37<br />
o,ool<br />
0,00"<br />
Alcatrão Anidro 47.53 15.32 13.4~ 122,74 234,13 355,9i 72,05 122,05 197.37" 38,09 24,50 26,3i<br />
CAF<br />
CI<br />
CII/Fl<br />
9,05<br />
0,00<br />
7,97<br />
0,00<br />
5.6~<br />
o,oo.i<br />
69,84<br />
16.96<br />
574,92<br />
236.46<br />
957,51"<br />
685,8f<br />
24,27<br />
5,37<br />
139,70<br />
44,56<br />
433,78"<br />
232,68"<br />
1,18<br />
0,00<br />
0,37<br />
0,00<br />
4,64"<br />
o,oal<br />
CII/F2 0,00 0,00 o,OO! 14,01 5,89 23,51" 12,28 1,10 o,8f 0,00 0,00 O,OOl<br />
CII/F3 1,82 1,02 O,OO! 54,95 63,26 160,lf 27,57 10,42 28,24" 5,73 0,00 O,OOl<br />
Alcatrão Anidro 76,91 24,82 13,72" 124,09 178,72 200 ,20" 134,28 200,28 241,04" 42,41 42,47 38,lf<br />
CREOSOTO MINERAL 9,29 72;71 71,65" 15,52 145,69 288,03 15,13 176,40 600,44" 3,59 36,13 93,93"<br />
CI • Creosoto I<br />
CII/FI. CII/F2, CII/F3 • Creosoto lI, Frações I, 2 e 3, respectivamente<br />
" • o produto apenas inibiu o crescimento <strong>do</strong> fungo<br />
l • o produto foi letal ao fun~ ,<br />
•• .'as hifas <strong>do</strong> fungo já haviam coberto toda a placa antes <strong>de</strong> ser efetuada a medição<br />
Conforme po<strong>de</strong> ser obserla<strong>do</strong> nas Tabelas 3.2. e 4.1.,<br />
os alcatrões apresentaram comportamentos diferentes quan<strong>do</strong> submet!<br />
<strong>do</strong>s a idêntico processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação. Manten<strong>do</strong>-se condições seme-<br />
lhantes <strong>de</strong> pressão e temperatura no alcat.rão, ocorreram variações<br />
nas faixas <strong>de</strong> temperaturas <strong>do</strong>s gases, da mesma forma que os rendi-<br />
mentos <strong>de</strong> um mesmo tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong> foram diferentes em função da<br />
origem <strong>do</strong> alcatrão.<br />
A literatura cita que o aquecimento <strong>do</strong> alcatrão a<br />
o<br />
temperaturas acima <strong>de</strong> 300 C, sob pressão ambiente, causa a expan-<br />
são volumétrica <strong>do</strong> piche residual (63,83,86,134), porém issoocor-<br />
reu com o alcatrão ACESITA com temperaturas ligeiramente acima <strong>de</strong><br />
o<br />
260 C. Outra peculiarida<strong>de</strong> foi observada com o alcatrão ESALQ,que<br />
apresentava uma ebulição violenta, com a consequente formação <strong>de</strong>
peratura ambiente (23 0 C).<br />
Na <strong>de</strong>scrição feita no item 3.1. (obtenção <strong>do</strong> alca-<br />
trão) nota-se que tanto as condições <strong>de</strong> carbonização (tamanho <strong>do</strong>s<br />
fornos, tempo <strong>de</strong> carbonização, espécies utilizadas) <strong>como</strong> a recupe-<br />
ração <strong>do</strong> alcatrão são diferentes. Uma vez que as características<br />
<strong>do</strong> alcatrão variam em função <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e <strong>do</strong> processo' <strong>de</strong><br />
carbonização (48,58), po<strong>de</strong>-se concluir que as diferenças observa-<br />
das na <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong>s três alcatrões são reflexo da variação exis-<br />
tente na obtenção <strong>do</strong>s mesmos.<br />
Outra diferença marcante que po<strong>de</strong> ser observada na<br />
Tabela 4.1. é o rendimento nitidamente superior <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> 11 em<br />
relação ao <strong>creosoto</strong> I, que no caso <strong>do</strong> alcatrão CAF chega a ser 3,4<br />
vezes maior. Diversas indicações (96,127,155) permitiram prever e~<br />
se fato, que é importante quan<strong>do</strong> o objetivo é a produção indus-<br />
trial, não só pelo maior rendimento mas também por permitir o uso<br />
<strong>de</strong> temperaturas menores, que diminui a <strong>de</strong>gradação das substâncias<br />
orgânicas durante o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação.<br />
Schra<strong>de</strong>r et allii (127), <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> alcatrão prove-<br />
niente da carbonização <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> serraria, obteve um acrésci-<br />
mo no rendimento <strong>de</strong> 9,6% e uma diminuição <strong>de</strong> 55 0 C na temperatura<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação, quan<strong>do</strong> a pressão era reduzida para 17 mmHg(2,3kPa).<br />
Para uma redução semelhante <strong>de</strong> pressão ~2,15 kPa) obteve-se, com<br />
'.'<br />
os alcatrões <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> sp , um aumento no rendimento entre<br />
6,8% e 27,1%, sen<strong>do</strong> que a temperatura <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação diminuiu em<br />
, o<br />
ate 75,0 C.<br />
Nota-se também que os rendimentos das <strong>de</strong>stilações à<br />
pressão ambiente (<strong>creosoto</strong> I) foram bastante próximos (9,43% a<br />
11,62%), ao passo que à 'pressão reduzida (<strong>creosoto</strong> 11) essa varia-<br />
ção foi elevada (18,43% a 38,43%). O ocorri<strong>do</strong> comprova a diferença<br />
existente na composição <strong>do</strong>s alcatrões sob estu<strong>do</strong>.<br />
Apesar da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> nos rendimentos, to<strong>do</strong>s os<br />
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s vegetais foram tóxicos aos fungos testa<strong>do</strong>s. Conforme po<br />
<strong>de</strong> ser verifica<strong>do</strong> na Tabela 4.2., essa toxi<strong>de</strong>z variou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma i-<br />
nibição suave (<strong>como</strong> o alcatrão anidro CAF em relação ao fungo Fo-<br />
mes connatus), até atingir a letalida<strong>de</strong> (<strong>como</strong> o <strong>creosoto</strong> I ESALQ
em relação ao mesmo fungo).<br />
A toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> alcatrão anidro, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da ori-<br />
gem, foi notadamente inferior à toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
Quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> ao <strong>creosoto</strong> mineral, nota-se que a toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> pr~<br />
.<br />
duto anidro ten<strong>de</strong> a ser superior à <strong>do</strong> produto mineral apenas no p~<br />
rio<strong>do</strong> final <strong>do</strong> ensaio.<br />
Essa tendência po<strong>de</strong> ser explicada pela viscosida<strong>de</strong><br />
elevada <strong>do</strong> alcatrão anidro, que resulta em uma difusão mais lenta<br />
<strong>do</strong> produto no meio <strong>de</strong> cultura. No inicio <strong>do</strong> teste o fungo cresce<br />
praticamente livre, pois o produto não se difundiu no meio o sufi-<br />
ciente para afetar o seu crescimento. Quan<strong>do</strong> as hifas atingem a<br />
proximida<strong>de</strong> <strong>do</strong> poço, sofrem uma retração acentuada no <strong>de</strong>senvolvi-<br />
mento, uma vez que nessa região a concentração <strong>do</strong> produto é eleva-<br />
da. A fração 3 <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> 11, que é a mais viscosa das frações, ~<br />
presentou comportamento semelhante em algumas situações, o que re-<br />
força o provável efeito da viscosida<strong>de</strong> noS resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ensaio.<br />
TABELA 4.3. Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento (em mm 2 /dia) no perio<strong>do</strong> final<br />
<strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z em meio <strong>de</strong> cultura (<strong>do</strong> 92 ao<br />
132 dia), para os <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
ORIGEM<br />
'PRODUTO<br />
G. .tJLabe.lLm P. 6umo~lL6 f. c.onnlLtu..6 L. tep.i.<strong>de</strong>.lL6<br />
ESALQ ,..<br />
Cl 0,00 (t) 0,00 (t) 0,00 (t) 0,00 (t)<br />
CII/F1 0,00 (i) 0,00 (t) 182,53 (i) 0,00 (t)<br />
CII/F2 /0,00 (t) 0,00 (t) 0,00 (t) 0.00 (t)<br />
CII/F3 0,00 (t) 245,70 (i) 102,42 (i) 0,00 (t)<br />
ACES ITA<br />
Cl 0,00 (t) 11,47 (-i) 4,12 (-i) 0,00 (t)<br />
CII/F1 0,42 (i) 4,24 (i) 0,00 (t) 0,00 (t)<br />
CII/F2 0,00 (t). 0,00 (i) 1,34 (i) 0,00 (t)<br />
CII/F3 0,00 (t) 148,13 (i) 13,90 (i) O ,00 (i)<br />
CAF<br />
CI 5,66 (i) 957,51 (i) 433,78 (i) 4,64 (i)<br />
CII/F1 O ,00 (i) 685,87 (i) 232,68 (i) 0.00 (t)<br />
CII/F2 0,00 (t)· 23,51 (i) 0,87 (i) 0,00 (t)<br />
CII/F3 0,00 (t) 160,17 (i) 28,14 (i) 0.00 (t)<br />
Cl = C reosoto I<br />
CII/F1, CII/F2, CII/F3 = Creosoto 11. Frações 1. 2 e 3. respectivamente<br />
i = o produto apenas inibiu o crescimento <strong>do</strong> fungo
vezes maior que a <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s, po<strong>de</strong>-se concluir que a toxi<strong>de</strong>z a-<br />
presentada pelo produto não recoQenda a sua utilização isoladaQen-<br />
Em função da sua viscosida<strong>de</strong>, talvez o alcatrão ani<br />
dro possa vir a ser utiliza<strong>do</strong> para um tratamento <strong>de</strong> reforço, a ser<br />
aplica<strong>do</strong> externaQente em moirões ou similares, na região que irá<br />
ficar em contato direto com o solo.<br />
Em relação aos <strong>creosoto</strong>s vegetais, apenas os <strong>de</strong>sti-<br />
la<strong>do</strong>s <strong>do</strong> alcatrão CAF quan<strong>do</strong> ensaia<strong>do</strong>s com o fungo Polyporus fumo-<br />
sus apresentaram toxi<strong>de</strong>z inferior à <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral. Nas <strong>de</strong>-<br />
mais situações, os <strong>creosoto</strong>s vegetais comprovam a sua potencialid~<br />
<strong>de</strong> <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong>s <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />
Na Tabela 4.2. observa-se que os <strong>creosoto</strong>s obti<strong>do</strong>s<br />
a partir <strong>do</strong> alcatrão ESALQ apresentaram maior espectro <strong>de</strong> atuação<br />
<strong>do</strong> que os outros produtos, sen<strong>do</strong> letal a to<strong>do</strong>s os fungos testa<strong>do</strong>s.<br />
Deve-se consi<strong>de</strong>rar que o alcatrão ESALQ é resultante <strong>de</strong> uma carbo-<br />
nização em escala piloto, on<strong>de</strong> o processo é melhor controla<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
que em escala industrial. Esse resultadp reforça a observação <strong>de</strong><br />
que as condições <strong>de</strong> carbonização são fatores <strong>de</strong> relevante influên-<br />
cia nas caracterf.sticas e proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> alcatrão e, consequente-<br />
mente, <strong>do</strong>s posteriores <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s.<br />
An~isan<strong>do</strong>-se o comportamento das diferentes fra-<br />
ções <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong> sob pressão reduzida (<strong>creosoto</strong> 11) per-<br />
cebe-se que em todas as ,situações existe pelo menos uma das fra-<br />
-<br />
çoes eliQinan<strong>do</strong> ou inibin<strong>do</strong> acentuadamente o crescimento <strong>do</strong>s fun-<br />
gos. Isso também po<strong>de</strong> ser analisa<strong>do</strong> <strong>como</strong> uma maior tolerância <strong>do</strong>s<br />
fungos em relação aos componentes das diferentes frações, causada<br />
exatamente pelo fracionamento <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> durante a <strong>de</strong>stilação.<br />
Toman<strong>do</strong>-se <strong>como</strong> exemplo os <strong>creosoto</strong>s ESALQ, nota-se<br />
que os quatro fungos são sensf.veis ao <strong>creosoto</strong> I, porem o Polypo-<br />
rus fumosus é resistente à fração 3 <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> 11, da mesma forma
que o Fomes connatus é resistente às frações 1 e 3.<br />
Uma vez que essa caracteristica prejudica a qualid~<br />
<strong>de</strong> ·<strong>de</strong> um <strong>preservativo</strong> (pois é <strong>de</strong>sejável que o produto atue contra<br />
necessário trabalhar com o <strong>de</strong>stila<strong>do</strong> integral nos <strong>de</strong>mais ensaios a<br />
serem realiza<strong>do</strong>s. O fracionamento po<strong>de</strong> vir a ser útil se o objeti-<br />
vo for a obtenção <strong>de</strong> um óleo <strong>de</strong> menor <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> para aplicação em<br />
ma<strong>de</strong>ira sem contato direto com o solo, propician<strong>do</strong> em um só produ-<br />
to a proteção e o acabamento natural.<br />
Assim, com base nos rendimentos obti<strong>do</strong>s na <strong>de</strong>stila-<br />
ção e na variação da toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s fraciona<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>cidiu-se<br />
por dar continuida<strong>de</strong> à pesquisa estudan<strong>do</strong> apenas os <strong>creosoto</strong>s <strong>de</strong>s-<br />
tila<strong>do</strong>s sob pressão reduzida, na faixa <strong>de</strong> temperatura (medida no<br />
- o o<br />
alcatrao) compreendida entre 90 C e 200 C.<br />
As curvas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação e os rendimentos gravimétr!<br />
cos <strong>do</strong> processo são apresenta<strong>do</strong>s nas Figuras 4.1. e 4.2., e nas Ta<br />
belas 4.4. e 4.5. As curvas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação representam a média <strong>de</strong><br />
três <strong>de</strong>stilações, com a temperatura medida no alcatrão.<br />
TABELA<br />
ALCATRÃO<br />
4.4. Rendimento<br />
,<br />
gravimetrico <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong>s<br />
a atrões vegetais, em relação ao alcatrão bruto.<br />
PRESSÃO CREOSOTO PICHE AQUOSOS PERDAS<br />
(kPa) (%) (%) (%) (%)<br />
ESALQ 2,71 27,9 52,0 12,1 8,0<br />
CAF 2,25 22,5 45,5 23,4 9,0<br />
ACESITA 3,11 26,7 57,2 9,4 6,7
o E-l<br />
~ 40<br />
::E:<br />
H<br />
t=l<br />
Z<br />
rz:l<br />
ll::<br />
30<br />
FIGURA 4.1. Porcentagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s em função da temperatura para<br />
os alcatrões CAF, ESALQ e ACESITA, <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s a<br />
pressão <strong>de</strong> 2,27; 2,32 e 2,29 kPa, respectivamente.<br />
O rendimento porcentual expressa a massa <strong>do</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong><br />
em relação à massa <strong>do</strong> alcatrão bruto.<br />
,<br />
TABELA 4.5. Rendimento gravimetrico <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong>s<br />
~<br />
alcatrões vegetais, em relação ao alcatrão anidro.<br />
ALCATRÃO<br />
PRESSÃO CREOSOTO PICHE AQUOSOS PERDAS<br />
(kPa) (%) (%) (%) (%)<br />
ESALQ 2,92 32,9 61,5 5,6<br />
CAF 2,28 32,3 64,6 3,1<br />
ACESITA 3,29 30,4 65,0 4,6
o<br />
E-i<br />
~ 40<br />
:E:<br />
H<br />
O<br />
:z:;<br />
~<br />
P::<br />
30<br />
140 160 180 200<br />
TEMPERATURA (oC)<br />
FIGURA 4.2. Porcentagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s em função da temperatura para<br />
os alcatrões CAF, ESALQ e ACESITA, <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s a<br />
pressões <strong>de</strong> 2,27; 2,32 e 2,29 kPa, respectivamente.<br />
O rendimento porcentual expressa a massa <strong>do</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong><br />
em relação à massa <strong>do</strong> alcatrão anidro (<strong>de</strong>sidrata<strong>do</strong>) •<br />
....dia<br />
<strong>de</strong> cinco <strong>de</strong>stilações por alcatrão, sen<strong>do</strong> que o rendimento é <strong>de</strong><br />
fini<strong>do</strong> <strong>como</strong> a relação entre a massa <strong>do</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong> e a massa inicial<br />
<strong>do</strong> alcatrãQ~expressa em porcentagem. A pres~ão é o valor<br />
durante o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação, anota<strong>do</strong> apos se atingir a<br />
são <strong>de</strong> trabalho (Figuras 3.6. a 3.8.).<br />
No exame da Figura 4.1. nota-se claramente que o aI<br />
catrão CAF é o que possuia o maior teor <strong>de</strong> aquosos, provável con-<br />
sequência <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cantação <strong>de</strong>ficiente nos recupera<strong>do</strong>res. Toman<strong>do</strong><br />
<strong>como</strong> base <strong>de</strong> cálculo o alcatrão anidro (Figura 4.2), foram obti<strong>do</strong>s<br />
rendimentos semelhantes (30,4% a 32,9%) para os produtos das três<br />
Ainda na Figura 4.2. verifica-se que a curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<br />
tilação <strong>do</strong> alcatrão ACESITA é diferente das curvas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is outros
alcatrões. Urna vez que o sistema <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> alcatrão ACESI-<br />
TA é por lavagem em contra corrente com a fração aquosa <strong>do</strong> pirole-<br />
nhoso já con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se supor que não ocorra, durante o pro-<br />
cesso, a con<strong>de</strong>nsação das substâncias mais "leves"; favorecen<strong>do</strong> a<br />
obtenção <strong>de</strong> um produto com maior teor <strong>de</strong> substâncias "pesadas"(com<br />
temperatura <strong>de</strong> ebulição mais elevada). Nos processos ESALQ e CAF,<br />
cujos alcatrões apresentam curvas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação semelhantes, a re-<br />
- ,<br />
cuperaçao e feita principalmente em ciclones consecutivos, que po-<br />
<strong>de</strong> resultar em maior teor <strong>de</strong> substâncias "leves".<br />
Os resulta<strong>do</strong>s da análise quimica (Tabela 4.~) <strong>de</strong>-<br />
monstram que no <strong>creosoto</strong> ACESITA a porcentagem <strong>de</strong> substâncias com<br />
- o , ,.<br />
temperatura <strong>de</strong> ebuliçao superior a 230 C e 1,4 e 2,1 vezes maior<br />
<strong>do</strong> que nos <strong>creosoto</strong>s CAF e ESALQ, respectivamente. Para substâncias<br />
com temperatura <strong>de</strong> ebulição abaixo <strong>de</strong> 230 0 C a situação inverte-se,<br />
manten<strong>do</strong> a mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za.<br />
Essa observação dá valida<strong>de</strong>. a hipótese proposta, e<br />
,<br />
tambem explica a diferença no comportamento <strong>do</strong>s alcatrões em rela-<br />
ção às curvas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação.<br />
Comparan<strong>do</strong>-se as Tabelas 4.4. e 4.1. verifica-se<br />
que os rendimentos obti<strong>do</strong>s nas <strong>de</strong>stilações preliminares diferem<br />
<strong>do</strong>s rendimentos posteriores. Essa diferença po<strong>de</strong> ter si<strong>do</strong> causada<br />
(1,O 1 <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>), .ao passo que as outras <strong>de</strong>stilações foram<br />
em balão ~ capacida<strong>de</strong> três vêzes maior. A diferença no volume<br />
<strong>de</strong> alcatrão po<strong>de</strong>ria ter altera<strong>do</strong> as condições da <strong>de</strong>stilação;<br />
b) no perio<strong>do</strong> <strong>de</strong>corri<strong>do</strong> entre as <strong>de</strong>stilações preliminares e <strong>de</strong>fini<br />
tivas, os alcatrões permaneceram armazena<strong>do</strong>s em tambores metáli<br />
cos, fase em que po<strong>de</strong> ter ocorri<strong>do</strong> urna <strong>de</strong>cantação mais acentua-<br />
da, e também reações entre as substâncias presentes nos alca-<br />
trões.<br />
Embora seja dificil afirmar qual das possibilida<strong>de</strong>s<br />
é a mais correta, provavelmente houve maior efeito da <strong>de</strong>cantação ~<br />
corrida entre as retiradas <strong>do</strong> produto para <strong>de</strong>stilação. Antes <strong>de</strong> se<br />
retirar o alcatrão o tambor era agita<strong>do</strong> na medida <strong>do</strong> possÍvel, mas
·<br />
to outras possuiam mais aquosos. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que as<br />
ções <strong>de</strong>finitivas foram realizadas em maior número (cerca <strong>de</strong> 40 <strong>de</strong>s<br />
tilações por alcatrão), po<strong>de</strong>-se afirmar que os valores das Tabelas<br />
4.4. e 4.5. são representativos para os produtos sob estu<strong>do</strong>.<br />
A partir <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s e das informações<br />
da Tabela 3.1. po<strong>de</strong>-se estimar o custo <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal, que<br />
,<br />
e<br />
apresenta<strong>do</strong> na Tabela 4.6. Para um co~sumo anual estima<strong>do</strong> em<br />
5,2x106 toneladas <strong>de</strong> carvão vegetal (10), e supon<strong>do</strong>-se que a part!<br />
cipação <strong>do</strong>s reflorestamentos seja <strong>de</strong> 18% <strong>de</strong>sse total (9), tem-se u<br />
ma produção potencial entre 18x10 3 e 32x10 3 toneladas <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong><br />
vegetal por ano.<br />
TABELA 4.6. Estimativa da conversão (kg <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong>/ton <strong>de</strong> carvão)<br />
e <strong>do</strong> custo <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
19,5<br />
19,8<br />
34,7<br />
163<br />
144 a 165<br />
(*): estimativa <strong>de</strong> custo da matéria-prima, com base nas informações<br />
fornecidas pelos produtores, não engloban<strong>do</strong> o custo <strong>do</strong><br />
processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação.<br />
o <strong>creosoto</strong> mineral é comercializa<strong>do</strong> por US$ 224 por<br />
tonelada, sen<strong>do</strong> que o custo <strong>de</strong> processamento representa aproximad~<br />
mente 40% <strong>do</strong> custo da matéria-prima, ou seja, em torno <strong>de</strong> US$ 70.<br />
Supon<strong>do</strong> o mesmo custo para a <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão vegetal, um<br />
cálculo simples <strong>de</strong>monstra que o custo total <strong>de</strong> produção <strong>do</strong> creoso-<br />
to vegetal po<strong>de</strong>rá variar <strong>de</strong> US$ 214 a US$ 246 por tonelada.<br />
Um úl tino porm :lOr a ser discuti<strong>do</strong> em relação à <strong>de</strong>s<br />
tilação <strong>do</strong>s alcatrões refere-se à pressão no processo. O equipame~<br />
(**) informação pessoal <strong>do</strong> Eng. Roberto B.Patarra, da COSIPA - Cia<br />
Si<strong>de</strong>rúrgica Paulista, produtora <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong> mineral.
to <strong>de</strong> laboratório era <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um filtro gela<strong>do</strong> antes da passagem<br />
<strong>do</strong> ar pela caixa <strong>de</strong> vácuo, mas que não impedia que uma pequena pa!<br />
te das substâncias aquosas fosse con<strong>de</strong>nsar no reservatório <strong>de</strong> óleo<br />
da bomba <strong>de</strong> vácuo, prejudican<strong>do</strong> o funcionamento da mesma e dificul<br />
tan<strong>do</strong> a manutenção <strong>de</strong> pressão constante e igual para todas as <strong>de</strong>s-<br />
tilações. Esse imprevisto justifica as variações na pressão obser-<br />
vadas nas Tabelas 4.4. e 4.5.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s da análise quali-quantitativa <strong>do</strong>s cr~<br />
osotos vegetais constam das Tabelas 4.7. a 4.10., e as carac~eris-<br />
ticas fisico-quimicas, da Tabela 4.11.<br />
Conforme já discuti<strong>do</strong> anteriormente, o <strong>creosoto</strong> ACE<br />
SITA contem maior teor <strong>de</strong> substâncias "pesadas" (dimetoxifenol,tr!<br />
metoxibenzeno e metil-difenilmetano, com temperaturas <strong>de</strong> ebulição<br />
o A<br />
acima <strong>de</strong> 230 C), sen<strong>do</strong> o <strong>creosoto</strong> ESALQ o que contem essas subst~<br />
cias em menor quantida<strong>de</strong>. Em relação ao teor <strong>de</strong> substâncias com<br />
temperaturas <strong>de</strong> ebulição abaixo <strong>de</strong> 230 0 C a situação é inversa, com<br />
Embora tenham si<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s e quantifica<strong>do</strong>s s~<br />
mente cerca <strong>de</strong> 35% <strong>do</strong>s compostos presentes nos <strong>creosoto</strong>~, as cur-<br />
vas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação (Figura 4.2.) mostram que essa tendência aplica-<br />
se também às substâncias não i<strong>de</strong>ntificadas~ Como possivel conse-<br />
quência <strong>de</strong>ssa diferença nos teores <strong>de</strong> substâncias "leves" e "pesa-<br />
das", o <strong>creosoto</strong> ESALQ é o produto menos <strong>de</strong>nso e menos viscoso, 0-<br />
corren<strong>do</strong> o inverso com O· <strong>creosoto</strong> ACESITA.<br />
Das 'substâncias i<strong>de</strong>ntificadas, apenas três (metil-<br />
difenilmetano, etil-difenilmetano e 2,4-dihidroxiacetofenona) não<br />
são citadas na literatura disponivel (item 2.2.4.), acrescentan<strong>do</strong><br />
uma pequena contribuição para o conhecimento sobre a composição<br />
quimica <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal.<br />
Cumpre ressaltar a ocorrência <strong>de</strong> diferenças signif!<br />
cativas na proporção <strong>de</strong> algumas substâncias, <strong>como</strong> o fenol, o guaia
, .<br />
col, o creosol e os cresols, que realçam ainda mais o efeito da ma<br />
téria-prima e <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> carbonização e recuperação na comp~<br />
sição <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
.<br />
TABELA 4.7. Resulta<strong>do</strong>s da análise quali-quantitativa, visan<strong>do</strong> <strong>de</strong>terminar<br />
a composiçao quimica <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
SUBSTÂNCIA (%)<br />
C R E ° S ° TOS<br />
ESALQ CAF ACESITA<br />
Água 1,4 5,0 3,9<br />
Metanol<br />
, ,<br />
Aci<strong>do</strong> acetico<br />
0,1<br />
2,9<br />
0,1<br />
5,4 1,9<br />
Furfural 0,9 0,1 0,8<br />
Fenol 2,6 1,0 1,0<br />
o-Cresol 1,7 1,3 0,6<br />
(m + p)-Cresol 2,2 1,0 1,4<br />
Guaiacol 4,1 2,1 0,7<br />
Creosol (4-metil guaiacoL) 5,8 1,6 1,5<br />
2,4-dihidroxiacetofenona + xilenol 3,6 2,3 2,7<br />
Dimetoxifenol *<br />
Trimetoxibenzeno *<br />
4,5<br />
4,0<br />
8,4<br />
5,2<br />
10,8<br />
7,2<br />
Metil-difenilmetano * 2,0 2,2 3,9<br />
TOTAL DE SUBSTÂNCIAS IDENTIFICADAS 35,7 35,5 36,4<br />
A análise quimica <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> fraciona<strong>do</strong> (que foi<br />
realizada com apenas um <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>sem função <strong>do</strong> eleva<strong>do</strong> custo<br />
da análi.se) é apresentada nas Tabelas 4.8.' e 4.9., quantifican<strong>do</strong><br />
as substâncias i<strong>de</strong>ntificadas em relação à fração isolada e ao cre~<br />
soto total, respectivamente. A Tabela 4.10. contem as fórmulas e<br />
caracterfsticas ffsicas. <strong>de</strong>ssas substâncias.<br />
que não constavam da análise inicial, <strong>como</strong> os áci<strong>do</strong>s butfrico e<br />
propiônico, a r -butirolactona, o 5-propil guaiacol e o etil-dife-<br />
nilmetano. Excetuan<strong>do</strong>-se a água e os áci<strong>do</strong>s carboxflicos, a quanti<br />
da<strong>de</strong> <strong>de</strong> substâncias i<strong>de</strong>ntificadas, no alcatrão CAF, elevou-se <strong>de</strong><br />
25,1% para 40,1%.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s das análises confirmam a natureza pre
<strong>do</strong>@inante@ente fenólica <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal, constante@ente citada<br />
na literatura (28,46,58,84,108,142,146,155,157).<br />
TABELA 4.8. Resulta<strong>do</strong>s da análise quali-quantitativa(**) <strong>do</strong> creoso<br />
to CAF fraciona<strong>do</strong>.<br />
Água<br />
Áci<strong>do</strong> acético<br />
Áci<strong>do</strong> propiônico<br />
Áci<strong>do</strong>"butlrico<br />
Metanol<br />
t-Butirolactona<br />
Guaiacol<br />
Fenol + o-Cresol<br />
(m + p)-Cresol + Xilenol<br />
Creosol (4-metil guaiacol)<br />
Furfural<br />
2,4-Dihidroxiacetofenona<br />
5-Propil guaiacol<br />
Dimetoxifenol *<br />
Trimetoxibenzeno *<br />
Metil difenilmetano *<br />
Etil difenilmetano *<br />
32,0<br />
32,0<br />
4,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
6,0<br />
3,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
1,0<br />
F R A ç Õ E S<br />
11 111<br />
23,0<br />
8,0<br />
2,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
11,0<br />
5,0<br />
5,0<br />
3,0<br />
2,0<br />
6,0<br />
4,0<br />
1,0<br />
5,0<br />
7,0<br />
6,0<br />
8,0<br />
4,0<br />
3,0<br />
1,0<br />
10,0<br />
5,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
14,0<br />
10,0<br />
5,0<br />
1,0<br />
ONDE: Fração I = <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> entre 90 0 C e 143 0 C<br />
Fração 11 = <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> entre 143~C e 155 0 C<br />
Fração 111 = <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> entre 155 0 C e 185 0 C<br />
Fração IV = <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> entre 185 0 C e 200 0 C<br />
(*) = provável i<strong>de</strong>ntificação da substância<br />
(**) = a quantida<strong>de</strong> representa a relação percentual entre a<br />
massa da substância i<strong>de</strong>ntif1cada e a massa total da<br />
fração<br />
Das caracteristicas fisicas, a que merece maior aten<br />
ção é o número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z, que está direta@ente correlaciona<strong>do</strong> co@<br />
a corrosão causada pelo <strong>creosoto</strong> no aço carbono, principalmente a<br />
temperatura <strong>de</strong> 100 o C.<br />
A corrosivida<strong>de</strong> é uma caracteristica extrema@ente in<br />
<strong>de</strong>sejável, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> inviabilizar a utilização <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal a<br />
niveis industriais.
TABELA 4.9. Composição quantitativa(**) <strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> e total, obtida na análise qu<br />
Água<br />
Áci<strong>do</strong> acético<br />
Áci<strong>do</strong> propiônico<br />
Áci<strong>do</strong> butirico<br />
Metanol<br />
l'-Butirolactona<br />
Guaiacol<br />
Fenol + o-Cresol<br />
(m + p)-Cresol + Xilenol<br />
Creosol (4-metil guaiacol)<br />
Furfural<br />
2,4-Dihidroxiacetofenona<br />
5-Propilguaiacol<br />
Dimetoxifenol *<br />
Trimetoxibenzeno *<br />
Metil difenilmetano *<br />
Etil difenilmetano *<br />
4,0<br />
4,0<br />
0,5<br />
0,2<br />
0,1<br />
0,7<br />
0,4<br />
0,2<br />
0,1<br />
0,1<br />
1,2<br />
0,4<br />
0,1<br />
0,1<br />
0,1<br />
0,6<br />
0,3<br />
0,3<br />
0,2<br />
0,1<br />
0,3<br />
2,1<br />
0,5<br />
2,7<br />
3,7<br />
3,2<br />
4,3<br />
2,1<br />
to CAF, ci<br />
><strong>de</strong>talhada.<br />
FRAÇÕES<br />
11 III··""-ZV<br />
"Hf<br />
-,ón<br />
2,,"-:;';<br />
1,6<br />
0,5<br />
5,3 4,1<br />
2,7 2,9<br />
1,1 1,4<br />
0,5 0,3<br />
8,3<br />
4,9<br />
0,6<br />
0,3<br />
0,1<br />
4,3<br />
4,4<br />
3,7<br />
4,6<br />
2,3<br />
0,3<br />
1,6<br />
0,5<br />
9,4<br />
5,6<br />
2,5<br />
0,8<br />
ONDE: Fração I = <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> entre 90 0 C e 143 0 C<br />
Fração 11 = <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> entre 143 0 C e 155 0 C<br />
Fração 111 = <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> entre 155 0 C e 185 0 C<br />
Fração IV = <strong>de</strong>stilan<strong>do</strong> entre 185 0 C e 200 0 C<br />
(*) = provável i<strong>de</strong>ntificação da substância<br />
(**) = a quantida<strong>de</strong> representá a relação percentual entre a<br />
massa~a substância i<strong>de</strong>ntificada e a massa total <strong>do</strong><br />
<strong>creosoto</strong><br />
.Com a ressalva <strong>de</strong> que os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ensaio em la-<br />
boratório não po<strong>de</strong>m ser diretamente extrapola<strong>do</strong>s para as condições<br />
reais <strong>de</strong> uso, um rápi<strong>do</strong> exercicio <strong>de</strong> raciocinio <strong>de</strong>monstra a impor-<br />
tância da corrosivida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s.<br />
Toman<strong>do</strong> cono exemplo os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> ESALQ<br />
e supon<strong>do</strong> uma autoclave com 2,0 m <strong>de</strong> diâmetro, 24,0 m <strong>de</strong> comprimerr<br />
to, construida com chapa <strong>de</strong> 12,0 mn <strong>de</strong> espessura. (massa especifica<br />
que neta<strong>de</strong> da massa <strong>do</strong> aço terá si<strong>do</strong> corroida após<br />
60 anos <strong>de</strong> uso, se o tratamento for na temperatura<br />
aprOxiIi1adamen~~<br />
ambiente (250Cj~
,<br />
,<br />
TABELA 4.10. Formulas e caracterlsticas fisicas das substâncias ar<br />
,.<br />
ganicas i<strong>de</strong>ntificadas nos <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
SUBsTÂNCIA<br />
,<br />
MASSA DENSIDADE TEMPERATURA<br />
MOLECULAR RELATIVA DE EBULIÇÃO (OC)<br />
FÓRMULA<br />
Metanol 32,04 0,792 64,7 CH 3 0H<br />
Áci<strong>do</strong> acético 60,03 1,049 118,1 ctl 3 COOH<br />
Áci<strong>do</strong> propiônico 74,08 0,993 141,4 CH 3 ·CH 2 ·COOH<br />
Furfural 96,09 1,159 161,7 C"H 3 O.COH<br />
Áci<strong>do</strong> but1rico 88,11 0,958 164,1 C 2HS .CH2 .COOH<br />
Fenol 94,11 1,071 181,4 C6Hs .OH<br />
o-Cresol 108,14 1,048 191,0 CH3·C6H".OH<br />
(m + p)-Cresol 108,14 1,034 202,0 CH3 .C6H" .OH<br />
Guaiacol 124,14 1,140 205,0 CH3O.C6H".OH<br />
Xilenol (..) 122,17 1,036 211,0 - 225,0 (CH3)2·C6H3·0H<br />
Creosol (4-t1letilguaiac-ol) 138,16 1.092 221,0 - 222,0 CH 3 0.C,H 3 (OCH 3 )·OH<br />
2,4-Dihidroxiacetofenona 152,15 1,180 (....) (OH) 2.C6H3 •COCH3<br />
J'-Butirolactona 103,12 1,120 251,0 NH.(CH2)3·CO.H20<br />
Dimetoxifenol (") 154,17 234,0 - 267,0 (CH30) 2.C6H3 .OH<br />
Trimetoxibenzeno (••) 168,19 1,099 '241,0 C6H 2 ·(CH3)3<br />
Metil difenilmetano (••) 182,27 0,998 286,0 C13Hll·CH3<br />
Etil difenilmetano (••) 196,30 0,978 297,0 C13Hll·C2Hs<br />
(••) substâncias em que a posição <strong>do</strong>s radicais nao po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida com exatidão,<br />
prejudican<strong>do</strong> as informaçoes sobre as caracterlsticas flsicas<br />
(•••• ) a substância se <strong>de</strong>compõe antes <strong>de</strong> entrar em ebulição<br />
TABELA 4.11. Características flsico-qulmicas <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s<br />
tais e mineral.<br />
CARACTERíSTICA<br />
t'<br />
C R E O S O T O S<br />
ESALQ CAY ACESITA MINERAL<br />
DENSIDADE RELATIVA (38 0 /15,5 0 c) 1,063 1,118 1,122 1,079<br />
VISCOSIDADE<br />
DINÂMICA<br />
25°C 53 '81 136 58<br />
S S U 45°C 41 50 62 44<br />
100°C 31 32 34 31<br />
POISE<br />
(g/cm.s)<br />
25°C 8,88.10-2 17,79.10-2 32,48.10-2 10,52.10-2 45°C 4,72.10-2 8,11.10-2 12,35.10-2 .5,81.10-2 100°C 0,67.10-2 1,18.10-2 2,01.10-2 0,67.10-2 unida<strong>de</strong>s· SI 25°C 8,88.10- 3 17,79.10- 3 32,48.10- 3 10,52.10- 3<br />
(Pa.s) ou 45°C 4,72.10- 3 8,11.10- 3 12,35.10- 3 5,81110- 3<br />
(N.s/m') 100°C 0,67.10- 3 1,18.10- 3 2,01.10- 3 0,67.10- 3<br />
NR DE ACIDEZ (mg KOH) 47 90 51 (..)<br />
CORROSIVIDADE 25°C 0,2 0,2 0,2
, . '<br />
sarlo para corroer a mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material sera em<br />
<strong>de</strong> 9 e 2 anos, respectivamente. Uma vez que o tratamento com pre-<br />
servativos oleosos normalmente é efetua<strong>do</strong> a temper~turas entre<br />
800C e 1000C (87), com o objetivo <strong>de</strong> diminuir a viscosida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
produto e facilitar sua penetração na ma<strong>de</strong>ira, torna-se evi<strong>de</strong>nte<br />
o aspecto prejudicial da corrosivida<strong>de</strong> apresentada pelos creoso-<br />
tos vegetais.<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se ainda que, durante o processo <strong>de</strong><br />
tratamento, a autoclave é submetida à pressões da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1180<br />
kPa (12 kgf/cm 2 ), é fácil prever que o comprometimento da resis-<br />
tência. mecânica <strong>do</strong> aço (causada pela corrosão) coloca em risco a ig<br />
tegrida<strong>de</strong> fisica <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res, além da possivel contaminação ~<br />
biental que seria provocada pela <strong>de</strong>scarga aci<strong>de</strong>ntal <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong>.<br />
Assim, conclui-se que, sob o enfoque operacional,<br />
a corrosivida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais é o principal fator in<br />
viabilizan<strong>do</strong> a utilização <strong>do</strong>s mesmos em operações industriais <strong>de</strong><br />
tratamento da ma<strong>de</strong>ira.<br />
A corrosivida<strong>de</strong> elevada provavelmente <strong>de</strong>corre<br />
presença <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s carboxilicos no <strong>creosoto</strong>, e a forma mais<br />
vel <strong>de</strong> minimizá-la, ou até suprimi-la~ seria efetuar a<br />
ção ou purificação <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> após a <strong>de</strong>stilação <strong>do</strong> alcatrão, vi<br />
san<strong>do</strong> a máxima eliminação possivel <strong>do</strong>s áci<strong>do</strong>s. Outra alternativa,<br />
caso o <strong>creosoto</strong> continue excessivamente corrosivo após a retirada<br />
<strong>do</strong>s áci<strong>do</strong>s, seria a adição <strong>de</strong> um produto inibi<strong>do</strong>r da corrosão.<br />
Contu<strong>do</strong>, ambas alternativas teriam <strong>de</strong> ser cuida<strong>do</strong>-<br />
samente pesquisadas, p~is a solução que viesse a ser encontrada<br />
po<strong>de</strong>ria diminuir a toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal.<br />
O <strong>creosoto</strong> mineral, que serviu <strong>de</strong> padrão comparat!<br />
vo nos ensaios biológicos, foi submeti<strong>do</strong> a uma análise adicional,<br />
visan<strong>do</strong> verificar se a sua qualida<strong>de</strong> atendia às especificações da<br />
AWPA (American Wood Preserver's Association). Os resulta<strong>do</strong>s obti-<br />
<strong>do</strong>s (Tabela 4.12.) mostram que o <strong>creosoto</strong> mineral utiliza<strong>do</strong> apre-<br />
sentou um ligeiro <strong>de</strong>svio aos valores constantes da especificaçâo
Contu<strong>do</strong>, o fato nao prejudicou seu <strong>de</strong>sémpenho nos<br />
ensaios biológicos, ocasião em que o mesmo mostrou-se altamente<br />
resistente aos agentes <strong>de</strong>teriora<strong>do</strong>res.<br />
TABELA 4.12. Análise <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral, executada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />
com a norma AWPA-A1/78 (7), comparada com a especificaçao<br />
AWPA-P1/78 (8).<br />
CARACTERÍSTICA .<br />
-<br />
RESULTADO ESPECIFICAÇÃO<br />
OBTIDO AWPA-P1/78 (8)*<br />
,<br />
Massa especifica (38o/15,5°C)<br />
1,079 maior que 1,050<br />
Água (%) 4,0 menos que 1,5<br />
Insolúveis em xilenol (%) 0,1 menos que 0,5<br />
Destilação a 760mmHg (101,3kPa)<br />
,<br />
- ate 2100C , (%)<br />
- ate 2350C (%)<br />
4,3<br />
5,7<br />
menos<br />
menos<br />
que<br />
que<br />
2,0<br />
12,0<br />
, 2700C (%)<br />
- ate<br />
,<br />
- ate 3150 ,<br />
C<br />
- ate 3550C (%)<br />
(%)<br />
15,5<br />
39,3<br />
59,3<br />
entre<br />
entre<br />
entre<br />
10,0<br />
40,0<br />
60,0<br />
e 35,0<br />
2 65,0<br />
e 77,0<br />
Densida<strong>de</strong> ( 3 8 ° /15 ,5 ° C) sobre<br />
o material <strong>de</strong>stila<strong>do</strong> entre:<br />
- 2350C e 3150 --315<br />
C 1,034 maior que 1,027<br />
0C e 3550C 1,083 maior que 1,095<br />
(*) especificação para <strong>creosoto</strong> não utiliza<strong>do</strong> ainda<br />
4.4. Ensaios biológicos.<br />
Apesar <strong>de</strong> também ser um ensaio biológico, o<br />
<strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z em meio <strong>de</strong> cultura já foi discuti<strong>do</strong> no 4.1., por ter si<br />
<strong>do</strong> um ensaio preliminar cujos resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>terminaram a continuida<br />
Assim, neste tópico serão discuti<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>s testes <strong>de</strong> resistência à <strong>de</strong>terioração causada por fungos e inse<br />
tos xilófagos.<br />
4.4.1. Ensaio <strong>de</strong> apodrecimento apelera<strong>do</strong> em laboratório.
minimizar um possive1 mascaramento <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios bio-<br />
1ó~icos. Conforme po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> nas Tabelas 4.13. e 4.14.,me~<br />
mo com a eliminação <strong>de</strong> duas amostras por tratamento, o ensaio con-<br />
tinuou homogêneo em termos <strong>do</strong>s valores médios da m~ssa especifica<br />
e da retenção.<br />
A maior diferença observada entre os valores médios<br />
<strong>de</strong> massa especifica foi <strong>de</strong> 0,121 g/cm 3 • Agrupan<strong>do</strong>-se as amostras<br />
por produto e por nive1 <strong>de</strong> retenção, as diferenças máximas foram<br />
<strong>de</strong> 0,098g/cm 3<br />
ção <strong>de</strong> 180 kg/m 3<br />
para o <strong>creosoto</strong> ESALQ, e <strong>de</strong> 0,121g/cm 3 para a reten'-<br />
•<br />
As diferenças entre os valores médios <strong>de</strong> retenção,<br />
por niveis <strong>de</strong> retenção, foram <strong>de</strong> 1,2; 3,3; 5,0 e 8,6 kg/m 3 para os<br />
niveis <strong>de</strong> 60,90, 130 e 180 kg/m 3 , respectivamente.<br />
CREOSOTO<br />
Fungo<br />
utiliza<strong>do</strong><br />
ESALQ<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
CAF<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
ACESITA<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
MINERAL<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
TESTEMUNHA<br />
Valores médios <strong>de</strong> massa<br />
pos <strong>de</strong> prova submeti<strong>do</strong>s<br />
celera<strong>do</strong>, em-função das<br />
0,462 0,497<br />
0,443 0,457<br />
0,453 0,494<br />
0,462 0,457<br />
0,475 0,488<br />
0,494 0,492<br />
0,474 0,491<br />
0,463 0,463<br />
0,455 0,478<br />
0,477 0,452<br />
0,478 0,479<br />
0,460 0,471<br />
0,479 0,467<br />
0,461 0,486<br />
0,456 0,454<br />
0,490 0,468<br />
DE<br />
90<br />
0,468 0,520<br />
0,446 0,473<br />
0,452 0,450<br />
0,459 0,496<br />
0,485 0,478<br />
0,491 0,464<br />
0,476 0,447<br />
0,472 0,486<br />
0,465 0,505<br />
0,464 0,487<br />
0,500 0,482<br />
0,458 0,459<br />
0,519 0,505<br />
0,482 0,462<br />
0,490 0,469<br />
0,483 0,462<br />
especifica, em g/cm 3 , <strong>do</strong>s cor<br />
ao ensaio <strong>de</strong> apodrecimento a-<br />
.,<br />
variaveis estudadas.<br />
RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
130<br />
N V V<br />
0,471 0,459<br />
0,480 0,494<br />
0,451 0,445<br />
0,462 0,455<br />
0,503 0,458<br />
0,483 0,470<br />
0,491 0,450<br />
0,427 0,481<br />
0,483 0,483<br />
0,495 0,438<br />
0,466 0,472<br />
0,457 0,487<br />
0,497 0,470<br />
0,493 0,491<br />
0,508 0,458<br />
0,430 0,476<br />
F.connatus 0,481 G.trabeum 0,503<br />
P.fumosus 0,461 L.lepi<strong>de</strong>us 0,496<br />
ONDE: NV = não submeti<strong>do</strong> à vo1ati1ização<br />
V = submeti<strong>do</strong> à vo1ati1ização<br />
180<br />
N V<br />
0,461 0,487<br />
0,482 0,463<br />
0,461 0,537<br />
O',439 O,464<br />
0,465 0,425<br />
0,461 0,440<br />
0,466 0,454<br />
0,479 0,443<br />
0,484 0,416<br />
0,450 0,433<br />
0,448 0,466<br />
0,476 0,469<br />
0,497 0,478<br />
0,493 0,486<br />
0,494 0,473<br />
0,486 0,453
TABELA 4.14. Valores médios <strong>de</strong> retenção, em kg/m 3 , <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong><br />
prova submeti<strong>do</strong>s ao ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>,<br />
em função das variáveis estudadas.<br />
CREOSOTO<br />
Fungo<br />
utiliza<strong>do</strong><br />
ESALQ<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
CAF<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
ACESITA<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
MINERAL<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
TESTEMUNHA<br />
62,1<br />
60,2<br />
59,6<br />
59,9<br />
.59,8<br />
59,2<br />
60,5<br />
60,5<br />
60,7<br />
61,9<br />
61 , 7<br />
62,4<br />
59,9<br />
60,2<br />
59,2<br />
59,2<br />
60,0<br />
60,1<br />
59,5<br />
61,4<br />
61 ,2<br />
59,4<br />
59,6<br />
60,6<br />
61 ,5<br />
61 , 7<br />
62,2<br />
61,6<br />
60,8<br />
59,5<br />
60,2<br />
59,3<br />
89,4<br />
89,9<br />
89,0<br />
89,9<br />
89,3<br />
89,1<br />
90,4<br />
90,0<br />
89,7<br />
89,9<br />
90,0<br />
90,5<br />
89,2<br />
88,8<br />
89,3<br />
88,4<br />
DE<br />
90<br />
88,1<br />
88,4<br />
89,8<br />
91 ,3<br />
89,5<br />
89,2<br />
89,5<br />
88,9<br />
89,8<br />
90,1<br />
90,1<br />
91,4<br />
89,9<br />
88,9<br />
88,8<br />
89,1<br />
RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
130<br />
N V V·<br />
127,8 129,3<br />
129,2 129,1<br />
129,9 129,6<br />
129,7 128,0<br />
129,2127,7<br />
127,3 128,2<br />
127,5 129,7<br />
129,0 130,1<br />
130,1 129,0<br />
131,5128,2<br />
128,9 130,4<br />
128,1 128,5<br />
129,9 132,3<br />
130,6 129,9<br />
129,8 130,1<br />
130,0 129,8<br />
F.connatus 0,0 G.trabeum 0,0<br />
P.fumosu5 0,0 L.lepi<strong>de</strong>us 0,0<br />
ONDE: NV = não submeti<strong>do</strong> à vo1ati1ização<br />
V = submeti<strong>do</strong> à vo1ati1ização '<br />
180<br />
N V<br />
179,1 180,6<br />
174,2 175,1<br />
178,4 177,8<br />
174,0 177,9<br />
176,9 181,0<br />
177,9178,4<br />
181,0 175,4<br />
178,1 179,0<br />
178,1 180,8<br />
180,5 179,1<br />
179,1 181,3<br />
177,4 181,4<br />
175,2175,2<br />
172,8178,6<br />
175,1 172,8<br />
175,9 175,9<br />
1era<strong>do</strong> constam das Tabelas 4.15 e 4.16., com a perda <strong>de</strong> massa ex-<br />
pressa em (g) e (%), respectivamente. A análise estatistica da pe~<br />
da <strong>de</strong> massa em (%) é apresentada na Tabela 4.17. (análise<br />
riância) e no Anexo 2 ( teste <strong>de</strong> comparações entre médias).<br />
da Tabela 4.16. foram agrupa<strong>do</strong>s, em função das variáveis, nas Ta-<br />
,<br />
O primeiro aspecto a ser nota<strong>do</strong> e a diferença entre<br />
o comportamento <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral e <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais.O <strong>de</strong>s<br />
ti1a<strong>do</strong> <strong>de</strong> hu1ha, confirman<strong>do</strong> ser um <strong>do</strong>s melhores <strong>preservativo</strong>s dis<br />
poniveis no merca<strong>do</strong>, mostrou-se altamente tóxico e conferiu à ma-<br />
<strong>de</strong>ira excelente resistência contra os fungos utiliza<strong>do</strong>s no ensaio.
Mesmo o fungo Lentinus lepi<strong>de</strong>us, cita<strong>do</strong> <strong>como</strong> sen<strong>do</strong> resistente (36,<br />
41,43,116) ao <strong>creosoto</strong> mineral, somente conseguiu provocar uma pe~<br />
da <strong>de</strong> massa superior à causada no <strong>creosoto</strong> ESALQ na retenção <strong>de</strong><br />
60 kg/m 3<br />
•<br />
TABELA 4.15. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em g, obtid~no ensaio<br />
<strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>.<br />
CREOSOTO<br />
Fungo<br />
utiliza<strong>do</strong><br />
ESALQ<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
CAF<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
ACESITA<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
MINERAL<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
0,477 0,608<br />
0,0030,017<br />
0,023 0,010<br />
0,002 0,012<br />
0,025 0,130<br />
0,073 0,070<br />
0,035 0,062<br />
0,068 0,055<br />
0,098 0,103<br />
0,095 0,095<br />
0,075 0,058<br />
0,070 0,055<br />
0,000 0,000<br />
0,005 0,000<br />
0,000 0,003<br />
0,000 0,030<br />
DE<br />
90<br />
0,008 0,002<br />
0,022 0,028<br />
0,018 0,025<br />
0,018 0,017<br />
0,105 0,072<br />
0,118 0,077<br />
0,147 0,095<br />
0,100 0,112<br />
0,142 0,103<br />
0,167 0,138<br />
0,107 0,113<br />
0,152 0,130<br />
0,005 0,005<br />
0,002 0,007<br />
0,0030,00,.8<br />
0,008 0,012<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
TESTEMUNHA<br />
F.connatus 1,959 G.trabeum 1,957<br />
P.fumosus 2,128 L.lepi<strong>de</strong>us 1,943<br />
ONDE: NV = não submeti<strong>do</strong> à vo1ati1ização<br />
V = submeti<strong>do</strong> à vo1ati1ização<br />
RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
130<br />
N V V<br />
0,102 0,063<br />
0,023 0,025<br />
0,022 0,015<br />
0,013 0,027<br />
0,317 0,248<br />
0,175 0,147<br />
0,132 0,137<br />
0,162 0,160<br />
0,145 0,122<br />
0,153 0,147<br />
0,147 0,123<br />
0,115 0,152<br />
0,007 0,020<br />
0,007 0,008<br />
0,005 0,018<br />
0,013 0,018<br />
180<br />
N V<br />
0,097 0,063<br />
0,067 0,073<br />
0,077 0,067<br />
0,078 0,080<br />
0,3030,195<br />
0,320 0,188<br />
0,278 0,152<br />
0,247 0,195<br />
0,218 0,213<br />
0,185 0,187<br />
0,238 0,157<br />
0,200 0,195<br />
0,025 0,002<br />
0,022 0,003<br />
0,000 0,003<br />
0,018 0,010<br />
tra o fungo Lentinus lepi<strong>de</strong>us), em que se registrou a maior perda<br />
<strong>de</strong> massa para o <strong>creosoto</strong> mineral, o valor absoluto foi maior <strong>do</strong><br />
que o registra<strong>do</strong> para o <strong>creosoto</strong> ESALQ sem atingir, porém, uma di-<br />
ferença significativa na comparação <strong>de</strong> médias (Tabela A2.1.7.). A~<br />
..<br />
sim, po<strong>de</strong>-se concluir que o <strong>creosoto</strong> mineral conferiu a ma<strong>de</strong>ira<br />
proteção superior à conferida pelos <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
Observa-se também, nas Tabelas 4.15, 4.18., 4.19.,
sentaram resulta<strong>do</strong>s similares, e propician<strong>do</strong> à ma<strong>de</strong>ira proteção in<br />
ferior à <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> ESALQ. Apenas em uma única situação (retenção<br />
<strong>de</strong> 60 kg/m 3 , contra o fungo Fomes connatus) verificou-se a inver-<br />
são <strong>de</strong>sse comportamento.<br />
Vaughan (147), estudan<strong>do</strong> a toxi<strong>de</strong>z relativa <strong>do</strong>s hi-<br />
drocarbonetos aromáticos,estabeleceuuma curva teórica relacionan<strong>do</strong><br />
a toxi<strong>de</strong>z em função da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> relativa e da temperatura <strong>de</strong> ebu-<br />
lição <strong>do</strong> composto. As substâncias i<strong>de</strong>ntificadas na análise quimica<br />
foram -posieionadas em relação a essa curva na Figura 4.3., verifi-<br />
can<strong>do</strong>-se que os compostos mais leves (fenol, cresóis,xilenóis,gua!<br />
acol) são teoricamente mais tóxicos.<br />
TABELA 4.16. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), obti<strong>do</strong>s no<br />
ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>.<br />
CREOSOTO<br />
Fungo<br />
utiliza<strong>do</strong><br />
ESALQ<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
CAF<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
ACESITA<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
MINERAL<br />
F.connatus<br />
P.fumosus<br />
G.trabeum<br />
L.lepi<strong>de</strong>us<br />
TESTEMUNHA<br />
12,37<br />
0,10<br />
0,64<br />
0,05<br />
0,68<br />
1,89<br />
0,87<br />
1,88<br />
2,66<br />
2,46<br />
1 ,92<br />
1,85<br />
0,00<br />
0,14<br />
0,00<br />
0,00<br />
15,55<br />
0,45<br />
0,28<br />
0,33<br />
0,25<br />
0,61<br />
0,47<br />
0,51<br />
3,37 2,64<br />
1 ,77 2,99<br />
1,58 3 ,57<br />
1,47 ... 2,55<br />
2,67<br />
2,58<br />
1,50<br />
1,48<br />
0,00<br />
0,00<br />
0,09<br />
0,77<br />
3,38<br />
4,37<br />
2,55<br />
3,96<br />
0,13<br />
0,05<br />
0,08<br />
0,20<br />
RETENÇÃO (k: g/m3 DE<br />
)<br />
90 130<br />
180<br />
N V V N V<br />
0,04<br />
0,76<br />
0,66<br />
0,42<br />
1 ,87<br />
2,03<br />
2 (58<br />
2,82<br />
2,48<br />
3,49<br />
2,79<br />
3,30<br />
0,13<br />
0,20<br />
0,21<br />
0,32<br />
F.connatus 53,37 G.trabeum<br />
P.fumosus 61,26 L.lepi<strong>de</strong>us<br />
ONDE: NV = não submeti<strong>do</strong> à volatilização<br />
V = submeti<strong>do</strong> à volatilização<br />
2,44<br />
0,64<br />
0,59<br />
0,36<br />
7,42<br />
4,27<br />
3,30<br />
4,38<br />
3,55<br />
3 ,87<br />
3,82<br />
2,84<br />
0,16<br />
0,16<br />
0,12<br />
0,37<br />
1,64<br />
0,64<br />
0,39<br />
0,75<br />
6,42<br />
3,76<br />
3,63<br />
4,02<br />
3,09<br />
4,01<br />
3,14<br />
3,74<br />
0,55<br />
0,22<br />
0,48<br />
0,46<br />
51,66<br />
52,59<br />
2,44<br />
1 ,71<br />
2,00<br />
2,16<br />
7,25<br />
7 ,87<br />
6,83<br />
6,10<br />
5,28<br />
4,80<br />
6,06<br />
4,90<br />
0,59<br />
0,52<br />
0,00<br />
0,46<br />
1,60<br />
1,91<br />
1,65<br />
2,08<br />
5,37<br />
5,08<br />
3,90<br />
5,23<br />
6,05<br />
5,08<br />
4,05<br />
4,79<br />
0,04<br />
0,08<br />
0,08<br />
0,24
TABELA 4.17. Análise <strong>de</strong> variância aplicada aos resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> perda<br />
<strong>de</strong> massa <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>, previ~<br />
mente transforma<strong>do</strong>s para V x+O, 5i •<br />
CAUSA DA<br />
VARIAÇÃO<br />
CREOSOTOS (A)<br />
RETENÇÕES (B)<br />
FUNGOS (C)<br />
SITUAÇÕES (D)<br />
INTERAÇÕES<br />
(A)x(B)<br />
(A)x(C)<br />
(A)x(D)<br />
(B)x(C)<br />
(B)x(D)<br />
(C)x(D)<br />
(A)x(B)x(C)<br />
(A)x(B)x(D)<br />
(A)x(C)x(D)<br />
(B)x(C)x(D)<br />
(A)x(B)x(C)x(D)<br />
QUADRADO<br />
MÉDIO<br />
60,7136<br />
9,6260<br />
2,5539<br />
0,1485<br />
3,6113<br />
1,5971<br />
0,2688<br />
1,5530<br />
0,7474<br />
0,0499<br />
1,4849<br />
0,1809<br />
0,0679<br />
0,1479<br />
0,1168<br />
586,4<br />
93,0<br />
1,6<br />
0,2<br />
34,9<br />
1,1<br />
1,5<br />
1,0<br />
4,1<br />
0,3<br />
14,3<br />
1,7<br />
0,6<br />
1,4<br />
1,1<br />
SIGNIFI-<br />
CÂNCIA<br />
TABELA 4.18. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), para a combinação<br />
entre os fatores <strong>creosoto</strong>s e retenções.<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
MINERAL<br />
R E T E N ç Õ E S (kg/m 3 )<br />
60 90 130 180<br />
3,72<br />
1,69<br />
2,14<br />
0,12<br />
0,47<br />
2,63<br />
3,29<br />
0,17<br />
°,J83<br />
4,65<br />
3,51<br />
0,32<br />
..<br />
5,95<br />
5,13<br />
0,25<br />
1%<br />
1%<br />
ns<br />
ns<br />
1%<br />
ns<br />
ns<br />
ns<br />
1%<br />
ns<br />
1%<br />
ns<br />
ns<br />
ns<br />
ns<br />
MÉDIA<br />
GERAL<br />
1,77<br />
3,73<br />
3,52<br />
0,21<br />
TABELA 4.19. Valores m~dios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), para a combinação<br />
entre os fatores <strong>creosoto</strong>s e fungos.<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
MINERAL<br />
F U N G ° S<br />
F.connatus P.fumosus G.trabeum L.lepi<strong>de</strong>us<br />
4,54<br />
4,42<br />
3,65<br />
0,20<br />
0,85<br />
3,71<br />
3,83<br />
0,17<br />
0,84<br />
3,28<br />
3,23<br />
0,13<br />
0,83<br />
3,56<br />
3,36<br />
0,35<br />
MÉDIA<br />
GERAL<br />
1,77<br />
3,73<br />
3,52<br />
0,21
TABELA 4.20. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), para a combinação<br />
entre os fatores retenções e fungos.<br />
R E T E N ç Õ E S (kg/m 3 )<br />
60 90 130 180<br />
4,66<br />
1,17<br />
0,86<br />
0,98<br />
1,37<br />
1,81<br />
1,61<br />
1,76<br />
3,16<br />
2,20<br />
1,93<br />
2,12<br />
3,58<br />
3,38'<br />
3,07<br />
3,25<br />
MÉDIA<br />
GERAL<br />
3,20<br />
2,14<br />
TABELA 4.21. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (%), para a combinação<br />
entre os fatores retenções e situações.<br />
NÃO VOLATILIZADO<br />
VOLATILIZADO<br />
80<br />
0,75<br />
R E T E N ç Õ E S (kg/m 3 )<br />
60 90 130 180<br />
1,72<br />
2,12<br />
RELATIVAMENTE NAO TOXICO<br />
4<br />
IEJOl TOXIOEZ<br />
MAIOR TOXIOEZ<br />
RELATIVAMENTE TOXlCO<br />
1,77<br />
1,51<br />
o CREOSll.<br />
OXILENOI5<br />
OGUAIACa..<br />
o m + p -ceeso..<br />
(;) fl-CRESOL<br />
o fEIO..<br />
2,39<br />
2,31<br />
1,05 1,15 1,25 1,35<br />
telSlDAI:E RELATIVA (38°/15,5"1:)<br />
3,69<br />
2,95<br />
MÉDIA<br />
GERAL<br />
FIGURA 4.3. Curva teórica para <strong>de</strong>terminar a toxi<strong>de</strong>z relativa <strong>de</strong><br />
hidrocarbonetos aromáticos (147), com a localização<br />
aproximada <strong>do</strong>s compostos presentes nos <strong>creosoto</strong>s ve<br />
getais.<br />
2,39<br />
2,22
Com base na proporção das substâncias i<strong>de</strong>ntificadas,<br />
po<strong>de</strong>-se atribuir a superiorida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> ESALQ ao fato <strong>de</strong> con-<br />
ter maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substâncias "leves", em comparação aos ou-<br />
tros <strong>do</strong>is produtos vegetais. Aliás, essa caracteristica <strong>do</strong> creoso<br />
to ESALQ se refletiu na perda <strong>de</strong> massa registrada no teste <strong>de</strong> vola<br />
tilização, conforme po<strong>de</strong> ser comprova<strong>do</strong> na Tabela 4.22.<br />
A análise <strong>de</strong> variância acusou diferenças significa-<br />
tivas para o fator retenções (Tabela 4.17.) e para a interação en-<br />
tre os' fatores <strong>creosoto</strong>s e .retenções. No exame das Tabelas 4.18.,<br />
que essa exceçao, responsável pela significância da interação cre~<br />
sotos e retenções, é causada pelo ataque <strong>do</strong> fungo Fomes connatus,<br />
notadamente na ma<strong>de</strong>ira tratada com o <strong>creosoto</strong> ESALQ. A agressivid~<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse fungo em relação ao <strong>creosoto</strong> CAF,embora com menor inten-<br />
sida<strong>de</strong>, também foi maior <strong>do</strong> que a <strong>do</strong>s outros fungos.<br />
Esse comportamento indica uma provável tolerância<br />
<strong>do</strong> fungo Fomes connatus à substâncias fenólicas com temperatura<br />
<strong>de</strong> ebulição abaixo <strong>de</strong> 2300C, visto que a ma<strong>de</strong>ira tratada sofreu um<br />
ataque proporcional ao teor <strong>de</strong>ssas substâncias nos <strong>creosoto</strong>s vege-<br />
"<br />
Quanto à tendência da perda <strong>de</strong> massa aumentar com a<br />
retenção, a explicação mais plausivel é a.volatilação <strong>do</strong>s creoso-<br />
tos durante o <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> ensaio. Na Tabela 4.22. percebe-se que a<br />
perda <strong>de</strong> massa causada exclusivamente pela vOlatilização também é<br />
proporcional à retenção e os da<strong>do</strong>s da Tabela 4.21. <strong>de</strong>monstram que,<br />
exceto para a menor retenção, a perda <strong>de</strong> massa das amostras subme-<br />
tidas à volatilização é inferior à <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova não volati-<br />
liza<strong>do</strong>s.<br />
Na retenção <strong>de</strong> 60 kg/m 3<br />
a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservat~<br />
vo<br />
,<br />
e relativamente pequena, e a quantida<strong>de</strong> perdida no ensaio <strong>de</strong> vo<br />
latilização é suficiente para tornar as amostras mais susceptiveis
tem um efeito pronuncia<strong>do</strong> na resistência das amostras, e aquelas<br />
não submetidas à volatilização preliminar per<strong>de</strong>m, durante o en-<br />
saio, uma certa porção <strong>do</strong>s óleos e que é proporcional ao total e-<br />
xistente na ma<strong>de</strong>ira.<br />
Assim, a perda <strong>de</strong> massa registrada ao final <strong>do</strong> en-<br />
saio representa o efeito conjunto <strong>do</strong> apodrecimento (quan<strong>do</strong> ocorre)<br />
e da evaporação nas substâncias mais voláteis durante o ensaio. Es<br />
se comportamento, que já foi relata<strong>do</strong> em ensaios semelhantes ( 76,<br />
78) explica não ter si<strong>do</strong> <strong>de</strong>tecta<strong>do</strong> um efeito significativo <strong>do</strong> fa-<br />
tor volatilização e a significância da interação entre retenções e<br />
situações (volatiliza<strong>do</strong> ou não).<br />
TABELA 4.22. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa verifica<strong>do</strong>s no ensaio<br />
<strong>de</strong> volatilização,em (g) e em (%) , das amostras<br />
<strong>de</strong>stinadas ao ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>.<br />
CREOSOTO NÍVEIS DE RETENÇÃO ( g/m 3 )<br />
Fungo 60 90 130 180<br />
utiliza<strong>do</strong> .(g) (10 ) (g) (10 ) (g) (%) (g) (%)<br />
ESALQ<br />
F.connatus 0,422 10,1 0,600 13,3 0,535 13 ,1 0,672 14,9<br />
P.fumosus 0,365 9,6 0,472 11 ,6 0,553 12, 7 0,718 16,2<br />
G.trabeum 0,408 9,9 0,482 12,3 0,562 13,5 0,730 15,8<br />
L.lepi<strong>de</strong>us 0,352 9,2 0,505 11 ,7 0,542 13,2 0,698 15,8<br />
CAF<br />
F.connatus 0,330 8,1 0,385 9,'-> 0,470 11 ,5 0,573 14,2<br />
P.fumosus 0,342 8 z 3 0,362 9,2 0,453 10,9 0,573 13,9<br />
G.trabeum 0,33 8,2 0,345 9,1 0,477 11 ,8 0,577 13,6<br />
L.lepi<strong>de</strong>us 0,330 8,6 0,348 8,5 0,465 10,9 0,583 14,0<br />
ACESITA<br />
F.connatus 0,242 6,1 0,275 6,5 0,340 8,4 0,403 10,8<br />
P.fumosus 0,220 5,9 0,255 6,3 0,353 9,1 0,465 11 ,8<br />
G.trabeum 0,245 6,2 0,272 6, 7 0,358 8,7 0,498 12,0<br />
L.lepi<strong>de</strong>us O, 238 6, 1 0,295 7,4 0,353 8,2 0,535 12,2<br />
MINERAL<br />
F.connatus 0,385 9,8 0,432 9,9 0,435 10,4 0,553 12,4<br />
P.fumosus 0,408 10,0 0,423 10,6 0,497 11 ,3 0,527 11,5<br />
G.trabeum 0,378 9,9 0,398 9,9 0,465 11 ,4 0,520 11,8<br />
L.lepi<strong>de</strong>us 0,373 9,5 0,417 10,5 0,487 11 ,4 0,540 12,6
Quan<strong>do</strong> analisada isoladamente, não houve diferença<br />
significativa na ação <strong>do</strong>s quatro fungos utiliza<strong>do</strong>s no ensaio. Con-<br />
tu<strong>do</strong>, a análise <strong>de</strong> variância apontou a interação significativa en-<br />
tre <strong>creosoto</strong>s, retenções e fungos. No exame das Tabelas 4.19., 4.<br />
20., A2.1.7. e A2.1.8. é facil constatar que a diferença na agres-<br />
sivida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s fungos é pronunciada apenas na retenção <strong>de</strong> 60 kg/m 3 ,e<br />
em relação ao ataque <strong>do</strong> fungo Fomes connatus à ma<strong>de</strong>ira impregnada<br />
com o <strong>creosoto</strong> ESALQ, situação que já foi abordada anteriormente.<br />
Comparan<strong>do</strong>~se a interação entre fungos e <strong>creosoto</strong>s<br />
(Tabela 4.19.), o fungo Fomes connatus aparenta ser o mais agress~<br />
vo em relação aos <strong>creosoto</strong>s ESALQ e CAF, segui<strong>do</strong> pelo fungo Polyp~<br />
rus fumosus. Para o <strong>creosoto</strong> ACESITA esses também foram os fungos<br />
mais atuantes, porém em colocação inversa. O fungo mais tolerante<br />
ao <strong>creosoto</strong> mineral foi o Lentinus lepi<strong>de</strong>us, o que era espera<strong>do</strong>. ~<br />
liás, a maior intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apodrecimento causada pelo fungo PolI<br />
por.us fumosus em·ma<strong>de</strong>ira tratada com creosot08 e submetida a en-<br />
saio <strong>de</strong> laboratório também foi constatada pelo IPT (76).<br />
Esses resulta<strong>do</strong>s permitem sugerir, com segurança, a<br />
utilização <strong>do</strong>s fungos Fomes connatus e Polyporus fumosus no ensaio<br />
<strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong> com <strong>preservativo</strong>s <strong>de</strong> caráter fenólico,e<br />
o fungo Lentinus lepi<strong>de</strong>us para o <strong>creosoto</strong> mineral.<br />
Um aspecto extremamente importante a ser ressalta<strong>do</strong>,<br />
apesar da análise estatistica <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s ter comprova<strong>do</strong> a su-<br />
periorida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral, é <strong>de</strong> que a maior perda <strong>de</strong> massa<br />
média verificada na ma<strong>de</strong>ira tratada com os <strong>creosoto</strong>s vegetais em<br />
retenções superiores a 90 kg/m 3 foi <strong>de</strong> apenas 7,9 %, cerca <strong>de</strong> oito<br />
vezes inferior à perda <strong>de</strong> massa média da testemunha não tratada.<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que esse valor representa não só um<br />
provável apodrecimento (não havia evidência visual <strong>do</strong> apodrecimen-<br />
to) mas também a volatilização <strong>do</strong> produto, po<strong>de</strong>-se afirmar que os<br />
<strong>creosoto</strong>s vegetais conferem um bom nivel <strong>de</strong> proteção contra os fun<br />
gos <strong>de</strong> podridões parda e branca, embora não atinjam o mesmo nivel<br />
<strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral.<br />
Saben<strong>do</strong>-se que a adição <strong>de</strong> 2% a 5%, em massa, <strong>de</strong> pe~<br />
taclorofenol torna o <strong>creosoto</strong> mineral mais resistente à <strong>de</strong>teriora
vir a ser obti<strong>do</strong> nos <strong>creosoto</strong>s vegetais através da sulfuração (70,<br />
71~, nitração (26) ou cloração (26,72,126,129), torna-se viável su<br />
gerir a alternativa da fortificação <strong>do</strong> produto vegetal com o obje-<br />
tivo <strong>de</strong> melhorar o seu <strong>de</strong>sempenho e torná-Io comparável ao creoso-<br />
to mineral.<br />
As amostras utilizadas no ensaio <strong>de</strong> podridão mole<br />
eram homogêneas em relação à massa especifica, conforme <strong>de</strong>monstra<br />
a Tabela 4.23. A maior diferença existente entre os valores médios<br />
<strong>do</strong>s 32 grupos foi <strong>de</strong> 0,03 g/cm 3 •<br />
TABELA 4.23. Valores médios <strong>de</strong> massa especifica, emg/cm 3 , das amostras<br />
submetidas ao ensaio' <strong>de</strong> resistência a fungos<br />
<strong>de</strong> podridão mole.<br />
PRODUTO<br />
SITUAÇÃO<br />
Creosoto ESALQ<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 0,284<br />
Creosoto ACESITA<br />
0,289<br />
0,290<br />
0,299<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 0,300<br />
Creosoto MINERAL<br />
0,291<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 0,291<br />
0,295<br />
NÍVEIS DE RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
0,301<br />
:IQ,293<br />
0,28'7<br />
0,301<br />
0,286<br />
0,301<br />
0,281<br />
0,294<br />
0,290<br />
0,286<br />
0,292<br />
0,288<br />
0,285<br />
0,289<br />
0,299<br />
0,287<br />
0,302<br />
0,293<br />
0,299<br />
0,279<br />
0,311<br />
0,276<br />
0,289<br />
0,287
TABELA 4.24. Valores médios <strong>de</strong> retenção, em kg/m3 , das amostras<br />
submetidas ao ensaio <strong>de</strong> resistência a fungos <strong>de</strong><br />
podridão mole.<br />
PRODUTO<br />
SITUAÇÃO<br />
Creosoto ESALQ<br />
,<br />
NIVEIS DE<br />
RETENÇÃO ( g/m 3 )<br />
60 90 130 180<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 65,2 91,0 129,6 176,3<br />
volatiliza<strong>do</strong> 64,6 88,9 130,7 178,6<br />
Creosoto CAF<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 61,0 89,4 127,0 167,9<br />
volatiliza<strong>do</strong> 58,9 91,7 129,6 174,0<br />
Creosoto ACESITA<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 59,7 94,4 122,2 171,5<br />
volatiliza<strong>do</strong> 60,6 88,6 128,5 174,3<br />
Creosoto MINERAL<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 59,9 89,6 127,1 178,5<br />
volatiliza<strong>do</strong> 59,9 89,7 126,0 173,3<br />
TABELA 4.25. Valores"médios da perda <strong>de</strong> mas.sa verifica<strong>do</strong>s no ensaio<br />
<strong>de</strong> volatilização, em (g) e em (%), das amostras<br />
<strong>de</strong>stinadas ao ensaio <strong>de</strong> resistência a fungos <strong>de</strong> podridão<br />
mole.<br />
NÍVEIS DE RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
PRODUTO 60 90 130 180<br />
(g) (%) (g) (%) (g) (%) (g) (%)<br />
ESALQ 0,057 7,1 0,077 9,5 0,140 15,4 0,192 19,4<br />
CAF 0,092 11,1 0,117 13,1 0,163 17,0 0,182 18,2<br />
ACESITA 0,093 11,1 0,122 13,2 0,167 17,4 0,207 20,6<br />
MINERAL 0,090 10,9 0,112 12,6 0,138 15,-0 0,177 17,3<br />
TESTEMUNHA: em(g) = 0,020 em(%) = 3,2
Já a retenção, apesar <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> no tratamento e na<br />
seleção <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova, apresentou diferenças, entre os valo-<br />
res médios <strong>do</strong>s quatro níveis <strong>de</strong> retenção, <strong>de</strong> 5,0 kg/m 3 a 10,7kg/m~<br />
Para um mesmo produto e nível <strong>de</strong> retenção ocorreram diferenças <strong>de</strong><br />
até 6,3 kg/m 3<br />
(Tabela 4.24.). Contu<strong>do</strong>, essas variações, mesmo sen-<br />
<strong>do</strong> in<strong>de</strong>sejáveis, não afetaram o resulta<strong>do</strong> final <strong>do</strong> ensaio.<br />
As amostras submetidas à volatilização prévia mos-<br />
traram o mesmo comport.amento verifica<strong>do</strong> no ensaio <strong>de</strong> apodrecimento<br />
acelera<strong>do</strong>, ou seja, quanto mais elevada a retenção maior a porcen-<br />
tagem <strong>de</strong> massa perdida no teste <strong>de</strong> volatilização. Esses resulta<strong>do</strong>s<br />
constam da Tabela 4.25.<br />
A perda <strong>de</strong> massa registrada no ensaio propriamente<br />
dito, tanto em (g) <strong>como</strong> em (%), é apresentada na Tabela 4.26., sen<br />
<strong>do</strong> que a análise <strong>de</strong> variância e os testes <strong>de</strong> comparação entre<br />
dias estão, respectivamente, na Tabela 4.27. e no Anexo 2.<br />
-De-acor<strong>do</strong> .com a norma a<strong>do</strong>tàda para este ensaio( 74) ,<br />
consi<strong>de</strong>ra-se que perdas <strong>de</strong> massa iguais ou superiores a 3,0%<br />
evidências <strong>do</strong> ataque <strong>de</strong> fungos <strong>de</strong> podridão mole. Na Tabela<br />
percebe-se que apenas as amostras tratadas com o <strong>creosoto</strong> mineral<br />
apresentaram perdas abaixo <strong>do</strong> limite fixa<strong>do</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>r-se-ia supor que parte da redução observada na<br />
, -<br />
massa das amostras tivesse si<strong>do</strong> causada pela evaporaçao<br />
.substâncias voláteis <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais, a exemplo <strong>do</strong> que ocor<br />
reu no ensaio anterior. Contu<strong>do</strong>, o fato d~ os corpos <strong>de</strong> prova te-<br />
rem permaneci<strong>do</strong> soterra<strong>do</strong>s no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> ensaio, e ter si<strong>do</strong> efetuada<br />
uma correçao - com base em amostras colocadas em solo esterili<br />
za<strong>do</strong>, tornam muito pequena a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa hipótese ser viá-<br />
vel. Além disso, a comparação entre médias da interação entre si-<br />
tuações e retenções (Tabela A2.2.6.) comprova que não existe um e-<br />
feito constante <strong>do</strong> fator volatilização.<br />
Para auxiliar a análise quantitativa <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />
foram selecionadas as duas amostras que mais per<strong>de</strong>ram massa, em c~<br />
da um <strong>do</strong>s 24 lotes trata<strong>do</strong>s com os <strong>creosoto</strong>s vegetais, para análi-
TABELA 4.26. Valores médios da perda <strong>de</strong> massa, em (g) e (%) , obti<strong>do</strong>s<br />
no ensaio <strong>de</strong> resistência a fungos <strong>de</strong> podridão mole.<br />
,<br />
RETENÇÃO (kg/m 3 PRODUTO<br />
NIVEIS DE<br />
)<br />
situação 60 90 130 180<br />
(g) (%) (g) (%) (g) (%) (g) (%)<br />
ESALQ<br />
n.v. 0,123 16,37 0,037 4,61 0,075 9,54 0,063 7,61<br />
v.<br />
0,045 5,98 0,097 12,66 0,065 8,38 0,075 9,60<br />
CAF<br />
n.v. 0,060 8,07 0,082 11,00 0,117 14,63 0,043 5,15<br />
v.<br />
0,053 7,20 0,084 11,07 0,086 11,49 0,033 4,19<br />
ACESITA<br />
n.v. 0,070 9,37 0,033 4,12 0,038 4,60 0,067 7,43<br />
v.<br />
0,040 5,73 0,093 11,19 0,107 13,10 0,066 8,24<br />
MINERAL<br />
n.v. 0,002 0,20 0,002 0,20 0,000 0,00 0,000 0,00<br />
v.<br />
0,023 3,00 0,003 0,41 0,000 0,00 0,000 0,00<br />
TESTEMUNHA: n.v.(não volatiliza<strong>do</strong>) = 0,060 (g) 8,81 (%)<br />
v. (volatiliza<strong>do</strong>) = 0,065 (g) 9,50 (%)<br />
TABELA 4.27. Análise <strong>de</strong> variância aplieada aos resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> perda<br />
<strong>de</strong> massa <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> resistência a fungos <strong>de</strong> podridão<br />
mole, previamente transforma<strong>do</strong>s para ~X+0,5i •<br />
CAUSA DA<br />
QUADRADO<br />
SIGNIFI-<br />
G.L.<br />
F<br />
VARIAÇÃO MÉDIO CÂNCIA<br />
CREOSOTOS (A) 3 51,8824 32,06 1%<br />
RETENÇÕES (B) 3 1,5212 7,65 1%<br />
SITUAÇÕES (C) 1 0,9657 0,42 ns<br />
INTERAÇÕES<br />
(A)x(B) 9 1,6183 8,14 1%<br />
(A)x(C) 3 1,5018 0,72 ns<br />
(B)x(C) 3 2,3088 11,61 1%<br />
(A)x(B)x(C) 9 2,0974 10,55 1%<br />
,<br />
RESIDUO 160 0,1988
constatou-se que to<strong>do</strong>s os corpos <strong>de</strong> prova tinham, em suas pare<strong>de</strong>s<br />
celulares, cavida<strong>de</strong>s caracteristicas <strong>do</strong> ataque <strong>de</strong> fungos da podri-<br />
dão mole. Essas cavida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser visualizadas na ilustração da<br />
FIGURA 4.4. Ilustração das cavida<strong>de</strong>s causadas pelo ataque <strong>de</strong> fungos<br />
da podridão mole em amostras <strong>de</strong> Guapuruvú.<br />
Dessa forma, a análise qualitativa comprovou que<br />
perda <strong>de</strong> massa verificada ao final <strong>do</strong> ensaio po<strong>de</strong> ser atribuida<br />
<strong>de</strong>gradação biológica.<br />
Além da diferença entre <strong>creosoto</strong>s, função da atua-<br />
ção <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral, a análise da variância acusou também sig-<br />
nificância para o fator retenções e para a interação entre creoso-<br />
tos e retenções. Todavia, no exame da comparação entre médias (Ta-<br />
belas A2.2.2. a A2.2.4.) verifica-se, da mesma forma que para a in<br />
teração com o fator situações, apenas o <strong>creosoto</strong> mineral apresenta<br />
um comportamento lógico, com a perda <strong>de</strong> massa inversamente relacio<br />
nada à retenção. Nos <strong>creosoto</strong>s ESALQ e ACESITA não há diferenças<br />
significativas entre retenções, e para o <strong>creosoto</strong> CAF não é possi-
evi<strong>de</strong>nte que o aumento na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produto impregna<strong>do</strong> na ma-<br />
<strong>de</strong>ira não resulta em maior proteção.<br />
Assim, a análise conjunta <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s reforça a<br />
conclusão anterior sobre a eficiência <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral, e perm!<br />
- ,<br />
te concluir que os <strong>creosoto</strong>s vegetais nao conferem a ma<strong>de</strong>ira prot~<br />
ção contra o ataque <strong>de</strong> fungos <strong>de</strong> podridão mole.<br />
Essa conclusão, que é confirmada por resulta<strong>do</strong>s ob-<br />
ti<strong>do</strong>s no IPT (76,78), permite aprofundar a análise <strong>do</strong>s testes <strong>de</strong><br />
campo realiza<strong>do</strong>s com um <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> folhosas (No-D-K) na década <strong>de</strong><br />
30.(Tabelas 2.9. e 2.10.)<br />
torno <strong>de</strong> 110 kg/m 3<br />
Nesses ensaios, estacas e postes com retenções em<br />
apresentaram durabilida<strong>de</strong>s médias <strong>de</strong>, respecti-<br />
vamente, 3 e 21 anos. A explicação inicial para a acentuada dife-<br />
rença na durabilida<strong>de</strong> foi a volatilização <strong>do</strong> produto, visto que as<br />
estacas possuem uma relação área superficial/volume quatro vezes<br />
maior <strong>do</strong> que os postes. Da mesma forma, a relação perimetro/ seção<br />
transversal é <strong>de</strong> 1,2 nas estacas e <strong>de</strong> 0,3 nos postes, tornan<strong>do</strong> as<br />
estacas muito mais fáceis <strong>de</strong> serem inutilizadas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à podridão<br />
o ataque <strong>de</strong>sses fungos é estritamente superficial,<br />
restringin<strong>do</strong>-se a alguns milimetros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> (87). Em condi<br />
ções <strong>de</strong> campo, essa camada apodrecida é removida pela ação <strong>de</strong> age~<br />
tes fisicos, expon<strong>do</strong> a ma<strong>de</strong>ira e permitin<strong>do</strong> que os fungos <strong>de</strong> podr!<br />
dão mole aprofun<strong>de</strong>m o seu ataque por mais alguns milimetros. Como<br />
esse processo é dinâmico, torna-se evi<strong>de</strong>nte a importância da rela-<br />
ção perimetro/seção transversal na resistência das peças <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>i-<br />
ra à <strong>de</strong>terioração pela podridão mole.<br />
O somatór10 <strong>de</strong> informações disponiveis leva à con-<br />
clusão <strong>de</strong> que a ma<strong>de</strong>ira tratada com os <strong>creosoto</strong>s vegetais e coloc~<br />
da em contato direto com o solo terá sua durabilida<strong>de</strong> seriamente<br />
comprometida em função <strong>do</strong> produto não ser resistente aos fungos<br />
causa<strong>do</strong>res da podridão mole, e ressalta a importância <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvol-<br />
vimento <strong>de</strong> pesquisas objetivan<strong>do</strong> a fortificação <strong>do</strong>s <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
alcatrão vegetal.
massa especifica <strong>como</strong> em relação à retenção. As maiores diferenças<br />
entre os valores médios foram <strong>de</strong> 0,109 g/cm 3 para a massa especif!<br />
ca (Tabela 4.28.) e <strong>de</strong> 5,3 kg/m 3 para a retenção (Tabela 4.29.).<br />
TABELA 4.28. Valores médios <strong>de</strong> massa especifica, em g/cm 3 , das<br />
amostras submetidas ao ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca.<br />
PRODUTO<br />
SITUAÇÃO<br />
Creosoto ESALQ<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 0,539<br />
Creosoto CAF<br />
não volatiliza<strong>do</strong><br />
volatiliza<strong>do</strong><br />
Creosoto ACESITA<br />
0,520<br />
0,532<br />
0,554<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 0,542<br />
Creosoto MINERAL<br />
0,545<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 0,542<br />
0,516<br />
NÍVEIS DE RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
0,558<br />
0,520<br />
0,523<br />
0,551<br />
0,516<br />
l'<br />
0,540<br />
0,530<br />
0,536<br />
0,535<br />
0,548<br />
0,523<br />
0,521<br />
0,539<br />
0,545<br />
0,528<br />
0,545<br />
0,534<br />
0,527<br />
0,499<br />
0,526<br />
0,518<br />
0,526<br />
0,518<br />
0,544<br />
Como era espera<strong>do</strong>, em função <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s<br />
nos ensaios anteriores, a perda <strong>de</strong> massa no teste <strong>de</strong> volatilização<br />
(Tabela 4.30.) manteve uma relação direta com o nivel <strong>de</strong> retenção.
TABELA 4.29. Valores médios <strong>de</strong> retenção, em kg/m 3 , das amostras<br />
submetidas ao ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira seca.<br />
PRODUTO<br />
SITUAÇÃO<br />
Creosoto ESALQ<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 62,3<br />
Creosoto CAF<br />
62,4<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 62,9<br />
Creosoto ACESITA<br />
62,9<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 61,4<br />
Creosoto MINERAL<br />
61,5<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 60,2<br />
60,0<br />
NÍVEIS DE RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
90,8<br />
90,8<br />
90,2<br />
90,3<br />
89,8<br />
89,8<br />
88,7<br />
88,7<br />
13Ó<br />
131,0<br />
131,1<br />
133,5<br />
133,5<br />
134,2<br />
134,2<br />
134,1<br />
134,1<br />
179,7<br />
179,7<br />
178,9<br />
179,0<br />
177,3<br />
177,2<br />
174,6<br />
174,6<br />
TABELA 4.30. Valores médío~ da perda <strong>de</strong> massa verifica<strong>do</strong>s no ensaio<br />
<strong>de</strong> volatilização, em (g) e em (%), das amostras<br />
<strong>de</strong>stinadas ao ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
seca.<br />
NÍVEIS DE RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
PRODUTO 60 90 130 180<br />
(g) (%) (g) (%) (g) (%) (g) (%)<br />
ESALQ 0,583 9,4 0,758 11,5 1,016 13,8 1,272 17,3<br />
CAF 0,599 9,3 0,665 9,9 ,795 11,8 1,017 13,9<br />
ACESITA 0,500 7,9 0,674 10,0 0,882 12,1 1,023 13,9<br />
MINERAL 0,687 11,2 0,830 12,6 1,050 14,7 1,256 16,7<br />
TESTEMUNHA: em(g) = 0,369 em(%) = 6,6
Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ensaio constam das Tabelas 4.31. a<br />
4.33., respectivamente, para as avaliações <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> massa, <strong>do</strong><br />
mortos no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> ensaio. A análise <strong>de</strong> variância aplicada a<br />
esses resulta<strong>do</strong>s po<strong>de</strong> ser vista na Tabela 4.34., sén<strong>do</strong> que os tes-<br />
tes <strong>de</strong> comparação entre médias estão or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s no Anexo 2.<br />
Dos três parâmetros avalia<strong>do</strong>s, a perda <strong>de</strong> massa so-<br />
fre maior influência <strong>de</strong> fatores não controláveis, tais <strong>como</strong> a eva-<br />
poração das substâncias mais vQláteis existentes nos <strong>creosoto</strong>s e a<br />
impregnação <strong>de</strong> residuos fecais ou exsudações <strong>do</strong>s cupins, sen<strong>do</strong>,po~<br />
tanto, o mais dificil <strong>de</strong> se analisar. A avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sgaste, ape<br />
,<br />
sar <strong>de</strong> ser subjetiva, e a que representa <strong>de</strong> maneira mais real a in<br />
tensida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ataque <strong>do</strong>s insetos, sen<strong>do</strong> o parâmetro principal para<br />
a discussão <strong>do</strong> ensaio.<br />
TABELA 4.31~ Valores<br />
,<br />
medios da perda <strong>de</strong> massa, em (g) e em (%), ob<br />
ti<strong>do</strong>s<br />
ca.<br />
no ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira se<br />
NÍVEIS DE RETENÇÃO (kg!m 3 )<br />
PRODUTO<br />
situação 60 9D 130 180<br />
(g) (%) (g) (%) (g) (%) (g) (%)<br />
ESALQ<br />
n.v. 0,138 1,13 0,276 2,13 0,370 2,90 0,412 3,12<br />
v. 0,130 1,09 0,180 1,49 0,200 1,50 0,206 1,61<br />
CAF<br />
n.v. 0,172 1,39 0,216 1,74 0,322 2,48 0,362 2,85<br />
v. 0,150 1,20 0,190 1,46 0,212 1,70 0,198 1,48<br />
ACESITA<br />
n.v. 0,160 1,26 O,270 2,15 0,426 3,12 0,570 4,23<br />
v. 0,364 2,79 0,196 1,54 0,256 1,90 0,280 2,11<br />
MINERAL<br />
n.v. 0,298 2,39 0,334 2,63 0,468 3,52 0,536 3,94<br />
v. 0,168 1,44 0,204 1,64 0,262 2,01 0,246 1,82<br />
TESTEMUNHA: n.v.(não volatiliza<strong>do</strong>) = 0,386 (g) 3,33 (%)<br />
v. (volatiliza<strong>do</strong>) = 0,374 (g) 3,25 (%)
o <strong>creosoto</strong> mineral mais uma vez exibe a sua super1ó<br />
rida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> o produto que sofreu o menor <strong>de</strong>sgaste, tornan<strong>do</strong> a ma<br />
<strong>de</strong>ira ensaiada imune ao ataque <strong>do</strong>s cupins, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> ni<br />
vel <strong>de</strong> retenção e <strong>do</strong> fato <strong>de</strong>la ser submetida à volatilização ou<br />
não. Também foi o produto que causou a maior porcentagem <strong>de</strong> mortos<br />
e em menor perio<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo, sen<strong>do</strong> que seu po<strong>de</strong>r inseticida supe-<br />
rior ao <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais é acentua<strong>do</strong> na menor retenção<br />
(60 kg/m 3 ) e nas amostras volatilizadas em to<strong>do</strong>s os niveis <strong>de</strong> re-<br />
tenção.<br />
o <strong>creosoto</strong> mineral foi o produto mais eficiente na<br />
proteção contra a <strong>de</strong>terioração biológica, mas, curiosamente, foi o<br />
produto que acusou maior perda <strong>de</strong> massa no ensaio <strong>de</strong> cupins (Tabe-<br />
la A2.3.1.). Esse fato, para o qual não há explicação lógica, com-<br />
prova que a perda <strong>de</strong> massa não é um parâmetro a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para avali-<br />
ar o ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins.<br />
TABELA 4.32. Valores médios <strong>do</strong> <strong>de</strong>sgaste sofri<strong>do</strong> pelas amostras <strong>do</strong><br />
ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca.<br />
PRODUTO<br />
SITUAÇÃO<br />
Creosoto ESALQ<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 1,70<br />
Creosoto CAF<br />
1,70 .<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 1,60<br />
Creosoto MINERAL<br />
1,40<br />
1,90<br />
2,10<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 0,10<br />
0,20<br />
NÍVEIS DE RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
r,30<br />
1,10<br />
0,90<br />
1,00<br />
1,40<br />
1,60<br />
0,00<br />
0,00<br />
0,50<br />
0,80<br />
1,00<br />
1,30<br />
0,30<br />
1,40<br />
0,00<br />
0,00<br />
0,30<br />
0,80<br />
0,70<br />
0,90<br />
0,00<br />
0,70<br />
0,00<br />
0,00
TABELA 4.33. Valores médios da porcentagem <strong>de</strong> cupins mortos no ensaio<br />
<strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca. Entre<br />
parênteses é apresenta<strong>do</strong> o tempo médio, em dias, <strong>de</strong>corri<strong>do</strong><br />
para a morte <strong>do</strong>s insetos.<br />
PRODUTO<br />
SITUAÇÃO<br />
Creosoto ESALQ<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 84,5(45)<br />
Creosoto CAF<br />
78,0(45)<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 84,5(45)<br />
Creosoto ACESITA<br />
91,5(45)<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 90,0(45)<br />
Creosoto MINERAL<br />
88,5(45)<br />
não volatiliza<strong>do</strong> 100,0(04)<br />
NÍVEIS DE RETENÇÃO (kg/m 3 )<br />
94,0(45)<br />
88,5(45)<br />
94,0(42)<br />
82,5(45)<br />
99,5(41)<br />
93,5(44)<br />
100,0(10)<br />
99,5(33)<br />
94,5(45)<br />
91,5(43)<br />
91,5(45)<br />
100,0(23)<br />
94,5(44)<br />
100,0(04)<br />
100,0(26)<br />
87,5(45)<br />
99,5(39)<br />
88,5(45)<br />
100,0(12 )<br />
100,0(37)<br />
100,0(06)<br />
99,5(34) 99,0(17) 100,0(10) 100,0(06)<br />
nao - volatiliza<strong>do</strong> =39,5(45) volatiliza<strong>do</strong> = 39,0(45)<br />
TABELA 4.34. Análise <strong>de</strong> variância aplicada aos da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> perda <strong>de</strong><br />
massa, <strong>de</strong>sgaste e porcentagem <strong>de</strong> insetos mortos, <strong>do</strong><br />
ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca.<br />
Os valores <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> -massa e da porcentagem <strong>de</strong> inse<br />
tos mortos foram transforma<strong>do</strong>s, respectivamente, para<br />
~X+0,5i e arc sen \Ix/100' •.<br />
CAUSA<br />
DA<br />
VARIAÇÃO<br />
CREOSOTOS (A)<br />
RETENÇÕES (B)<br />
SITUAÇÕES (C)<br />
INTERACÕES<br />
(A)x(B)<br />
(A)x(C)<br />
(B)x(C)<br />
(A)x(B)x(C)<br />
0,3815 14,24 1%<br />
0,9495 33,60 1%<br />
0,0268 0,95 ns<br />
0,0951 1,92 ns<br />
0,4517 15,98 1%<br />
0,0495 1,75 ns<br />
11,5042 11,68 1%<br />
5,9500 52,89 1%<br />
0,9847 8,75 1%<br />
0,5438 3,78 ns<br />
0,4729 12,61 1%<br />
0,1438 1,28 ns<br />
1906,84 12,86 1%<br />
903,38 25,32 1%<br />
1557,82 11,43 5%<br />
148,25 4,16 1%<br />
133,72 1,10 ns<br />
136,32 3,82 5%<br />
121,03 3,39 1%
Em uma análise geral, o comportamento <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s<br />
vegetais foi similar para o <strong>de</strong>sgaste e para a porcentagem <strong>de</strong> mor-<br />
tos. Detalhan<strong>do</strong>-se a análise nos quatro nlveis <strong>de</strong> retenção,nota-se:<br />
a) nas retenções inferiores o <strong>creosoto</strong> CAF foi o produto mais efi-<br />
ciente, principalmente com 90 kg/m 3<br />
b) nas retenções mais elevadas o <strong>creosoto</strong> ACESITA fói superior,<br />
principalmente na situação não volatiliza<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> igualou-se<br />
ao <strong>creosoto</strong> mineral;<br />
c) o <strong>creosoto</strong> ESALQ sempre teve um comportamento intermediário en-<br />
tre os outros <strong>do</strong>is produtos <strong>de</strong> origem vegetal.<br />
;<br />
Enquanto que no ensaio <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong> o<br />
<strong>creosoto</strong> mais "leve" (ESALQ) foi o melhor <strong>de</strong>ntre os vegetais, no<br />
ensaio <strong>de</strong> cupins o <strong>creosoto</strong> ACESITA (o mais "pesa<strong>do</strong>") teve um <strong>de</strong>-<br />
sempenho mais <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>. Essa situação, que está relacionada com a<br />
diferente forma <strong>de</strong> fungos e insetos <strong>de</strong>gradarem a ma<strong>de</strong>ira, é um in-<br />
dicativo <strong>de</strong> que os compostos mais "pesa<strong>do</strong>s" <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais<br />
também são importantes na ação preservativa <strong>do</strong> produto.<br />
Verificou-se que a retenção está diretamente rela-<br />
cionada com a porcentagem <strong>de</strong> mortos e inversamente relacionada com<br />
o <strong>de</strong>sgaste, tanto para amostras volatilizadas ou não, quan<strong>do</strong> anali<br />
sadas por situação.<br />
A retenção <strong>de</strong> 60 kg/m 3<br />
foi a que menos protegeu a<br />
ma<strong>de</strong>ira, sen<strong>do</strong> os seus resulta<strong>do</strong>s estatisticamente diferentes em<br />
relação ~s <strong>de</strong>mais retenções. Os resulta<strong>do</strong>s das retenções <strong>de</strong> 130<br />
kg/m 3 e 180 kg/m 3 não diferiram entre si ao nlvel <strong>de</strong> 1% <strong>de</strong> probab!<br />
lida<strong>de</strong>s no teste <strong>de</strong> Tukey.<br />
Contu<strong>do</strong>, o efeito <strong>do</strong> fator retenções sofreu a influ<br />
ência da volatilização, notadamente nas retenções superiores. O<br />
<strong>de</strong>sgaste <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova previamente submeti<strong>do</strong>s ~ volatiliza-<br />
ção é maior <strong>do</strong> que os não volatiliza<strong>do</strong>s nas retenções <strong>de</strong> 130 kg/m 3<br />
e 180 kg/m 3 , e, na mesma comparação, a porcentagem <strong>de</strong> mortos é me-<br />
nor. Esse comportamento, similar ao ocorri<strong>do</strong> no ensaio <strong>de</strong> apodrec!<br />
mento acelera<strong>do</strong>, po<strong>de</strong> também ser explica<strong>do</strong> pela evaporação <strong>de</strong> al-<br />
guns <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s durante o ensaio.<br />
A liberação <strong>de</strong> vapores tóxicos contribuiria para m~<br />
tar os cupins mais rapidamente, com o que evita-se o <strong>de</strong>sgaste; si-
tuação que seria mais acentuada nas retenções elevadas.As amostras<br />
previamente volatilizadas estariam liberan<strong>do</strong> menos vapores, obten-<br />
<strong>do</strong>-se então um resulta<strong>do</strong> inverso. Para comprovar essa explicação<br />
temos o fato <strong>de</strong> que os corpos <strong>de</strong> prova não volatiliza<strong>do</strong>s sempre a-<br />
.<br />
presentaram maior perda <strong>de</strong> massa, para os quatro niveis <strong>de</strong> reten-<br />
Ensaios conduzi<strong>do</strong>s pelo IPT (75,77) forneceram re-<br />
sulta<strong>do</strong>s semelhantes, isto é, o <strong>creosoto</strong> vegetal com retenções aci<br />
ma <strong>de</strong> 130 kg/m 3 proporciona à ma<strong>de</strong>ira um eleva<strong>do</strong> nivel <strong>de</strong> proteção<br />
contra o ataque <strong>de</strong> cupins, e que essa proteção po<strong>de</strong> ser melhorada<br />
pela mistura com o <strong>creosoto</strong> mineral ou pelo tratamento quimico <strong>do</strong><br />
<strong>creosoto</strong> vegetal.<br />
Comparan<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios biológicos,<br />
conclue-se que a ação inseticida <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal é mais acentu<br />
ada <strong>do</strong> que a sua açio fungicida, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser comparada à <strong>do</strong> creoso<br />
to mineral. Aliás, essa conclusão está <strong>de</strong> 'acor<strong>do</strong> com a ampla indi-<br />
cação <strong>do</strong>s <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alcatrão vegetal para uso no combate a in-<br />
setos (19,98~117,122,149,150,151).<br />
Analisan<strong>do</strong>-se o conjunto <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios<br />
biológicos não se po<strong>de</strong> recomendar o uso <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal puro,<br />
na forma <strong>como</strong> foi produzi<strong>do</strong> para esta pesquisa, para o tratamento<br />
l'<br />
industrial <strong>de</strong> peças estruturais <strong>como</strong> postes e <strong>do</strong>rmentes, por exem-<br />
plo. Os principais impedimentos para tal seriam a tolerância pelos<br />
fungos <strong>de</strong> podridão mole e a alta corrosivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto, discuti<br />
da anteriormente.<br />
Todavia, os produtos ensaia<strong>do</strong>s apresentaram caracte<br />
risticas que permitem classificá-los <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong>s <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>i-<br />
ras, que se forem aprimora<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>rão vir a ser excelentes produ-<br />
tos. Essas caracteristicas favoráveis permitem sugerir o seu uso,<br />
no momento, para o tratamento <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> menor comprometimento e~<br />
trutural, tais <strong>como</strong> moirões para cercas ou peças para uso sem con-<br />
tato direto com o solo, realizan<strong>do</strong>-se a impregnação por intermédio<br />
<strong>de</strong> processos sem pressão. Da mesma forma, é importante que se 'dê<br />
continuida<strong>de</strong> ao aprimoramento <strong>do</strong> produto, procuran<strong>do</strong> eliminar seus<br />
pontos fracos e estabelecer uma norma para seu uso.
TABELA 4.35. Permeabilida<strong>de</strong> das ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> Pinus (p) e ~lburno <strong>de</strong><br />
<strong>Eucalyptus</strong> (E), em relação aos <strong>creosoto</strong>s vegetais e<br />
mineral. Cada valor é a média <strong>de</strong> 10 repetições, com o<br />
coeficiente <strong>de</strong> variação apresenta<strong>do</strong> entre parênteses.<br />
CREOSOTOS<br />
P E R M E A B I L I D A D E<br />
unida<strong>de</strong> tradicional unida<strong>de</strong> SI<br />
(em" /cm.atm.s)<br />
(m" .m/N.s)<br />
(p) (E) (p) (E)<br />
-10<br />
-10<br />
ESALQ 0,0404 (85,3) 0,980 (72,7) 0,40xJ..0 (85,3) 9,67x10 (72,7)<br />
-10<br />
-10<br />
CAF 0,0243 (106,7) 0,450 (87,1) 0,24x10 (106,7) 4,44x10 (87,1)<br />
-10<br />
-10<br />
ACESITA 0,0284 (81,2) 0,504 (37,5) 0,28x10 (81,2) 4,98x10 (37,5)<br />
-10<br />
-10<br />
MINERAL 0,0168 (92,1) 1,588 (76,1) 0,17x10 (92,1) 16,34x10 (76,1)<br />
Na Tabela 4.35., que apresenta os valores médios da<br />
permeabilida<strong>de</strong> das ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> Pinuse <strong>Eucalyptus</strong> (alburno) aos<br />
<strong>creosoto</strong>s, notam-se <strong>do</strong>is aspectos importantes: o alburno <strong>de</strong> EucalI<br />
ptus mostrou ser mais permeável que o Pinus e a primeira espécie<br />
foi mais permeável ao <strong>creosoto</strong> mineral <strong>do</strong> que aos <strong>creosoto</strong>s vege -<br />
tais, resulta<strong>do</strong>s aparentemente contrários aos que po<strong>de</strong>riam ser es-<br />
pera<strong>do</strong>s em função das características das ma<strong>de</strong>iras e <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s.<br />
A ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Pinus é tida"<strong>como</strong> altamente permeável,<br />
e os da<strong>do</strong>s da Tabela 2.8. <strong>de</strong>monstram que o Pinus sempre atinge re-<br />
tenções superiores à <strong>do</strong> <strong>Eucalyptus</strong>,sob as mesmas condições <strong>de</strong> tra-<br />
tamento. Assim, era <strong>de</strong> se esperar que a permeabilida<strong>de</strong> apresentas-<br />
se relação semelhante.<br />
Durante as medições experimentais observou-se que,<br />
nas amostras <strong>de</strong> Pinus, o fluxo <strong>do</strong>s óleos ocorria quase que exclus!<br />
vamente nas camadas <strong>de</strong> lenho tardio. Alguns <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova f~<br />
ram corta<strong>do</strong>s após o ensaio, verifican<strong>do</strong>-se que o lenho inicial não<br />
continha o <strong>creosoto</strong> ,comprovan<strong>do</strong> que nao - havia ocorri<strong>do</strong> fluxo <strong>do</strong><br />
produto nesse teci<strong>do</strong> lenhoso. Assim, a área efetiva <strong>de</strong> vazão era ,<br />
na realida<strong>de</strong>, muito inferior à área transversal da amostra.<br />
O fato <strong>do</strong> lenho tardio ser mais permeável <strong>do</strong> que o<br />
lenho inicial, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à menor aspiração das pontuações durante a
secagem, é amplamente conheci<strong>do</strong> e registra<strong>do</strong> (56,66,130, 131). O<br />
que ocorre durante um tratamento em autoclave é que a pressão uti-<br />
lizada para injetar o <strong>preservativo</strong>, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 686 kPa a 1.180kPa<br />
(7 kgf/cm 2<br />
a 12 kgf/cm 2 ), promove a <strong>de</strong>sobstrução das pontuações e,<br />
consequentemente, a impregnação total da ma<strong>de</strong>ira.<br />
O diferencial <strong>de</strong> pressão a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> no ensaio <strong>de</strong> per -<br />
meabilida<strong>de</strong> (51 kPa) <strong>de</strong>ve ter si<strong>do</strong> insuficiente para <strong>de</strong>sobstruir<br />
as pontuações, contribuin<strong>do</strong> para que o valor registra<strong>do</strong> da permea-<br />
.. ~ ,.,. ~,,,<br />
blllda<strong>de</strong> nao representasse o comportamento da especie quanto a sua<br />
tratabilida<strong>de</strong>. Portanto, po<strong>de</strong>-se concluir que o ensaio <strong>de</strong> permeab!<br />
lida<strong>de</strong> proposto no presente trabalho não é a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para prever a<br />
-<br />
tratabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira, especialmente para as <strong>do</strong> gênero Pinus.<br />
Em função das viscosida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s (Tabela 4.<br />
11.), esperava-se obter, para as duas espécies <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, result~<br />
<strong>do</strong>s semelhantes da permeabilida<strong>de</strong> aos <strong>creosoto</strong>s ESALQ e mineral.<br />
Contu<strong>do</strong>, enquanto que a ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> acusou um valor <strong>de</strong><br />
permeabilida<strong>de</strong> ao óleo mineral cerca <strong>de</strong> 60% superior ao produto<br />
ESALQ, o comportamento da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Pinus foi o inverso.<br />
corri<strong>do</strong>, " proce<strong>de</strong>u-se a: ,<br />
a) uma nova <strong>de</strong>terminação da viscosida<strong>de</strong>, visto 'que os óleos perma-<br />
neceram armazena<strong>do</strong>s por um perio<strong>do</strong> <strong>de</strong> aproximadamente <strong>do</strong>ze me -<br />
ses antes <strong>de</strong> ser efetua<strong>do</strong> o ensaio <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong>. Na compa-<br />
ração <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s (Tabela 4.36.) nota-se que a viscosida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais aumentou com o envelhecimento <strong>do</strong> produto,<br />
indican<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existirem reações <strong>de</strong> polimerização<br />
entre as substâncias existentes nos óleos.<br />
b) uma nova medição da permeabilida<strong>de</strong>. da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Pinus aos<br />
<strong>creosoto</strong>s ESALQ e mineral utilizan<strong>do</strong> cinco amostras pareadas(<strong>de</strong>'<br />
radas duas amostras, uma para o ensaio com o produto vegetal e<br />
a outra para o mineral), visan<strong>do</strong> verificar um possivel efeito<br />
da variabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira nos resulta<strong>do</strong>s iniciais <strong>do</strong> ensaio.
·~À'09 •<br />
<strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong> aos <strong>do</strong>is <strong>creosoto</strong>s (0,30 x 10-11 m 3 .m/N.s. p~<br />
ra o mineral e 0,31 x 10- 11 m 3 .m/N.s. para o vegetal), porém ni<br />
tidamente inferiores aos obti<strong>do</strong>s no ensaio anter~or.<br />
TABELA 4.36. Viscosida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais e mineral, a<br />
,<br />
ratura ambiente, antes e apos armazenamento.<br />
POISE (gm/cm.s) Pa.s ou N. s/m 2<br />
CREOSOTO , ,<br />
ANTES APOS ANTES APOS<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
MINERAL<br />
.•.<br />
temp~<br />
. - 2 _2 -3 -3<br />
8,9)(10· 13,0)(10 8,9)(10 13,0)(10<br />
-2 -2 -3 -3<br />
17,8xl0 30,8xl0 17,8xl0 30,8xl0<br />
-2 -2 -3 -3<br />
32,5xl0 41,lxl0 32,5xl0 41,lxl0<br />
-2 -2 -3 -3<br />
- 10,5xl0 10,8xl0 10,5xl0 10,8xl0<br />
Deve-se consi<strong>de</strong>rar também, que o teor <strong>de</strong> substân<br />
cias fen6licas presentes no <strong>creosoto</strong> mineral (~ci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alcatrio)é<br />
durante o fluxo nos capilares (131), originan<strong>do</strong> uma resistência ao<br />
escoamento <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, e que ten<strong>de</strong> a dimÍnuir a medida em que os ra<br />
dicals livres na pare<strong>de</strong> celular ligam-se aos radicais <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>.<br />
Isso posto, é possível supor que na ma<strong>de</strong>ira <strong>do</strong> aI -<br />
burno <strong>de</strong> <strong>Eucalyptus</strong> a resistência ao fluxo seja bem maior pois o<br />
contato entre as pare<strong>de</strong>s celulares e o flui<strong>do</strong> ocorre em toda a a-<br />
mostra. Esta suposição, aliada aos resulta<strong>do</strong>s da segunda <strong>de</strong>termina<br />
ção da viscosida<strong>de</strong>, explicaria a maior permeabilida<strong>de</strong> em<br />
ao <strong>creosoto</strong> mineral.<br />
Segun<strong>do</strong> o mesmo raciocínio, po<strong>de</strong>r-se-ia supor que<br />
na ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Pinus ocorra a r~pida saturação <strong>do</strong>s radicais livres<br />
nas pare<strong>de</strong>s celulares, uma vez que a área <strong>de</strong> contato entre o flui-<br />
<strong>do</strong> e o teci<strong>do</strong> lenhoso restringiu-se à camada <strong>de</strong> lenho tardio, re-<br />
sultan<strong>do</strong> em maior permeabilida<strong>de</strong> aos <strong>creosoto</strong>s vegetais. Contu<strong>do</strong>,<br />
o resulta<strong>do</strong> das mensurações em amostras pareadas são <strong>de</strong>z vezes me-
nores <strong>do</strong> que os valores obti<strong>do</strong>s anteriormente, tornan<strong>do</strong> dificil ex<br />
plicar o comportamento observa<strong>do</strong> basean<strong>do</strong>-se na viscosida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />
flui<strong>do</strong>s e na atração entre flui<strong>do</strong> e teci<strong>do</strong> lenhoso.<br />
variação<br />
Na Tabela 4.35. observa-se que os coeficientes <strong>de</strong><br />
.<br />
<strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong> são extremamente eleva<strong>do</strong>s,co~<br />
provan<strong>do</strong> a variabilida<strong>de</strong> intrinseca da ma<strong>de</strong>ira. O efeito das carac<br />
teristicas anatômicas da ma<strong>de</strong>ira, principalmente para o Pinus em<br />
função das diferentes proporções entre lenhos inicial e tardio, p~<br />
<strong>de</strong> ser superior ao efeito da viscosida<strong>de</strong> e da resistência ao fluxo,<br />
mascaran<strong>do</strong> as mensurações <strong>do</strong> escoamento <strong>do</strong>s óleos através <strong>do</strong>s cor-<br />
Mesmo admitin<strong>do</strong>-se que as diferenças observadas na<br />
permeabilida<strong>de</strong> não irão alterar a tratabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira, visto<br />
que tanto a pressão corno o tempo sob pressão po<strong>de</strong>m ser controla<strong>do</strong>s<br />
durante o,processo <strong>de</strong> tratamento em autoclave e no processo <strong>do</strong> ba-<br />
nho -quente e frio (que não utiliza pressão') a viscosida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser<br />
sensivelmente diminuida com o aumento da temperatura, as informa-<br />
ções obtidas revelam-se importantes na indicação <strong>de</strong> novos aspectos<br />
a serem estuda<strong>do</strong>s, com o objetivo <strong>de</strong> aprimorar a qualida<strong>de</strong> e viabi<br />
lizar o uso <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais.<br />
Se realmente ocorrem reações <strong>de</strong> polimerização nos<br />
óleos, ocorrerão modificações na composição quimica, com<br />
no escoamento <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais. são fatos que, embora não te<br />
nham contribul<strong>do</strong> diretamente para os objetivos especificos <strong>do</strong> estu<br />
<strong>do</strong> em questão, suscitam dúvidas a serem abordadas em futuras pes-<br />
quisas acadêmicas.<br />
Pelos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> amolecimento percebe-<br />
se que o alcatrão CAF po<strong>de</strong>ria ter sua <strong>de</strong>stilação prolongada a te~<br />
peraturas acima <strong>de</strong> 200 0 C, o que resultaria em maior rendimento e
aumentaria a proporção <strong>de</strong> substâncias "pesadas" no <strong>creosoto</strong>,<br />
prováveis efeitos em sua toxi<strong>de</strong>z. O alcatrão ACESITA havia<br />
com<br />
~<br />
si<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>stila<strong>do</strong> a uma temperatura bem próxima da máxima admissivel, con-<br />
forme discuti<strong>do</strong> no item 4.1., e o fato <strong>do</strong> seu piche residual apre-<br />
sentar a maior temperatura para o amolecimento confirma que os ól~<br />
os já haviam si<strong>do</strong> retira<strong>do</strong>s em sua quase totalida<strong>de</strong>. O<br />
TABELA 4.37. Caracteristicas <strong>do</strong> piche residual, resultante das <strong>de</strong>s<br />
tllações <strong>do</strong>s alcatrões ESALQ,CAF e ACESITA.<br />
CARACTERÍSTICA<br />
to<br />
PONTO DE AMOLECIMENTO (oC)<br />
PODER CALORÍFICO (kcal/kg)<br />
(kJ/kg)<br />
ORIGEM DO ALCATRÃO<br />
ESALQ CAF ACESITA<br />
7.495<br />
31.380<br />
6.787<br />
28.416<br />
7.097<br />
29.714<br />
Esses resulta<strong>do</strong>s reforçam a diferença existente en-<br />
tre os alcatrões em função da origem diversa, e indicam que o pro-<br />
cessamento <strong>de</strong>ve ser ajusta<strong>do</strong> individualmente a cada produto.<br />
Todavia, o aspecto mais importante na caracteriza-<br />
ção <strong>do</strong> piche é o seu po<strong>de</strong>r calorifico. O alcatrão, cujo po<strong>de</strong>r calo<br />
~ -<br />
rifico var.ia <strong>de</strong> 5.470 kcal/kg até 6.000 kcal/kg (53,54,79), atual-<br />
casos, <strong>como</strong> substituto direto <strong>do</strong> óleo combustivel (53,54). Devi<strong>do</strong><br />
aos aspectos'politicos/estratégicos <strong>de</strong> substituição <strong>do</strong>s <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> petróleo, o uso <strong>do</strong> alcatrão <strong>como</strong> fonte energética exerceria for<br />
te concorrência para o seu emprego na preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />
Toman<strong>do</strong> <strong>como</strong> base o alcatrão ACESITA, com um po<strong>de</strong>r<br />
calorifico <strong>de</strong> 6.000 kcal/kg (25.120 kJ/kg), e os rendimentos da Ta<br />
bela 4.4., tem-se que uma tonelada <strong>de</strong> alcatrão geraria 6 x 10 9 cal<br />
(2,5 x 10 10 J). Após a <strong>de</strong>stilação seriam obti<strong>do</strong>s 267 kg <strong>de</strong> creoso-<br />
to e 572 kg <strong>de</strong> piche, capaz <strong>de</strong> gerar energia equivalente a 4 x 10 9<br />
cal (1,7 x 10 10 J). Assim, a perda energética seria <strong>de</strong> aproximada-<br />
mente 33% apenas.
mistura<strong>do</strong> com finos ou pó <strong>de</strong> carvão para a obtenção <strong>de</strong> briquet~,<br />
ou na impregnação <strong>do</strong> próprio carvão vegetal para aumentar o seu p~<br />
<strong>de</strong>r calorlfico por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volume, po<strong>de</strong>-se afirmar que a <strong>de</strong>sti-<br />
lação <strong>do</strong> alcatrão para a produção <strong>de</strong> <strong>creosoto</strong> nao irá anular com-<br />
pletamente as vantagens <strong>de</strong> sua utilização <strong>como</strong> combustlvel.<br />
estu<strong>do</strong>s nesse senti<strong>do</strong>. Assim, os resulta<strong>do</strong>s e a experi~ncia adqui-<br />
ri<strong>do</strong>s no <strong>de</strong>correr da pesquisa permitem indicar, com mais propried~<br />
<strong>de</strong>, aspectos importantes a serem estuda<strong>do</strong>s; e <strong>de</strong>ssa forma, apreseg<br />
tar mais uma colaboração para o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico <strong>do</strong>s se<br />
tores qulmico e florestal.<br />
Essas sugetões são resumidas a seguir:<br />
qulmica <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s, estudar a proporção mais a<strong>de</strong>quada entre<br />
substâncias "leves" e "pesadas", objetivan<strong>do</strong> estabelecer um pa-<br />
drão para o produto, a exemplo <strong>do</strong> exí'stente para o <strong>creosoto</strong> mi-<br />
neral;<br />
b) <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> técnicas ou processos que eliminem o caráter<br />
corrosivo <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal, visto que este é um forte imped~<br />
mento para a sua utilização a nlvel industrial;<br />
c) uma vez que os ensaios em laboratório mostraram que o <strong>creosoto</strong><br />
tantes os estu<strong>do</strong>s que visem fortificar ou complementar a<br />
tóxica <strong>do</strong> produto;<br />
d) consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que o <strong>creosoto</strong> vegetal po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong> no
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras através <strong>de</strong> processos sem pressão;<br />
e) o <strong>creosoto</strong> vegetal possui um o<strong>do</strong>r caracteristico e <strong>de</strong>sagradável,<br />
mas apresenta a vantagem <strong>de</strong> ser claro e alterar muito pouco a<br />
coloração natural da ma<strong>de</strong>ira, principalmente as frações mais le<br />
ves. Assim, uma excelente oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>' é o <strong>de</strong>senvolvi<br />
mento <strong>de</strong> um produto para aplicação superficial em ma<strong>de</strong>iras fora<br />
<strong>de</strong> contato direto com o solo;<br />
f) a conclusão <strong>de</strong>finitiva sobre um <strong>preservativo</strong> ainda é o resul\a-<br />
<strong>do</strong> final <strong>de</strong> um campo <strong>de</strong> apodrecimento, cujo planejamento e ins-<br />
talação abrem outra perspectiva para estu<strong>do</strong>s;<br />
g) indiretamente relaciona<strong>do</strong> com a utilização <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal<br />
na preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras, o aproveitamento energético <strong>do</strong> pi-<br />
che residual vai <strong>de</strong> encontro à politica governamental para o se<br />
tor, e abre um amplo campo para pesquisas;<br />
h) se conhecidas as causas <strong>do</strong> aumento da viscosida<strong>de</strong> com o envelhe<br />
cimento <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal, é bem provável que esse comporta-<br />
mento possa ser utiliza<strong>do</strong> para melhorar suas caracteristicas co<br />
mo <strong>preservativo</strong>, seja na obtenção <strong>de</strong> um produto mais pesa<strong>do</strong> e<br />
estável ou no enriquecimento <strong>do</strong> produto com outras substâncias<br />
biocidas;<br />
i) o conhecimento <strong>do</strong> comportamento fisico <strong>do</strong>s <strong>preservativo</strong>s permi-<br />
,<br />
te o aprimoramento <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> tratamento, tanto os que u-<br />
tilizam pressão <strong>como</strong> os sem pressão. Assim, um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>talha<strong>do</strong><br />
sobre o fluxo <strong>do</strong>s óleos vegetais na ma<strong>de</strong>ira irá contribuir para<br />
um melhor aproveitamento <strong>do</strong>s produtos em questão.
A partir <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, e com base na aná-<br />
lise e discussão <strong>do</strong>s mesmos, po<strong>de</strong>m ser tiradas as s~guintes conclu<br />
soes: -<br />
01. <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às diferenças nos processos <strong>de</strong> carbonização e recupera-<br />
ção, os três alcatrões utiliza<strong>do</strong>s apresentaram diferentes com-<br />
portamentos quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s sob idênticas condições;<br />
02. a redução da pressãorto processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação resultou em um<br />
acréscimo <strong>de</strong> 6,8% a 27,1% no rendimento gravimétrico <strong>do</strong>s <strong>de</strong>st.!.<br />
la<strong>do</strong>s, em comparação com a <strong>de</strong>stilação sob pressão ambiente;<br />
03. o alcatrão bruto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da,origem, apresentou baixa to-<br />
xi<strong>de</strong>z "in vitro", o que não recomenda a sua utilização <strong>como</strong> um<br />
<strong>preservativo</strong> para ma<strong>de</strong>iras;<br />
04. as condições <strong>de</strong> carbonização e recuperação são fatores <strong>de</strong> rele<br />
vante influência nas características e proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> alca-<br />
trão e, consequentemente, <strong>do</strong>s posteriores <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s;<br />
05. não é recomendável o fracionamento <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> vegetal, pois<br />
irá prejudicar a sua toxi<strong>de</strong>z em relação aos fungos apodrece<strong>do</strong>-<br />
06. a análise química permitiu i<strong>de</strong>ntifiçar <strong>de</strong> 25,1% a 40,1% das<br />
substâncias não aquosas presentes nos <strong>creosoto</strong>s vegetais, con-<br />
firman<strong>do</strong> a composição pre<strong>do</strong>minantemente fenólica <strong>do</strong>s mesmos;<br />
07. a elevada corrosivida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s -vegetais, provavelmente<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a presença <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s carboxílicos, é o principal fator,<br />
sob o enfoque operacional, inviabilizan<strong>do</strong> a utilização <strong>do</strong>s mes<br />
mos em operações in~ustriais <strong>de</strong> trataQento da ma<strong>de</strong>ira;<br />
08. em to<strong>do</strong>s os ensaios biológicos realiza<strong>do</strong>s, o <strong>creosoto</strong> mineral<br />
mostrou ser um <strong>preservativo</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras superior aos seus simi<br />
lares vegetais;<br />
09. <strong>do</strong>s produtos <strong>de</strong> o~igem vegetal, o <strong>creosoto</strong> ESALQ foi o que se<br />
mostrou mais tóxico aos fungos <strong>de</strong> podridões branca e parda,pro<br />
vavelmente por conter maior proporção <strong>de</strong> substâncias com temp~<br />
ratura <strong>de</strong> ebulição abaixo <strong>de</strong> 230 0 C;
10. os fungos Fomes connatus e Polyporus fumosus foram, <strong>de</strong>ntre os<br />
quatro fungos utiliza<strong>do</strong>s, os mais agressivos à ma<strong>de</strong>ira tratada<br />
com os <strong>creosoto</strong>s vegetais, o que os torna indica<strong>do</strong>s para o en-<br />
saio da toxi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> substânc~as fenólicas;<br />
11. embora não atinja8 o mesmo nivel <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> mineral, os creo-<br />
sotos vegetais conferem à ma<strong>de</strong>ira um bom nivel <strong>de</strong> proteçãó co~<br />
tra o ataque <strong>do</strong>s fungos causa<strong>do</strong>res das podridões branca e par-<br />
da;<br />
12. os três <strong>creosoto</strong>s vegetais ensaia<strong>do</strong>s não apresentaram resistên<br />
cia contra os fungos <strong>de</strong> podridão mole, caracteristica in<strong>de</strong>sej~<br />
vel que diminuirá a durabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira tratada com esses<br />
produtos, quan<strong>do</strong> colocada em contato com o solo;<br />
13. os <strong>creosoto</strong>s vegetais mostraram boa resistência contra o ata-<br />
que <strong>de</strong> cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca, sen<strong>do</strong> que o <strong>creosoto</strong>ACESITA<br />
compara-se ao <strong>creosoto</strong> mineral para retenções acima <strong>de</strong> 130<br />
kg/m 3<br />
e não submeti<strong>do</strong> à volatilização;'<br />
14. as caracteristicas <strong>do</strong>s <strong>creosoto</strong>s vegetais utiliza<strong>do</strong>s nesta pe~<br />
quisa não recomendam a utilização <strong>do</strong>s mesmos na preservação <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>iras com função estrutural, mas é sugeri<strong>do</strong> o uso no trata<br />
mento <strong>de</strong> peças com menor comprometimento ou fora <strong>de</strong> contato di<br />
reto com o solo, efetuan<strong>do</strong>-se a impregnação através <strong>de</strong> proces-<br />
J"
001.. ALl\1EIDA,t·'I.R. - Recuperação <strong>de</strong> alc~o em fornos <strong>de</strong> alvenaria.<br />
in: Fundação Centro Tecnológico <strong>de</strong>,Minas Gerais. Produção<br />
e utilização <strong>de</strong> carvão vegetal. Belo Horizonte, 1982.<br />
p. 175-80. •<br />
002. ALMEIDA, M.R. & M.E.A. REZENDE. - o processo <strong>de</strong> carbonização<br />
continua da ma<strong>de</strong>ira. in: Fundação Centro Tecnológico <strong>de</strong><br />
Minas Gerais. Produção e utilização <strong>do</strong> carvão vegetal.Be-<br />
10 Horizonte, 1982. p.141-56.<br />
003. AJ.1ERICANSOCIETY FOR TESTING AND MAT~RIALS. - Standard method<br />
D-130: <strong>de</strong>tection of copper corrosion from petroleum products<br />
bythe copper strip tarnish testo Annual book of<br />
ASTM standards, part 05. Phila<strong>de</strong>lphia, 1975. p.109-16.<br />
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. - Standard<br />
D-1413: testing wood preservatives by laboratory<br />
block cultures. Annual book of ASTM standards, part<br />
la<strong>de</strong>lphia, 1981. p.450-8.<br />
method<br />
soil-<br />
22.Phi<br />
005. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. - Standard test<br />
method D-36: softning point of bitumem. Annual book of<br />
ASTM standards, part 4. Phila<strong>de</strong>lphia, 1976. p.12-16.<br />
006. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. -'Standard test<br />
method D-369: specific gravity of creosote fractions and<br />
residue. Annual book of ASTM standards, part 22. Phila<strong>de</strong>lphia,<br />
1976. p.164-6.<br />
007. AMERICAN WOOD PRESERVER'S ASSOCrATION. - Standard A-1: standard<br />
-methôd for analysisof creosote and oil-type preserv!<br />
tives. AWPA book of standards, Washington, 1978.<br />
008. M~ERICAN WOOD PRESERVER'S ASSOCIATION. - Standard P-1: standard<br />
for coal tar creosote for land and fresh water use.<br />
AWPA book of standards, Washington, 1978.<br />
009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CARVÃO VEGETAL. - Boletim Informati-<br />
~. Belo Horizonte, 1984. 20 p.<br />
010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CARVÃO VEGETAL / INSTITUTO BRASILEI-<br />
RO DE SIDERURGIA. - Programa <strong>de</strong> apoio ao reflorestamento<br />
da si<strong>de</strong>rurgia a carvão vegetal. Belo Horizonte, 1979. s.p.<br />
011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOID·~S TÉCNICAS. - Determinação <strong>do</strong><br />
po<strong>de</strong>r calorifico superior, a volume constante, <strong>do</strong> carvão,<br />
pelo méto<strong>do</strong> da bomba calorimétrica(MB-51R). Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
ABNT, 1945. 2p.
012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR~~S TÉCNICAS. - Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensaio<br />
para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> Saybolt <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong><br />
petróleo.(MB-326). Rio <strong>de</strong> Janeiro, ABNT,1965. IIp.<br />
013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR~ffiSTÉCNICAS. - Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensaio<br />
para <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> indice <strong>de</strong> neutralização - méto<strong>do</strong> potenciométrico.(MB-494).<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, ABNT, 1970. 13p.<br />
014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRESERVADORES DE MADEIRA. - Normas e<br />
especificações da ABNT.: postes <strong>de</strong> eucalipto preserva<strong>do</strong>s<br />
sob pressão. Boletim Técnico, são Paulo, .!.(1):39-64. 1973.<br />
015. BABICKI, R.et allii. - Thermal <strong>de</strong>composition un<strong>de</strong>r laboratory<br />
conditions of seven woods from Chile. Reports of the<br />
Wood Technology Institute, v.XX, 2(66):3-16. 1973. (translação,<br />
Environment Canada Translation OOENV TR-1826, Ottawa,<br />
1979)<br />
016.BAECHLER, R.H. - Naval stores and <strong>de</strong>rivatives as wood preserv~<br />
tives. Southern Lurnberman, 183(2297):160-2. 1951.<br />
017. BAECHLER, R.H. - Toxicity of various fractions of low-temper~<br />
ture coal-tar creosote. AWPA Proceedings, Washington, 49:<br />
12-6. 1953.<br />
018. BAECHLER, R~H. & L.R. GJOVIK. - Relation between distillation<br />
pattern of creosote and its effectiveness as <strong>de</strong>terminedby<br />
the soil-block method. AWPA Proceedings, Washington, 61:<br />
130-9. 1965.<br />
019. BEGLINGER, E. - Distillation of resinous wood. Madison,Forest<br />
Products Laboratory, sd. 8p. ,;<br />
020. BEHR, E.A. - Development of respirometry as a method for evaluating<br />
wood preservatives. Forest Products Journal, Madison,<br />
22(4):26-31. 1972.<br />
021. BLEW, J.O. - Comparison of preservatives in Mississipi fence<br />
post study after 10 years of service. AWPA Proceedings,<br />
Washington, 43:26-41. 1947.<br />
022. BLEW, J.O. & F.J. CHAMPION. - Preservative treatment of fence<br />
posts and farm timbers. Washington, U.S.Dep. of Agriculture,<br />
1952. 33p.<br />
023. BLEW,J.O. & H.R. JOHNSTON. - An international termite exposy,<br />
re test-twenty second progress reporto Washington, AWPA,<br />
1956. 10p.<br />
024. BLEW. J.O. & J.W. KULP. - Comparison of wood preservatives in<br />
Mississipi post study(1954 progress report). Madison, Forest<br />
Service, 1954. 15p. (Report n g 1757)
025. BLEW, J.O. & J.W. KULP. - Comparison of wood preservatives in<br />
Mississipi post study.(1963 Progress Report). Madison, Forest<br />
Service, 1993. 22p.<br />
026. BOTELHO, E.A. - Novos <strong>preservativo</strong>s <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Boletim <strong>do</strong><br />
Instituto Nacional <strong>de</strong> Tecnologia, Rio <strong>de</strong> J~eiro, ~(3):25-<br />
34. 1951.<br />
027. BRITO, J.O. & L.E.G. BARRICHELO. - Correlações entre caracteristicas<br />
fisicas e quimicas da ma<strong>de</strong>ira e a produção <strong>de</strong> car<br />
vão vegetal. I.Densida<strong>de</strong> e teor <strong>de</strong> lignina da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />
eucalipto. IPEF, Piracicaba, (14) :9-20. 1977.<br />
028. CAPITANI, L.R. & G.E. SPELTZ. - Informações sobre a avaliação<br />
<strong>de</strong> pinus tropicais <strong>como</strong> fonte <strong>de</strong> carvão, <strong>de</strong>stila<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s.<br />
In: VI Encontro Nacional <strong>de</strong> Refloresta<strong>do</strong>res, Salva<strong>do</strong>r,<br />
1981. 22p.<br />
029. CASTRO, P.F. - Obtenção <strong>de</strong> alcatrão vegetal em fornos <strong>de</strong> alvenaria.<br />
In: Fundação Centro Tecnológico <strong>de</strong> Minas Gerais.<br />
Produção e utilização <strong>de</strong> carvão vegetal, Belo Horizonte,<br />
1982. p. 189-96.<br />
030. CAVALCANTE, M.S. - The role of actinomycetes in timber <strong>de</strong>cay.<br />
Londres, 1981. 233p. (PhD thesis)<br />
031. CAVALCANTE, M.S. & "R. COCKROFT. - Wood preservation in Brazil.<br />
Trosa, Swedish National Board for Technical Development,<br />
1984. 67p.(Information nº 445)<br />
032. CHOONG, E.T. - Relationship of fluid flow to treatability of<br />
wood with creosote and copper sulfate. AWPA Proceedings,<br />
Washington, 68:235-49. 1972.<br />
033. COETZEE, P.F. et allii. - Effectiveness of low and high tar<br />
acids creosotes as <strong>de</strong>termined by 'stake tests. S. African<br />
Forestry Journal, Pretoria, (104):49-56. 1978.<br />
034. COMSTOCK, G.L. - Longitudinal permeability of green Eastern<br />
hemlock. Forest Products Journal, Madison, ~(10):441-9.<br />
1965.<br />
035. COMSTOCK, G.L. - Longitudinal permeability of wood to gases<br />
and nonswelling liquids. Forest Products Journal, Madison,<br />
17(10):41-6. 1967.<br />
036. COWLING, E.B. - The relative tolerances of 18 wood <strong>de</strong>stroying<br />
fungi. Forest Products Journal, Madison,Z(10):355-9. 1957.
037. DANIEL, A. - Utilizacion <strong>de</strong> algunas materias primeras naciona<br />
les en Ia obtencion <strong>de</strong> resinas sintéticas <strong>de</strong>I tipo fenolformol.<br />
Revista Fac. Cien. Quimicas, La Plata, (27):95-8.<br />
1955.<br />
038. DAVIDSON, H.L. - Comparison of wood preservat~ves in stake<br />
tests.(1977 Progress Report). Madison, Forest Products Laboratory,<br />
1977. 79p.<br />
039. DICKINSON, D.J. - A new technique for screening fungici<strong>de</strong> for<br />
wood preservation. International Bio<strong>de</strong>terioration Bulletin,<br />
10(2):49-51. 1974.<br />
040. DOAT, J. & G. PETROFF. - La carbonisation <strong>de</strong>s bois tropicaux:<br />
essais <strong>de</strong> laboratoire et perspectives industrielles. Bois<br />
et Forêts <strong>de</strong>s Tropiques, Nogent-sur-marne,(159):55-72.1975.<br />
041. DUNCAN, C.G. - Evaluating wood preservatives by soil-block<br />
tests: 5. Lignite tar and ail tar creosotes. Washington,<br />
AWPA, 1952. 6p.<br />
042. DUNCAN, C.G. - Evaluating wood preservatives by soil-block<br />
tests: ~.Low temperature coal tar creosotes. Washington,<br />
AWPA, 1955. 5p.<br />
043. DUNCAN, C.G. & C.A. RICHARDS. - Evaluating wood preservatives<br />
by soil-block tests: 4. creosotes. AWPA Proceedings,<br />
Washington, 47:275-92. 1951.<br />
044. DUNCAN, D.W. - Characterization of tar produced during the<br />
gasification of wood. Vancouver, Canadian Forestry Service,<br />
1981. 63p. (ENFOR Project C 35r<br />
045. ELDER, T. - Effect of process conditions on the yeld of pyrolytic<br />
products from Southern pine. Wood and Fiber Science,<br />
Madison, 16(2):169-79. 1984.<br />
046. ELDER, T.J. & E.J. SOLTES. - Pyrolysis of lignocellulosic materiaIs.<br />
Phenolic constituents of a wood pyrolytic oil.<br />
Wood and Fiber, Madison, 12(4):217-26. 1980.<br />
047. ENSCH, L.J. - Si<strong>de</strong>rurgia a carvão vegetal no Brasil - possib!<br />
lida<strong>de</strong>s e planos <strong>de</strong> expansão. In: V Semana <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />
Problemas Minero-Metalúrgicos <strong>do</strong> Brasil.(3ª sessão). são<br />
Paulo, 1953. p.119-94.<br />
048. ESTUDILLO, C.P. & J.M. SAN LUIS~ - Pyroligneous acid. Forpri<strong>de</strong>con<br />
Technical Note, Laguna, (186):1-2. 1978.<br />
049. FENGEL, D. & G. WEGENER. - Wood - chemistry, ultrastructure,<br />
reactions. Berlin, <strong>de</strong> Gruyter, 1984. 613p.
cftJ·<br />
d/2e(<br />
FINDLAY, W.P.K. - Wood tar as wood preservati~e for ber.<br />
Empire Forestry J. ,22:151-3. 1943.(apud Chemical Aba f ,<br />
FLE~;;;;~~;:;:·~:;~;~~:;;~;::;:;~:~r~~:<br />
052. FLETCHER, T.L. & E.E. HARRIS. - Products from the <strong>de</strong>structive<br />
disti11ation of Doug1as-fir 1ignin. TAPPI, At1anta,35(12):<br />
536-9. 1952.<br />
053. FLORESTAL ACESITA. - Alcatrão, combustive1 liqui<strong>do</strong> da ma<strong>de</strong>ira<br />
<strong>de</strong>sponta <strong>como</strong> excelente energético. Sol e Solo, Belo Horizonte,<br />
(7):1-3.1982.<br />
054. FLORESTAL ACESITA. - A re<strong>de</strong>scoberta <strong>do</strong> alcatrão. Sol e Solo,<br />
Belo Horizonte, (9):1-3. 1983.<br />
055. FRANZESE, T.A. - Estudio <strong>de</strong>1 fraccionamiento <strong>de</strong> diversos alquitranes<br />
obteni<strong>do</strong>s en 1a <strong>de</strong>sti1acion <strong>de</strong>structivas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ras<br />
argentinas a distintas temperaturas. Rev.Fac.Cienc.<br />
Quimicas, La P1ata, (24):87-95. 1952.<br />
056. GALVÃO, A. P .M.'et a1l1i.- Factors .influencing the<br />
flow of oils into coniferous wood. Wood Science,<br />
Z(2):85-91. 1974.<br />
transient<br />
Madison,<br />
057. GOLDSTEIN, I.S. - New techno10gy for new uses of wood. TAPPI,<br />
At1anta,63(2):105-8. 1980.<br />
058. GOOS, A.W. & A.A. REITER. - New products from wood carbonization.<br />
Ind.Eng.Chemistry,Ea~on,38(2):132-5. 1946.<br />
- 059. GREAVES, C. & H. SCHWARTZ. - The chemical uti1ization of wood<br />
Ottawa, Department of Resources and'Development, 1952.28p.<br />
060. GUIMARÃES, A.F. - Plantas <strong>de</strong> carbonização continua. In: Fundação<br />
Centro Tecno1ógico <strong>de</strong> Minas Gerais. Produção e utilj<br />
zação <strong>de</strong> carvão vegetal. Belo Horizonte, 1982. p.165-74.<br />
061. HARRIS, A.C. -.The extraction of chemica1s from wood distillj<br />
tion. Jakarta, 82 Wor1d Forestry Congress, 16 a 28 <strong>de</strong> out!<br />
bro, 1978. 6p.<br />
062.HATFIELD, I. - Further experiments with chemicals suggested aI<br />
possible wood preservetives. AWPA Proceedings, Washington<br />
28:330-40. 1932.<br />
063. HAWLEY, L.F. - Wood distil1ation. New York, American Chemica<br />
Society, 1923. 141p.
064. HUDSON, M.S. & S.V. SHELTON. - Longitudinal flow of<br />
in Southern pine poles. Forest Products Journal,<br />
~(5):25-32. 1969.<br />
liquids<br />
Madison,<br />
065. HUNT, G.M. & G.A. GARRAT. - Preservacion <strong>de</strong> Ia ma<strong>de</strong>ra.Madrid,<br />
Salvat Editores, 1962. 486p. (tradução da 2! edição,1953) •<br />
.<br />
066. HUNT, G.M. & G.A. GARRAT. - Wood preservation. New York,· Mc<br />
GrawHill, 1967. 3! ed. 433p.<br />
067. HUNT, G.M. & T.E. SNYDER. - An international termite exposure<br />
testo Twelfth progress reporto AWPA Proceedings, Washington,<br />
37:379-92. 1941.<br />
068. HUNT, G.M. & T.E. SNYDER. - An international termite exposure<br />
testo Thirteenth progress reporto AWPA Proceedings, Washington,<br />
38:450-62. 1942.<br />
069. HUNT, G.M. & T.E. SNYDER. - An international termite exposure<br />
testo Twenty-first progress reporto AWPA Proceedings, Washington,<br />
48:314-27. 1952.<br />
070. INOUYE, Y. et allii. - Studies on th~ wood preservatives. I.<br />
The steri-li-zingpower ofo..;..cresolsulfur resin against<br />
wood <strong>de</strong>stroying fungi. Mokuzai Kenkyu, Kyoto, (4):19-23.<br />
1950.<br />
071. INOUYE, Y. et allii. - Studies on the wood preservatives.III.<br />
On the unhydrogenous reactions with sulphur in pine root<br />
oil and the sterilizing action. Mokuzai Kenkyu, Kyoto,(6):<br />
7-19. 1951.<br />
jY<br />
072. INOUYE, Y. et allii •.- Wood preservatives. V. The sterilizing<br />
action of pine root oil and its chlori<strong>de</strong>. Mokuzai Kenkyu,<br />
Kyoto, (7):33-44. 1951. (apud Chemical Abstracts, 45(6).<br />
1951. referência 2652f)<br />
073. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS/DIMAD. - Méto<strong>do</strong> D-2: ensaio<br />
acelera<strong>do</strong> <strong>de</strong> laboratório da resistência natural ou <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira preservada ao ataque <strong>de</strong> ~érmitas <strong>do</strong> gênero Cryptotermes.<br />
são P~ulo, 1980. 1p.(publicação IPT n9 1157)<br />
074. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS/DIMAD. - Méto<strong>do</strong> D-5: ensaio<br />
acelera<strong>do</strong> <strong>de</strong> laboratório para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> eficiên<br />
cia <strong>de</strong> <strong>preservativo</strong>s contra fungos <strong>de</strong> podridão mole. são<br />
Paulo, 1980, 2p. (publicação IPT n9 1157)<br />
075. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS/DIMAD. - Estu<strong>do</strong>s visan<strong>do</strong><br />
caracterizar o <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> origem vegetal corno <strong>preservativo</strong><br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. são Paulo, 1984, 21p. (relatório n 9 20.772)
076. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS/DII~D. - Estu<strong>do</strong>s visan<strong>do</strong><br />
caracterizar o <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> origem vegetal <strong>como</strong> <strong>preservativo</strong><br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. são Paulo, 1984, 8p. (relatório nº 21.101)<br />
077. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS/DIMAD. - Estu<strong>do</strong>s complementares<br />
visan<strong>do</strong> caracterizar o <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> origem vegetal<br />
<strong>como</strong> <strong>preservativo</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. são Paulo, 1985, 16p. (relatório<br />
nº 21.719)<br />
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS/DI~urn. - Estu<strong>do</strong>s<br />
mentares visan<strong>do</strong> caracterizar o <strong>creosoto</strong> <strong>de</strong> origem<br />
<strong>como</strong> pres'ervativo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. são Paulo, 1985, 5p.<br />
rio nº 22.108)<br />
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS/DITRAM. - Estu<strong>do</strong><br />
briquetagem <strong>de</strong> carvão vegetal <strong>de</strong> Pinus. são Paulo,<br />
14p. (relatório nº 17.355)<br />
complevegetal<br />
(relat.§.<br />
sobre<br />
1982,<br />
080. JANKOWSKY, I.P. et allii. - Estu<strong>do</strong> preliminar sobre a toxi<strong>de</strong>z<br />
<strong>do</strong> alcatrão e <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> da ma<strong>de</strong>ira em relação ao fungo<br />
Polyporus fumosus (Pers. ex Fries). Circular Técnica IPEF,<br />
Piracicaba, (137):1-6. 1981.<br />
081. JUUD, R.C. & S'.F.ACREE. '"""A method of producing cru<strong>de</strong> wood<br />
creosote from hardwoos tar. Ind.Eng.Chemistry, Easton,<br />
g(3):276-7. 1917.<br />
082. JUVILLAR, J.B. - Fabricação <strong>de</strong> carvão vegetal. Revista Brasileira<br />
<strong>de</strong> Eng. Quimica,São Paulo, ~(2):22-32 •.1981.<br />
083. KLAR, M. - Technologie <strong>de</strong> Ia distillation du bois. Paris, Librairie<br />
Polytechnique, 1925.,500p.<br />
084. KOSYUKOVA, L.V. & Yu.V. VODZINSKY. - Composition of higher<br />
fatty acids in tars from heat-treated wood pulp.Compendium<br />
of the Central Research and Designing Institute of the<br />
Wood Chemical Industry, (21):48-51. 1971. (transliteração,<br />
Environment Canada Translation OOENV TR-1851, Ottawa,1979)<br />
085. LACORTE, C.G. - Quimica industrial - industrias organicas.Bu~<br />
nos Aires, El Ateneo, 1938. 502p.<br />
086. LAXAMANA, N.B. - Wood tars and 011s (a literature review).<br />
Forpri<strong>de</strong>con Technical Note, Laguna, (190):1-2. 1978.<br />
087. LEPAGE, E.S. - Preservação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras. In: AQUARONE, E. et<br />
allii. - Tópicos <strong>de</strong> microbiologia industrial. são Paulo,<br />
Edgar Blücher/EDUSP, 1975. 231p.<br />
088. LEPAGE, E.S. - Comparação da resistência natural <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira a<br />
través <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong> campo e <strong>de</strong> laboratório. Boletim ABPM,<br />
são Paulo, (6):1-8. 1983.
089. LILLJA, J.L.W. - Tests on wood preservation carried out by<br />
the technical societies of Finland from 1897 to 1943. Tek.<br />
Foren i Finland Forh, (67):62-73. 1947. (apud Chemical Abs<br />
tracts, 41(17), 1947. referência 5671e)<br />
090. LUMSDEN, G.Q. - Fortified wood preservative for Southern pine<br />
poles. Forest Products Journal, Madison, 10{9):456-62.1960.<br />
091. MARTÍNEZ, J.B. - Conservación <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ras en sus aspectos'teórico,<br />
industrial y económico. I: estudio tecnico <strong>de</strong> los an<br />
tisépticos <strong>de</strong> tipo oleaginoso. Madri, Ministério <strong>de</strong> Agricultura,<br />
1952. 550p.<br />
092. r.1ENDES,A.P.C ..S. et allii. - Reator <strong>de</strong> carbonização da ma<strong>de</strong>ira.<br />
In: Fundação Centro Tecnológico <strong>de</strong> Minas Gerais. Produção<br />
e utilização <strong>de</strong> carvão vegetal. Belo Horizonte,1982,<br />
p.157-64.<br />
093. MILANO, S. et allii. - Estu<strong>do</strong> comparativo <strong>do</strong> comportamento <strong>de</strong><br />
<strong>preservativo</strong>s <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e processos <strong>de</strong> impregnação - resulta<strong>do</strong>s<br />
da inspeção aos campos <strong>de</strong> apodrecimento após oito<br />
anos <strong>de</strong> implantação. Preservação <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>iras, são Paulo,<br />
8/9(1):9-22. 1977/78.<br />
094. MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. - Balanço energético nacional.<br />
Brasllia, 1984, 131p.<br />
095. MINTON, A.S. - Carbonisation. Quart.Inst.Fire Engrs., Lon<strong>do</strong>n,<br />
6:122-7. 1946.<br />
096. MISRA, A.K. & G.N. PANDEY. - Recovery of cardanol from cashewnut<br />
shell liqui<strong>do</strong> Chemical Age of India, 27(11):944-8.<br />
1976.<br />
097. MORRELL, J.C. & G. EGLOFF. - Motor fuels and other products<br />
from the cracking of wood tars. Ind.Eng.Chemistry, Easton,<br />
21(6):537-42. 1929.<br />
098. NAGASE, M. - Insecticidal principal in the smoke produced by<br />
burning insectici<strong>de</strong> pow<strong>de</strong>r. V. Insecticidal effect of <strong>de</strong>tected<br />
components. VI. Syntheses of insectici<strong>de</strong>s based on<br />
main <strong>de</strong>tected components.1.Phenol and allied substances.~<br />
Agr.Chem.Soc.Japan,17:985-95;1077-81. 1941. (apud Chemical<br />
Abstracts, 45(5), 1951. referência 2140efg)<br />
099. NAIR, P.V. & C.S. BHASKARAN NAIR. - Composition and utilization<br />
of wood tar. Bull.Central Research Inst., Univ. Travancore;<br />
Trivandrum. Ser.A(3):1-54. 1954. (apud Chemical<br />
Abstracts, 50(15). 1956. referência 10608c)<br />
100. NELSON, W.G. - Waste wood utilization by the Badger-Stafford<br />
processo Ind.Eng.Chemistry, Easton, 22(4):312-5. 1930.
101. NESTLER, F.H.M. - The characterization of wood-preserving<br />
creosote by physical and chemical methods of analysis.<br />
Madison, Forest Products Laboratory, 1974. 31p.<br />
102. NIKITIN, N.I. - The chemistry of cellulose and wood.(cap. 25:<br />
thermal <strong>de</strong>composition of wood). Jerusalem, fsrael Program<br />
for Scientific Translations, 1968. p.570-96.<br />
103. OLIVEIRA, J.B. et allii. - Produção <strong>de</strong> carvão vegetal - aspec<br />
tos técnicos. In: Fundação Centro Tecnológico <strong>de</strong> Minas Ge=<br />
rais. Produção e utilização <strong>de</strong> carvão vegetal. Belo Horizonte,<br />
1982. p.59-73.<br />
104. PALMER, R.C. - Preliminary experiments on the effect of temperature<br />
control on the yeld of products in the <strong>de</strong>structive<br />
distillation of hardwood. Ind.Eng.Chemistry, Easton,<br />
1(8):663-9. 1915.<br />
105. PERRY, R.H. & C.H. CHILTON. Chemical engineers handbook. To<br />
kyo, McGrawHill/Kogakusha, 1973.(paginação diversa)<br />
106. PETROFF, G. & J. DOAT. - Pyrolyse <strong>de</strong>s bois tropicaux - influence<br />
<strong>de</strong> la composition chimique <strong>de</strong>s bois sur les produits<br />
<strong>de</strong> distillation. Bois et For~ts <strong>de</strong>s Tropiques, Nogent-sur-<br />
Marne, (177):51-64. 1978.<br />
107. PETROV, V.S. - A study of the composition of the tar water of<br />
the pyrolysis of Siberian larch branches. Chemistry and<br />
Technology of Wood. (5):33-7. 1977. (transliteração, Environment<br />
Canada Translation OOENV TR-1828, Ottawa, 1979)<br />
108. PIEPER, E.J. et allii. - The chemical composition of the higher<br />
fractions of maplewood creosote. Ind.Eng.Chemistry,<br />
Easton, g(3):462-5. 1917.<br />
109. POSTE, E.P. - Suida process for acid acetic recovery. Ind.Eng.<br />
Chemistry, Easton, 24(7):722-6. 1932.<br />
110. PROKHORCHUK, T.I. et allii. - Composition of soluble tar obtained<br />
by pyroly~ing wood bark. Chemical and Mechanical<br />
Processing of Wood and Wood wastes, In~er-institutional<br />
Collection of Transaction, (6):38-41. 1974. (transliteração,<br />
Environment Canada Translation OOENV TR-1830,Ottawa,<br />
1979)<br />
111. PROKHORCHUK, T.I. et allii. - On the composition of furnace<br />
soluble tar from bark as a by-product of pulp and paper<br />
mil:s. Journal od Forestry,18(1):139-43. 1975. (transliteraçao,<br />
Environrnent Canada Translation OOENV TR-1823,Ottawa,<br />
1979)
112. PROKHORCHUK, T.I. et allii. - Separation of pyrocatechol from<br />
producer-gas pyroligneous acid. Journal of Forest~,18(2):<br />
108-13. 1975. (transliteração, Environrnent Canada Translation<br />
OOEVN TR-1831, Ottawa, 1979)<br />
113. PURSLOW, D.F. - Results of stake tests on WOOG preservatives<br />
(progress report to 1974). Buckinghamshire, Building Research<br />
Establishment, 1975. 30p.<br />
114. REIS, J.E.B. -Avaliação <strong>do</strong> comportamento da ma<strong>de</strong>ira tratada<br />
através <strong>de</strong> ensaáos <strong>de</strong> campo. Lisboa, Revista <strong>do</strong>s Alunos <strong>do</strong><br />
I.S.T., 1965. 8p. (separata n2 350)<br />
115. RHODES, E.O. - History of changes in chemical composition of<br />
creosote. AWPA Proceedings, Washington, 47:40-61. 1951.<br />
116. RICHARDSON, B.A. - Wood preservation. Lancaster, Construction<br />
Press, 1978. 238p.<br />
117. RIECHE, A. - Outline of industrial organic chemistry. Lon<strong>do</strong>n,<br />
Butterworths, 1968. 3ªed. 1952.<br />
118. RIEGEL, E.R. - Industrial Chemistry. 'New York, Reinhold Pub.<br />
Cop., 1937. 851p.<br />
RIOU, P. & J.J. LÉVESQUE. New method of extraction and<br />
cation of phenols and neutral oils from wood tar.<br />
L'Acfas.,7:76. 1941. (apud Chemical Abstracts,4(5),<br />
referênci; 1303 3 ) -<br />
purif!<br />
Ann.<br />
1946.<br />
120. ROCHE, J.N. - Coal tar creosote - its composition and how it<br />
functions as a wood preservat{ve. Journal of the FRRS, Madison,<br />
~(2):75-9. 1952.<br />
121.ROWE, J.W. - Progress in chemical conversion.Forest Products<br />
Journal, Madison, 13(7):276-90. 1963.<br />
122. SALMONI, R. - A industria da carbonização da lenha. Revista<br />
Brasileira <strong>de</strong> Qulmica, são Pa~lo, (19):187-92. 1945.<br />
123. SANTANA, M.C. & R~M.V. ASSUMPÇÃO. - Pirólise <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras - ma<br />
térias primas, produtos e aplicações. são Paulo, Instituto<br />
<strong>de</strong> Pesquisas Tecnológicas, 1971. 55p. (publicação nº 940)<br />
124. SAVORY, J.G. - Collaborative soft rot tests : amen<strong>de</strong>d test ma<br />
thod. Buckinghamshire, International Research Group on<br />
Wood Preservation, 1972. 7p. (Document IRG/WPI208)<br />
125. SAVORY, J.G. & J.K. CAREY. - Collaborative soft rot tests:prQ<br />
gramme and test method. Buckinghamshire, International Research<br />
Group on Wood Preservation, 1973. 9p. (Document<br />
IRG/WP/229)
.126.<br />
/<br />
126. SCHOFIELD, M. - The distillation of wood waste and the utilization<br />
of the products. Transactions-Institution of Chemical<br />
Engineers, Lon<strong>do</strong>n, (8):140-51. 1930.<br />
127. SCHRADER, P.G. et allii. - Charcoal-industrial fuel from controlled<br />
pyrolysis of sawmill wastes. Chemurgic Digest,(5):<br />
309-11. 1946. •<br />
128. SHIRK, H.G. et allii. - The influence of chemical structure<br />
on fungal activity. I.Effect of p-chlorophenol and <strong>de</strong>rivatives.<br />
Arch.Biochem.Biophys.,(32):386-91. 1951.<br />
129. SHIRK, H.G. et allii. - The influence of chemical structure<br />
On fungál activity. II.Effect of p-chlorination of phenols.<br />
Arch.Biochem.Biophys., (32):392-6. 1951.<br />
130. SIAU, J.F. - Flow in wood. Syracuse, Syracuse University<br />
Press, 1971. 131p.<br />
131. SIAU, J.F. - Transport process in wood. Berlim, Springer Verlag,<br />
1984. 245p.<br />
132. SIQUEIRA, A.B. & E.A. SCHARLÉ. - Processos <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong><br />
alcatrão em fornos <strong>de</strong> alvenaria. rn: Fundação Centro Tecno<br />
lógico <strong>de</strong> Minas Gerais. Produção e utilização <strong>de</strong> carvão v~<br />
getal. Belo Horizonte, 1982. p.181-8.<br />
133. SJOSTRÔM, E. - Wood chemistry, fundamentaIs and aplications.<br />
New York, Aca<strong>de</strong>mic Press, 1981. 223p.<br />
134. SMITH, H.K. & S.F. ACREE. - A study of commercial beechwood<br />
creosote. Ind.Eng.Chemistry, Eaqton, ~(3):275-6.1917.<br />
135. SMITH, R.S. - Wood preservat1ve toxicity evaluation using<br />
wood weight loss and fungal respiration methods. Wood<br />
Science, Madison, ~(1):44-53. 1969:<br />
136. SMITH, R.S. - Respiration methods used to follow the <strong>de</strong>cay<br />
and the toximetric evaluation of wood preservatives. International<br />
Research Group on Wood Preservation, 1975,11p.<br />
(Document IRG/WP!249)<br />
137. SMITH, R.S. & L.R. CJOVIK. - Interlaboratory testing of wood<br />
preservatives using AST~1 D1413-61._Wood and Fiber, Lawrence,i(3):170-8.<br />
1972.<br />
138. SNELL, W.H. & L.B. SHIPLEY. - Creosotes - their toxicity, pe~<br />
manence and permanence of toxicity. AWPA Proceedings,<br />
Washington,32:31-114. 1936.
140. SOLTES, E.J. & T.J. ELDER. - Thermal <strong>de</strong>gradation routes to<br />
chemicals from wood. Jakarta, 82 World Forestry Congress,<br />
16 a 28 <strong>de</strong> outubro, 1978. 20p.<br />
141. STEEL, R.G.D. & J.H. TORRIE. - PrincipIes and procedures of<br />
statistics a biometrical approach.Tokyo, McGrawHill Kog~<br />
kusha, 1980. 2ªed. 633p.<br />
142. STEVENS Jr., J.E. - Components found in wood oil. J.Tennessee<br />
Aca<strong>de</strong>my of Science,(24):206-10. 1949.<br />
143. SUIDA, H. & V. PREY. - Degradation of acid lignin. Ber,(75B):<br />
1580-4. 1942. (apud Chemical Abstracts,38(5), 1944. referência<br />
11088)<br />
144. TOOLE, E.R. - Oxygen utilization by <strong>de</strong>cay fungi for the evaluation<br />
of wood preservatives. Forest Products Journal,Madison,<br />
25(7):46-8. 1975.<br />
145. TVERDOKHLEBOVA, V.N. & E.D. LEVIN. - Composition of tar water<br />
obtained during two-stage pyrolysis of Siberian larch wood<br />
wastes. Journal of Forestry,18(3):110-3. 1975. (transliteração,<br />
Envirónment Canada Translation OOENV TR-1829, Ottawa,<br />
1979)<br />
146. TVERDOKHLEBOVA, V.N. & E.D. LEVIN. - Composition of settled<br />
tar obtained in the two-stage pyrolysis of Siberian larch<br />
wood wastes. Interinstitutional Collection of Scientific<br />
Transactions of the Siberian Technological Institute, (8):<br />
118-24. 1977. (transliteração, Environment Canada Translation<br />
OOENV TR-1827, Ottawa, 1979)<br />
VAUGHAN, J.A. - The chemical and physical properties of<br />
carbon oils as related to their preservative value.<br />
Proceedings, Washington, 44:46-60. 1948.<br />
hyd:~<br />
AWPA<br />
148. VERGNET, A.M. & F. VILLENEUVE. - Techniques analytiques appl!<br />
cables aux liqui<strong>de</strong>s et gaz <strong>de</strong> pyrolyse <strong>de</strong> Ia biomasse tropicale.<br />
Bois et Forêts <strong>de</strong>s Tropiques, Nogent-sur-Marne,<br />
(205):61-83. 1984.<br />
149. VILLA, A. et allii. - L'huile <strong>de</strong> goudron <strong>de</strong> bois feuillus.Co~<br />
tribution a l'étu<strong>de</strong> rationnelle <strong>de</strong>s bois <strong>de</strong> feu. J.R.Centre<br />
Natl.Recherce Sei., Paris, !:49-56. 1947.<br />
150. VILLA,A. - Etu<strong>de</strong> <strong>de</strong> l'huile <strong>de</strong> goudron <strong>de</strong> bois feuillus et <strong>de</strong><br />
ses. applications. Peintures, Pigments, Vernis, 24: 307-10.<br />
1948.<br />
151. VILLA, A. L'huile <strong>de</strong> goudron <strong>de</strong> bois solvant <strong>de</strong> complément <strong>de</strong>s<br />
vernis. Peintures,Pigments,Vernis, 27:356-9. 1951.
152. ZABEL, R.A. - Variations in preservatives tolerance of wood<br />
<strong>de</strong>stroying fungi. Journal of FPRS, Madison,~(4):166-9.<br />
1954.<br />
153. ZUBIETA, G.J. & S.L. MASONI. - Durabilidad y anomalias biológicas<br />
<strong>de</strong> los postes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ra para lineas aéreas. Buenos<br />
Aires, Instituto Florestal Nacional, 1980. 80p.<br />
154. WEISS, H.F. - The preservation of structural timber. New York,<br />
McGrawHill, 1916. 361p.<br />
155. WENZL, H.F.J. - The chemical technology of wood. New York,Ac~<br />
<strong>de</strong>mic Press, 1970. 300p.<br />
156. WILKINSON, J.G. - Industrial timber preservation. Lon<strong>do</strong>n, Associated<br />
Bussines Press, 1979. 532p.<br />
157. WILLIANS, R.J. - The highly reducing substances in fresh wood<br />
distillate. Ind.Eng.Chemistry, Easton, 17(8):851-3. 1925.<br />
158. WIRKA, R.M. - Comparison of preservatives in Mississippi fence<br />
post study. AWPA Proceedings, Washington, 37:365-79.<br />
1941.<br />
159. YUDODIBROTO, H. & C.S. WALTERS. - A tratability classification<br />
of some tropical woods. Washington, AWPA, 1977. 16p.
ANEXO 1. CRO~ffiTOGRAMASOBTIDOS NA ANÁLISE DAS FRAÇÕES DO<br />
CREOSOTO CAF.
II1111 T II1I ·11\ 11 1111 I 1111111<br />
\ Illiil!lmnll !.II IIIIIII! I11III11 1IIIi!;,:1<br />
11111 I I II 1III 1II II 1 11111111 I111I1111 IIIIII1 I 1I1 1111111::,<br />
IIIIIII<br />
nlill 111190<br />
I<br />
I ~O, 17011 80<br />
I I1I<br />
~JII<br />
JII 11111\ I1III1111<br />
11110 Il! i I ! 13d I1I III LU l<br />
II1111 I 1I<br />
I IU i I 11: o! 1I1~<br />
IIIIII!!<br />
I! IIJiI ! I<br />
tl11I1II11<br />
III I II<br />
III<br />
III<br />
~g~1111<br />
r~~~1111<br />
I<br />
I 11 11<br />
I<br />
II<br />
I<br />
1I1901llJI 1I<br />
Illi~lllnlll<br />
I<br />
I<br />
I 300<br />
11<br />
111<br />
II I<br />
111<br />
II<br />
I! JII<br />
111111111111111111111<br />
III III I1I II1I III III<br />
li! 1II111 "111 I<br />
1II 1111111 II II1 I<br />
IIllJllllllllllln6W'inli';~'<br />
11111111111111111<br />
II I ! I ri IIII<br />
IIIJl ~ II1<br />
III~ MI IIU<br />
;,lloIIILc<br />
1IIIIill<br />
I1IIII i I<br />
II11 III<br />
I1III111<br />
11111111<br />
150<br />
11ft Irilllll 111~50::;~0':;';'I" ~II lOirA 111111<br />
1111 II III I I 1I II 1I I1II 1I11 I1 r 11 I 1111 1I1 11 i I m I I I II 11<br />
, 111 II 11. I II TI 1111 \I I mJ IIII1 "11 IIII III 1111 I~ II - I<br />
111\ 1/ I 1/ I I1I 1111 11 11111l'NJ rr ! III Illi iiil . 11 I~. li<br />
u;
·.0 •••• I " o o. O' o ••• o •••• o .. . O' o o, •••• ,. . . . .. ••• I' • . . I" • ... • o,,," ",, , '. o.<br />
li!1111 I II I1I II1 1II IIII II11 : i II i I! I i II ! IIIII i i II II111 II , iI i! :Ii II1 Illillllilllll li:! "<br />
II;!·li 111 I II III 111 lI! li II IIIi ; ! 11 'ilq'!! .1 !llj I! 1i :II ~ I' !I!li il!l!ll!!i!II!I[!;11 ,1,11" 1.1 I· ,<br />
.... , .. ,<br />
: I I<br />
III! III vW 1 01<br />
t ~ ; I;: ' I I d :<br />
i:<br />
I 111 III UllllJ~lllln;lll.l : i li 111 iI :! : : I ' I '111 IIII III 11<br />
I<br />
11111<br />
, I<br />
III1<br />
, II ,. I<br />
:, I : I' 001 ., I : :~~:m!I I; i !b;! L<br />
1II li II IFilliill i lTl~"'1<br />
"li ti' :. : I i i I ilJ III 111, 'i li Ili q 110021<br />
I:! .! :0;'\ 'COe:! i : .' •. 055<br />
' '10021'I ! I,! i ! i I! il: I i! I<br />
':' i, , 111!ITii!<br />
I\lOil I I: iJ i ; 1°C?t'Iilii" i II i 111 i '005<br />
.:1" 'li .1111. oI0~<br />
'!, I . ! i • :: I I . ~' : I .' . I<br />
1111 1111 IIIIII!! I 111 Ililll!li!!III!!I! !!II!!:!llii!\!I!:I!:II!II!I!1I ,li! 1::!I:!!!I!!!!I!ii:!i"i1'i I, .1<br />
"<br />
IIIIII 'I !llllllili; '11i il!ifTIm~lfíli! :lllil I!'!II~ :ill!l! :jilli:':II:!! !I'<br />
I!IIIIIII I II I I I1I1 I I I ~ I!. '-~ I i I ! I. ! ! , I I • 'J o '. ,.! I ! j I ~~ . I I I , I' .!! • I 1I :<br />
111 IIII I I 11. I1I Illll!1 1111111'j I~liilll!!!I!!lllii lil!' :~I . ~:ll!! !Ti1!!I!!!!I;:I!!:!:!<br />
i' I<br />
I1 !I 111 ! I i IIII!<br />
! III I II III li' i !XI!!: I :I ' i li I i ' , ! ;.-;T1I<br />
1I1<br />
1 • ~ I, ! : i I i i li I!! I i 111111 i i i li! I<br />
li, ., I' .,. ' ; I: ,li;"!: " I! I' I .,<br />
I1II ! III \õilIIOIII 111M I! i 11' i I ." I' I ,,- - :,,; I I '" I .•:.: ...••. --.11 i:! ,i'"' i!; i' II J~111 111.°'8,11 iI!'00\<br />
, . . .: 1 ,', i , , I . i .!II: "i!" .<br />
.;, I<br />
II I<br />
I!' I<br />
"<br />
i II i ' Ii i I j II iIIIIII\! li! I i ,!!N li I ' I, !i , -, :~II : U' i i i 11 I! I I! i I : i II ! I1I ~IIII IIII ! i::<br />
1I I II I11<br />
i I. :;,,: I I I;!, '; - - - : I ' i : ! I : . , , : i i I ; I i II1 1 i '1 II i I IIII I I , I<br />
iI! II i II III11111 1!1 I1I1I ",lli'·'1 .. ! ,1,':11""" 'I:·: i,.1 III .,! ,.!i!;·<br />
I I I1 I<br />
II I IIII I 111 I!lI 11 11 II1 : ;!! i li! 111; 11: 111i i I! i1\!!: I i i i I i,:<br />
! ~1I1111~<br />
~ i III •.•. ~ad ~k) WI' ;. TI J' J' :<br />
'" '':> i\H'<br />
a ; I' ',;' I I :: j .. i i I;,. I. .- 1!lll1iLllJ i']! IIJlJii...,.."<br />
§ !! LI I11I - I1I1 lilI IJ 1tf.1.11 LlII ! 1111 !lI li LI ITiTi j ~, I : , I ': :111111;., ,'",·1, , , ,<br />
I1I11111 I III1 II1I 11111111111111111111 111111111111111111111111111111111 111 11I1 IIIIIII!<br />
rg~I 1II I lU (lU I 111111 W III III UW IlllW I 111 I I ),llll '.lJ I1 IIII II 111:11t~ Ii I1 :: Ii<br />
rtJo~ II I IiO!rI II 1IIIII1 n II1 III !Ioill 1111i 111 '1111 111rr I1 ~IIIIIIIII 1111 I1I ~oi II imA i I11 !ii ~<br />
I<br />
I<br />
I1<br />
II<br />
I1111<br />
I<br />
I 111111<br />
I1I1 i<br />
11<br />
I<br />
IIII<br />
IIIII!<br />
IIIIII11 III1II1<br />
1111111111111<br />
i II111111111<br />
IIIIII11111<br />
I 1I<br />
1III<br />
1<br />
~ 111<br />
! I1<br />
! 11,<br />
III<br />
I i i i<br />
Ilil<br />
111 I 11111 111 I1II1 II1111 1III1I1111 III 1I1 !ltI 1111<br />
100 1 .90 I ~~I 70 11 I 60 U 11~L ! I I1 30. II 1I12J I I1I U I i +1 ~o I!i~ 1II1 ITII %<br />
I I 11111 111 I II I1IIII1 11111111111.llllllllllllllll~ 111 ! IIIII! ~<br />
I I 11111111111111111111 'IITPS II I1I 111 Illi lill<br />
I I I I" I: I1 I: I I ;1 1I I I II I ':: I ;:,' :,,: I I1I I1II "11<br />
1I IIIIIII~~' IIIIIIIIIIIU 11I1II ::::;~ IIII 1111 !lll 11!1<br />
r~ I 100 (3~1 IIII 3J 1I II IrkJJ I fRllol!llllllllIlloWUJi111111 Dllllllo!lllc !ll'!illi i<br />
r25~911 I II I II 11WII mTIII II1II Ui II1 III rillllllllm~111111111mOII i m II ! I i I1 iillllll n IItA I ! !I ! I! ! !:li<br />
. I I IIII I IIIII I1 11111 I 1III 1111 ! !111'Ki I 1II1I11111111 1\ i 11! I ~ I1I Ii! I J<br />
i i i li :i .!~<br />
I I I I' di, I ,,11' 111111 i i.1!."INI' i Ii i I! 1II i i i !:;: ~ ~J ão HW~~,;ij<br />
, " II ~ I : I,,, , ! !!~!, I li! i ,Til! li! I ~ ! 11I ,~~: J I I! I':: "', I , d , ! ! II I! i 11 i :Ii :i ;li<br />
,JJIIIII~.oJ ~lW.ml1lillllil Wlük~lUI jL~!J1111111':17 It i Ili I Wll U[ill~!JJ l~ W~ jt~/<br />
Alcatrão CAF - fração <strong>de</strong> 143 a 155QC - Porapak Q (02) - 100 a 250 g C; 6 g C/min. - TCO - 0,5 p1 .<br />
Figura Al.2. Cromatogramas da análise <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> CAF, fração entre<br />
143°C e 155°C.
11111 '!llll 1"111111 III I' ,.<br />
lJ~II IIIIJJ I III ~~olII I I 17LII I I IIIIJJ II 11\, IJ 1II 111 ~Io,! 'í: r! ~IJ II I ! klJ ! 1I I i I~U 111 i III!II !1 I ! 1I !III i I<br />
II 111 IIII IIII I1 IIII I II II II i IIII IIII 11111 i 1111 IIII 1111111 I~ t: :: I i i lTTT I II IIII<br />
II II III i 11I 111 I I II TI IIIII~II I1II IIII 11111I III! IIII I 11 lJJ.I I 11 11<br />
1!lill IIII1 11, II II II ,dlllllilllllllllllllllllll 11lii+ " "<br />
illlll I Ili 111 II I I1 1III ,111111111 \llllll 1111 I!IIIIII 1111111 II II<br />
~g~I II I IIU! I .riU! ,I 1I1I 13J I ,111 (li I IllJ111 IIII III ~wIUJ III Ii ;; I;'; :. ,.t IIIiJ III i III<br />
~~~I 1II I I 1IWill'lm II 1!l1 II UTI 111 II/!IiII I1 UII II i III! fi ililll iM III 1111lli',!!!: qt 1II1III!<br />
111111 II Illi IIIIIIIII!III illlll 111:" 111I1!illlll! !li:l:! 111: 1111111 III! IIII<br />
1111 I i" IIII I1I li! I I I I 1II i II IIII I: I i I : ; , : I:;:! : : I :; : ";'" ,: , : ,,: II1111111<br />
JlI I1II I I IIII I 111* 11111111llllllllllllll! 1IIIillllillilil?;1 lillllll<br />
lJJl1 ,90 III ~ol II I 70.111 I ,18J II III! U I1I W.~,oiIII III LJ 1111111 U I1 li! lU IIII! 11101 !l~ I!!! 1111<br />
1111 I !IIIIIIII I1 III 111111 IIIIII11 rw IllInll III1I1 111111111111111111 IIIIII!I:<br />
1I1 I II11I IIIIII 111 1111111 III !1111~ 1III111 II1I11 III1III 1I11 illl !II!<br />
i 111 I ; i; li' i I I II I i i, 1I1I Il i i ;; ! I !I I NJ I i ; I i' I I 11li 1:- 11 ora I tn ifr<br />
! ! ! I I !~ !,!! ,!, I' ~~ ! ,! !,' ! ! ! li!! 111, IIII III I I, ~!'N.II I i , I, I ~ 1I L1w.;' , 1II IIIII ! \I i<br />
~I II L UJI IJIJ L11111111IIII IIII Ili IllJ UII 1IIIIIITITTiTiTIIIIIIIIr.1111111111 IILI III1 lilll !IIJII~I! i<br />
Alcatrão CAf - fração <strong>de</strong> 155 a l85gC - Porapk Q (02) - 100 a 250 g C; 6 g C/min. - TCO - 0,5 pl<br />
Figura Al.3. Cromatogramas da análise <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> CAF, fração entre .'<br />
155°C e 185°C.
~9~~<br />
1I , IIII III II !II I II 1I1I I 1111 1111 11' IIII 111'<br />
IIII I 1I1r°1 rli l 'I II I nlll ill) 111 lilll 1111 Illrl/liol:1I lU'! 1IIIIIWllllt ' IIII 1111<br />
I, , II<br />
! III I1 " tn II !III IIII 11'1 li! Illi<br />
11 1III 111 I 1 II II /I 111 IIII 111 1111111111 1111.111 I I H<br />
II li 1I I II I ~ II 1111 111 I I 1111 11I ~IIIIII I I II<br />
lU I 1'90 Ils~1 1I ,70 1 I 80 II II III 1111<br />
, ,<br />
" '<br />
I " I IIIU!I<br />
"I ':,:,I :<br />
. ••. .I!<br />
, " I, • t ,! '<br />
III o Ila 1111 1111<br />
II I I I1 I I1I I I I ,I. I j I I II I i! .. ·· ,<br />
, "I , " '11 I<br />
11 .,:;, t , II1 I111 \I ! I III 1111 II1II1II<br />
! ! I<br />
1111 I II II III I I III I I 111 II 1111 III1 IIII<br />
'I, i iTFI íiT III ~ Il~!H IH~ rno II 111111<br />
'li II II I I 111<br />
ti<br />
" INI III1 II I lil!<br />
" ,<br />
~:I<br />
1111 II II I III<br />
I" I "<br />
ITI II I1 1 I I 111 II III} I1II 11111111 i '~I<br />
" II I I IIII I1 IIII<br />
* #1 ~<br />
I I 11 I I I J I 111111111111 I IIII1I111 I I 1I II 1I I I J li I I li I I I I j I , I I i II i 1011 I i J I , 11I I I " li " 10111 11 I I I I li j LU ' _ IJJ 1 1I I I<br />
;" II '1'",.<br />
I II 1I 11I111111 II1111111111 Ili !IIIIIII II111111111 ~~ill :1111 liillllll<br />
I 1 lillllll III11111111 IIII I 111111111,1~111 Jilll IIIIII1<br />
lJO 90 SO, 170 161J 1IIIIa I1 I II U I ,U I 2J I Illl 1I I!! !!lI IU 1II III<br />
J 11111 I I I IIII 11111111 IIII1I11 11111111 1 1111<br />
II 1II 1 I 111 III 1II r I I1I i i i" ! IIIII ri 1I<br />
1 1I I I 1I 11I 1I ' I I I 1111I<br />
, I I1 I I I 111111 1I1 I, /I I 111111 11<br />
rg~ I I 400<br />
IrloWllll1 IIUIIII (lW IkJllIlII I !loc»IIOJ I. I +, I 1IIIolllc IIIII1<br />
F~500dll II I 200 rill!111 IIW,III (I<br />
,11111111°,11 1lllllrlw~olllllll ~!lllliOIII mA<br />
m I 11 I1I1 I I1I1II I1IIII11 1111111<br />
1<br />
11 ;;<br />
I I I1I I1 I~ 11 I~ I I I 'li III<br />
ll!i 1I1 I<br />
1111 I1<br />
II I I 1I I II ~ I 111 I I I I I I I<br />
10Q 90 1- Iso, 111 70, I, I 80 I ,aJ I1 I IU r I I U II 12J II III U I I ~o1II~a I I<br />
I11 I II1I Illllli 1J111__llli II illJ UJllill N III!,I I! , I-i" IhY~6 ão' I~ II<br />
I I II Ir 11 II I 11 I 1111111 I I1II ~ I1I11 llli li dllllll<br />
!! ,. " " , !!" ! !_ ,! I .. I I I I I I 11I I I I! I, II i , ... fi li! 1\ I', .. ' I I PUJq~<br />
I I<br />
I I II Jl - I J -L I I , ' , " T III I I I II LI JIII<br />
Alcatrão CAf - fração <strong>de</strong> 185 a 200QC - Porapak Q (61) - 100 a 250 Q C; 6QC/min. - TCO - 0,5 p1<br />
Figura Al.4. Cromatogramas da análise <strong>do</strong> <strong>creosoto</strong> CAF, fração entre .<br />
185°C e 200°C.<br />
1f'f1
ANEXO 2. ANÁLISE ESTATÍSTICA COMPLEMENTAR.<br />
RESULTADOS DO TESTE TUKEY APLICADO NA COMPARAÇÃO DE<br />
CONTRASTES QUE APRESENTARAM SIGNIFICÂNCIA NA ANÁLI-<br />
SE DE VARIÂNCIA (teste F).
ensai·o <strong>de</strong> apodrecimento acelera<strong>do</strong>. Resulta<strong>do</strong>s originais em<br />
(%) e transforma<strong>do</strong>s, para análise, em VX+0,5' •<br />
TABELA A2.1.1. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
CREOSOTOS<br />
,<br />
Nll DE M E D<br />
I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
rUNERAL 192 0,214 0,823 A<br />
ESALQ 192 1,765 1,288 B<br />
ACESITA 192 3,516 1,968 C<br />
CAF 192 3,741 1,977 C<br />
TABELA A2.1.2. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções.<br />
RETENÇÃO Nll DE M É D I A S TUKEY<br />
(kg/m 3 ) REPETIÇÕES ORIGINAIS ,.TRANSFORMADAS 1 %<br />
60 192 1,917 1,331 A<br />
90 192 1,638 1,357 A<br />
130 192 2,351 1,553 B<br />
180 192 3,319 1,816 C
TABELA A2.1.3. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s, <strong>de</strong>ntro<br />
r-UNERAL<br />
CAF<br />
ESALQ<br />
ACESITA<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
ESALQ<br />
ACESITA<br />
CAF<br />
ESALQ<br />
ACESITA<br />
CAF<br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
Nl! DE<br />
REPETIÇÕES<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
RETENÇÃO DE 60 kg/m 3<br />
48 0,125<br />
48 1,689<br />
48 3,721<br />
48 2,140<br />
48 0,165<br />
48 0,465<br />
48 2,631<br />
48 3,290<br />
RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
48 0,315<br />
48 0,931<br />
48 3,508<br />
48 4,650<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
48 0,251<br />
48 1,943<br />
48 5,126<br />
48 5,954<br />
0,773<br />
1,415<br />
1,533<br />
1,604<br />
0,797<br />
0,944<br />
1,755<br />
1,933<br />
0,882<br />
1,129<br />
1,983<br />
2,217<br />
0,841<br />
1,548<br />
2,353<br />
2,520<br />
TUKEY<br />
1 %<br />
A<br />
A<br />
A<br />
B<br />
BC<br />
B<br />
B<br />
C<br />
C<br />
C<br />
C<br />
D
TABELA A2.1.4. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
<strong>do</strong> fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
,<br />
N2 DE M E D I A S TUKEY<br />
(kg/m 3 ) REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 % "<br />
CREOSOTO ESALQ<br />
90 48 0,465 0,944 A<br />
130 48 0,931 1,129 B<br />
60 48 3,721 1,533 C<br />
180 48 1,943 1,548 C<br />
CREOSOTO CAF<br />
60 48 1,689 1,415 A<br />
90 48 .2,631 1,755 B<br />
130 48 4,650 2,217 C<br />
180 48 5,954 "2,520 D<br />
CREOSOTO ACESITA<br />
60 48 2,140 1,604 A<br />
90 48 3,290 1,933 B<br />
130 48 3,508 1,983 B<br />
180 48 5,126 2,353 C<br />
,.<br />
CREOSOTO MINERAL<br />
60 48 0,125 0,773 A<br />
90 48 0,165 0,797 A<br />
180 48 0,315 0,841 A<br />
130 48 0,251 0,882 A
TABELA A2.1.5. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
(kg/m 3 )<br />
<strong>do</strong> fator situações.<br />
,<br />
NlI DE M E D I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
SITUAÇ1W NÃO VOLATILIZADO<br />
60 96 1,719 1,268 A<br />
90 96 1,769 1,387 A<br />
130 96 2,393 1,555 B<br />
180 96 3,686 1,902 C<br />
SITUAÇÃO VOLATILIZADO<br />
90 96 1,506 1,327 A<br />
60 96 2,118 1,395 A<br />
130 96 2,309 1,551 B<br />
180 96 2,952 1,729 C<br />
TABELA A2.1.6. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator situações, <strong>de</strong>ntro<br />
Volatiliza<strong>do</strong><br />
Não volatiliza<strong>do</strong><br />
Volatiliza<strong>do</strong><br />
Não volatiliza<strong>do</strong><br />
Volatiliza<strong>do</strong><br />
Não volatiliza<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
I'<br />
RETENÇÃO DE 60 kg/m 3<br />
96 1,719 1,268<br />
RETENÇÃO DE 90 kg/m 3<br />
1,395<br />
96 1,506 1,327<br />
RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
1,387<br />
96 2,309 1,551<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
96 2,952 1,729<br />
.
TABELA A2.1.7. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s, com re-<br />
MINERAL<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
ESALQ<br />
rUNERAL<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
MINERAL<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACE8ITA<br />
E8ALQ<br />
MINERAL<br />
ACE8ITA<br />
CAF<br />
tenção <strong>de</strong> 60 kg/m 3 , <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> fator fungos.<br />
NS! DE<br />
REPETIÇÕES<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
0,000<br />
2,025<br />
2,665<br />
13,960<br />
0,070<br />
0,275<br />
1,830<br />
2,520<br />
0,045<br />
0,460<br />
1,225<br />
1,710 ,<br />
0,190<br />
0,385<br />
1,665<br />
1,675<br />
0,707<br />
1,421<br />
1,759<br />
3,578<br />
0,745<br />
0,841<br />
1,483<br />
1,732<br />
0,735<br />
0,903<br />
1,293<br />
1,472<br />
0,812<br />
0,905<br />
1,455<br />
1,461<br />
TUKEY<br />
1 %<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
C
TABELA A2.1.8. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s, com re-<br />
MINERAL<br />
EsALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
:r.UNERAL<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
MINERAL<br />
ESALQ<br />
ACESITA<br />
CAF<br />
MINERAL<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
tenção <strong>de</strong> 90 kg/m 3 , <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> fator fungos.<br />
N2 DE<br />
REPETIÇÕES<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
0,130<br />
0,145<br />
2,255<br />
2,930<br />
0,125<br />
0,685<br />
2,510<br />
3,930<br />
0,145<br />
0,565<br />
2,670<br />
3,075<br />
0,260<br />
0,465<br />
2,685<br />
3,630<br />
0,778<br />
0,779<br />
1,646<br />
1,842<br />
0,771<br />
1,036<br />
1,725<br />
2,088<br />
0,793<br />
1,002<br />
1,778<br />
1,873<br />
0,845<br />
0,958<br />
1,775<br />
2,024<br />
TUKEY<br />
1 %<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B<br />
B
A2.2. Comparação entre médias <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> massa no<br />
ensaio <strong>de</strong> resistência a fungos <strong>de</strong> podridão mole. Resulta<strong>do</strong>s<br />
originais em (%) e transforma<strong>do</strong>s, para análise, em VX+0,5'.<br />
TABELA A2.2.1. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
CREOSOTOS<br />
Nl! DE M É D. I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
MINERAL 48 0,476 0,893 A<br />
ACESITA 48 7,973 2,837 B<br />
CAF 48 9,099 3,008 B<br />
ESALQ 48 9,346 3,048 B<br />
TABELA A2.2.2. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções.<br />
RETENÇÃO Nl! DE<br />
' :Y<br />
M E D. I A S<br />
TUKEY<br />
(kg/m 3 ) REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
180 48 5,279 2,188 A<br />
90 48 6,908 2,471 AB<br />
60 48 6,991 2,555 B<br />
130 48 7,717 2,572 B
TABELA A2.2.3. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s, <strong>de</strong>ntro<br />
CREOSOTOS<br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
Nll DE M É D I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %"<br />
RETENÇÃO DE 60kg/m 3<br />
MINERAL 12 1,601 1,317 A<br />
ACESITA 12 7,553 2,787 B<br />
CAF 12 7,634 2,820 B<br />
ESALQ 12 11,178 3,296 b<br />
,<br />
RETENÇÃO DE 90 kg/m 3<br />
MINERAL 12 0,303 0,840 A<br />
ACESITA 12 7,654 2,755 B<br />
ESALQ 12 8,638 2,910 BC<br />
CAF 12 11,038 3,377 C<br />
RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
MINERAL 12 0,000 0,707 A<br />
ACESITA 12 8,850 2,937 B<br />
ESALQ 12 8,961 3,003 B<br />
CAF 12 13,056 , 3,641 C<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
MINERAL 12 0,000 0,707 A<br />
CAF 12 4,669 2,193 B<br />
ACESITA 12 7,838 2,868 C<br />
ESALQ 12 8,609 2,982 C
TABELA A2.2.4. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
(kg/m 3<br />
90<br />
180<br />
130<br />
60<br />
180<br />
60<br />
90<br />
130<br />
90<br />
60<br />
180<br />
130<br />
180<br />
130<br />
90<br />
60<br />
)<br />
<strong>do</strong> fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
Nl! DE<br />
REPETIÇÕES<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
8,638<br />
8,609<br />
8,961<br />
11,178<br />
4,669<br />
7,634<br />
11,038<br />
13,056<br />
7,654<br />
7,553<br />
7,838<br />
8,850<br />
0,000<br />
0,000<br />
0,303<br />
1,601<br />
2,910<br />
2,982<br />
3,003<br />
3,296<br />
2,193<br />
2,820<br />
3,377<br />
3,641<br />
2,755<br />
2,787<br />
2,868<br />
2,937<br />
0,707<br />
0,707<br />
0,840<br />
1,317<br />
TUKEY<br />
1 %.<br />
A<br />
A<br />
B<br />
AB<br />
BC<br />
B<br />
C
TABELA A2.2.5. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
(kg/m 3 )<br />
90<br />
180<br />
130<br />
60<br />
180<br />
60<br />
130<br />
90<br />
<strong>do</strong> fator situações.<br />
Nl! DE<br />
REPETIÇÕES<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS.<br />
SITUAÇÃO NÃO VOLATILIZADO<br />
24 4,984 2,120 A<br />
TUKEY<br />
24 5,049 2,172 AB<br />
1 %<br />
24 7,193 2,475 BC<br />
24 8,504 2,734 C<br />
SITUAÇÃO VOLATILIZADO<br />
24 5,508 2,203 . A<br />
24 5,479 2,376 AB<br />
24 8,239 2,669 BC<br />
24 8,832 2,821 C<br />
TABELA A2.2.6. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator situações, <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
RETENÇÃO DE 60 k8/m3<br />
Volatiliza<strong>do</strong> 24 5,479 2,376 A<br />
TUKEY<br />
Não volatiliza<strong>do</strong> 24 8,504 2,734 B<br />
RETENÇÃO DE 90 kg/m 3<br />
Não volatiliza<strong>do</strong> 24 4,984 2,120 A<br />
Volatiliza<strong>do</strong> 24 8,832 2,821 B<br />
RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
7,193<br />
8,239<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
2,475<br />
2,669<br />
24 5,049 2,172<br />
1 %
originais em (%) e transforma<strong>do</strong>s, para análise, em V x+O, 5'•<br />
TABELA A2. 3.1- Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
CREOSOTOS<br />
Nl! DE M É D. I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
CAF 40 1,787 1,500 A<br />
ESALQ 40 1,871 1,518 AB<br />
ACESITA 40 2,388 1,661 BC<br />
MINERAL 40 2,424 1,692 C<br />
TABELA A2.3.2. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções.<br />
RETENÇÃO Nl!<br />
,<br />
DE M E D. I A S<br />
TUKEY<br />
(kg!m 3 ) REPETIÇÕES ORIGINAIS" TRANSFORMADAS 1 %<br />
60 40 1,586 1,412 A<br />
90 40 1,846 1,522 A<br />
130 40 2,391 1,687 B<br />
180 40 2,646 1,750 B
TABELA A2.3.3. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
(kg/m 3 )<br />
60<br />
90<br />
130<br />
180<br />
<strong>do</strong> fator situações.<br />
N2 DE<br />
REPETIÇÕES<br />
20<br />
20<br />
20<br />
20<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
SITUAÇÃO NÃO VOLATILIZADO<br />
1,542<br />
2,161<br />
3,006<br />
3,537<br />
SITUAÇÃO VOLATILIZADO<br />
1,417<br />
1,621<br />
1,869<br />
2,001<br />
60 20 1,630 1,406 A<br />
90 20 1,531 1,424 A<br />
180 20 1,775 1,498 A<br />
130 20 1,755 1,506 A<br />
TUKEY<br />
TABELA A2.3.4. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator situações, <strong>de</strong>ntro<br />
Volatiliza<strong>do</strong><br />
Não volatiliza<strong>do</strong><br />
Volatiliza<strong>do</strong><br />
Não volatiliza<strong>do</strong><br />
Volatiliza<strong>do</strong><br />
Não volatiliza<strong>do</strong><br />
Volatiliza<strong>do</strong><br />
Não volatiliza<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
RETENÇÃO DE 60 'kg/m 3<br />
1,630<br />
1,542<br />
RETENÇÃO DE 90kg/m 3<br />
20 1,531<br />
20 2,161<br />
'RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
20 1,755<br />
20 3.006<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
20 1,775<br />
20 3,537<br />
1,406<br />
1,417<br />
1,424<br />
1,621<br />
1,506<br />
1,869<br />
1,498<br />
2,001<br />
1 %<br />
A<br />
B<br />
A<br />
A<br />
B<br />
B
<strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira seca. Resulta<strong>do</strong>s<br />
transforma<strong>do</strong>s para análise.<br />
TABELA A2.4.1. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
CREOSOTOS<br />
Nl! DE M É D. I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
MINERAL 40 0,0375 0,0375 A<br />
ESALQ 40 1.0375 1.0375 B<br />
CAF 40 1,1000 1,1000 B<br />
ACESITA 40 1,1750 1,1750 B<br />
TABELA A2.4.2. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções.<br />
RETENÇÃO Nl! DE M É D. I A S TUKEY<br />
(kg/m 3 ) REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
180 40 0,4375 0,4375 A<br />
130 40 0,6625 0,6625 A<br />
90 40 0,9125 0,9125 B<br />
60 40 1,3375 1,3375 C<br />
...-'
TABELA A2.4.3. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s, <strong>de</strong>ntro<br />
CREOSOTOS<br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
,<br />
N5I DE M E D I A S<br />
TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
RETENÇÃO DE 60 kg/m 3<br />
MINERAL 10 0,1500 0,1500 A<br />
CAF 10 1,5000 1,5000 B<br />
ESALQ 10 1,7000 1,7000 BC<br />
ACESITA 10 2,0000 2,0000 C<br />
RETENÇÃO DE 90 kg/m 3 .<br />
MINERAL 10 0,0000 0,0000 A<br />
CAF 10 0,9500 0,9500 B<br />
ESALQ 10 1,2000 1,2000 BC<br />
ACESITA 10 1,5000 1,5000 C<br />
RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
MINERAL 10 0,0000 0,0000 A<br />
ESALQ 10 0,6500 0,6500 B<br />
ACESITA 10 0,8500 0,8500 BC<br />
CAF 10 1,1500<br />
,<br />
1,1500 C<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
MINERAL 10 0,0000 0,0000 A<br />
ACESITA 10 0,3500 0,3500 AB<br />
ESALQ 10 0,6000 0,6000 B<br />
CAF 10 0,8000 0,8000 B
TABELA A2.4.4. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
(kg/m 3 )<br />
180<br />
130<br />
90<br />
60<br />
180<br />
90<br />
130<br />
60<br />
180<br />
130<br />
90<br />
60<br />
180<br />
130<br />
90<br />
60<br />
<strong>do</strong> fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
N2 DE M É D I A S<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
CREOSOTO ESALQ<br />
10 0,6000<br />
10 0,6500<br />
10 1,2000<br />
10 1,7000<br />
CREOSOTO CAF<br />
10 0,8000<br />
10 0,9500<br />
10 1,1500<br />
10 1,5000<br />
CREOSOTO ACESITA<br />
10 0,3500<br />
10 0,8500<br />
10 1,5000<br />
10 2,0000 ,<br />
CREOSOTO MINERAL<br />
10 0,0000<br />
10 0,0000<br />
10 0,0000<br />
10 0,1500<br />
0,6000<br />
0,6500<br />
1,2000<br />
1,7000<br />
0,8000<br />
0,9500<br />
1,1500<br />
1,5000<br />
0,3500<br />
0,8500<br />
1,5000<br />
2,0000<br />
0,0000<br />
0,0000<br />
0,0000<br />
0,1500<br />
TUKEY<br />
1 %.<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
B<br />
AB<br />
B<br />
B<br />
C<br />
D
TABELA A2.4.5. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
<strong>do</strong> fator situações.<br />
NlI<br />
,<br />
DE M E D I A S TUKEY<br />
(kg/m 3 ) REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
SITUAÇÃO NÃO VOLATILIZADO<br />
180 20 0,250 0,250 A<br />
130 20 0,450 0,450 A<br />
90 20 0,900 0,900 B<br />
60 20 1,325 1,325 C<br />
SITUAÇÃO VOLATILIZADO<br />
180 20 0,625 0,625 A<br />
130 20 0,875 0,875 A<br />
90 20 0,925 0,925 A<br />
60 20 1,350 1,350 B<br />
TABELA A2.4.6. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator situações, <strong>de</strong>ntro<br />
SITUAÇÕES<br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
N2 DE<br />
,<br />
M E D<br />
.<br />
I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
"<br />
RETENÇÃO DE 60 kg/m 3<br />
Não volatiliza<strong>do</strong> 20 1,325 1,325 A<br />
Volatiliza<strong>do</strong> 20 1,350 1,350 A<br />
RETENÇÃO DE 90 kg/m 3<br />
Não volatiliza<strong>do</strong> 20 0,900 0,900 A<br />
Volatiliza<strong>do</strong> 20 0,925 0,925 A<br />
RETENÇÃO DE 130 i{g/m 3<br />
Não volatiliza<strong>do</strong> 20 0,450 0,450 A<br />
Volatiliza<strong>do</strong> 20 0,875 0,875 B<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
Não volatiliza<strong>do</strong> 20 0,250 0,250 A<br />
Volatiliza<strong>do</strong> 20 0,625 0,625 B
A2.5. Comparação entre médias <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da porcentagem <strong>de</strong> cu-<br />
pins mortos no ensaio <strong>de</strong> resistência a cupins <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira se-<br />
ca. Resulta<strong>do</strong>s originais em (%) e transforma<strong>do</strong>s, para análi-<br />
se, em arc sen V X/100' •<br />
TABELA A2.5.1. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
CREOSOTOS<br />
NSI DE M É D.I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
r.UNERAL 40 99,81 89,450 A<br />
ACESITA 40 95,75 82,369 B<br />
ESALQ 40 90,81 75,580 B<br />
CAF 40 90,44 74,565 B<br />
TABELA A2.5.2. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao'fator retenções.<br />
RETENÇÃO NSI DE M É D. I A S TUKEY<br />
(kg/m 3 ) REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
180 40 96,94 84,847 A<br />
130 40 96,44 83,327 AB<br />
90 40 93,88 79,622 B<br />
60 40 "89,56 74,168 C<br />
TABELA A2.5.3. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator situações.<br />
SITUAÇÃO<br />
Nº<br />
,<br />
DE M E D. I A S<br />
TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 5 %<br />
Não volatiliza<strong>do</strong> 80 96,06 83,611 a<br />
Volatiliza<strong>do</strong> 80 92,34 77,371 b
TABELA A2.5.4. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s, <strong>de</strong>ntro<br />
MINERAL<br />
ACESITA<br />
CAF<br />
ESALQ<br />
MINERAL<br />
ACESITA<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
rUNERAL<br />
ACESITA<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
ACESITA<br />
MINERAL<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
Nll DE<br />
REPETIÇÕES<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
RETENÇÃO DE 60 kg/m 3<br />
10 99,75<br />
10 89,25<br />
10 88,00<br />
10 81,25<br />
RETENÇÃO DE 90 kg/m 3<br />
10 99,50<br />
10 96,50<br />
10 91~25<br />
10 88,25<br />
RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
10 100,00<br />
10 97,25<br />
10 97,00<br />
10 91,50<br />
"<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m3 io 100,00<br />
10 100,00<br />
10 93,75<br />
10 94,00<br />
89,090<br />
72,710<br />
70,407<br />
64,465<br />
88,708<br />
82,826<br />
74,734<br />
72,218<br />
90,000<br />
83,940<br />
83,073<br />
76,296<br />
90,000<br />
90,000<br />
80,047<br />
79,341<br />
TUKEY<br />
1 %<br />
A<br />
A<br />
B<br />
B<br />
B<br />
AB<br />
A<br />
AB<br />
AB<br />
A<br />
A<br />
BC<br />
B<br />
B<br />
B<br />
C
TABELA A2.5.5. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
<strong>do</strong> fator <strong>creosoto</strong>s.<br />
,<br />
Nll DE M E D<br />
I A S TUKEY<br />
(kg/m 3 ) REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
CREOSOTO ESALQ<br />
130 10 97,00 83,073 A<br />
180 10 93,75 80,047 A<br />
90 10 91,25 74,736 A<br />
60 10 88,00 64,465 B<br />
CREOSOTO CAF<br />
180 10 94,00 79,341 A<br />
130 10 91,50 76,296 AB<br />
90 10 88,25 72,218 AB<br />
60 10 88,00 70,407 B<br />
CREOSOTO ACESITA<br />
180 10 100,00 90,000 A<br />
130 10 97,25 83,940 A<br />
90 10 96,50 82,826 A<br />
60 10 89,25 72,710 B<br />
CREOSOTO fUNERAL<br />
180 10 100,00 90,000 A<br />
130 10 100,00 90,000 A<br />
90 10 99,50 89,090 A<br />
60 10 99,75 88,708 A
TABELA A2.5.6. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator retenções, <strong>de</strong>ntro<br />
RETENÇÃO<br />
(kg/m 3 )<br />
180<br />
130<br />
90<br />
60<br />
180<br />
130<br />
<strong>do</strong> fator situações.<br />
Nl! DE<br />
REPETIÇÕES<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
SITUAÇÃO NÃO VOLATILIZADO<br />
99,88<br />
97,75<br />
96,88<br />
89,75<br />
SITUAÇÃO VOLATILIZADO<br />
89,545<br />
86,886<br />
83,394<br />
74,620<br />
20 94,00 80,149<br />
95,12<br />
90,88<br />
89,38<br />
79,769<br />
75,850<br />
73,716<br />
TUKEY<br />
1 %<br />
TABELA A2.5.7. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator situações, <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>do</strong> fator retenções.<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
RETENÇÃO DE 60 kg/m 3<br />
89,75<br />
89,38<br />
RETENÇÃO DE.90 kg/m 3<br />
20 96,88<br />
20 90,88<br />
RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
20 97,75<br />
20 95,12<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
20 99,88<br />
20 94,00<br />
74,620<br />
73,715<br />
83,394<br />
75,850<br />
86,886<br />
79,769<br />
89,545<br />
80,149<br />
A<br />
AB<br />
A<br />
A<br />
B<br />
AB<br />
B
TABELA A2.5.8. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s, para a<br />
r.UNERAL<br />
ACESITA<br />
CAF<br />
ESALQ<br />
MINERAL<br />
ACESITA<br />
CAF<br />
ESALQ<br />
r.UNERAL<br />
ACESITA<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
rUNERAL<br />
ACESITA<br />
ESALQ<br />
CAF<br />
situação não volatilizada,<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> fator retenções.<br />
M É D I A S<br />
ORIGINAIS TRANSFORMADAS<br />
RETENÇÃO DE 60 kg/m 3<br />
100,00<br />
90,00<br />
84,50<br />
84,50<br />
100,00<br />
99,50<br />
94,00<br />
94,00<br />
100,00<br />
100,00<br />
99,50<br />
91,50<br />
,<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
100,00<br />
100,00<br />
100,00<br />
99,50<br />
90,000<br />
74,224<br />
67,405<br />
66,853<br />
90,000<br />
88,181<br />
78,939<br />
76,457<br />
90,000<br />
90,000<br />
88,181<br />
79,363<br />
90,000<br />
90,000<br />
90,000<br />
88,181<br />
A<br />
AB<br />
AB<br />
B
TABELA A2.5.9. Teste <strong>de</strong> Tukey aplica<strong>do</strong> ao fator <strong>creosoto</strong>s, para a<br />
CREOSOTOS<br />
situação volatiliza<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> fator retenções.<br />
Nl! DE M É D I A S TUKEY<br />
REPETIÇÕES ORIGINAIS TRANSFORMADAS 1 %<br />
RETENÇÃO DE 60 kg/m 3<br />
MINERAL 5 99,50 88,181 A<br />
CAF 5 91,50 73,409 B<br />
ACESITA 5 88,50 71,197 B<br />
ESALQ 5 78,00 62,078 B<br />
RETENÇÃO DE 90 kg/m3<br />
MINERAL 5 99,00 87,416 A<br />
ACESITA 5 93,50 77,472 AB<br />
ESALQ 5 88,50 73,014 B<br />
CAF 5 82,5 65,497 B<br />
RETENÇÃO DE 130 kg/m 3<br />
MINERAL 5 100,00 90,000 A<br />
ESALQ 5 94,50 77,966 B<br />
ACESITA 5 94,50 77,879 B<br />
CAF 5 91,50 ,. 73,200 B<br />
RETENÇÃO DE 180 kg/m 3<br />
fUNERAL 5 100,00 90,000 A<br />
ACESITA 5 100,00 90,000 A<br />
CAF 5 88,50 70,501 B<br />
ESALQ 5 87,50 70,094 B
ANEXO 3. APLICAÇÃO DA LEI DE DARCY E DA LEI DE POISEUILLE AO<br />
FLUXO DE FLUIDOS ATRAVÉS DA MADEIRA (PERMEABILIDADE).
FLUXO<br />
GRADIENTE<br />
on<strong>de</strong> k ,<br />
e a permeabilida<strong>de</strong>, em<br />
O/A<br />
Ó.P/L<br />
cm 3 /cm.atm.s<br />
O.L<br />
A .ó.P<br />
O , - volumétrica cm 3 e a vazao <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, em /s<br />
, ,<br />
A e a area da amostra, perpendicular<br />
,<br />
a direção <strong>do</strong> fluxo,em<br />
2<br />
cm ;<br />
L ,<br />
e o comprimento da amostra, em cm ;<br />
AP é o diferencial <strong>de</strong> pressão, em atm •<br />
A aplicação da Lei <strong>de</strong> Darcy à ma<strong>de</strong>ira apresenta di-<br />
versas limitações (131), sen<strong>do</strong> necessário assumir <strong>como</strong> principais<br />
condições que :<br />
a) o fluxo é viscoso e linear, <strong>de</strong> forma que a vazão volumétrica<br />
diretamente proporcional ao diferencial <strong>de</strong> pressão aplica<strong>do</strong>;<br />
b) o flui<strong>do</strong> é homogêneo e incompressivel;<br />
c) o meio poroso (ma<strong>de</strong>ira) é homogêneo;<br />
d) não há interação entre o flui<strong>do</strong> e o substrato;<br />
e) a permeabilida<strong>de</strong> é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> comprimento da amostra na di-<br />
reção <strong>do</strong> fluxo.<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que o fluxo no senti<strong>do</strong> perpendicular<br />
<strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira irá ocorrer através <strong>de</strong> capilares, a vazão<br />
volumétrica seguirá a Lei <strong>de</strong> Poiseuille'para liqui<strong>do</strong>s, expressa pe-<br />
la equação A3.2. (131).<br />
N :l1'. r4• ÀP<br />
8.Il.L<br />
on<strong>de</strong> N é o número <strong>de</strong> capilares paralelos existentes na amostra <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira;<br />
r é o raio médio <strong>do</strong>s capilares, em cm;<br />
,<br />
11 e a viscosida<strong>de</strong> <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, em centipoise;<br />
L é o comprimento através <strong>do</strong> qual o diferencial <strong>de</strong> pressão<br />
aplica<strong>do</strong> (comprimento da amostra).<br />
Substituin<strong>do</strong>-se a equação A3.2. na equação A3.1.(Lei<br />
N.11' • r 4 •àp •L<br />
8.@.L<br />
A.Aop<br />
N."TI' • r 4<br />
8.Il.A
.<br />
tal <strong>do</strong>s capilares existentes na face transversal da amostra, perpe~<br />
dicular ao fluxo. Assim, a relação<br />
N.'tf. r 2<br />
A<br />
, ,<br />
expressa a area fraccional por on<strong>de</strong> ocorrera o fluxo, ou seja, a r~<br />
lação entre a área <strong>do</strong>s capilares e a área transversal da amostra.<br />
Definin<strong>do</strong>-se essa relação <strong>como</strong> a área efetiva <strong>do</strong> flu<br />
xo (A -<br />
ef ), tem-se a equaçao A3.5.<br />
Aef. r 2<br />
8.11<br />
que permite verificar ser a permeabilida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira condicionada<br />
pela sua estrutura anatômica e pela viscosida<strong>de</strong> <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>.<br />
A permeabilida<strong>de</strong> especifica (K) é <strong>de</strong>finida pela equ~<br />
K = k . 11 (A3.6.)<br />
que igualada com a equaçao - A3.5. resulta em<br />
2 2<br />
K = Aef·r<br />
·11 = Aef·r<br />
8.11 8<br />
(A3.7•)<br />
fican<strong>do</strong> claro que a permeabilida<strong>de</strong>especifica é <strong>de</strong>terminada apenas<br />
pela estrutura capilar <strong>do</strong> sóli<strong>do</strong>.<br />
Para a ma<strong>de</strong>ira, a permeabilida<strong>de</strong> especifica será fun<br />
ção apenas da porosida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> diâmetro <strong>do</strong>s capilares (131).