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J - Transtorno organo-mental e delirium - Psiquiatriaforense.com.br

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TRANSTORNO<<strong>br</strong> />

ORGANO-MENTAL<<strong>br</strong> />

Prof. Eduardo H Teixeira<<strong>br</strong> />

PUC - Campinas


SÍNDROME<<strong>br</strong> />

PSICORGÂNICA


1- DEFINIÇÕES<<strong>br</strong> />

2- PRINCIPAIS TRANSTORNOS:<<strong>br</strong> />

a- Delirium<<strong>br</strong> />

b- Demência<<strong>br</strong> />

c- Síndrome amnésica<<strong>br</strong> />

d- Alucinose orgânica<<strong>br</strong> />

e- Síndrome orgânica:<<strong>br</strong> />

- delirante<<strong>br</strong> />

-de humor<<strong>br</strong> />

- de personalidade<<strong>br</strong> />

- de ansiedade


1- DEFINIÇÕES<<strong>br</strong> />

2- PRINCIPAIS TRANSTORNOS:<<strong>br</strong> />

a-<<strong>br</strong> />

b- Demência<<strong>br</strong> />

c- Síndrome amnésica<<strong>br</strong> />

d- Alucinose orgânica<<strong>br</strong> />

e- Síndrome orgânica:<<strong>br</strong> />

- delirante<<strong>br</strong> />

-de humor<<strong>br</strong> />

- de personalidade<<strong>br</strong> />

- de ansiedade


DELIRIUM<<strong>br</strong> />

Uma das primeiras doenças mentais descritas<<strong>br</strong> />

Delirium delirare = “estar fora do lugar”<<strong>br</strong> />

Conceitualmente<<strong>br</strong> />

século XVIII<<strong>br</strong> />

latim<<strong>br</strong> />

<strong>delirium</strong> = loucura<<strong>br</strong> />

frenite = <strong>delirium</strong> + fe<strong>br</strong>e ou<<strong>br</strong> />

outras doenças sistêmicas<<strong>br</strong> />

Doença cere<strong>br</strong>al<<strong>br</strong> />

aguda e reversível<<strong>br</strong> />

associada a<<strong>br</strong> />

diversas doenças<<strong>br</strong> />

(Berrios)<<strong>br</strong> />

1981 DSM III (1987)<<strong>br</strong> />

<strong>delirium</strong> = transtorno<<strong>br</strong> />

funda<strong>mental</strong> da atenção<<strong>br</strong> />

(Hipócrates, 460 a.C)


DELIRIUM<<strong>br</strong> />

• É a síndrome orgânico-cere<strong>br</strong>al mais frequente<<strong>br</strong> />

•Disfunção difusa reversível do tecido cere<strong>br</strong>al,<<strong>br</strong> />

normalmente envolvendo os hemisférios cere<strong>br</strong>ais,<<strong>br</strong> />

o sistema reticular ativador ascendente e o sistema<<strong>br</strong> />

nervoso autônomo.<<strong>br</strong> />

•Hipoatividade das vias colinérgicas<<strong>br</strong> />

•Hiperatividade das vias dopaminérgicas


PREVALÊNCIA<<strong>br</strong> />

•0,4% para pessoas a partir dos 18 anos<<strong>br</strong> />

•1,1% para pessoas a partir dos 55 anos<<strong>br</strong> />

•10 a 30% dos indivíduos <strong>com</strong> doenças médicas hospitalizados<<strong>br</strong> />

apresentam <strong>delirium</strong><<strong>br</strong> />

•30 a 40% dos pacientes hospitalizados <strong>com</strong> mais de 65 anos


DELIRIUM<<strong>br</strong> />

•Pode ser causado por distúrbio próprios do cére<strong>br</strong>o ou por<<strong>br</strong> />

distúrbios fora do cére<strong>br</strong>o, mas <strong>com</strong> envolvimento sistêmico<<strong>br</strong> />

• Muitas denominações: paciente confuso, estado<<strong>br</strong> />

confusional agudo, síndrome confusional aguda, psicose<<strong>br</strong> />

tóxica, psicose exógena, síndrome orgânico-cere<strong>br</strong>al aguda,<<strong>br</strong> />

encefalopatia metabólica<<strong>br</strong> />

•Instalação geralmente aguda ou subaguda<<strong>br</strong> />

•EEG: lentificado, exceto no <strong>delirium</strong> tremens<<strong>br</strong> />

•Manifestações clínicas variáveis


GABA<<strong>br</strong> />

• Neurotransmissor inibidor<<strong>br</strong> />

• Aumento da sensibilidade dos<<strong>br</strong> />

receptores gera <strong>delirium</strong><<strong>br</strong> />

FISIOPATOLOGIA<<strong>br</strong> />

Papel do neurotransmissores<<strong>br</strong> />

Acetilcolina<<strong>br</strong> />

• Estimulação, atenção, memória, movimentos rápidos dos olhos<<strong>br</strong> />

• Deficiência central colinérgica é o principal mecanismo<<strong>br</strong> />

fisiopatológico do <strong>delirium</strong><<strong>br</strong> />

Dopamina<<strong>br</strong> />

• Estimulante do SNC<<strong>br</strong> />

• Ausência: sintomas<<strong>br</strong> />

depressivos<<strong>br</strong> />

Serotonina<<strong>br</strong> />

• Humor, vigilância, cognição<<strong>br</strong> />

• Ativação excessiva: “síndrome<<strong>br</strong> />

serotoninérgica”: confusão, inquietação,<<strong>br</strong> />

tremor e diaforese


QUADRO CLÍNICO DO DELIRIUM<<strong>br</strong> />

1) Rebaixamento do nível de consciência e alteração da atenção:<<strong>br</strong> />

sonolência, mudança no estado de alerta e da atenção, perplexidade,<<strong>br</strong> />

dificuldade de concentração e de apercepção de si e do meio


2) Orientação: desorientação temporo-espacial<<strong>br</strong> />

3) Pensamento ilógico e desorganização do discurso


4) Sensopercepção: ilusões visuais, alucinações visuais (zoopsias) ou<<strong>br</strong> />

táteis, geralmente sem implicação pessoal


5) Humor: ansiedade intensa, podendo ocorrer estados de perplexidade,<<strong>br</strong> />

irritação, terror e pavor. Pode haver ideação paranóide e labilidade<<strong>br</strong> />

afetiva. Na subforma hipoativa de <strong>delirium</strong> há apatia em vez de<<strong>br</strong> />

ansiedade.<<strong>br</strong> />

6) Psi<strong>com</strong>otricidade: agitação<<strong>br</strong> />

psi<strong>com</strong>otora ou retração,<<strong>br</strong> />

sonolência e lentificação motora<<strong>br</strong> />

7) Alteração do ciclo sonovigília:<<strong>br</strong> />

insônia, inversão do ciclo<<strong>br</strong> />

sono-vigília


CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS


CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS


EVOLUÇÃO DOS QUADROS ORGANO-CEREBRAIS<<strong>br</strong> />

AGUDOS<<strong>br</strong> />

• Fase prodrômica:<<strong>br</strong> />

o paciente sente-se ansioso, tem dificuldade para se<<strong>br</strong> />

concentrar, está inquieto, <strong>com</strong> medo e perplexo. Pode<<strong>br</strong> />

apresentar hipersensibilidade a luz e sons,<<strong>br</strong> />

dificuldade para adormecer e pesadelos.<<strong>br</strong> />

• Evolução do quadro:<<strong>br</strong> />

Final da tarde e início da noite: <strong>com</strong>eçam a surgir<<strong>br</strong> />

ilusões visuais e táteis, a ansiedade e a agitação<<strong>br</strong> />

psi<strong>com</strong>otora se intensificam. Podem ocorrer<<strong>br</strong> />

fenômenos autonômicos <strong>com</strong>o sudorese profunda,<<strong>br</strong> />

fe<strong>br</strong>e e tremores grosseiros.


SUBTIPOS DE DELIRIUM<<strong>br</strong> />

Hiperativo<<strong>br</strong> />

•Forma mais exuberante<<strong>br</strong> />

•Inquietação, agitação psi<strong>com</strong>otora, ansiedade, agressividade, ilusões ou<<strong>br</strong> />

alucinações visuais e discurso confuso<<strong>br</strong> />

• ex: Delirium tremens<<strong>br</strong> />

•Melhor prognóstico<<strong>br</strong> />

Hipoativo<<strong>br</strong> />

•Hipersonolência e pouca<<strong>br</strong> />

expressão motora e afetiva<<strong>br</strong> />

•Maior dificuldade diagnóstica: depressão<<strong>br</strong> />

•Associado a encefalopatias metabólicas<<strong>br</strong> />

e lesões neurológicas mais graves<<strong>br</strong> />

•Pior prognóstico<<strong>br</strong> />

Misto<<strong>br</strong> />

•Forma mais <strong>com</strong>um<<strong>br</strong> />

•Alternância de períodos de<<strong>br</strong> />

hiperatividade e hipoatividade


CAUSAS<<strong>br</strong> />

abcessos,<<strong>br</strong> />

infecções<<strong>br</strong> />

Intracranianas<<strong>br</strong> />

acidentes vasculares<<strong>br</strong> />

tumores<<strong>br</strong> />

hematomas


CAUSAS<<strong>br</strong> />

Endócrinas e<<strong>br</strong> />

metabólicas<<strong>br</strong> />

Extracranianas<<strong>br</strong> />

Álcool e drogas<<strong>br</strong> />

Medicações<<strong>br</strong> />

Infecções,<<strong>br</strong> />

fe<strong>br</strong>e


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DELIRIUM<<strong>br</strong> />

•Esquizofrenia: surgimento mais insidioso, existência de personalidade prémórbida,<<strong>br</strong> />

pouca flutuação do quadro clínico, não há distúrbio do sono-vigília<<strong>br</strong> />

ou alteração do nível de consciência e a orientação está preservada,<<strong>br</strong> />

alucinações auditivas, delírio persecutório<<strong>br</strong> />

•Histeria: envolve desorientação autopsíquica e ilusões e alucinações de<<strong>br</strong> />

caráter teatral. Antecedentes psicológicos de problemas nas relações<<strong>br</strong> />

interpessoais<<strong>br</strong> />

•Demências: curso e instalação lentos e insidiosos, alterações no nível de<<strong>br</strong> />

consciência apenas em estágios avançados, sem alucinações e alterações do<<strong>br</strong> />

ciclo sono-vigília<<strong>br</strong> />

•Mania: idosos, não há alteração do nível de consciência, sintomas mais<<strong>br</strong> />

estáveis ao longo do quadro<<strong>br</strong> />

•Depressão


FATORES PREDISPONENTES ASSOCIADOS AO<<strong>br</strong> />

• Idade avançada<<strong>br</strong> />

DELIRIUM<<strong>br</strong> />

•Existência de lesões cere<strong>br</strong>ais prévias<<strong>br</strong> />

•Dependência de substâncias<<strong>br</strong> />

•Uso abusivo de álcool<<strong>br</strong> />

Fatores inespecíficos<<strong>br</strong> />

Reserva funcional<<strong>br</strong> />

do cére<strong>br</strong>o


CURSO E PROGNÓSTICO<<strong>br</strong> />

-Início súbito<<strong>br</strong> />

-Duração < 1 semana<<strong>br</strong> />

-Evolução favorável após tratar a causa<<strong>br</strong> />

-Na alta: lem<strong>br</strong>anças fragmentadas


TRATAMENTO<<strong>br</strong> />

-Tratar a causa<<strong>br</strong> />

-Apoio físico: contenção<<strong>br</strong> />

-Apoio ambiental e sensorial<<strong>br</strong> />

-Agitação: haloperidol 5 a 10 mg IM<<strong>br</strong> />

clorpromazina 25 mg IM<<strong>br</strong> />

-Insônia: Benzodiazepínico, meia vida curta


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