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baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial

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62<br />

musical da Broadway, o texto tinha um discurso<br />

político, especialmente para aquele nosso momento,<br />

ao falar de um intelectual, o espanhol<br />

(Miguel de) Cervantes, preso pela repressão de<br />

sua época. Claro que o Rangel, diretor extr<strong>em</strong>amente<br />

politizado, elevou esse tom da peça,<br />

o que justificou muito o sucesso. Não bastasse<br />

esse apelo, eu estava trabalhando com estrelas<br />

do teatro. O produtor era o Paulo Pontes, grande<br />

nome do Arena carioca e marido de Bibi Ferreira.<br />

Pontes foi uma influência e tanto para mim,<br />

inclusive política, e hoje vejo que ele e Heleny<br />

foram as pessoas que mais fizeram a minha cabeça.<br />

O elenco, além de Bibi, que cantava <strong>em</strong><br />

cena, contava com o Paulo Autran. Eles já eram<br />

mitos do palco, e eu, imagine, ali entre eles. Era<br />

para mim a porta da esperança. Ainda por cima<br />

estreamos no Teatro Municipal de Santo André.<br />

Havia um atrativo para estrear ali porque a prefeitura,<br />

naquele momento, dava uma subvenção.<br />

E o teatro estava recém-inaugurado, já era muito<br />

falado, uma referência.<br />

Montamos O Hom<strong>em</strong> de La Mancha <strong>em</strong> 20 dias,<br />

um t<strong>em</strong>po recorde. Nunca tinha visto um ensaio<br />

daquela maneira. O Rangel um dia abriu o texto<br />

e leu sozinho todos os personagens, do jeito que<br />

achava que deveria ser feito. Bibi treinava o canto<br />

<strong>em</strong> separado. Havia uma orquestra no espetáculo.

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