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baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial

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centes, ensaiando a grande primeira peça e já<br />

ganhando alguma coisa como ajuda de custo.<br />

E foi uma surpresa para nós atores quando Dandin<br />

estreou <strong>em</strong> maio de 1968 e tornou-se um<br />

grande sucesso de público e de crítica. Eu, aquele<br />

que não queria ser ator profissional, estou numa<br />

peça de sucesso. Nós nos apresentávamos naquele<br />

mesmo Teatro de Alumínio do SCASA, que se<br />

tornaria uma espécie de sede informal do grupo.<br />

Um trabalho coletivo ex<strong>em</strong>plar, com cenografia<br />

do Flávio Império, que era algo fabuloso, feita<br />

de tablados um acima do outro, representando<br />

os diversos níveis sociais dos personagens.<br />

A produção era do Ulisses Guariba, marido de<br />

Heleny e um professor de Filosofia da USP que<br />

foi muito importante também para nós. Tudo<br />

era conceitual na peça. Aquela comediazinha<br />

simples tão típica de Molière se transforma<br />

num painel social de importância, pertinente<br />

ao momento político <strong>em</strong> que se vivia no País, a<br />

partir da decadência aristocrática, da ascensão<br />

da burguesia, do povo debaixo de tudo tentando<br />

melhorar de vida, se aburguesar também. Era um<br />

painel muito claro, com o Jorge Dandin, que eu<br />

interpretava, como o símbolo desse burguês que<br />

tenta ascender. Assim, o teatro, além de bonito,<br />

ganhava uma função de discussão. Uma crítica<br />

do Paulo Mendonça na época dizia que até Mo-<br />

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