baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial
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chamado tiro de guerra, <strong>em</strong>bora não precisasse<br />
ir para o quartel. Então comecei a comparecer<br />
com o grupo de amigos do nosso teatro <strong>em</strong> um<br />
programa da Rádio Emissora do ABC. Mas meu<br />
pai queria que eu estudasse. Ele queria que eu<br />
fosse torneiro mecânico, mas eu não queria isso<br />
de jeito nenhum. Desde os 12, 13 anos, eu já<br />
trabalhava para ajudar a família, primeiro numa<br />
serralheria e depois numa pequena fábrica de<br />
lampiões a gás, que eu detestava.<br />
Quando terminei o ginásio, fui para um curso<br />
técnico, profissionalizante, <strong>em</strong> vez de fazer o<br />
científico, como se dizia na época. Fiz matrícula<br />
na Escola Júlio de Mesquita, que ainda existe<br />
<strong>em</strong> Santo André. Ali descobri que eu tinha uma<br />
aptidão para desenho e fiz um curso especializado<br />
de desenho industrial. Esse é o trabalho<br />
que por muito t<strong>em</strong>po vai nortear minha vida. Na<br />
escola, eu tinha um colega que trabalhava <strong>em</strong><br />
São Paulo, numa multinacional da área de serralheria,<br />
aço para janelas, cofres etc., a Fichet, e<br />
ele me chamou para substituí-lo. Começo, então,<br />
a trabalhar lá como desenhista e vou evoluindo<br />
na carreira. Era uma indústria de esquadrias que<br />
produzia inclusive para a construção de Brasília.<br />
Até cheguei a ir para lá, quando a obra ainda<br />
estava na fase da terraplanag<strong>em</strong>, nos anos de<br />
1956, 1957.<br />
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