baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial
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dois fantasmas que surgiam desse cin<strong>em</strong>a até<br />
então fechado e começavam a contar as histórias<br />
do lugar. Um projeto pequeno, simples, mas<br />
delicioso de fazer.<br />
O contrário <strong>em</strong> dimensões da montag<strong>em</strong> do<br />
Ulysses. Ele veio com uma ideia grandiosa, quase<br />
uma operação de guerra que ocupava os três<br />
palcos do teatro – você sabe, o Municipal t<strong>em</strong> um<br />
palco frontal e dois laterais – uma cenografia mirabolante,<br />
difícil de montar, além de orquestra,<br />
corpo de baile e um grande elenco encabeçado<br />
pelo (Antônio) Fagundes. Eu fazia o papel do<br />
narrador, mas a presença mais engraçada <strong>em</strong><br />
cena era do Cacá Carvalho, que fazia um diabo<br />
hilário. Mas eu entrei e saí do espetáculo com a<br />
mesma impressão, a de que ninguém entendia<br />
nada do que via no palco. Para mim, o Ulysses<br />
não contou a fábula direito. Não tinha por que<br />
inventar tanto nessa adaptação (texto de C. F.<br />
Ramuz e música de Igor Stravinsky). Viajamos<br />
com o espetáculo para Santos, Piracicaba, além<br />
de fazer apresentações no Teatro Municipal de<br />
São Paulo. Só que nesses lugares não havia os<br />
recursos do teatro de Santo André, então não<br />
era o mesmo impacto. Mas são coisas do senhor<br />
Ulysses, um grande talento, mas que às vezes não<br />
se segura. Pena que hoje ele está mais na TV e<br />
faz pouco teatro. Essa montag<strong>em</strong> também foi