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livros de artistas, livros-concretos etc. Daí talvez seu prazer em produzir livros como<br />
“coisas tão confortáveis de fazer”. Dois anos depois, porém, era justamente a<br />
montagem dos textos, isto é, a montagem de uma literatura-obra, que o preocupava.<br />
O livro de imagens com poucos textos, leve e breve, torna-se aos poucos uma<br />
extensa lista de Blocos-Seções, uma compilação de textos-imagens contendo escritos<br />
e mais escritos. Na seleção dos Blocos-seções que formariam as Newyorkaises, os<br />
nomes dados a cada parte se intercambiavam e se sucediam nos cadernos ao longo<br />
dos anos, com novos Blocos acoplados a antigos, Blocos já prontos abrindo-se para<br />
dividir-se em dois novos etc. Em um documento de 1974, sem data específica, Hélio<br />
anota o que ele chama de Imprescindíveis para Newyorkaises. Como se fosse um<br />
sumário imaginário do livro, ele enumera quatorze Blocos-seções que ainda faltavam<br />
para montar a publicação. Ou seja, esses eram os Blocos que ainda teriam de ser<br />
feitos ou montados. No próprio documento, porém, ele muda os Blocos de lugar,<br />
puxa setas indicando conexões, cria sub-blocos, subseções etc. A produção e as<br />
mudanças não tinham fim. Abaixo, as sete primeiras imprenscindíveis:<br />
Figura 23: trecho de Imprescindíveis para Newyorkaises, 1974.<br />
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