Capítulo 04.pdf - PUC Rio

seu esforço em publicar algo, Oiticica desfilava uma série de contatos em uma bem-
relacionada lista de nomes e conhecidos no meio cultural de Manhattan:
dore ashton viu e gostou muito; ficou de me
introduzir a gente do whitney; escrevi para jennifer licht,
no museu de arte daqui, e vou mostrar a qualquer
momento a ela; há um poeta, george quasha, amigo de
augusto de campos, que iria me introduzir ao higgins, da
somethingelse press, mas soube esta semana que a mesma
fechou; em último caso, posso fazer algo: publico eu
mesmo; (...) este é portanto, o plano mais em dia e viável:
publicar os projetos, e inclusive ter uma maneira mais
portátil e mastigada de introduzi-los a futuros promotores,
financiadores e deus sabe mais o que. 152
Se o álbum com as maquetes e os projetos do Subterranean Tropicália
Projects estava sem possibilidade de publicação (mesmo com a simpatia de outros
artistas), por que não executar outro livro? Hélio já conduzia, em paralelo ao álbum,
o projeto de outra publicação. Ela retomaria os planos de seu livro-chinês, pensado
ainda em Londres. Agora, com mais material, era esse novo livro que seria montado
ao longo dos próximos anos. Um livro que a princípio não traria muitos textos,
contando com a colaboração da Groovie Promotion de Waly e de uma série de
imagens e textos alheios que Oiticica pedia por carta aos seus amigos no Brasil. Ele
anuncia detalhadamente para o próprio Waly essa nova frente editorial:
152 Projeto HO # 0851.71, carta do dia 31 de outubro de 1971.
Estou preparando a maquette de um livro (já que
as outras dos projetos estão de quarentena esperando que
voltem as pessoas-contactos pra que qualquer coisa surja)
que quero propor à Guggenheim fazer: o problema é que
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