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em: um álbum-livro com o próprio projeto ambiental planejado, fotos de maquetes e<br />
textos sobre seus mais recentes trabalhos plásticos; e um livro com fotos, pouco<br />
texto, espécie de livro-objeto sintetizando situações-limites no Brasil e no mundo<br />
através de imagens. Nesse momento, a visualidade ganha hegemonia narrativa como<br />
a “língua” para se pensar uma publicação vinculada ao seu trabalho.<br />
O projeto de Oiticica para o Central Park era ambicioso para um artista recém<br />
chegado na cidade. Ele continha quatro grandes Penetráveis, ocupando uma extensa<br />
área. Complexo e caro, Oiticica contou com a simpatia e o apoio de curadores e art<br />
dealers da cidade para encaminhar sua proposta e conseguir um patrocínio. Todas,<br />
sem sucesso. Uma das pessoas que o ajudou foi Henry Geldzahler (1935-1994),<br />
prestigiado curador do Metropolitan Museum of Art, um dos responsáveis pela sua<br />
bolsa da Fundação Guggenheim e uma das principais figuras no cenário das artes<br />
americanas de então. Além de curador do Metropolitan, Geldzhaler era amigo íntimo<br />
dos artistas com quem trabalhava, como Andy Wharol, Willian de Kooning, Jasper<br />
Johns e David Hockney. Oiticica mostra ao curador suas maquetes e Geldzhaler,<br />
amigo também do diretor do Central Park, se propõe a ajudá-lo, como é divulgado<br />
por ele em todas as cartas que escreve nesse período. Seu único porém ao projeto é o<br />
(na época) alto orçamento para sua execução – no mínimo oito mil dólares segundo o<br />
curador. Depois, com novos orçamentos, o preço chegou aos “inviáveis” trinta mil<br />
dólares, sepultando de vez a primeira iniciativa pública de Oiticica em Manhattan.<br />
A importância desse projeto para o tema da tese é capital. É a partir dele, o<br />
primeiro grande trabalho de fôlego planejado por Hélio no seu primeiro ano em<br />
Manhattan, que nascem seus primeiros projetos objetivos de publicação. É curioso<br />
que assim como os livros, o grande labirinto passa por diferentes etapas, indo do<br />
Central Park para outros parques, depois para uma possível montagem no Armory<br />
Show (espaço histórico para a cidade pela exposição modernista de 1913, sua data de<br />
sua abertura). Por fim, não foi até hoje montado em lugar nenhum. Em carta para<br />
Haroldo de Campos de julho de 71, Oiticica descreve esse momento de investimento<br />
e indecisão na Subterranean Tropicalia:<br />
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