Edição 145, Ano XIII, Maio 2009. - Arquidiocese de Florianópolis

8 Paróquia
Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
Paróquia Senhor Bom Jesus, em Camboriú
Uma paróquia com menos de um ano e com muitos desafios, mas enfrentados com muito trabalho
A cidade de Camboriú tem uma
população estimada em 60 mil
habitantes. Com o crescimento do
município de Balneário Camboriú,
muitas pessoas vieram de outros
locais, buscando melhores condições
de vida no litoral catarinense.
Pessoas vindas, sobretudo, do oeste
catarinense e do Paraná, que fixaram
residência em Camboriú e
criaram bolsões de pobreza.
Como Balneário Camboriú
vive do turismo, há emprego durante
o verão. Fora da temporada
precisam arrumar outra forma
de subsistirem. Esse é um dos
principais desafios enfrentados
pela paróquia Senhor Bom Jesus,
em Monte Alegre. À frente dos trabalhos
pastorais está o Pe. Flávio
Feler, o pároco, que conta com
o apoio do Diácono Carlos Antônio
Garcia, das Irmãs Catequistas
Franciscanas e das lideranças.
Por ser uma paróquia nova,
com menos de um ano de existência,
há muitos desafios a serem
enfrentados. Um deles é a
evangelização da juventude e a formação
de lideranças jovens. Outro
desafio é a formação catequética.
“É necessário preparar bem os
catequistas frente ao mundo das
opções, da espiritualidade e da
própria violência”, disse Pe. Flávio
Feler. A própria alta natalidade é
um desafio. A reestruturação da
Pastoral da Criança é uma necessidade.
Funcionou bem por um
tempo e agora está reiniciando.
O diálogo ecumênico e interreligioso
é outro desafio. Na paróquia
há 84 ‘igrejas’ de várias denominações
religiosas. É necessária
a união, para que juntas enfrentem
alguns desafios comuns,
sobretudo a violência. Apesar de
todos esses desafios, a paróquia
caminha bem. Há um bom trabalho
com as lideranças, acima de
tudo com os Grupos Bíblicos em
Família, e uma boa caminhada
com as pastorais e movimentos.
GBFs GBFs - -
- A paróquia conta com
32 Grupos Bíblicos em Família,
distribuídos nas cinco comunida-
des. Eles contam com uma coordenação
paroquial e se reúnem
todas as terças-feiras. Uma vez
por mês, uma casa é sorteada
entre as famílias participantes,
para sediar a celebração. Nesse
dia, toda a comunidade se dirige
para a casa sorteada.
Nas enxurradas, ocorridas em
novembro, os GBF se mobilizaram
para ajudar os atingidos. Foi
criada a Campanha da Moeda.
Cada grupo levou um cofrinho e
arrecadou dinheiro, que adquiriu
material de higiene e limpeza.
Também procuraram as autoridades
e pressionaram para que as
28 famílias que perderam suas
casas fossem atendidas.
A comunidade sofre muito
com a violência. Somente neste
ano já foram 19 assassinatos, a
maioria de jovens, e relacionados
com as drogas. O desafio é acolher
os pais que perderam os filhos.
A impunidade é grande. Muitas
vezes sequer há investigação.
Apost Apost Apostolado Apost olado da da Oração Oração - - Criado
em 28 de junho de 1985, o
grupo inicia este ano as comemorações
dos seus 25 anos de criação.
São mais de 100 associados
de todas as comunidades, que se
Construída em 1980, a igreja passou por reformas e ampliação em
1996 já em preparação para se tornar a matriz da paróquia
reúnem todas as sextas-feiras na
Matriz. A novidade é que este ano
iniciou a participação de crianças,
adolescentes e jovens. Já se
tornaram membros efetivos 15
jovens e adolescentes, outros 30
estão realizando os nove encontros
de iniciação e devem receber
a fita de sócios do Apostolado
em setembro.
Mo Moviment Mo viment vimento viment o de de Irmãos Irmãos - - Está
presente em quatro comunidades.
Como a paróquia não dispõe de
Pastoral Familiar, são responsáveis
por preparar os encontros dos
casais em preparação para o matrimônio.
A cada semestre, o Movimento
realiza o Domingo Diferente,
em que casais, em união estável,
noivos ou casais em segunda
união são convidados a participar
de atividades em grupo. Reúnem
mais de 30 casais, que são
convidados a ter uma maior participação
na Igreja.
Trabalho social focado no atendimento emergencial
Como a paróquia é nova, a Ação Social está sendo
estruturada. Assim, como há muitas comunidades
empobrecidas, o trabalho social está focado no atendimento
emergencial. São 180 famílias atendidas mensalmente
com doações de cestas-básicas. Os necessitados
vão até a paróquia e deixam o nome. Depois, os
11 voluntários da ação social fazem a visita e constatam
a deficiência. A partir daí, elas são cadastradas e
recebem uma cesta-básica por três meses. Depois o
caso é reavaliado.
Os alimentos são recebidos através de doações. Na
missa do segundo domingo do mês, a comunidade faz a
doação de um quilo de alimento. O fruto das doações é
distribuído. Também são distribuídas roupas e calçados.
O trabalho é realizado em parceria com a Pastoral
da Saúde, sob a coordenação da Irmã Ana Mondini, da
Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas. A
Pastoral ajuda na visitação e cadastramento das famílias.
Além disso, ensinam as pessoas a utilizar as ervas
Crianças ganham lanche em uma atividade da paróquia
medicinais e o melhor aproveitamento dos alimentos.
Divulgação/JA
Foto/JA
História História - - A primeira capela da
comunidade foi inaugurada no dia
8 de maio de 1977. Na época, Pe.
Sérgio Maykot era o pároco da Paróquia
Divino Espírito Santo, em
Camboriú, à qual a comunidade
estava vinculada. Visionário, percebeu
o crescimento da região e decidiu
pela construção de uma pequena
capela de madeira. A capela
mais próxima era no Tabuleiro,
construída um ano antes. Três
anos depois, a igreja de madeira
começou a ser substituída por uma
de alvenaria, a que está até agora.
Durante a construção da nova
igreja, as celebrações foram realizadas
em uma capelinha de madeira.
Após a conclusão, a capelinha
foi demolida e foi construído
um barracão de madeira para abrigar
as festas e encontros da comunidade.
Por falta de estrutura, até
1990 os encontros de catequese
eram realizados no Colégio Maria
Terezinha Garcia, que ficava ao fundo
da capela, no terreno da igreja.
Em 1993, o barracão foi demolido,
e em seu lugar deu-se início à
construção do salão de festas, com
as salas de catequese e de encontros
no andar superior.
Em 2006, iniciava a preparação
da comunidade para se transformar
em paróquia, trabalho realizado
por um ano e meio pelo Pe.
Flávio Feler. No dia 6 de agosto, às
20h, com celebração presidida
pelo nosso arcebispo Dom Murilo
Krieger, a comunidade foi elevada
a paróquia. Para esse trabalho, foi
construído um local para funcionar
a secretaria paroquial e auditório,
reformado o altar, seguindo as novas
orientações da liturgia, e adquirida
uma casa para funcionar
como residência paroquial.
A paróquia contou com as comunidades:
a igreja matriz Senhor
Bom Jesus, em Monte Alegre; a capela
N.Sra. Aparecida, em Tabuleiro;
Santa Bárbara, em Conde
Vila Verde, vindas da paróquia Divino
Espírito Santo, de Camboriú;
e São Roque, em Canhanduba,
vinda da paróquia São Sebastião,
de Balneário Camboriú.