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Edição 145, Ano XIII, Maio 2009. - Arquidiocese de Florianópolis

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4 Tema do Mês<br />

Em 2001, foram aprovadas as<br />

atuais Diretrizes da Ação Evangelizadora<br />

da Igreja na <strong>Arquidiocese</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>. Na próxima<br />

Assembleia Arquidiocesana <strong>de</strong><br />

Pastoral, a realizar-se nos dias 26<br />

e 27 <strong>de</strong> junho próximo, em Palhoça,<br />

os representantes do clero,<br />

das paróquias e comunida<strong>de</strong>s,<br />

das pastorais e movimentos, organismos<br />

e serviços, colégios e meios<br />

<strong>de</strong> comunicação da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

num total aproximado <strong>de</strong><br />

300 pessoas, irão aprovar as novas<br />

diretrizes <strong>de</strong> nossa Igreja<br />

diocesana. Nessas novas diretrizes,<br />

preten<strong>de</strong>mos ampliar o olhar<br />

para os novos <strong>de</strong>safios e acolher<br />

as sugestões pastorais dos últimos<br />

documentos da Igreja, sobretudo<br />

do Documento <strong>de</strong> Aparecida.<br />

As novas diretrizes <strong>de</strong>verão servir<br />

para continuar garantindo e fortalecendo<br />

a unida<strong>de</strong> da caminhada<br />

pastoral <strong>de</strong> nossa Igreja. Afinal,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Concílio Vaticano II, a<br />

diocese é a unida<strong>de</strong>-mãe <strong>de</strong> todo<br />

planejamento e ação pastoral.<br />

RECEBEMOS DE GRAÇA<br />

O centenário <strong>de</strong> criação da<br />

Diocese <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong> nos levou<br />

a agra<strong>de</strong>cer a Deus a graça da fé<br />

recebida e a missão que ele hoje<br />

nos confia. Agra<strong>de</strong>cemos a comunida<strong>de</strong><br />

eclesial que nos acolhe e<br />

nos alimenta com a Palavra, os<br />

Sacramentos e a Carida<strong>de</strong> fraterna<br />

entre seus membros. Agra<strong>de</strong>cemos<br />

a <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> bispos,<br />

presbíteros, diáconos, religiosos e<br />

religiosas, leigos e leigas, <strong>de</strong> ontem<br />

e hoje, que aqui viveram ou vivem<br />

sua fé, com zelo apostólico e santida<strong>de</strong><br />

evangélica. Como os santos<br />

nunca falharam na ação pastoral,<br />

queremos dar continuida<strong>de</strong> à santida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> nossos pais e mães na<br />

fé. Agra<strong>de</strong>cemos a criativida<strong>de</strong> dos<br />

fieis que, ontem e hoje, viveram ou<br />

vivem sua fé nos mais diversos<br />

espaços em que o Evangelho se<br />

encarna e ganha corpo, em favor<br />

<strong>de</strong> mais vida para os povos que<br />

habitam nosso território diocesano.<br />

Temos muitas razões para<br />

manifestar nossa alegria <strong>de</strong> ser<br />

discípulos missionários <strong>de</strong> Jesus<br />

Cristo. Continua valendo, em nossa<br />

obra missionária, o lema do<br />

Centenário: “De graça recebestes,<br />

<strong>de</strong> graça dai” (Mt 10,8).<br />

Numa época <strong>de</strong> profundas e<br />

sucessivas mudanças, nossa<br />

Igreja diocesana é chamada a<br />

proclamar com coragem, entusiasmo<br />

e criativida<strong>de</strong>, a mensagem<br />

do Evangelho, para que os habitantes<br />

<strong>de</strong> nosso território<br />

diocesano tenham vida e a tenham<br />

em abundância, pois o<br />

Reino <strong>de</strong> Jesus é um Reino <strong>de</strong><br />

Vida. As condições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong><br />

muitos excluídos contradizem o<br />

Unida<strong>de</strong> na<br />

Caminhada Pastoral<br />

Como discípulos e missionários <strong>de</strong> Jesus Cristo,<br />

formamos uma Igreja que é comunida<strong>de</strong> missionária.<br />

projeto <strong>de</strong> Deus-Pai e nos <strong>de</strong>safiam<br />

a um maior compromisso<br />

em favor da cultura da vida. A<br />

evangelização é tarefa <strong>de</strong> todos.<br />

A missão não é tarefa opcional,<br />

mas integrante da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

cristã. Exige conversão pessoal,<br />

na linha da santida<strong>de</strong> evangélica,<br />

e conversão pastoral, na linha<br />

<strong>de</strong> zelo apostólico. Queremos<br />

que nossas comunida<strong>de</strong>s e<br />

paróquias, nossas pastorais e<br />

movimentos tenham a marca da<br />

missão. Mas só seremos missionários<br />

na medida em que respon<strong>de</strong>rmos<br />

aos gran<strong>de</strong>s problemas<br />

da socieda<strong>de</strong>. Somos conscientes<br />

<strong>de</strong> nossos limites, sobretudo<br />

da insuficiência <strong>de</strong> agentes<br />

<strong>de</strong> pastoral, mas não esmoreceremos,<br />

pois somos animados<br />

pelo mesmo Espírito que impeliu<br />

os apóstolos à missão.<br />

TEMOS O PÉ NO CHÃO<br />

Para po<strong>de</strong>r lançar as sementes<br />

do Evangelho em vista da<br />

construção <strong>de</strong> um mundo justo<br />

“<br />

Como membros<br />

da Igreja,<br />

somos chamados<br />

a viver e<br />

transmitir a<br />

comunhão com<br />

Deus-Trinda<strong>de</strong>,<br />

convidando<br />

outros a participarem<br />

<strong>de</strong>sta<br />

comunhão”<br />

e fraterno, é preciso que a Igreja<br />

conheça efetivamente toda a realida<strong>de</strong><br />

que a envolve. É preciso<br />

ter os pés no chão. Frente às profundas<br />

transformações das últimas<br />

décadas no cenário mundial,<br />

nacional e estadual, as quais<br />

se refletem na <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Florianópolis</strong>, é preciso que i<strong>de</strong>ntifiquemos<br />

os <strong>de</strong>safios da reali-<br />

da<strong>de</strong> social em que vivemos. As<br />

gran<strong>de</strong>s mudanças nos afligem,<br />

mas não nos confun<strong>de</strong>m, porque<br />

nos sentimos amparados pela<br />

força do Espírito Santo. A novida<strong>de</strong><br />

das atuais transformações<br />

é que elas têm um caráter global,<br />

afetando o mundo inteiro,<br />

configurando nosso tempo como<br />

uma verda<strong>de</strong>ira mudança <strong>de</strong><br />

época. Neste novo contexto sócio-cultural,<br />

a realida<strong>de</strong> tornouse<br />

complexa, ensinando-nos a<br />

pisá-la e olhá-la com mais humilda<strong>de</strong><br />

e provocando-nos a buscar<br />

em Cristo e no Espírito uma luz<br />

que nos dê sentido e orientação.<br />

Além da situação político-cultural,<br />

econômico-ecológica e sócio-religiosa,<br />

faz-se necessário<br />

um olhar para a nossa realida<strong>de</strong><br />

eclesial. Inserida no mundo<br />

como fermento na massa, a Igreja<br />

tem uma dimensão espiritual<br />

e mística que ultrapassa nossa<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreensão e<br />

<strong>de</strong> ação. Ela vem <strong>de</strong> Deus-Trinda<strong>de</strong>,<br />

vive em Deus-Trinda<strong>de</strong> e<br />

<strong>Maio</strong> 2009 Jornal da <strong>Arquidiocese</strong><br />

Arquivo/JA<br />

vai para Deus-Trinda<strong>de</strong>. Sua origem,<br />

seu sentido e sua meta encontram-se<br />

no mistério inefável<br />

<strong>de</strong> Deus. Mas, a Igreja tem também<br />

uma dimensão visível, humana,<br />

histórica. Ela ganha a configuração<br />

que nós formos dando<br />

a ela. Ela <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa<br />

ação. Para tal, faz-se necessário<br />

que a conheçamos como Igreja<br />

particular, diocesana, enquanto<br />

realida<strong>de</strong> concreta situada em<br />

nosso chão, em nossa história e<br />

cultura.<br />

SOMOS IGREJA<br />

MISSIONÁRIA<br />

O projeto <strong>de</strong> Deus se realiza<br />

na humanida<strong>de</strong>, através do Povo<br />

<strong>de</strong> Deus. É vivendo e proclamando<br />

os valores do Reino <strong>de</strong> Deus<br />

que a Igreja se torna sacramento<br />

universal <strong>de</strong> salvação. No meio<br />

do mundo, nossa Igreja<br />

diocesana quer ser germe, sinal<br />

e instrumento do Reino <strong>de</strong> Deus,<br />

fermento na massa, sal da terra,<br />

luz do mundo, grão <strong>de</strong> trigo lançado<br />

à terra, pequeno rebanho<br />

em meio a lobos ferozes, enfim,<br />

povo messiânico e profético, inserido<br />

no mundo, para aí proclamar<br />

as maravilhas <strong>de</strong> Deus e colaborar<br />

na edificação <strong>de</strong> seu Reino<br />

<strong>de</strong> justiça e paz.<br />

Como discípulos e missionários<br />

<strong>de</strong> Jesus Cristo, formamos uma<br />

Igreja que é comunida<strong>de</strong><br />

missionária. Só po<strong>de</strong>mos ser<br />

evangelizadores na medida em<br />

que vivemos a comunhão eclesial.<br />

A comunhão com Deus-Trinda<strong>de</strong><br />

é o fundamento da comunhão <strong>de</strong><br />

todos na Igreja. Pelo batismo, recebemos<br />

uma vocação e uma missão.<br />

Nossa fé é teologal e eclesial:<br />

põe-nos em relação direta com<br />

Deus-Trinda<strong>de</strong> e envia-nos em<br />

missão ao mundo. Como membros<br />

da Igreja, somos chamados<br />

a viver e transmitir a comunhão<br />

com Deus-Trinda<strong>de</strong>, convidando<br />

outros a participarem <strong>de</strong>sta comunhão.<br />

Comunhão e missão estão<br />

unidas entre si: a comunhão é<br />

missionária e a missão é para a<br />

comunhão. A Igreja, casa e escola<br />

<strong>de</strong> comunhão, é uma unida<strong>de</strong><br />

orgânica formada pela diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> carismas, ministérios e serviços,<br />

em vista da irradiação<br />

missionária da comunida<strong>de</strong><br />

eclesial. Por isso, todos os organismos<br />

eclesiais <strong>de</strong>vem estar animados<br />

por uma espiritualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunhão missionária. As novas<br />

diretrizes querem garantir essa<br />

dimensão comunional e<br />

missionária <strong>de</strong> nossa Igreja.<br />

P PPe.<br />

P e. Vit Vitor Vit or Galdino Galdino F FFeller<br />

F eller<br />

Coord. Arquidiocesano <strong>de</strong> Pastoral,<br />

Prof. <strong>de</strong> Teologia e Diretor do ITESC<br />

Email: vit vitor vit or orfeller@ar or eller@ar eller@arquifln.org.br<br />

eller@ar uifln.org.br

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