Edição 145, Ano XIII, Maio 2009. - Arquidiocese de Florianópolis

Participe do
Jornal da
Arquidiocese
Pe. Valdir: vigor missionário apesar da idade avançada PÁGINA 14
Arquidiocese
Jornal da
Florianópolis, Maio 2009 Nº 145 - Ano XIII
Dom Murilo presidiu à Missa de consagração dos Santos Óleos na Catedral
Aparecida promove Peregrinação
Nacional em Favor da Família
Paróquias da Arquidiocese estão se mobilizando
para realizar uma grande caravana até o
Santuário de Aparecida, em São Paulo.
Com o tema “Família: Discípula e
Missionária a Serviço da Vida”, o Santuário
de Aparecida está promovendo
a Peregrinação Nacional em Favor da
Família. O evento será realizado no dia
24 de maio.
A Arquidiocese de Florianópolis
está se mobilizando para participar
Arquidiocese
ganha novo
diácono
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Encontro ensina
a rezar através
da leitura bíblica
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deste evento. Muitas paróquias estão
organizando caravanas. A expectativa
é que pelo menos 10 ônibus saiam
daqui para o Santuário de Aparecida.
Os interessados em participar devem
procurar a sua paróquia.
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03
POR CARTA
Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis
“De “De graça graça recebestes, recebestes, de de graça graça dai” dai” (Mt 10,8)
Quatro paróquias
receberão Visitas
Pastorais este ano
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Missa do Crisma
volta à Catedral
Durante a celebração foram lembrados os padres
falecidos desde a última Missa do Crisma
Celebração realizada na Catedral, após os quatro anos do trabalho de restauração
da Igreja-Mãe da Arquidiocese, contou com a participação de 126 padres e
42 diáconos, que na ocasião fizeram a renovação anual dos seus votos. No início
da celebração, em que foram consagrados os Santos Óleos, nosso arcebispo
Dom Murilo Krieger saudou todo o Clero da Arquidiocese, lembrando com emoção
os padres falecidos desde a última Quinta-Feira Santa: Pe. Raul de Souza, Pe.
Rogério Groh, Pe. Luiz Carlos Rodrigues e Pe. Sérgio Maykot.
POR E-MAIL
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09
Dom José toma posse na
Diocese de Blumenau
Com a celebração de posse, realizada
na manhã do dia quatro de abril,
Dom José passou a ser o segundo bispo
da diocese-caçula do Regional Sul
IV. Em suas primeiras palavras como
bispo, Dom José expressou o desejo
de cultivar grande união com os padres
e diáconos, que trabalharão com
ele, além dos seminaristas, bem
como com todo o povo de Deus, durante
o seu ministério.
“Agradeço a Dom Angélico que
acompanhou com amor e zelo apostólico
os primeiros passos da Diocese
de Blumenau, nesses seus oito anos
de existência”, disse Dom José.
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1
Paróquia Senhor
Bom Jesus, de
Camboriú
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Dom José (esq.) recebe o báculo das
mãos de Dom Angélico e Dom Lorenzo
Pe. Ney lança CD
com músicas
dedicadas a Maria
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PELO SITE
www.arquifln.org.br

2 Opinião
Seu melhor amigo perdeu um
filho tragicamente: o que dizer a ele?
O vizinho de porta está numa depressão
terrível: como animá-lo? A
colega de trabalho está sofrendo
com a prolongada doença de seu
pai: com que palavras consolá-la?
A vida coloca você diante de
situações para as quais escola
alguma o preparou. E o grave é
que uma palavra precisa ser dita,
um gesto deve ser feito e uma
decisão tomada. Mas qual? Você
sabe muito bem que, em horas
assim, a boa vontade não é suficiente;
também não lhe faltam
recordações de decisões, gestos
ou palavras do passado que, longe
de se terem revelado rico consolo,
deixaram você em situação
constrangedora e delicada.
Nesse campo, temos muito que
Uma das questões que mais
angustia a existência do homem
é precisamente esta: o que há
depois da morte? A esse enigma,
a solenidade de hoje, [dia da Páscoa],
permite-nos responder que
a morte não tem a última palavra,
porque no fim quem triunfa é a
vida. E essa nossa certeza não se
funda sobre simples raciocínios
humanos, mas sobre um dado histórico
de fé: Jesus Cristo, crucificado
e sepultado, ressuscitou
com o seu corpo glorioso. Jesus
ressuscitou para que também
nós, acreditando nele, possamos
ter a vida eterna. Esse anúncio situa-se
no coração da mensagem
evangélica. Declara-o com vigor
São Paulo: “Se Cristo não ressuscitou,
é vã a nossa pregação e vã
a nossa fé”. E acrescenta: “Se tão
somente nesta vida esperamos
em Cristo, somos os mais miseráveis
de todos os homens” (1Cor
15, 14.19). Desde a alvorada de
Páscoa, uma nova primavera de
esperança invade o mundo; desde
aquele dia, nossa ressurreição
já começou, porque a Páscoa não
indica simplesmente um momento
da história, mas o início duma
nova condição: Jesus ressuscitou,
não para que sua memória permaneça
viva no coração dos seus discípulos,
mas para que ele mesmo
viva em nós, e, nele, possamos já
saborear a alegria da vida eterna.
Palavra Palavra do do Bispo Bispo Dom Dom Murilo Murilo S. S. R. R. Krieger
Krieger
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo de Florianópolis
Os amigos de Jó
aprender de Jó. Sua figura comove:
“Homem íntegro e reto, temia a
Deus e se afastava do mal” (1,1);
rico e famoso, despertou suspeitas
em alguns contemporâneos, para
quem não havia mistério em suas
virtudes: como em sua vida tudo
corria bem, era fácil compreender
que fosse santo e honesto. Mas, e
se sua situação mudasse? E se os
bens que tinha fossem atingidos,
permaneceria ainda fiel a Deus?
Jó passou, então, a ser importunado
com as mais diversas provações.
Empobrecido, ferido e humilhado,
chegou a ser ridicularizado
até pela própria esposa. Foi
então que três amigos seus, de lugares
diferentes, ouvindo falar de
suas doenças, foram visitá-lo, a
fim de “compartilhar de sua dor e
consolá-lo” (2,11). Encontraram-
Palavra Palavra do do Papa Papa Bent
Bent
Bento o XVI
XVI
Ressuscitado,
Jesus vive em nós
Portanto, a ressurreição não é
uma teoria, mas uma realidade histórica
revelada pelo Homem Jesus
Cristo por meio de sua “páscoa”,
de sua “passagem”, que abriu um
“caminho novo” entre a terra e o
Céu (cf. Hb 10, 20). Não é um mito
nem um sonho, não é uma visão
nem uma utopia, não é uma fábula,
mas um acontecimento único e
irrepetível: Jesus de Nazaré, filho
de Maria, que ao pôr do sol de Sexta-feira
foi descido da cruz e sepultado,
deixou vitorioso o túmulo. De
fato, ao alvorecer do primeiro dia
depois do Sábado, Pedro e João encontraram
o túmulo vazio. Madalena
e as outras mulheres encontraram
Jesus ressuscitado; reconheceram-no
também os dois discípulos
de Emaús ao partir o pão; o Ressuscitado
apareceu aos Apóstolos
à noite no Cenáculo e depois a muitos
outros discípulos na Galileia.
“
A ressurreição
não é um mito
nem um sonho,
mas um acontecimentoúnico
e irrepetível:
Jesus de Nazaré
Bent Bento Bent o XVI XVI, XVI 12.04.09 - Domingo da
Páscoa
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22 mil exemplares mensais
no, contudo, tão desfigurado que,
a princípio, nem o reconheceram.
Aproximando-se dele, sentaramse
ao seu lado durante sete dias
e sete noites, sem dizer-lhe uma
palavra, “vendo como era atroz
seu sofrimento” (2,13).
O drama de Jó, rico de luzes e
sombras, é belíssimo e digno de
ser meditado pelos homens e mulheres
do nosso tempo. Fixo-me,
contudo, nesse sábio gesto de
seus amigos, que anteciparam o
que Paulo escreveria cinco séculos
mais tarde, como expressão máxima
de comunhão: “Alegrai-vos com
os que se alegram. Chorai com os
que choram” (Rm 12,15). Recordando
a atitude dos amigos de Jó,
poderíamos completar: sofrei em
silêncio com os que sofrem.
Em determinadas situações,
Reflexão
Reflexão
A vida cristã é caminho de
santidade, pedagogia de santidade,
é busca feliz de Deus (Lev 11,
44). Santo é quem está consagrado
a Deus. Santificar é tornar íntegro,
inviolável, o contrário de
mundanizar, isto é, ser possuído
pelo espírito do mundo, do espetáculo,
perder a intimidade. O
santificado revela somente a
Deus sua intimidade pessoal; o
mundanizado, por sua vez, tudo
revela em busca de apoio, complacência,
dinheiro, sucesso.
A Igreja antiga tinha muito pudor
com as coisas santas. Quem
não era batizado permanecia na
igreja até o final da Liturgia da
Palavra, pois a Liturgia Eucarística
estava reservada aos batizados,
aos que tinham sido iniciados nos
Mistérios. Ao catecúmeno (o que
se preparava para o Batismo) quase
tudo era ensinado, menos a revelação
final do mistério batismal:
essa era feita na catequese
mistagógica pós-batismal.
A publicidade faz perder a
santidade do sagrado, expondo
tudo ao público. Madre Teresa
não conseguia explicar a Inspiração
que a fizera consagrar-se
aos pobres mais pobres. Respondia:
“Eu disse a Jesus que
levasse tudo, para que eu não
tivesse que explicar. Quando tornamos
algo público, ele perde a
santidade”.
Alguns não conseguem adorar
o Santíssimo sem ter aberta
mais do que consolar com palavras,
importa ser uma presença amiga ao
lado daquele que, fechado em sua
dor, parece estar a quilômetros de
distância de nós. Quando alguém
está envolvido por um grande sofrimento,
temos a impressão de que
não conseguimos atingi-lo. Engano
nosso. Uma presença discreta e silenciosa,
marcada pelo desejo de
comunhão, é, ao mesmo tempo,
consolo e força, bálsamo e luz. Pode
ser que num primeiro momento
nem seja percebida; aos poucos,
contudo, faz nascer no irmão a certeza
de que não está só. É possível
que, mesmo assim, ele não entenda
o sofrimento que está enfrentando,
mas certamente conseguirá
superá-lo com mais rapidez e aproveitará
melhor as lições daqueles
momentos.
“
Santidade e Intimidade
a porta do sacrário. Mas é exatamente
a porta fechada que
leva à adoração daquele que
ama escondido, que aceita ser
adorado em sua intimidade.
Quanta Beleza num sacrário fechado,
mas totalmente aberto
aos amantes que o contemplam!
A cultura da publicidade a
qualquer preço destroi a intimidade
e com isso torna as pessoas
manipuláveis. Há algo mais
constrangedor que afixar cartazes
e faixas com a face do Senhor
sofredor convidando para a
Procissão dos Passos? A Paixão
de Cristo deixa de ser ato redentor
para ser fato cultural. Os que
o amam no Caminho da dor querem
contemplá-lo em silêncio,
quase em segredo. E a blasfêmia
de anunciar a Procissão de
Corpus Christi como “espetáculo”
da tradição religiosa? O Senhor
da Humildade, reduzido a
um pedaço de Pão, quer ser contemplado
por amigos que o adoram
em sua pobreza e não olhado
por curiosos.
Vivemos um período de teologia
fraca, à la carte, o que representa
um enorme perigo para
a integridade da mensagem cristã.
A superficialidade teológica
se traduz em superficialidade
mistagógica: ministro acha que
seus paramentos dourados são
evangelizadores, as equipes enfeitam
a Missa. Mas, o Senhor
crucificado não está nu? Quer-
Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
Em determinadassituações,
mais do
que consolar
com palavras,
importa ser
uma presença
amiga ao
lado daquele
que sofre”
se tudo exposto em veste popular,
e assim perde a santidade.
Um dia, a anestesia da publicidade
religiosa a qualquer preço
e a instrumentalização do sagrado
despertará. O que teremos?
Multidões aflitas em busca
de milagres, multidões que
não conhecem a Palavra de Deus,
mas acreditam em poderes mágicos,
multidões que confundem
fé com prazer, com o "agradável",
multidões que fogem do Cristo
crucificado, trocando-o por produtos
religiosos que geram prosperidade.
Uma pena, depois de todo
o esforço do Vaticano II colocando
como fonte da santidade a
Palavra e o Sacramento. E corremos
o perigo de retornar a buscála
no devocional.
Profunda a palavra de um teólogo
que anunciava uma Igreja
confessante, corajosa, mártir:
“Que outro é o preço que hoje pagamos...
se não uma necessária
consequência da graça alcançada
a baixo preço? Por baixo
preço se proclamava o anúncio,
se administravam os sacramentos,
se batizava, se dava a crisma,
se absolvia o povo inteiro,
sem que fossem postas perguntas
ou condições” (D.
Bonhoeffer: Discipulado). Para
ele, o preço foi o martírio no campo
de concentração. A santidade
tem alto preço: a própria vida.
Pe. e. José José Ar Artulino Ar Artulino
tulino Besen Besen
Besen
Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Dom José Negri, Pe. José
Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Guilherme Pontes,
Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Revisão: Irmã Clea Fuck - Jornalista Responsável: Zulmar
Faustino - SC 01224 JP - Departamento de Publicidade: Pe. Francisco Rohling - Editoração e Fotos:
Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul

Jornal da Arquidiocese Maio 2009
Geral
Aparecida sedia Peregrinação
Nacional em Favor da Família
Paróquias estão organizando caravanas. Espectativa é que 10 ônibus partam da Arquidiocese
“Família Discípula e Missionária
a Serviço da Vida”, é o tema
da Peregrinação Nacional em Favor
da Família, que o Santuário de
Aparecida, em São Paulo, vai
sediar no dia 24 de maio. A cidade
foi escolhida por ser sede mariana
da padroeira e pela sua importância
religiosa para o Brasil.
O evento será uma ocasião
para o povo brasileiro demonstrar
que é na família que se dá e se
recebe ternura, carinho, apreço,
segurança e generosidade. Tratase
de uma forma de fazer com
que os interesses da família e da
vida possam marcar presença
nas políticas públicas no país.
A programação começa no
sábado, 23 de maio, com o momento
de catequese, testemunho
e apresentação musical, com
Antônio Cardoso. Depois, haverá
a oração do terço meditado e a
Missa na Basílica Nacional, com
procissão de velas.
No domingo, 24, os participantes
se reunirão para a “Gran-
Crismas
Maio
2009
O Movimento de Emaús estará
realizando, nos dias 14 a 17 de
maio, o “84º Retiro de Emaús Feminino”.
Trata-se de um retiro de
quatro dias, voltado à formação de
lideranças para atuar na Igreja ou
ser presença dela nos diversos
ambientes da sociedade. O retiro
será realizado na Casa de Encontros
Vila Fátima, no Morro das Pedras,
em Florianópolis.
Neste ano em que completa
35 anos em Florianópolis, o Movimento
pretende alcançar o maior
número de rapazes e moças para
participarem dos encontros. “Sentimos
que este ano deve ser um
de Concentração em Favor da
Família”. Às 8 horas terá lugar a
Celebração Eucarística na
Basílica. Na tribuna Aloísio
Lorscheider acontecerá o show
da família em favor da vida, com
testemunhos familiares e apresentações
musicais, animadas
pelo Padre Reginaldo Mangotti.
Caravanas de todo o Brasil
estão sendo organizadas para
participar da Concentração. Na
Arquidiocese, a Pastoral Familiar
fez a divulgação em todas as paróquias
e solicitou que se organizem
para participar. A expectativa
é que em torno de 10 ônibus
saiam daqui com lideranças.
“As pessoas que tiverem interesse
em participar, devem entrar
em contato com sua paróquia ou
alguma das paróquias próximas
à sua residência. Muitas delas
estão fretando ônibus para participar”,
disse Luiz Carlos Soares,
que, com sua esposa, Zélia, coordena
a Pastoral Familiar na
Arquidiocese.
DATA HORA LOCAL CELEBRANTE
23 19h São Bonifácio Dom Vito
30 19h
Florianópolis - Trindade
(São Bento - Itacorubi)
Retiro Feminino do
Movimento de Emaús
Dom Vito
30 18h Biguaçu Dom Murilo
31
9h30
16h
Biguaçu Dom Murilo
31 10h Fpolis - SSma. Trindade Dom Vito
marco em nossa trajetória de
evangelização, expandindo ainda
mais o número de pessoas que
encontram ou reencontram a Cristo
em nosso curso”, disse Rafael
Gil, que, com sua esposa Sabrina,
são secretários do movimento.
As inscrições já estão abertas
e podem ser feitas no dia 06, das
9h às 12h, ou 08 e 12, das 20h
às 22h, no Centro Arquidiocesano
de Pastoral, localizado no Largo
São Sebastião, na Beira-Mar, em
Florianópolis.
Mais Mais inf informações inf ormações no no sit site sit
www www.emaus.org.br/florianopolis.
www .emaus.org.br/florianopolis.
Santuário Nacional de Aparecida, São Paulo, vai sediar o evento que
pretende reunir famílias de todo o Brasil
Inscrições para Pós-Graduação
em Arte Sacra continuam abertas
As inscrições para o Curso de
Pós-Graduação Lato Sensu em
Espaço Celebrativo-Litúrgico e
Arte Sacra continuam abertas, e
poderão ser feitas até o dia 15
de maio no ITESC. Maiores informações
através do telefone (48)
3234-0400 ou pelo e-mail:
secretaria@itesc.org.br, ou, ainda,
no site www.itesc.org.br.
Os interessados deverão
apresentar comprovante de graduação
reconhecido pelo MEC.
O curso destina-se, principalmente,
aos formados em Teologia,
ou Ciências da Religião, Arquitetura,
Artes Plásticas, Arte
Sacra, Engenharia, Bens Culturais
e Patrimônio Histórico e áreas
afins.
O curso é dividido em três
etapas. A primeira será de 20 de
julho a 1º de agosto de 2009; a
segunda, de 1º a 13 de fevereiro
de 2010, e a terceira, de 19 a31
de julho de 2010. Cada fase tem
120 horas/aula. A Especialização
nasceu tendo presente as
necessidades atuais da Igreja e
do desejo conjunto do ITESC e
da Comissão Arquidiocesana de
Liturgia de oferecer uma formação
interdisciplinar especializada
sobre Arte Sacra, particularmente
sobre o Espaço
Celebrativo-Litúrgico.
De acordo com Pe. Tarcísio
Pedro Vieira, coordenador do
Curso, esse Curso surge num
momento muito especial. Alguns
fatores justificam sua realização:
Primeiro - a necessidade
de profissionais habilitados
para este serviço tão especializado,
particularmente os profissionais
da área da arquitetura,
da engenharia, das artes
e outras áreas afins;
Formação para
profissionais e leigos
Segundo - também os clérigos
e agentes de pastoral, sobretudo
os envolvidos na liturgia e
na parte administrativa de nossas
comunidades, precisam conhecer
as orientações da Igreja
a respeito do espaço celebrativo
e compreender que ele é espaço
sagrado, que deve nos conduzir
à experiência do Mistério de
Deus, em comunidade;
Terceiro - são tantas as igrejas
que precisam, urgentemente,
de uma readequação do seu
espaço celebrativo. Os novos projetos
não podem ser feitos sem
os critérios específicos da Arte
Sacra. “Infelizmente, nesta área
há uma grande carência de profissionais
e agentes eclesiais
capacitados para responder às
necessidades de nossas comunidades
eclesiais", disse Pe.
Tarcísio.
Divulgação/JA
Arquidiocese
ganha novo
diácono
A paróquia Santa Cruz, em
São José, estará em festa no dia
09 de maio. Neste dia, será ordenado
diácono Venceslau Alves
Ferreira. A celebração, realizada
às 15h30min, será presidida pelo
nosso bispo emérito Dom Vito
Schlickmann. Com essa ordenação,
a Arquidiocese passará a ter
112 diáconos ordenados.
Venceslau é uma importante
liderança na sua comunidade.
Participa de pastorais e movimentos
desde antes de a comunidade
ser elevada a paróquia
(em 12 de maio de 1990). Mas o
seu trabalho está mais concentrado
na Pastoral Vocacional,
“pela qual foi contagiado”, e na
“Cozinha Comunitária”.
Há seis anos iniciou o trabalho
de dar almoços às crianças
empobrecidas da comunidade Senhor
Bom Jesus dos Passos, no
Loteamento José Nitro. Hoje, cerca
de 60 crianças são atendidas
pelo projeto, com almoço de segunda
a sexta-feira. “É uma coisa que
nunca vou deixar de fazer”,
confidenciou. Ele é empresário,
casado há 19 anos com Terezinha,
e têm uma filha de sete anos. O
convite para ser diácono partiu do
Diácono Rudi Marcionillo Melim,
seu futuro colega na paróquia.
Venceslau fez sua formação
na Escola Diaconal São Francisco
de Assis e se formou no ano
passado, junto com os 18
diáconos que já foram ordenados.
Por problemas pessoais, solicitou
que sua ordenação fosse
postergada, o que foi aceito pela
comunidade e por Dom Murilo.
Com a ordenação de Venceslau, a
Arquidiocese terá 112 diáconos
3

4 Tema do Mês
Em 2001, foram aprovadas as
atuais Diretrizes da Ação Evangelizadora
da Igreja na Arquidiocese
de Florianópolis. Na próxima
Assembleia Arquidiocesana de
Pastoral, a realizar-se nos dias 26
e 27 de junho próximo, em Palhoça,
os representantes do clero,
das paróquias e comunidades,
das pastorais e movimentos, organismos
e serviços, colégios e meios
de comunicação da Arquidiocese,
num total aproximado de
300 pessoas, irão aprovar as novas
diretrizes de nossa Igreja
diocesana. Nessas novas diretrizes,
pretendemos ampliar o olhar
para os novos desafios e acolher
as sugestões pastorais dos últimos
documentos da Igreja, sobretudo
do Documento de Aparecida.
As novas diretrizes deverão servir
para continuar garantindo e fortalecendo
a unidade da caminhada
pastoral de nossa Igreja. Afinal,
desde o Concílio Vaticano II, a
diocese é a unidade-mãe de todo
planejamento e ação pastoral.
RECEBEMOS DE GRAÇA
O centenário de criação da
Diocese de Florianópolis nos levou
a agradecer a Deus a graça da fé
recebida e a missão que ele hoje
nos confia. Agradecemos a comunidade
eclesial que nos acolhe e
nos alimenta com a Palavra, os
Sacramentos e a Caridade fraterna
entre seus membros. Agradecemos
a dedicação de bispos,
presbíteros, diáconos, religiosos e
religiosas, leigos e leigas, de ontem
e hoje, que aqui viveram ou vivem
sua fé, com zelo apostólico e santidade
evangélica. Como os santos
nunca falharam na ação pastoral,
queremos dar continuidade à santidade
de nossos pais e mães na
fé. Agradecemos a criatividade dos
fieis que, ontem e hoje, viveram ou
vivem sua fé nos mais diversos
espaços em que o Evangelho se
encarna e ganha corpo, em favor
de mais vida para os povos que
habitam nosso território diocesano.
Temos muitas razões para
manifestar nossa alegria de ser
discípulos missionários de Jesus
Cristo. Continua valendo, em nossa
obra missionária, o lema do
Centenário: “De graça recebestes,
de graça dai” (Mt 10,8).
Numa época de profundas e
sucessivas mudanças, nossa
Igreja diocesana é chamada a
proclamar com coragem, entusiasmo
e criatividade, a mensagem
do Evangelho, para que os habitantes
de nosso território
diocesano tenham vida e a tenham
em abundância, pois o
Reino de Jesus é um Reino de
Vida. As condições de vida de
muitos excluídos contradizem o
Unidade na
Caminhada Pastoral
Como discípulos e missionários de Jesus Cristo,
formamos uma Igreja que é comunidade missionária.
projeto de Deus-Pai e nos desafiam
a um maior compromisso
em favor da cultura da vida. A
evangelização é tarefa de todos.
A missão não é tarefa opcional,
mas integrante da identidade
cristã. Exige conversão pessoal,
na linha da santidade evangélica,
e conversão pastoral, na linha
de zelo apostólico. Queremos
que nossas comunidades e
paróquias, nossas pastorais e
movimentos tenham a marca da
missão. Mas só seremos missionários
na medida em que respondermos
aos grandes problemas
da sociedade. Somos conscientes
de nossos limites, sobretudo
da insuficiência de agentes
de pastoral, mas não esmoreceremos,
pois somos animados
pelo mesmo Espírito que impeliu
os apóstolos à missão.
TEMOS O PÉ NO CHÃO
Para poder lançar as sementes
do Evangelho em vista da
construção de um mundo justo
“
Como membros
da Igreja,
somos chamados
a viver e
transmitir a
comunhão com
Deus-Trindade,
convidando
outros a participarem
desta
comunhão”
e fraterno, é preciso que a Igreja
conheça efetivamente toda a realidade
que a envolve. É preciso
ter os pés no chão. Frente às profundas
transformações das últimas
décadas no cenário mundial,
nacional e estadual, as quais
se refletem na Arquidiocese de
Florianópolis, é preciso que identifiquemos
os desafios da reali-
dade social em que vivemos. As
grandes mudanças nos afligem,
mas não nos confundem, porque
nos sentimos amparados pela
força do Espírito Santo. A novidade
das atuais transformações
é que elas têm um caráter global,
afetando o mundo inteiro,
configurando nosso tempo como
uma verdadeira mudança de
época. Neste novo contexto sócio-cultural,
a realidade tornouse
complexa, ensinando-nos a
pisá-la e olhá-la com mais humildade
e provocando-nos a buscar
em Cristo e no Espírito uma luz
que nos dê sentido e orientação.
Além da situação político-cultural,
econômico-ecológica e sócio-religiosa,
faz-se necessário
um olhar para a nossa realidade
eclesial. Inserida no mundo
como fermento na massa, a Igreja
tem uma dimensão espiritual
e mística que ultrapassa nossa
capacidade de compreensão e
de ação. Ela vem de Deus-Trindade,
vive em Deus-Trindade e
Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
Arquivo/JA
vai para Deus-Trindade. Sua origem,
seu sentido e sua meta encontram-se
no mistério inefável
de Deus. Mas, a Igreja tem também
uma dimensão visível, humana,
histórica. Ela ganha a configuração
que nós formos dando
a ela. Ela depende de nossa
ação. Para tal, faz-se necessário
que a conheçamos como Igreja
particular, diocesana, enquanto
realidade concreta situada em
nosso chão, em nossa história e
cultura.
SOMOS IGREJA
MISSIONÁRIA
O projeto de Deus se realiza
na humanidade, através do Povo
de Deus. É vivendo e proclamando
os valores do Reino de Deus
que a Igreja se torna sacramento
universal de salvação. No meio
do mundo, nossa Igreja
diocesana quer ser germe, sinal
e instrumento do Reino de Deus,
fermento na massa, sal da terra,
luz do mundo, grão de trigo lançado
à terra, pequeno rebanho
em meio a lobos ferozes, enfim,
povo messiânico e profético, inserido
no mundo, para aí proclamar
as maravilhas de Deus e colaborar
na edificação de seu Reino
de justiça e paz.
Como discípulos e missionários
de Jesus Cristo, formamos uma
Igreja que é comunidade
missionária. Só podemos ser
evangelizadores na medida em
que vivemos a comunhão eclesial.
A comunhão com Deus-Trindade
é o fundamento da comunhão de
todos na Igreja. Pelo batismo, recebemos
uma vocação e uma missão.
Nossa fé é teologal e eclesial:
põe-nos em relação direta com
Deus-Trindade e envia-nos em
missão ao mundo. Como membros
da Igreja, somos chamados
a viver e transmitir a comunhão
com Deus-Trindade, convidando
outros a participarem desta comunhão.
Comunhão e missão estão
unidas entre si: a comunhão é
missionária e a missão é para a
comunhão. A Igreja, casa e escola
de comunhão, é uma unidade
orgânica formada pela diversidade
de carismas, ministérios e serviços,
em vista da irradiação
missionária da comunidade
eclesial. Por isso, todos os organismos
eclesiais devem estar animados
por uma espiritualidade de
comunhão missionária. As novas
diretrizes querem garantir essa
dimensão comunional e
missionária de nossa Igreja.
P PPe.
P e. Vit Vitor Vit or Galdino Galdino F FFeller
F eller
Coord. Arquidiocesano de Pastoral,
Prof. de Teologia e Diretor do ITESC
Email: vit vitor vit or orfeller@ar or eller@ar eller@arquifln.org.br
eller@ar uifln.org.br

Jornal da Arquidiocese Maio 2009
Geral
Encontro ensina a rezar através da Bíblia
Encontro de Experiência com Jesus é uma atividade das Oficinas de Oração e Vida, serviço que este ano celebra 25 anos
A Casa de Retiros Padre Dehon,
de Brusque, será sede nos dias 12
a 17 de maio do "Encontro de Experiência
de Deus". Promovido pelas
Oficinas de Oração e Vida, um
Serviço arquidiocesano, o evento
é destinado a todas as pessoas
que queiram ter uma aproximação
com Deus. O encontro será ministrado
por José Paulo e Jucileide de
Souza, Casal Evangelizador, contando
com a presença de Sacerdote
convidado. O evento acontece
uma vez por ano e é aberto a
participantes de todo o Estado.
As Oficinas de Oração e Vida
ensinam às pessoas novas formas
de orar através da reflexão
bíblica, buscando encontrar nos
textos situações que digam respeito
à sua vida. São momentos
de intimidade com Deus. “As Oficinas
são destinadas, sobretudo,
às pessoas que se encontram
afastadas da Igreja”, disse Maria
José da Silva Gomes, coordenadora
na Arquidiocese.
Aberto a todos
Não importa a condição da
pessoa: criança, jovem, noivo(a),
casado(a), separado(a), em segunda
união ou mesmo de outra
religião. O importante é ter o interesse
pela oração. Para cada
situação há uma metodologia diferente.
Para os adultos, são 15
sessões, para os jovens são 10 e
para os casais são seis sessões.
As sessões são ministradas
pelos Guias (orientadores). Normalmente
um ou dois ministram
as sessões para até 25 pessoas.
Os Guias são pessoas que passaram
pelas Oficinas e depois realizaram
formação específica de um
ano e meio. Utilizam a Bíblia e um
Manual redigido pelo Fundador
das Oficinas, Frei Ignácio Larrañaga.
Após cada sessão, os participantes
levam um programa de
oração pessoal para ser praticado
em casa, diariamente por 30
minutos seguidos da vivência; forma
de conduzir-se durante a semana,
com os irmãos e irmãs.
As sessões duram quatro meses.
Na conclusão, realizam um
dia de "deserto", encontro profundo
com Deus através da meditação
de textos bíblicos e prática de
modos de orar aprendidos durante
o curso. Após, realizam a partilha
com o grupo, troca de impressões
desse dia especial.
As Oficinas visam à união da
família, frequência aos sacramentos,
compromisso com a comuni-
Uma das Guias das Oficinas de Oração e Vida no ‘deserto’, momento
de reflexão bíblica que se realiza uma vez por mês
dade, com o irmão e com a Igreja,
num despertar de vocações apostólicas.
Os participantes são estimulados
a assumir um trabalho na
sua paróquia. Aqueles que têm
perfil, são convidados a fazer a formação
para ser guia. “Há casos de
pessoas que tiveram despertada
a vocação religiosa a partir das Oficinas”,
disse Clarice Venturin Zílio,
Coordenadora Estadual.
25 anos das Oficinas
Os Encontros de experiência
de Deus tiveram início em 1974
com o Frei Ignácio Larrañaga, padre
franciscano natural da
Espanha. Ele também foi o fundador
das Oficinas de Oração e Vida,
que datam de 1984. O trabalho
deu tão certo que hoje está presente
em mais de 40 países do
mundo de todos os continentes.
Na Arquidiocese, o trabalho iniciou
em 1988. O próprio fundador
esteve em Florianópolis ministrando
Encontros na casa das Irmãs
da Divina Providência para as irmãs
e alguns leigos. Aparecido
Lopes de Castro foi um dos que
participou. Ele frequentava o Curso
Bíblico para leigos e foi convi-
dado a participar do encontro.
Na época, o Frei não atendia
os leigos. Explicava o método às
irmãs e elas faziam o repasse.
“No nosso caso ele abriu uma
exceção”, disse Aparecido. Aparecido
hoje atua como Guia. “As
Oficinas me ensinaram a orar e a
viver. E mudaram meu modo de
encarar a vida”, disse.
Neste ano, em que se comemoram
25 anos das Oficinas, o Brasil
receberá o Frei Ignácio. Ele cumpre
agenda de Eventos de formação
em vários Estados, com palestras
para pais e professores. Um
grupo de pessoas da Arquidiocese
já está se mobilizando para participar
do encontro aberto ao público
que ele ministrará em Curitiba,
nos dias 25 a 27 de setembro.
Mais Mais inf informações inf ormações sobre
sobre
as as as “Of “Oficinas “Of icinas de de Oração Oração e e e Vida” Vida”
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ou ou sobre sobre sobre o o “Encontr “Encontro “Encontr “Encontro
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periência periência de de Deus”, Deus”, entre entre em
em
contat contato contat o com com com Maria Maria José José pelo
pelo
fone one (48) (48) 3225-3805 3225-3805 ou ou com
com
Clarice, Clarice, pelo pelo f ffone
f one (48) (48) 32 32 3249- 32 32 49-
5638, 5638, ou ou ou ainda ainda pelo pelo e-mail: e-mail:
e-mail:
clarice.v
clarice.venturin@
clarice.v enturin@
br brturbo.com.br
br turbo.com.br
turbo.com.br.
turbo.com.br
Formação para o Clero
A Coordenação de Pastoral
da Arquidiocese estará realizando
nos dias 12 e 13 de
maio, na Casa de Encontros
Imaculada Conceição - CEIC,
em Nova Trento, o curso de formação
do Clero. Com o tema
“A Animação Vocacional na vida
e no ministério do presbítero”,
assessorado pelo Pe. Regi-
naldo de Lima, assessor da Comissão
Episcopal Pastoral para
os Ministérios Ordenados e da
Vida Consagrada. O evento terá
início às 8h30 do dia 12, e término
às 17h30 do dia seguinte.
Para participar, os padres interessados
devem se inscrever
na Coordenação de Pastoral,
fone (48) 3224-4799.
Foto JA
Dom Murilo realiza Visitas
Pastorais às paróquias
Neste ano de 2009, continuam
as Visitas Pastorais em nossa
Arquidiocese. Nos últimos três
anos, 24 paróquias foram visitadas
por Dom Murilo Krieger e
Dom José Negri. Mais 9 paróquias
deveriam receber, neste ano,
a visita episcopal oficial, mas,
com a transferência do Bispo Auxiliar
para a Diocese de Blumenau,
o programa de visitas ficou
um pouco prejudicado, ao menos
até a Arquidiocese receber um
novo Bispo Auxiliar.
A primeira comunidade a ser
visitada em 2009 é a Paróquia
São João Bosco, em Itajaí, que
acolherá Dom Murilo para uma visita
de 6 dias, em duas etapas
(dois finais de semana). No total,
serão quatro comunidades visitadas
pelo nosso arcebispo.
A visita pastoral é o encontro
do Bispo com as comunidades que
constituem a diocese. Ela está prevista
no Código de Direito Canônico,
nos cânones 375, 396, 397
e 398. Nessas visitas, o Bispo fica
conhecendo a realidade da comunidade,
são celebrados os mistérios
da Fé, principalmente a Euca-
A celebração em que Hélio
Luciano de Oliveira, seminarista
da Arquidiocese de Florianópolis,
foi ordenado diácono,
realizou-se no dia 25 de abril,
na Paróquia San Nicolás, em
Pamplona, Espanha, e foi presidida
por Dom Mario Busquets,
bispo-prelado de Chuquibamba-
Camaná (Peru).
A Arquidiocese esteve representada
na solenidade pelo Pe.
Vânio da Silva, reitor do Seminário
Teológico Convívio Emaús,
além do Pe. Ney Brasil Pereira,
professor do ITESC, e do Pe. Luiz
Harding Chang, vigário na Paróquia
Sagrado Coração de Jesus,
em Florianópolis. A celebração
também contou com a presença
de parentes e amigos do novo
diácono.
Hélio realizou toda a sua formação
para a vida presbiteral no
Seminário Internacional de Bidasoa,
na Província de Navarra,
Espanha. O convite foi feito pela
Opus Dei, mas não tem nenhuma
ristia, como sinal de unidade, são
esclarecidas dúvidas e são analisados
os desafios enfrentados
pelas diversas comunidades.
Nos encontros com os fieis, o
bispo busca também avaliar a eficiência
das estruturas destinadas
ao serviço pastoral e informar-se
sobre a administração da igreja
matriz e das capelas. “As visitas
são um momento oportuno para
o bispo conhecer melhor as comunidades
e possibilitar que todos
conheçam melhor o seu bispo”,
disse Dom Murilo.
Neste ano, durante as visitas,
será incentivada a formação de
Grupos Bíblicos em Família, o trabalho
com as vocações sacerdotais
(neste ano, a partir de junho,
a Igreja celebra o Ano Sacerdotal,
com o destaque Vocacional na
Arquidiocese de Florianópolis).
Além disso, será incentivada a oração
em família: “Desejamos que
cada família escolha ao menos
uma hora por semana para um
momento de leitura da Palavra de
Deus em família e um momento
de oração, especialmente do Rosário”,
esclareceu Dom Murilo.
Hélio é ordenado diácono na Espanha
Hélio (esq.) recebe o evangeliário
junto com um colega de ordenação
vinculação com a Obra, apesar de
ter “um real afeto” por ela.
Foram cinco anos de formação
filosófica e teológica. A sua
ordenação presbiteral deve acontecer
no segundo semestre deste
ano em local a ser ainda definido.
Primeiro ele concluirá o curso
de Teologia, o que deve acontecer
em junho.
5

6 Bíblia
Salmo de súplica individual. O
orante, injustamente acusado, se
defende diante de Deus, pedindo,
logo de início, que lhe “faça
justiça”, evidentemente contra
seus adversários. Ele não ousa
dizer que não cometeu nenhum
pecado, mas só protesta que não
é réu dos crimes que lhe imputam,
e confirma esse protesto
com o ritual simbólico de “lavar
as mãos” em sinal de inocência.
Esse pedido do salmista remetenos
à passagem do evangelho
segundo Lucas, capítulo 18, em
que Jesus, para mostrar aos discípulos
a necessidade de orar
sem jamais desistir (Lc 18,1),
contou-lhes a parábola da viúva
insistente, que não se cansava de
suplicar ao juiz que lhe “fizesse
justiça contra seus adversários”.
O juiz, diz Jesus, “não temia a
Deus nem respeitava pessoa alguma”.
Mas, dada a persistência
da viúva, acabou por atendê-la.
E Deus, pergunta Jesus, não fará
justiça aos seus escolhidos, que
dia e noite clamam por Ele? E responde:
Sim, lhes fará justiça bem
depressa (Lc 18,7). Termina seu
ensinamento, porém, com grave
pergunta: Mas o Filho do Homem,
quando vier, será que vai encontrar
fé sobre a terra? (Lc 18,9)
De que “justiça”
se trata?
1. Faze-me justiça, Senhor,
/ pois tenho caminhado na retidão.
Confio no Senhor, / não
hei de vacilar.
Quanto à “justiça”, é um dos
termos mais importantes da Bíblia.
Tanto assim, que Jesus declara
bem-aventurados os que
têm fome e sede da Justiça, e
bem-aventurados também os
perseguidos por causa da Justiça
(Mt 5,6.10). Mais ainda: “todas
as coisas nos serão dadas
por acréscimo” se procurarmos,
antes de tudo, o Reino de Deus e
a sua justiça (Mt 6,33). Mais ainda:
Na Campanha da Fraternidade
deste ano, o lema, extraído
do livro de Isaías, proclama
que “a Paz é fruto da Justiça” (Is
32,17). E o Livro “da Sabedoria”,
escrito no final do Antigo Testamento,
começa com esta grave
interpelação aos que detêm o
poder: Amai a Justiça, vós todos
que governais a terra! (Sb 1,1).
Nesse sentido, agradou a Deus
o pedido do jovem rei Salomão,
que suplicou por Sabedoria, para
Conhecendo Conhecendo o o livro livro dos dos Salmos Salmos (15)
(15)
Salmos 26(25): Faze-me Justiça!
praticar a Justiça (1Rs 3,10; cf a
“oração de Salomão” no capítulo
9º do já mencionado Livro da
Sabedoria). Afinal, segundo o profeta
Jeremias (Jr 22,16), o que é
“conhecer a Deus”, senão “praticar
a Justiça”? Aqui, no salmo, a
“justiça” que o salmista pede é a
preservação do seu próprio direito,
o reconhecimento da sua integridade
e, afinal, a proteção divina,
pois ele “caminhou”, isto é,
agiu, com retidão e, por isso mesmo,
“confia no Senhor” (v.1)
Examina-me, Senhor!
2. Examina-me, Senhor, / e
põe-me à prova, Purifica no fogo
meu íntimo / e meu coração.
Aparece aqui a imagem do
fundidor, que depura os metais
ao fogo. O salmista pede que
Deus, como um fundidor, lhe examine
os “rins”, isto é, na linguagem
bíblica, a intimidade do seu
ser, seus afetos ou paixões, e o
“coração”, isto é, seus pensamentos,
enfim, sua consciência.
Tua bondade
3. Tua bondade está diante
dos meus olhos, / e na tua
verdade tenho caminhado.
Neste versículo, num
paralelismo típico da poesia bíblica,
encontramos os dois atributos
divinos que constituem a essência
de Deus, segundo Ex 34,6:
Deus é rico em amor e fidelidade,
ou seja, na tradução grega,
em “misericórdia”/”graça” e
“verdade” (cf Jo 1,14: Jesus, a
Palavra do Pai, “cheio de graça e
verdade”). Ora , essa “bondade”
do Senhor, em hebraico hesed, é
tão importante, que Ele a prefere
a “todos os holocaustos e sacrifícios”,
segundo a sábia interpretação
do escriba que interrogou
Jesus sobre o “primeiro mandamento”
e inspirou-se em Oséias
6,6: É a bondade que eu quero, e
não animais sacrificados... (cf Mc
12,33)
Dize-me com
quem andas
4. Não estou na companhia
dos falsos, / nem ando com
gente mentirosa.
5. Odeio a aliança dos malvados,
/ não fico no meio dos
ímpios.
Comprovando sua inocência,
o salmista insiste em que nada
tem a ver com os falsos, os mentirosos,
os malvados, os ímpios.
Nesse sentido, ele observa o que
aconselha o primeiro salmo: Feliz
quem não segue o conselho
dos ímpios, não anda pelo caminho
dos pecadores, não toma
parte nas reuniões dos zombadores,
mas na Lei do Senhor encontra
sua alegria, e nela medita
dia e noite (Sl 1,1-2)
Lavo minhas mãos
6. Lavo na inocência as minhas
mãos / e rodeio teu altar,
ó Senhor,
7. para fazer ressoar vozes
de louvor / e para narrar todas
as tuas maravilhas.
8. Senhor, gosto da casa
onde moras / e do lugar onde
reside a tua glória.
O judeu piedoso, ao lavar as
mãos antes da oração, pronuncia
a “bênção” que se encontra
no ritual da Ceia Pascal: “Bendito
sejas tu, Adonai, nosso Deus,
Rei do universo, que nos santificaste
com os teus mandamentos
e nos ensinaste o ritual de lavar
as mãos”. Ainda hoje, o que preside
à Eucaristia, depois de apresentar
as ofertas, lava as mãos e
diz: “Lavai-me, Senhor, das minhas
faltas; purificai-me dos
meus pecados”. Evidentemente,
nem sempre o “lavar as mãos”
garante a inocência, como o comprova
o gesto de Pilatos, tentando
descomprometer-se da culpa
da condenação de Jesus (cf Mt
27,24). Logo depois dessa declaração
ritual de inocência, o
salmista desdobra-se em exaltar
o “altar do Senhor”, a “casa”
onde Ele “mora”, o “lugar” onde
reside a sua “glória”. Falando em
“glória”, notar que não se trata
apenas de algum resplendor divino,
mas da sua presença
salvadora ativa, como a que se
revelou na pessoa de Jesus. É por
isso que João, no seu evangelho,
atesta que nele, no Senhor Jesus,
nós vimos, e vemos, a glória do
Pai (cf Jo 1,14).
Não me arrastes
9. Não me arrastes junto
com os pecadores, / não destruas
minha vida com os sanguinários.
10. Pois nas mãos deles
está a perfídia, / sua mão direita
está cheia de subornos.
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Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
Após a reiteração de sua inocência,
o salmista recorda-se de
novo dos que o acusam e perseguem
e suplica que Deus não o
abandone, “não o arraste junto
com os pecadores”, não o entregue
á mercê dos “sanguinários”,
pois nas mãos deles está a perfídia,
o perjúrio, a calúnia, e a “mão
direita” deles está “cheia de subornos”,
com os quais corrompem
os juízes...
Meu caminho é reto
11. Porém, meu caminho é
reto: / resgata-me e tem misericórdia.
12. Meu pé se apoia em
terra plana; / nas assembleias
bendirei o Senhor.
Concluindo sua oração, o
salmista reafirma a “retidão” do
seu “caminho”, isto é, da sua
maneira de viver. Pede novamente
que o Senhor o “resgate”, isto
é, o liberte, e dele tenha compaixão.
Exprime confiante certeza de
que é em “terra firme” que ele se
apoia. Por isso também termina,
prometendo: “Nas assembleias
bendirei o Senhor” (v. 12).
Cristo no salmo
Como rezar salmo de súplica,
de um inocente acusado, se eu
não me encontro nessa circunstância?
Aqui, como em todos os
salmos, devo rezar como Cristo,
e com Cristo, Cabeça e Corpo,
como repetidamente nos adverte
Santo Agostinho. Faço parte
desse Corpo, cuja Cabeça é Cristo,
e cujo Corpo também é Cristo:
todos os seus irmãos e irmãs,
unidos a Ele pelo mesmo Batismo.
Muitos, diariamente, estão
nessa situação. Por eles e com
eles é que devo orar. Também
este salmo.
Pe. e. Ne Ney Ne y Brasil Brasil P PPereira
P Pereira
ereira
Professor de Exegese Bíblica no ITESC
email: ney.brasil@itesc.org.br
Para Para Para refletir: refletir:
refletir:
1) 1) De que “justiça” se trata?
2) 2) Que sabe dos dois atributos
essenciais de
Deus: sua bondade e verdade?
3) 3) Sem farisaísmo, quais
são as minhas companhias?
4) 4) Que significa “lavar as
mãos”?
5) Como rezar os salmos?
este salmo?

Jornal da Arquidiocese Maio 2009
A Pastoral da Juventude vem
realizando a Caravana da Pastoral
da Juventude, que são visitas
às comarcas, através de reuniões
com coordenadores de grupos
de jovens. A primeira etapa
aconteceu em março, com a visita
das comarcas da Ilha, São
José e Estreito.
Em abril, foi a vez de nos reunirmos
com os jovens das
comarcas de Biguaçu e Santo
Amaro da Imperatriz. No dia 18
de abril, a reunião aconteceu na
Paróquia São João Evangelista,
Biguaçu. Cerca de 20 jovens da
comarca participaram da reunião,
onde foram tratados assuntos
da caminhada pastoral e da
realidade das paróquias. No dia
19 de abril, a reunião aconteceu
na Paróquia Nossa Senhora da
Imaculada Conceição, em Angelina.
Mais de 20 jovens também
participaram da reunião, que teve
Juventude
Segunda etapa da Caravana da PJ
Batendo Batendo um um papo papo sobre...
sobre...
Caravana da PJ na Comarca de Santo Amaro da Imperatriz
como foco a necessidade de materiais
para se trabalhar com o
grupo de jovens.
Em maio, estaremos na
Comarca de Brusque (16/05, às
15h, na Paróquia São Luiz
Gonzaga, Brusque); Comarca de
Itajaí (17/05, às 14h, na Paróquia
Santíssimo Sacramento,
Itajaí) e Comarca de Tijucas (17/
05, às 16h, na Paróquia São Sebastião,
Tijucas).
Assembleia da Pastoral da Juventude
O O q qque
q ue é é Assembleia?
Assembleia?
Assembleia Assembleia é é o o o conjunt conjunto conjunt o de de rere-
presentant presentantes presentant es de de uma uma comunicomuni-
dade, dade, q qque
q ue possuem possuem poderes poderes
poderes
de de decisão. decisão. É É uma uma f fferramen
f erramen
ta ta ta da da da democracia democracia democracia dire direta, dire direta,
ta, em
em
que ue a a a população população decide decide decide mesmes-
mo, mo, tttendo
tt
endo representant
representantes
representant es
cons cons constituídos.
cons tituídos.
A Assembleia da Pastoral da
Juventude será o momento em
que jovens representantes de
cada paróquia se reunirão para
juntos avaliar a caminhada pas-
Formação
Formação
O grupo de base (8 a 20 participantes)
proporciona uma melhor
participação, amizade e partilha
de vida, incentiva o trabalho
de cada um e favorece a formação
integral do jovem. A formação
acontece através de todas as atividades:
trabalho, namoro, festa,
estudo. Tudo tem que andar junto,
contribuindo para o jovem
crescer e ser feliz.
No grupo, há momentos em
que os jovens gostam de falar de
toral da juventude na Arquidiocese
de Florianópolis e juntos construir
o projeto de pastoral do triênio
2009-2011.
Para isto, estamos realizando
a preparação para a Assembleia,
por meio de um material que está
sendo distribuído para os grupos
de jovens. Nesse material, apresentamos
um questionário, em
que os grupos poderão dizer qual
a sua realidade, suas dificuldades,
suas ideias e sugestões para
a Pastoral da Juventude. Esse
material deve ser enviado até o dia
Dimensões da Formação
si, de sua família, do trabalho,
da escola, do lazer. Depois já
estão preocupados com a comunidade
e seus problemas, no
compromisso com a mudança
da sociedade. Por isso, uma formação
integral apresenta a necessidade
de uma pedagogia
que engloba a vida toda do jovem,
que atenda:
a dimensão afetiva, ajudando
a ser pessoa;
31 de junho.
A assembleia vai acontecer
nos dias 19, 20 e 21 de junho, e
será composta por dois jovens
de cada paróquia. Desde já as
paróquias podem enviar para
pjuv@ar pjuv@ar pjuv@arquifln.org.br
pjuv@ar pjuv@ar uifln.org.br o nome dos
dois jovens que participarão da
Assembleia da Pastoral da Juventude.
Este é o momento de
avaliarmos, pensarmos e planejarmos
juntos a caminhada da
Pastoral da Juventude. Contamos
com a presença de todas as
paróquias.
a dimensão social, integrando
o jovem no grupo e na comunidade;
a dimensão espiritual, ajudando
a crescer na fé;
a dimensão política, desenvolvendo
o senso crítico e ajudando
a tornar-se sujeito transformador
da história;
a dimensão técnica, capacitando
para a liderança, planejamento
e organização participativos.
Divulgação/JA
Nada Nada se se cria...
cria...
Jovens participam da Mariápolis
A Mariápolis 2009 contou
com a presença de muitos jovens
e adolescentes, vindos de várias
cidades de Santa Catarina e até
de outros Estados, como Paraná
e Rio Grande do Sul. A participação
dos jovens contribuiu muito,
para que a “Cidade de Maria” se
tornasse mais alegre e viva, testemunhando
um pequeno esboço
de uma sociedade nova.
Foram dias de intensa convivência
fraterna, um mergulho na
Espiritualidade da Unidade,
carisma que anima o Movimento
dos Focolares. Através da me-
Nossa vida é feita de ligações.
Somos ligados, desde nossa concepção,
a Deus e aos nossos familiares.
Crescemos com a necessidade
de nos ligarmos a amigos, trabalhos,
carreiras, estudos, projetos, sentimentos,
religiosidade e espiritualidade.
Cada um destes destinos possui
infinitas formas de ligação, mas
o importante é se ligar. Inventamos
formas de ligações através das
tecnologias de cada tempo. Passamos
por muitas outras tecnologias
da informação. Hoje mandamos emails,
acessamos o Orkut, conversamos
pelo MSN, Gtalk ou Skype,
partilhamos cada segundo no
facebook, twitter ou nos Blogs, vemos
as fotos no flickr, no picasa ou
em outros sites específicos, mandamos
SMS, ou MMS pelo celular,
partilhamos e nos divertimos com
os jogos em lanhouses, on-line ou
móbiles, trocamos ringtones e ouvimos
mp3 em qualquer lugar, vemos,
criamos e partilhamos vídeos
no youtube.
Existe um mundo virtual, independente
de querermos ou não
entrar nele. Lá existe tanta futilidade
quanto no mundo real, mas também
existem muitas riquezas, e,
assim como em nossas vidas, devemos
ser e buscar o mesmo, sendo
autênticos, alegres, criativos e
católicos. Pois este “mundo virtual”
também é real, mesmo não sendo
palpável, ele existe, assim como
nossos amigos virtuais, que, apesar
de não poder tocar, estão lá e
são de verdade. A virtualidade é
apenas um canal, e não um “mundo
imaginário”.
Os engenheiros em TI
(Tecnologia da Informação) trabalham
bastante para transformar
ditação sobre Deus Amor, a Sabedoria
e a Palavra, e de partilha
em pequenos e também no
grande grupo, puderam fazer um
encontro profundo com Deus e
com os irmãos e irmãs. Foi possível
experimentar o mundo fraterno,
vivendo o Evangelho, sendo
o Amor.
Os jovens descobriram o valor
da unidade experimentada
pela presença de Jesus no meio
(“onde dois ou mais” - Mt 18,20),
e partiram com o desejo de levar
esta vida de amor fraterno para
as pessoas do seu convívio.
Jesusabilidade: quem não se liga, fica ...
toda a complexidade das linguagens
de programação em utilitários
práticos, leves, de fácil acesso e
utilização aos usuários. Chamamos
isso de Usabilidade, ou seja, aquilo
que era difícil e complicado se torna
útil, prático e fácil de usar. Na
usabilidade o foco é o usuário.
É aí que entra a Jesusabilidade,
termo usado para definir a
facilidade com que as pessoas podem
empregar uma ferramenta ou
objeto, a fim de realizar uma tarefa
especificamente católica, que vise
à formação ou informação do cristão.
É referir-se a Jesus na simplicidade
e facilidade com que se usam
as novas tecnologias de comunicação
ou produtos de transferência
de conhecimento católicos que visem
a evangelizar, integrar, formar
ou aprofundar a fé dos cristãos.
Podemos dizer que Jesusabilidade
é um padrão cristão de fazer as
coisas na área da comunicação.
A Igreja está se adaptando à
modernidade e aos novos tempos,
como afirma Dom José Antonio Aparecido
Tosi, Arcebispo de Fortaleza
(CE): “De repente, os jovens perceberam
que aquilo que se usa para
chat, torpedo, mil e uma coisas, serve
também para a gente rezar, estar
em comunhão com os outros, para
coisas importantíssimas de nossa
vida cristã. São instrumentos que vão
se mostrando muito bons para fazer
o que o Evangelho diz sempre: ‘Ide
por todo o mundo e anunciai o Evangelho
a toda criatura’ (Marcos 16,15).
Se a gente encontra meios para fazer
isso ser mais fácil, eu acho que
aí começa a servir para todos”.
F FFernando
F ernando Laur Lauro Laur o P PPereira,
P ereira, PJ da
Paróquia Nossa Senhora da Boa
Viagem
7

8 Paróquia
Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
Paróquia Senhor Bom Jesus, em Camboriú
Uma paróquia com menos de um ano e com muitos desafios, mas enfrentados com muito trabalho
A cidade de Camboriú tem uma
população estimada em 60 mil
habitantes. Com o crescimento do
município de Balneário Camboriú,
muitas pessoas vieram de outros
locais, buscando melhores condições
de vida no litoral catarinense.
Pessoas vindas, sobretudo, do oeste
catarinense e do Paraná, que fixaram
residência em Camboriú e
criaram bolsões de pobreza.
Como Balneário Camboriú
vive do turismo, há emprego durante
o verão. Fora da temporada
precisam arrumar outra forma
de subsistirem. Esse é um dos
principais desafios enfrentados
pela paróquia Senhor Bom Jesus,
em Monte Alegre. À frente dos trabalhos
pastorais está o Pe. Flávio
Feler, o pároco, que conta com
o apoio do Diácono Carlos Antônio
Garcia, das Irmãs Catequistas
Franciscanas e das lideranças.
Por ser uma paróquia nova,
com menos de um ano de existência,
há muitos desafios a serem
enfrentados. Um deles é a
evangelização da juventude e a formação
de lideranças jovens. Outro
desafio é a formação catequética.
“É necessário preparar bem os
catequistas frente ao mundo das
opções, da espiritualidade e da
própria violência”, disse Pe. Flávio
Feler. A própria alta natalidade é
um desafio. A reestruturação da
Pastoral da Criança é uma necessidade.
Funcionou bem por um
tempo e agora está reiniciando.
O diálogo ecumênico e interreligioso
é outro desafio. Na paróquia
há 84 ‘igrejas’ de várias denominações
religiosas. É necessária
a união, para que juntas enfrentem
alguns desafios comuns,
sobretudo a violência. Apesar de
todos esses desafios, a paróquia
caminha bem. Há um bom trabalho
com as lideranças, acima de
tudo com os Grupos Bíblicos em
Família, e uma boa caminhada
com as pastorais e movimentos.
GBFs GBFs - -
- A paróquia conta com
32 Grupos Bíblicos em Família,
distribuídos nas cinco comunida-
des. Eles contam com uma coordenação
paroquial e se reúnem
todas as terças-feiras. Uma vez
por mês, uma casa é sorteada
entre as famílias participantes,
para sediar a celebração. Nesse
dia, toda a comunidade se dirige
para a casa sorteada.
Nas enxurradas, ocorridas em
novembro, os GBF se mobilizaram
para ajudar os atingidos. Foi
criada a Campanha da Moeda.
Cada grupo levou um cofrinho e
arrecadou dinheiro, que adquiriu
material de higiene e limpeza.
Também procuraram as autoridades
e pressionaram para que as
28 famílias que perderam suas
casas fossem atendidas.
A comunidade sofre muito
com a violência. Somente neste
ano já foram 19 assassinatos, a
maioria de jovens, e relacionados
com as drogas. O desafio é acolher
os pais que perderam os filhos.
A impunidade é grande. Muitas
vezes sequer há investigação.
Apost Apost Apostolado Apost olado da da Oração Oração - - Criado
em 28 de junho de 1985, o
grupo inicia este ano as comemorações
dos seus 25 anos de criação.
São mais de 100 associados
de todas as comunidades, que se
Construída em 1980, a igreja passou por reformas e ampliação em
1996 já em preparação para se tornar a matriz da paróquia
reúnem todas as sextas-feiras na
Matriz. A novidade é que este ano
iniciou a participação de crianças,
adolescentes e jovens. Já se
tornaram membros efetivos 15
jovens e adolescentes, outros 30
estão realizando os nove encontros
de iniciação e devem receber
a fita de sócios do Apostolado
em setembro.
Mo Moviment Mo viment vimento viment o de de Irmãos Irmãos - - Está
presente em quatro comunidades.
Como a paróquia não dispõe de
Pastoral Familiar, são responsáveis
por preparar os encontros dos
casais em preparação para o matrimônio.
A cada semestre, o Movimento
realiza o Domingo Diferente,
em que casais, em união estável,
noivos ou casais em segunda
união são convidados a participar
de atividades em grupo. Reúnem
mais de 30 casais, que são
convidados a ter uma maior participação
na Igreja.
Trabalho social focado no atendimento emergencial
Como a paróquia é nova, a Ação Social está sendo
estruturada. Assim, como há muitas comunidades
empobrecidas, o trabalho social está focado no atendimento
emergencial. São 180 famílias atendidas mensalmente
com doações de cestas-básicas. Os necessitados
vão até a paróquia e deixam o nome. Depois, os
11 voluntários da ação social fazem a visita e constatam
a deficiência. A partir daí, elas são cadastradas e
recebem uma cesta-básica por três meses. Depois o
caso é reavaliado.
Os alimentos são recebidos através de doações. Na
missa do segundo domingo do mês, a comunidade faz a
doação de um quilo de alimento. O fruto das doações é
distribuído. Também são distribuídas roupas e calçados.
O trabalho é realizado em parceria com a Pastoral
da Saúde, sob a coordenação da Irmã Ana Mondini, da
Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas. A
Pastoral ajuda na visitação e cadastramento das famílias.
Além disso, ensinam as pessoas a utilizar as ervas
Crianças ganham lanche em uma atividade da paróquia
medicinais e o melhor aproveitamento dos alimentos.
Divulgação/JA
Foto/JA
História História - - A primeira capela da
comunidade foi inaugurada no dia
8 de maio de 1977. Na época, Pe.
Sérgio Maykot era o pároco da Paróquia
Divino Espírito Santo, em
Camboriú, à qual a comunidade
estava vinculada. Visionário, percebeu
o crescimento da região e decidiu
pela construção de uma pequena
capela de madeira. A capela
mais próxima era no Tabuleiro,
construída um ano antes. Três
anos depois, a igreja de madeira
começou a ser substituída por uma
de alvenaria, a que está até agora.
Durante a construção da nova
igreja, as celebrações foram realizadas
em uma capelinha de madeira.
Após a conclusão, a capelinha
foi demolida e foi construído
um barracão de madeira para abrigar
as festas e encontros da comunidade.
Por falta de estrutura, até
1990 os encontros de catequese
eram realizados no Colégio Maria
Terezinha Garcia, que ficava ao fundo
da capela, no terreno da igreja.
Em 1993, o barracão foi demolido,
e em seu lugar deu-se início à
construção do salão de festas, com
as salas de catequese e de encontros
no andar superior.
Em 2006, iniciava a preparação
da comunidade para se transformar
em paróquia, trabalho realizado
por um ano e meio pelo Pe.
Flávio Feler. No dia 6 de agosto, às
20h, com celebração presidida
pelo nosso arcebispo Dom Murilo
Krieger, a comunidade foi elevada
a paróquia. Para esse trabalho, foi
construído um local para funcionar
a secretaria paroquial e auditório,
reformado o altar, seguindo as novas
orientações da liturgia, e adquirida
uma casa para funcionar
como residência paroquial.
A paróquia contou com as comunidades:
a igreja matriz Senhor
Bom Jesus, em Monte Alegre; a capela
N.Sra. Aparecida, em Tabuleiro;
Santa Bárbara, em Conde
Vila Verde, vindas da paróquia Divino
Espírito Santo, de Camboriú;
e São Roque, em Canhanduba,
vinda da paróquia São Sebastião,
de Balneário Camboriú.

Jornal da Arquidiocese Maio 2009
Geral
Missa do Crisma é celebrada na Catedral
Celebração reuniu mais de 160 padres e diáconos da Arquidiocese, que renovaram os seus votos
Após quatro anos fora da Catedral,
período no qual ela passou
por restauração, a Missa da Bênção
dos Óleos do Crisma voltou a
ser realizada em seu local de origem.
A celebração, realizada na
manhã do dia 09 de abril, presidida
por nosso arcebispo Dom
Murilo Krieger, contou com a presença
de 126 padres e 42 diáconos
da Arquidiocese, além da
comunidade que lotou a igreja.
No início da celebração, Dom
Murilo lembrou os padres que faleceram
desde a última celebração
do Crisma: Pe. Raul de Souza, falecido
em agosto; Pe. Rogério Groh,
que nos deixou em dezembro; Pe.
Luiz Carlos Rodrigues, falecido no
início deste ano; e Pe. Sérgio
Maykot, falecido em março.
Durante a celebração, os padres
e diáconos fizeram a renovação
dos seus votos, e foram consagrados
os santos óleos (do Crisma,
dos Enfermos e dos Catecúmenos)
que serão utilizados pelas
comunidades no decorrer do ano.
A celebração também marcou
os 150 anos de falecimento do
Santo Cura d’Ars - Pe. João Maria
Batista Vianney, patrono dos párocos.
Como forma de celebrar a
data, Dom Murilo mandou imprimir
e distribuir aos padres a
encíclica “Sacerdotii nostri
primordia”, redigida pelo Papa
João XXIII há 50 anos, para lembrar
aos presbíteros da época a
pessoa desse Cura.
Durante a sua homilia, Dom
Murilo se dirigiu especialmente
aos padres. Falou dos inúmeros
desafios que enfrentam, tanto em
suas atividades pastorais quanto
como pessoas. “O que dará unidade
a uma vida assim, pressionada
por todos os lados?”, perguntou,
e ele mesmo respondeu:
“A Conferência de Aparecida, fazendo
eco ao Concílio Vaticano II,
nos recorda que somente a caridade
pastoral será capaz de dar
unidade à nossa vida (...). Nosso
povo aprecia nossas obras; mas
o que ele mais valoriza é nossa
capacidade de ser bons - bons
como o Bom Pastor”.
Mais Mais f ffotos
f os no no sit site sit
www www.ar www .ar .arquifln.org.br
.ar uifln.org.br uifln.org.br, uifln.org.br , cliq clique cliq ue
em em “Galerias”.
“Galerias”.
Alimentos fora de risco
Paróquia e Vigilância Sanitária se unem para melhorar
a qualidade de alimentos servidos nas festas
Preocupada com a qualidade
dos alimentos servidos em suas
festas, a Paróquia São Luís
Gonzaga firmou parceria com a
Vigilância Sanitária de Brusque.
Através dela, desde abril, os
voluntários(as) que auxiliam nas
festas da paróquia participarão
de palestras sobre os cuidados
no manuseio e preparo dos alimentos
servidos nos eventos.
Apesar de nunca ter havido
qualquer caso de intoxicação alimentar
em festas da paróquia,
através dessa iniciativa se pretende
dar mais qualidade ao serviço
prestado aos fiéis e demonstrar a
preocupação da paróquia com os
alimentos servidos. Os cursos serão
ministrados na semana que
antecede as festas, como forma
de prevenção. A comunidade São
José foi a primeira a receber as
orientações da Vigilância Sanitária,
já que sua festa aconteceu no
terceiro fim de semana de abril.
De acordo com o Pe. Ari João
Erthal, o pároco, a iniciativa partiu
da Vigilância Sanitária e foi
bem acolhida pela comunidade.
“Foi uma ótima ideia. Eles trouxeram
a proposta, que foi aprovada
pelo Conselho Paroquial de
Pastoral”, disse. Segundo ele, todas
as 11 comunidades da paróquia
receberão o curso.
Padres presentes à celebração participam da bênção dos Santos Óleos
Pe. Ney lança CD dedicado a Maria
CD traz composições inéditas e músicas já consagradas
“Com Maria, Mãe de Jesus
- cantos celebrativos”, este é o
título do CD de autoria do Pe.
Ney Brasil Pereira. O lançamento
será realizado no dia 07 de
maio, às 20h, na Catedral de
Florianópolis, com a apresentação
do Coral Santa Cecília. Na
oportunidade, o CD estará sendo
vendido ao preço promocional
de R$ 15,00.
Com composições inéditas e
outras músicas já consagradas,
a obra marca os 50 anos de vida
presbiteral do autor, celebrados
em 2006, a maior parte deles
dedicados à música sacra. Gravado
pelas Paulinas, o CD conta
com 15 composições, a maioria
delas inéditas, oito são
dedicadas a Maria, as demais
ligadas a Cristo e à oração.
“A gravação foi feita a meu
pedido e bem acolhida pelas
Paulinas”, disse Pe. Ney. Ele já
possui vários CDs gravados. Já
perdeu a conta entre
os CDs e K7, sempre
gravados com o Coral
da Catedral e o histórico
órgão de tubos. Em
estúdio, com arranjos
especiais, este foi o
seu primeiro CD.
Após o lançamento,
o CD ainda poderá
ser adquirido na Livraria
Paulus, na Livraria
Catedral ou na Cúria
Metropolitana, através
da Coordenação de
Pastoral.
Foto JA
Ministros da
Palavra participam
de formação
A Escola de Ministérios da
Arquidiocese - EMAR, promoveu
em abril três encontros de
Aprofundamento para o Ministério
da Palavra. Os encontros foram
realizados: na Comarca da
Ilha, no dia 04, na Paróquia Santa
Teresinha do Menino Jesus, em
Florianópolis; na Comarca de
Itajaí, no dia 18, na Paróquia São
Cristóvão, em Cordeiros; e na
Comarca de São José, no dia 25,
na Paróquia Senhor Bom Jesus
de Nazaré, em Palhoça.
O objetivo dos encontros foi
animar, fortalecer e ouvir os
Ministros(as) da Palavra, para um
melhor desempenho de suas atividades.
Os encontros foram divididos
em duas etapas. Na primeira,
os participantes recordaram
as atribuições do ministro(a)
da palavra, de acordo com o seu
Manual do Ministério da Palavra
- EMAR, a necessidade do cultivo
da sua espiritualidade e os passos
a serem dados na preparação
de uma homilia. Na segunda
parte buscou-se alcançar o objetivo
de formação deste ano, o estudo
e aprofundamento da Celebração
da Palavra, também à
mão do livro “Comunicação pela
Homilia - CNBB”.
Os encontros tiveram a assessoria
de Silvia Togneri, a coordenadora
arquidiocesana do Ministério
da Palavra. Segundo ela, nos
encontros foram também elencados
os desafios e alegrias que
se apresentam no desenvolvimento
deste Ministério. “Como
alegrias destacou-se o serviço desempenhado
e a acolhida que recebem
das comunidades. Como
desafios, destacaram a resistência
nas celebrações realizadas
por Ministros(as), melhor formação
da equipe de liturgia, e o
enfrentamento de medos e inseguranças”,
disse Silvia.
9

10 ASA
Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
Capacitação em elaboração de Projetos Sociais
Em uma década de existência na Arquidiocese, Fundo aprovou 97 projetos, beneficiando mais de 100 mil pessoas
A partir da Formação em Políticas
Públicas - Assistência Social,
realizada pela ASA em 2008,
a Rede de Ações Sociais de
Brusque, composta pelas Ações
Sociais Santa Catarina, Dom Joaquim
e São Luis Gonzaga, organizou
e apresentou projeto ao
Fundo Arquidiocesano da Solidariedade
- FAS, para a realização
de uma Oficina de Elaboração de
Projetos e Captação de Recursos.
O Projeto teve como objetivo
possibilitar um envolvimento
maior entre as ações sociais e o
fortalecimento de seus gestores
e voluntários, para avançar no
processo de Reordenamento da
Política de Assistência Social.
Contou com a participação de 15
pessoas e com Assessoria da
socióloga e educadora, Juliana
Grigoli, especialista em Projetos
Sociais.
Lideranças das ações sociais de
Brusque discutem projetos
Construindo
projetos sociais
A Oficina aconteceu em 03
módulos (12 horas); sua metodologia
pautou-se em conceitos e
passos para construção de Projetos
Sociais, incluindo atividades
práticas entre módulos, e discutiu
também possibilidades de parcerias
para os projetos já realizados.
Destacamos que a metodologia
utilizada nesse Projeto proporcionou
um maior envolvimento
dos participantes e uma melhor
relação entre teoria e prática.
Esta iniciativa mostra como é
importante o trabalho articulado
entre as Ações Sociais, através
das Redes Municipais, e as possibilidades
que podem ser criadas
para o fortalecimento dos trabalhos.
Paróquia de Biguaçu realiza Debate sobre CF/2009
No último dia 16 de abril, a
Ação Social São João Evan-gelista
- ASSJE realizou um debate abordando
o tema e lema da CF/
2009: “Fraternidade e Segurança
Pública”, “A paz é fruto da justiça”.
O encontro contou com a
presença de 80 pessoas, reunindo
autoridades municipais, representantes
de entidades e lideranças
pastorais. Pe. José Luiz de
Sousa, pároco e presidente da
Ação Social, que motivou a realização
do evento, fez a abertura
do debate, que seguiu com a coordenação
do Pe Luiz Prim. Os temas
trabalhados foram relacionados
com Segurança: Áreas de periferia,
com Pe Vilson Groh; Policia
Militar, com Major Peres; Polícia
Civil, com Sr. Valter Claudino;
Segurança e Sociedade, com
Volnei Rosalen. O debate foi intenso,
rico em participações e comprometedor.
Um importante momento
para a ASSJE como entidade,
e para nós como cristãos,
de colocar em prática nossa missão
libertadora e de construção
do Reino de Deus.
Em Assembleia Geral Ordinária
realizada no dia 25 de março
de 2009, a Ação Ação Social Social P PPar
P ar aroq ar oq oqui- oqui
ui
al al São São Judas Judas T TTadeu
T adeu elegeu e
empossou sua Diretoria e Conselho
Fiscal para 2009/2011.
Dire Dire Diretoria: Dire Dire oria: oria: Presidente - Pe. Eugênio
Kinceski; Vice-Presidente -
Dileta Gerhardt Kunrath; 1º Secre-
Autoridades da Segurança Pública do Estado estiveram presentes
Com esta atividade assumimos
os desafios: de pensar a
criminalidade em Biguaçu no conjunto
das relações da grande
Florianópolis; de dar uma atenção
aos trabalhos no Presídio Municipal;
de somar forças na luta pela
Defensoria Pública no Estado de
SC; e de articular um segundo momento
de debate, para dinamizar
mais concretamente nossa
ação. A ASSJE vem mostrando
sua atuação mais consciente e
participativa, e continua contando
com a ajuda de todos (as) na
construção de um outro mundo
possível.
Inf Informações Inf Inf ormações na na Secre Secretaria Secre taria
Par ar aroq ar oq oquial oq uial com com Kreize Kreize, Kreize , Assist Assist Assisten- Assist ente
e Social.
Social.
Divulgação/JA
Audiência pela criação
da Defensoria
Pública no Estado
O Movimento Estadual pela
Criação da Defensoria Pública estará
realizando audiências públicas
em todas as regiões do Estado
de Santa Catarina, com o objetivo
principal de debater a necessidade
de criar a Defensoria Pública
em Santa Catarina, sendo
que é o único Estado do Brasil que
não dispõe deste serviço. Uma
delas será no dia 19 de maio, às
9h, na Assembléia Legislativa.
Todos são convidados a participar.
Após as audiências públicas
será realizado um abaixo-assinado
para sua aprovação como Projeto
de Iniciativa Popular, o qual deverá
coletar aproximadamente 45 mil
assinaturas. Segundo Volnei
Rosalen, do Sindicato do Poder
Judiciário de SC e membro da Secretaria
Executiva do Movimento,
“o debate nas audiências públicas
é um momento x político de esclarecimento
da população sobre a
importância desse serviço público
no Estado. Por este motivo, a participação
de toda a população neste
evento é imprescindível”.
Ações Sociais paroquiais elegem nova diretoria
tária - Dalva dos Passos Peixoto;
2º Secretário - Pedro de Alcântara
Freitas; 1º Tesoureiro - José Luiz
dos Santos; 2º Tesoureiro - Geraldo
José Coelho; Relações Públicas
- Rosane Cristina Carmignan. Con- ConConselho selho selho Fiscal: Fiscal: Titulares - Ricardo
José Amaral, Luiz Paulo Querino e
Luiza Teixeira Soares; Suplentes -
Nova diretoria da Paróquia de Biguaçu que atuará nos próximos dois anos
Divulgação/JA
Brigido M. de Farias; Ana Catarina
de Jesus de Souza e Maria
Bernadete da Silva Freitas.
A Assembleia foi também o
momento de prestação de contas
da Diretoria anterior que apresentou
relatório financeiro e das atividades
desenvolvidas no campo
social.
Ação Social de Biguaçu
Em 28/03, a Ação Social São
João Evangelista - Biguaçu realizou
sua Assembleia Ordinária que contou
com a participação de 28 pessoas,
entre associados e voluntários.
Nessa Assembleia, foi ressaltada
a importância deste espaço
e a necessidade que a Ação Social
tem de avançar no processo organizativo,
caminhando junto. Foi dado
destaque para os Projetos que estão
sendo desenvolvidos, como:
Atendimento Emergencial a 165
famílias cadastradas; Grupos Comunitários
(Comunidade da Praia;
Morro da Bina; Jardim Janaína;
Bom Viver; Grupo do Amâncio), tra-
balhos na perspectiva de Geração
de Renda; Atividades com os 19
grupos de idosos e Assessoria para
as Comunidades. Houve também
destaque para o processo de construção
do Plano de Trabalho e Planejamento
da Ação Social, onde, a
partir de um levantamento do diagnóstico
do município, será possível
avaliar as suas necessidades e
rever sua área de atuação e suas
responsabilidades como entidade
de assistência social.
A Diretoria e Conselho Fiscal,
eleitos nessa Assembleia, ficaram
assim constituídos: No No Nova No a Dire Direto- Dire o
ria: ria: Presidente - Pe. José Luis de
Sousa; Vice: Marli Terezinha de
Souza; 1ª Secretária - Carolina
Eduarda Ferreira; 2ª Secretária -
Sandra Aparecida Cardoso; Tesoureiro
- José Geraldo Schlichting;
Vice - Anésio Manoel Cordeiro.
Conselho Conselho Fiscal: Fiscal: Titulares - Israel
Fernandes de Aquino, Nelson
Florêncio e Ivonete Cavichion; Suplentes
- Albertina Machado
Reginal, Salete Martins Cordeiro e
Maria da Graça Carvalho.

Jornal da Arquidiocese Maio 2009
GBF: uma caminhada de compromisso
GBF
Encontros paroquiais visaram a incentivar o trabalho que os animadores realizam em suas comunidades
Nosso objetivo neste ano é
contribuir para o bom funcionamento
dos Grupos Bíblicos em
Família em nível paroquial e
comarcal. Por isso, estaremos
participando de algumas reuniões
de articulação comarcal com
os coordenadores(as) paroquiais;
também dos encontros paroquiais
e comarcais, sempre que possível.
Queremos incentivar e valorizar
ainda mais os trabalhos
que os animadores e animadoras
fazem com alegria nas comunidades
e na paróquia.
Sempre estaremos divulgando
em âmbito arquidiocesano as notícias
dos encontros e as atividades
dos grupos: relatando sua história
de caminhada, sua organização
e os compromissos assumidos
conforme as necessidades
das realidades nas comunidades.
Paróquia de Camboriú
A coordenação dos Grupos
Bíblicos em Família da Paróquia
de São Sebastião - Camboriú reuniu
os animadores e animadoras
em nível paroquial, propondo a
realização, neste ano, de três
encontros de estudo da Palavra
de Deus. O primeiro foi realizado
no inicio do mês de abril.
O encontro foi muito bem conduzido
pela Ir. Luzia Pereira, que
com sua paixão pela Palavra de
Deus deu ênfase à importância
que ela (a Palavra) tem na nossa
vida e no nosso tempo.
Utilizando a dinâmica da Leitura
Orante da Bíblia, aprofundaram
a reflexão da Palavra de
Deus, a partir de alguns textos
bíblicos, principalmente o texto
de São Marcos, capitulo 2,
versículos 1-12: “Vendo a fé que
eles tinham, Jesus disse ao
paralitico: Filho, os teus pecados
estão perdoados! Ao Filho do homem
é dado o poder de perdoar
os pecados na terra”.
A Palavra de Deus refletida
exige compromisso. Os animadores
e animadoras comprometeram-se
a convidar outros membros
dos grupos para participar
no próximo encontro.
Comarca da Ilha
O Encontro Comarcal dos Grupos
Bíblicos em Família da
comarca da Ilha foi realizado na
paróquia de São Francisco Xavier
- Monte Verde, com a participação
de 50 animadores/ animadoras
e membros de grupos.
O encontro foi assessorado
por Moacir Albuquerque, refletindo
a missão dos Grupos Bíblicos
em Família, a partir do Documento
de Aparecida. O tema foi centralizado
no enfoque do discípulo
missionário e do compromisso
no seguimento dos ensinamentos
de Jesus Cristo.
Iniciamos participando da missa
de Ramos da comunidade
onde o encontro foi sediado; no
momento das oferendas, apresentamos
os símbolos da caminhada
dos Grupos Bíblicos em Família.
O encontro foi bem animado
pelo grupo “Jovens em Missão” e
integrantes da banda “Ágape”.
Voltamos para nossas comunidades
motivados e conscientes
do compromisso de levar a Boa
Notícia de Jesus com ternura a
todas as pessoas, especialmente
aos mais necessitados, seguindo
o exemplo de São Paulo, o
grande evangelizador.
Paróquia da Ponte
do Maruim
No último domingo do mês de
abril, na Paróquia São Judas Tadeu
e São João Batista, da Ponte
do Maruim, a coordenação dos
Grupos Bíblicos em Família reuniu-se
com 65 animadores e animadoras
e membros dos grupos
das comunidades, numa manhã
de formação, com o tema: “A Missão
dos GBF, à luz da vivência e
missão do Apóstolo Paulo”.
Ir. Luzia Pereira, assessora do
encontro, conduziu o tema acima
destacado, também à luz do Documento
de Aparecida.
Ressaltou que o Documento
de Aparecida traz uma expressão
muito bonita do sentido de Igreja,
muito importante para nós: “A
Igreja é morada de irmãos e irmãs
e casa dos pobres”. “A Igreja
deve cumprir sua missão, seguindo
os passos de Jesus e adotando
suas atitudes”. Essas palavras
renovam nossas esperanças
e nosso entusiasmo em testemunhar
a missão de Jesus: “O
Espírito do Senhor está sobre
mim, pois ele me ungiu para
anunciar a boa nova aos pobres,
e me enviou para proclamar a libertação...”
(Lc 4, 18).
Continuou sua explanação do
tema, falando que Jesus encontrou
Paulo, chamando-o a uma
mudança radical de sua vida.
Com essa revolução, Paulo se
converte, aceitando a proposta
Um compromisso assumido
Os Grupos Bíblicos em Família
da paróquia de Sant'Ana - Colônia
Sant'Ana, animados pelo
coordenador paroquial Sr. Leonardo
Kallfer, se encontram durante
todo o ano acompanhando
os três tempos do Ano Litúrgico,
conscientes de seu trabalho
de evangelizar nas casas.
Os Grupos Bíblicos em Família
assumem a bela tarefa de visitar
as famílias da comunidade,
levando a Bandeira do Divino nas
casas. Também dão continuidade
à missão de bênção às famílias,
utilizando o material da
“bênção nas casas” do ano centenário,
adaptado ao hoje. Com
esse trabalho de evangelização,
tão necessário nos dias de hoje,
encontraram na comunidade
uma família precisando de ajuda.
Partem para a ação.
A família, constituída de pai,
mãe e quatro filhos, sobrevivia do
trabalho de catadores: papelão,
latinhas... Por circunstâncias da
vida, o pai adoeceu e ficou impos-
de Jesus como seu projeto de
vida. Dali em diante, Paulo diz: “É
Deus na minha vida”, e começa
sua missão em nome de, para e
com Jesus. Por isso, damos graças
a Deus pelo exemplo de vida
do Apóstolo Paulo, que nos anima
e nos encoraja na gratuidade
e na alegria de testemunhar com
fidelidade a proposta do projeto
de vida de Jesus.
Saímos convictos do dever e do
serviço no compromisso de assumir
a missão dos Grupos Bíblicos
em Família, com alegria e perseverança,
como fez Paulo: “Ai de mim,
se não evangelizar” (1Cor 9,16).
Paróquia de Itapema
Na paróquia Santo Antônio -
Itapema , o Pe. Mário Sergio, junto
à coordenação da paróquia,
convidou os animadores e animadoras
dos Grupos Bíblicos em Família
para participarem do encontro
paroquial, com o propósito de
estudar a Missão de Paulo, refletindo
a caminhada dos grupos.
A assessora Silvia Togneri que
conduziu o encontro propôs um
trabalho em grupo, em que se re-
Além dos encontros, GBF auxiliam pessoas empobrecidas da comunidade
sibilitado de trabalhar, precisando
de cuidados especiais. Então o Grupo
Cristo Rei assumiu em beneficio
da família uma campanha de alimentos,
fraldas de adulto (para o
pai doente) e outras necessidades
que possam vir a aparecer. Essa
ação concreta, motivada pelos grupos,
envolveu a comunidade e o Pá-
fletiu sobre as alegrias e os desafios
encontrados nos trabalhos
dos animadores(as) dos GBF.
Foram elencados:
Alegrias: Muitas casas que se
abrem para os GBF; o encontro
com novas famílias; a motivação
da partilha; o resgate de pessoas
que estavam afastadas da Igreja
e da comunidade; a participação
de crianças e jovens; o incentivo
à leitura da Bíblia; o prazer, a alegria
de estar evangelizando, de
estar a serviço.
Desafios: As desculpas em
não querer participar dos grupos
por falta de tempo e por outras atividades,
inclusive por programas
de TV; a acomodação e a pouca
participação dos homens; a falta
de adesão de muitas lideranças;
a dificuldade de encontrar novas
pessoas para animar os GBF e o
sair do ambiente das casas e da
Igreja, comprometendo-se a participar
nos ambientes, como: Câmara
de Vereadores, Conselhos e
outros, buscando os direitos, o
bem comum, as soluções das necessidades
da comunidade.
Em função destas consta-
Centro, Shopping Itaguaçu e Shopping Iguatemi
TUDO EM 5 X SEM JUROS
= Jóias - Relógios - Óculos =
= Diversas Marcas =
Florianópolis -
Santa Catarina
roco Pe. Neri J. Hoffmann, que
deu seu apoio e incentivo.
Essa ação conjunta une as
pessoas num só objetivo: auxiliar
a família que hoje passa por
necessidades. Assim, os Grupos
Bíblicos em Família se fortalecem
no seguimento dos
ensinamentos de Jesus Cristo.
11
Divulgação/JA
tações, o encontro teve também
por objetivo fortalecer e animar os
animadores e animadoras à luz da
missão de Paulo e sua equipe.
Lembrando que Paulo encontrou
muitas alegrias em sua missão,
mas também muitos desafios.
Ele fez sua escolha, assumindo
com convicção e fidelidade a
missão, com o objetivo claro de
anunciar Jesus Cristo e formar
comunidades cristãs.
A partir do mandato de Jesus:
“Ide, pois, fazer discípulos entre
todas as nações e ensinai-lhes a
observar tudo o que vos tenho
ordenado” (cf. Mt 28,19-20), Paulo
sai com sua equipe em missão
evangelizadora (Atos 13, 1-3).
Partindo do exemplo de Paulo, os
animadores e animadoras foram
motivados a trabalharem sempre
em equipe e evangelizar constituindo
pequenas comunidades
que vivam em comunhão com a
paróquia e com a Arquidiocese.
Os participantes sentiram-se
agradecidos pelo encontro e também
fortalecidos para desempenhar
com ardor os desafios da
missão.
Fone
(48) 3222-8680

12 Artigos
Miguel Giacca nasceu em
Busca, diocese de Saluzzo, Itália,
em 13 de julho de 1878. Ordenado
presbítero em 28 de dezembro
de 1902, a convite do vigário
de Criciúma, Pe. João Canônico,
da mesma diocese, chegou ao
Brasil em 1908. Seu objetivo:
atender aos imigrantes italianos.
Sua vida foi dedicada ao crescimento
humano e espiritual de
Nova Veneza (Colônia fundada
em 1891). De fevereiro de 1909
a 31 de julho de 1912 foi Capelão-Cura
de Nova Veneza e, de 31
de julho de 1912 a 5 de março
de 1945 pároco de São Marcos
Evangelista, Nova Veneza.
Dedicação contínua
ao rebanho
Foi o primeiro vigário que contribuiu
para o crescimento da comunidade
de Nova Veneza. A primeira
escola foi organizada por ele
já em 1908; ele mesmo lecionava,
quando faltavam professores.
Aqui deveríamos citar as muitas
capelas que ajudou a construir,
a catequese que ministrava,
o cuidado com as crianças através
de escolas paroquiais, as visitas
de desobriga montado a cavalo
ou de charrete. Criou a Sociedade
São Marcos, que tinha,
além de biblioteca, instrução, oficio
religioso e escotismo. O Hospital
São Marcos que surgiu em
1933 foi iniciativa dele. Em novembro
de 1933, anunciou a chegada
de Irmãs para o Hospital, o
que não aconteceria. Para isso já
pedira licença de Capela para
guardar o Santíssimo Sacramento
e celebrar. As Irmãs não vie-
A Campanha da Fraternidade
de 2009 tem fundamento bíblico.
São Paulo diz: "Triunfe em
vossos corações a paz de Cristo".
A paz, quando é buscada e
encontrada, é uma paz positiva
e mais duradoura. O respeito
entre uma pessoa e outra é uma
mediação pacífica. Essa é a paz
positiva, a boa paz. Sabemos
que Fraternidade é ver o outro
como irmão ou irmã com amor,
respeito mútuo, tendo uma postura
pacífica no meio público e
no meio familiar.
O que é um indivíduo pacífico?
É aquele que promove a paz
consigo mesmo e com Deus. Há
quem diga que o meu maior inimigo
sou eu mesmo, ele está
dentro de mim, é a briga da consciência
com o coração. A consciência
é a razão e a Justiça, o coração
é a vontade, o impulso e o
desejo. Portanto, devo procurar
conhecer-me um pouco antes de
Cônego Miguel Giacca e Nova Veneza
ram. Dom Joaquim entrou em
contato com as Irmãzinhas de
Madre Paulina, mas essas não
puderam aceitar a missão. Em
três de março de 1934 sugeriu
ao Pe. Giacca procurar boas jovens
com vocação para enfermeiras,
às quais se daria determinado
hábito e um pequeno e apropriado
regulamento. Uma delas
se especializaria em Hospital na
Capital. Boas vocações não faltariam.
Seria a fundação de uma
congregação paroquial.
Em 1916 inaugurou a nova igreja
matriz de Nova Veneza. Em 1936
sugeriu a Dom Joaquim criar um
Grupo Escolar paroquial de ensino
médio. Motivo: após o primário na
Escola paroquial que fundara em
1908, as crianças da roça tinham
trabalho, mas as da cidade ficavam
ao léu, aprendendo o mau caminho.
Sem esperar autorização, deu
início à construção, concluída em
1937. Promoveu o primeiro Congresso
Eucarístico catarinense, em
1938, e um Congresso Catequístico
em 1941.
Fascismo e anti-fascismo
A política italiana, com o triunfo
de Benito Mussolini, repercutia
nas colônias do sul catarinense.
Elementos ocultos acusam
o Pe. Giacca e um certo
Tibaldeschi de terem organizado
uma campanha antifascista. O
Cônsul de Florianópolis comunica
que Pe. Giacca estaria por trás
da oposição para fundar uma célula
fascista, mas não foi acusado
de inimigo do fascismo. Apenas
tomara o partido de Tibaldelschi
contra as autoridades con-
me transportar para o mundo
exterior.
O que Deus quer do cidadão,
do homem casado, do filho, do
trabalhador e do ser pai ou mãe?
A família é o ambiente privilegiado
para que tenhamos êxito na
formação desse cidadão, qualificando-o
e tornando-o capaz de
viver pacificamente, sendo laborioso,
justo e promotor da paz. Por
isso, essa família deve ser protegida,
devem ser-lhe dadas as condições
para bem educar e encaminhar,
ou devolver, bons filhos
para a sociedade.
Além da família, temos a Escola
para complementar essa formação
de consciência, educação
e aprendizado em geral, que deve
ser uma preparação do indivíduo
voltada para sua inserção na sociedade,
comprometido com
Centenário entenário
Cônego Giacca, um missionário
italiano que muitas constribuições
trouxe para o nosso Estado
sulares (11 de agosto de 1932).
Isso machucou o vigário, que
via seu rebanho dividir-se. Em 26
de julho de 1932, Luiz Lazzarin,
intendente distrital e Presidente
da Comissão do Hospital de Caridade,
escreveu a Dom Joaquim
que permita ao Pe. Giacca descansar
uns três meses, mas não
abandonar Nova Veneza, pela
qual deu a vida, como planejava.
Mas, Pe. Giacca pediu para
ser transferido à diocese de
Lages, e despediu-se “para sempre”
de Nova Veneza, em 19 de
agosto de 1932. Foi nomeado vigário
interino de São Joaquim, na
Serra. Em abaixo-assinado, seus
paroquianos pedem seu retorno.
A saudade do mundo italiano, de
seu rebanho, logo o prostra e
pede a Dom Joaquim para
retornar. E assim, aquele que se
despedira “para sempre”, quatro
meses depois, em dezembro, vol-
Espaço Espaço do do Leitor
Leitor
ta a seu ninho...
A CF-2009 e a Família
valoresx éticos, morais e sociais.
O maior bem existente na família
é o amor. O amor gera paz e
harmonia, é o oposto à violência.
Por isso, o casal, logo que casa,
quer viver o amor. O amor que
solidifica a base da família é a
seiva, é o alimento da formação
do indivíduo no seio familiar, que
nos faz enfrentar os desafios. Só
por amor nos submetemos a
qualquer sacrifício em prol da família
unida. A falta de paz familiar
não está nos outros, mas sim
em cada um de nós. Numa família
desajustada não há essa consciência
de culpa, e o confronto
sempre é iminente por acusações,
agressões, e a paz fica sempre
ameaçada.
A paz é uma luta contínua
contra a soberba, contra o egoísmo
e contra o individualismo
Divulgação/JA
Histórias de Forquilhinha
Um dos espinhos em sua vida
foi sua bem-amada Forquilhinha,
a 18 km. da sede paroquial. Devido
ao incremento da imigração
alemã, seus moradores passaram
a desejar autonomia em relação
a Nova Veneza. Em 1915 foi bento
um cemitério em Forquilhinha
para enterrar alemães. Pe. Giacca
ofendeu-se, pois havia cemitério
a curta distância. Vê maquinação
do Pe. Geraldo Spettmann, SCJ e
do “curialista alemão” (Frei
Evaristo Schürmann), como desprezo
aos brasileiros, italianos e
polacos. “Ninguém vale quanto
um alemão”, escreve.
Em 1935 tem início o movimento
para a criação da paróquia
de Forquilhinha. Pe. Giacca ficou
irritado, pois não queria perder
uma parte “boa” da paróquia. E
diz que os moradores de
Forquilhinha não são alemães
(motivo para ser Paróquia), mas
teuto-brasileiros. Entra a questão
nacional. Em março de 1937,
passando por Forquilhinha, Pe.
Giacca recebeu a apresentação
de um coadjutor com residência
lá, nomeado por Dom Joaquim,
sem lhe comunicar. Pe. Giacca
não gostou: “Ainda mais que o
coadjutor é franciscano, e com
regulares a cousa não é fácil;
muitas vezes até os Snrs. Bispos
e Arceb. são obrigados, tratando
com regulares, a comer a folha”
(capim - carta de 7 de março de
1937). Dom Joaquim confirmou
a nomeação.
Em 1940, Dom Joaquim deci-
exagerado. Essa luta deve ser
travada dentro de cada um, para
que sejamos pessoas pacíficas.
O que acontece numa família
acontece na sociedade. O que o
indivíduo vive na família reflete
lá fora, seu mau humor, desequilíbrio,
agressão, egoísmo,
prepotência ou timidez. Se não
há luta interior, vai haver lutas e
brigas externas.
A paz é tão desejada que até
a última frase que lapidamos no
túmulo de um ente querido é que
“Descanse em paz”. Isso é um
desejo eterno. Quanto menos lutamos
com nós mesmos (razão
e coração), mais lutaremos contra
os outros. Devo interagir com
outros e descobrir o belo, ver o
bonito, o que tem de bom, para
que me sirva de exemplo. Assim
eu crescerei em graça e sabedo-
Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
diu criar a paróquia de Forquilhinha
com nove capelas de Nova
Veneza, que receberia Belluno.
Em outubro, Pe. Miguel Giacca
escreve que isso tornaria Nova
Veneza inviável. Sugere quatro:
Forquilhinha, Santa Rosa, Santa
Ana e Santa Bárbara. Em 19 de
outubro, Dom Joaquim expõe que
seu projeto é fazer de Forquilhinha,
com os Franciscanos, um
grande centro missionário para a
irradiação das Missões populares.
Pe. Giacca se resigna e, em
19 de novembro, expõe sua dor
da perda de um povo que educou
e evangelizou, e também pela
queda de receita.
Na paz do Senhor
Em abril de 1939, Pe. Giacca
fraturou uma perna. Convalesceu
em Orleans. Após seis meses não
estava recuperado e pediu um
coadjutor permanente ou um sucessor.
Recebeu a ajuda dos padres
de Forquilhinha e Criciúma.
Sua saúde enfraquecia, mas não
seu zelo pastoral. Não era idoso,
mas o trabalho o consumira. Em
fevereiro de 1945, adoeceu de
modo grave. Não resistiu, e Deus
o chama em seis de março: 67
anos incompletos, 43 de padre,
36 no Brasil. Cônego Honorário
do Cabido Metropolitano de
Florianópolis (21-12-1940) pelos
serviços prestados, Pe. Miguel
Giacca formou um povo verdadeiramente
católico, e de sua Nova
Veneza surgiram outros municípios
e paróquias que conservaram
seu espírito e mensagem.
Pe. e. e. José José Ar Artulino Ar Artulino
tulino Besen Besen
Besen
ria e serei um indivíduo bom na
sociedade. Não posso tirar um
cisco do olho do outro, se o meu
olho não enxerga de tantos problemas
que tenho.
Devo enxergar as pessoas
com os olhos de Cristo, que é um
olhar pacífico, de compaixão, de
amor, de bondade, de mansidão
e de esperança. Precisamos descobrir
o rosto de Cristo em casa,
no relacionamento familiar, na
maneira de tratar o cônjuge e os
filhos. Não devemos viver com
sentimento de culpa, devemos
nos sentir livres, alegres, com
mansidão, com muita doçura.
Termino dizendo: O perdão é
a cura de todos os males contra
a paz. Só o perdão nos cura, nos
livra de sofrimentos e harmoniza
nossos lares.
Nest Nest Nestor Nest Nestor
or Almir Almir Almiro Almir Almir o F FFett
F tt tter tter
er er, er
Setor Formação da Pastoral Familiar
- Regional Sul 4

Jornal da Arquidiocese Maio 2009
Na China, onde a Igreja Católica,
há 50 anos, vive em condições
de semi-clandestinidade,
milhões de pessoas são detidas,
torturadas e exploradas em
Laogai, modernos campos de
concentração, onde são obrigadas
a trabalhar, em condições de
absoluta prostração física e moral,
16 horas por dia, para fabricar
produtos para o regime comunista
chinês.
Nos Laogais estão presos dissidentes
do regime (políticos e
civis) e todo tipo de religiosos
(monges tibetanos, bispos católicos,
pastores protestantes...),
assim como delinquentes comuns.
Dessa forma, o regime de
Pequim oprime os dissidentes
políticos e consegue mão de obra
gratuita.
As condições de vida dos bispos
católicos que querem conti-
China: a perseguição continua
A Fundação Lepanto, em 1º de abril passado,
organizou uma conferência, em Roma, sobre a
perseguição dos cristãos na China. Apresento nesta
página missionária algumas revelações que o Pe.
Bernardo Cervellera - PIME fez em sua exposição.
O cardeal Pell assegurou que,
depois deste evento, em um país
com apenas 27,8% de católicos,
“muitos viram a Igreja Católica
em Sydney com um olhar diferente
e ficaram gratamente surpresos
por encontrar milhares de jovens
tão entusiastas e felizes, vi-
nuar sendo fiéis ao Papa são particularmente
alarmantes: a obediência
“espiritual” de um cidadão
chinês a um estado estrangeiro
(a Santa Sé) é considerada
uma traição à pátria e castigada
com penas muito severas. Numerosos
bispos desapareceram durante
décadas e não se teve mais
notícias. O mais provável é que
muitos deles tenham sofrido uma
morte violenta e que se tenham
queimado imediatamente seus
corpos para ocultar qualquer rastro
do delito.
Contudo, afirma Pe. Cervellera,
no horizonte parece surgir
ainda a esperança, pois nos
últimos anos, diante desta situação
de perseguição, ou talvez
devido a ela, produziu-se um “impressionante
renascimento religioso”
que encheu as igrejas
mais do que nunca.
O impacto do JMJ
O que ficou da Jornada Mundial
da Juventude na Austrália?
vendo em amizade e oração. Isso
fez com que muitos vissem Cristo
sob uma nova luz”. “Muitos grupos
étnicos das paróquias”, afirmou
o cardeal, “já começaram a
arrecadar fundos para participar
da Jornada Mundial da Juventude
de Madri em 2011”.
Jovens da Espanha recebem a cruz da Jornada Mundial da Juventude
Mulheres chinesas rezam em templo católico em seu país
Testemunho de
Missionaridade
Após a tragédia do terremoto
de Aquila-Itália, um dos fatores
que mais impressionou o
povo foi o grande número de
pessoas que voluntariamente,
e sem medir esforços, se dispuseram
para socorrer.
Fabio Grilli: “Deixei minha esposa
e minha filha Benedita de
um ano para viver minha páscoa
aqui com esta gente". "Vejo tristeza
e desespero, mas também
muita vontade de recomeçar
com a calma e tranqüilidade
que às vezes parece irreal diante
do que aconteceu. São pessoas
que lutaram toda uma vida
pra ter o que é seu e, em 20
segundos, tudo vai pelos ares”.
A força que essas pessoas
nos dão é incrível. Aquilo que lamentamos
no dia-a-dia passa a
um segundo plano. Sinto como
se voltássemos a um passado
onde a amizade era cultivada
como um valor. No meio de todas
estas tendas se fala de vizi-
Secre Secretaria Secre Secre taria taria: taria Olindamir Olindamir Olindamir - fone
(48) 3324-0970 - e-mail
olindamir@y
olindamir@yahoo.com.br
olindamir@y ahoo.com.br
Infância Infância e e adolescência
adolescência
adolescência
Missionária Missionária: Missionária Dalva (48) 8411-
3896;
nhança. É um pequeno bairro
onde todos se ajudam, passam
seu sabão, toalhas, dividem alimento
e tudo mais. Tornou-se
uma pequena vila perdida dos
anos 20. E esta é a força que
nos mantém de pé. Não seria
mau se pudéssemos retomar os
valores perdidos que este tempo
nos brindou!
Loiri Lazzarotto, irmã brasileira,
também foi celebrar a memória
da Paixão de Jesus projetada
na paixão do povo de Abruzzo. Eis
o seu testemunho: “Para mim,
mesmo sem poder fazer muita
coisa, foi um pequeno sinal de
solidariedade poder estar com
esta multidão sofrida. Fiquei muito
tocada pelo testemunho dos
voluntários. Ver jovens e casais
passando páscoa fora, perdendo
noção de dias, a serviço do
povo que está sofrendo, foi impressionante.
Esta preocupação
com o outro é um forte sinal do
compromisso cristão de tantos
leigos e leigas”.
Telefones dos responsáveis do COMIDI:
Animação Animação Animação v vvocacional
v ocacionalMisMis- sionária sionária - Pe e Gianfranco Gianfranco Vianello
Vianello
47/3351-7641 - e-mail
vianello.gianfranco@pime.org
vianello.gianfranco@pime.org
vianello.gianfranco@pime.org
Missão Missão Jo Jovem Jo em em: em Pe. e. P PPaulo
P aulo (48)
3222-9572.
Missão
13
Da Da Guiné Guiné Bissau
Bissau
Notícias de nossos
missionários no
continente africano
A nossa missionária leiga Célia
B. Sartor, recém-enviada à Guiné
Bissau, nos mandou sua primeira
correspondência da missão.
Caro Pe. Paulo,
Imagino que esteja curioso de
saber notícias daqui. Graças a
Deus, está tudo bem. Tenho facilidade
de me adaptar e já me sinto
em casa. Moro na casa do bispo
com mais três missionários
leigos. Estou estudando criolo, a
língua mais falada aqui.
Dias atrás encontrei o nosso
padre de Florianópolis, Pe. Lúcio
Espíndola. Ele mora 70 Km longe
daqui e está muito feliz! Por enquanto
estou ajudando nas atividades
da diocese. Estou contente
de ter tido coragem de vir pra
cá e poder estar a serviço da missão
em uma terra tão diferente.
Entreguei para o bispo as ajudas
que recebi. Ele quis agradecer a
cada um que colaborou. Quero
também agradecer ao senhor por
todo o estímulo e empolgação
pela minha vinda pra cá. Não tenho
internet, pois seu uso é possível
só na capital Bissau, a
120km daqui. Um grande abraço.
Célia Célia B. B. Sar Sar Sartor Sar Sar or / Missionária
leiga de Fpolis.
Pe. Lúcio está em trabalho missionário
na Guiné-Bissau desde 2006
Atividades Missionárias
16/5 - Formação dos animadores
missionários -
Itapema (Início 08h)
29 a 31/05 - EFAIM nível
I - Criciúma
INFORMAÇÕES com
Dalva: 8411-3896

14 Geral
Pe. Valdir Staehelin
Espírito aventureiro missionário, apesar
de já estar com 74 anos de idade
Aos 72 anos, a maioria das
pessoas já “aposentou as chuteiras”.
Busca tranquilidade e não
quer novos desafios. Mas não foi
isso que fez o Pe. Valdir Staëhelin.
Nessa idade, ele aceitou o desafio
de assumir um trabalho missionário
na Paróquia São José, na
Diocese de Coxim, Mato Grosso do
Sul. Ele aceitou o convite feito por
um conterrâneo seu, Pe. Pedro
Arnoldo Silva, também natural de
São Pedro de Alcântara. Era para
ficar por um ano, mas prolongou
por mais um, atendendo ao apelo
do bispo local. Dois anos em uma
diocese com uma gigantesca extensão
territorial, poucas paróquias
e ainda menos padres.
Hoje, aos 74 anos, ele fala um
pouco sobre essa experiência,
sobre seu espírito aventureiro, sua
experiência anterior (há 30 anos)
na Bahia, sobre o orgulho de saber
um padre em missão estrangeira
e deixa uma mensagem para
aqueles que pensam em realizar
uma experiência missionária.
Jornal Jornal da da Ar Arquidiocese Ar uidiocese - - O senhor
está retornando à Arquidiocese
depois de dois anos na
diocese na Diocese de Coxim, no
Mato Grosso do Sul. Fale-nos um
pouco sobre essa experiência.
Pe. e. e. VV
Valdir VV
aldir aldir - - A diocese de Coxim
é uma imensa região, cuja superfície
abrange em extensão pouco
Criatividade
Existem cerca de 25 mil tipos
de árvores no planeta; depois da
Colômbia, o Brasil é o país com
mais espécies de pássaros catalogadas:
1.822 aves diferentes; as
pétalas de uma rosa nunca são
iguais; cada dia o Pai tinge o céu
de cores belas que não se repetem...
Como o Amor é criativo!
Rotina
É preciso cuidado com certas
rotinas, pois muitas delas, se não
matam o amor, têm o poder de,
pelo menos, engessá-lo. São
Josemaria Escrivá gostava de
aconselhar: “Fujamos da rotina
como do próprio demônio”, e a
qualificava de “abismo, sepulcro”,
armazém de coisas mortas. Ah,
“velha feiticeira” sem vassoura...
Rotina 2
Tudo que é feito com amor não
se torna rotineiro, pois o amor é
criativo. Há trabalhos que cansam
muito, há tarefas que se tornam
enfadonhas, há lavações de pratos
e panelas que são verdadeiro
peso porque são coisas feitas sem
amor. Saiamos da rotina...
mais da metade do Estado de
Santa Catarina (quase 49.000
km²). Formada por nove municípios,
situados quase todos nas bacias
dos rios Taquari, Negro e
Piquiri. A população de toda a
diocese é de 130 mil aproximadamente,
e da cidade de Coxim de
31 mil habitantes. Mais da metade
do município de Coxim abrange
o Pantanal, de sorte que é uma
região belíssima. Na cidade de
Coxim há três paróquias. Eu trabalhei
na de São José, da Catedral,
que é formada por seis comunidades
no perímetro urbano,
mais quatro no interior e outras
tantas fazendas, onde também se
prestava assistência mais esporadicamente.
Coxim é também uma
cidade histórica. De Coxim partiram,
em fevereiro de 1866, os “voluntários
da pátria”. Eram seis mil
homens, tendo como repórter de
guerra o jovem engenheiro e escritor
(tinha apenas 22 anos), Visconde
de Taunay, que se
celebrizou com a “Retirada da Laguna”.
A população de Coxim é formada
por nortistas, paulistas, sulistas,
paraguaios e alguns remanescentes
das tribos bororós e
guaicurus. Também a fauna é
abundante. Foi neste ambiente
que exerci uma grata experiência
missionária, colhendo o que outros
plantaram e refazendo ou
mantendo a fé daquele bom povo
Ébrio
A voz possante de Vicente
Celestino cantava: “Tornei-me um
ébrio, na bebida busco esquecer...”.
A oração da Igreja ressoa
pelos séculos: “Sangue de Cristo,
inebriai-me!”. Lá, para esquecer;
aqui, para lembrar. Que o
Sangue redentor seja aquele que,
bebido, nos dê a Vida, nos fortaleça
na caminhada do dia-a-dia,
nos torne semelhantes Àquele de
quem nos alimentamos!
Servir
Santa Teresa d'Ávila meditava
sobre o pecado quando escreveu:
“Servimos ao demônio com aquilo
que nos dais vós, Senhor!”. O Pai
nos dá os olhos: com eles pecamos
e O ofendemos; Ele nos dá as
mãos: há vezes em que uma e outra
nos levam a machucá-lO; na
Sua bondade, concede-nos a voz:
aqui e ali a usamos para magoar o
irmão, ferir o que se aproxima de
nós, falar mal de quem não gostamos...
Claro que também nos santificamos
com aquilo que o Senhor
nos dá, mas, como somos fracos...
Se Sua força não nos socorresse,
seríamos uns pobres desgraçados.
Pe. Valdir, apesar da idade avançada, um otimista com espírito aventureiro
“Todo padre recém-ordenado deveria
passar por uma experiência
missionária de ao menos um ano”.
tão carente de padres.
JA A - - O senhor saiu daqui com a
expectativa de ficar em missão
por um ano, mas ficou por dois.
Por que decidiu ficar mais esse
tempo lá?
Pe. e. VV
Valdir V aldir - - Foi por solicitação
de Dom Antonino Migliore, bispo
de Coxim. Respondi-lhe que, se
Dom Murilo permitisse, ficaria
mais um ano, dada a carência de
padres, e também porque, apesar
do constante calor, me achava
bem de saúde.
JA A - - O senhor acaba de completar
74 anos. Tinha 72 anos
quando iniciou a missão. Não
teve receio de aceitar um traba-
Retalhos Retalhos do do Cotidiano Cotidiano Carlos Martendal
lho missionário nessa idade?
Pe. e. V VValdir
V aldir - -
- É claro que não sou
mais um garotão, mas minha saúde
e minha experiência de 42
anos de padre davam-me a segurança
de que tudo sairia da melhor
maneira possível. Foi o que
aconteceu. Por outro lado, sou otimista
por natureza e tenho um
certo espírito de aventura.
JA A A - - Essa foi a sua segunda
experiência missionária. Há cerca
de 30 anos realizou trabalho
missionário na Diocese de Barra,
na Bahia. Qual a diferença desses
dois trabalhos missionários?
Pe. e. V VValdir
V Valdir
aldir - -
- Como tenho por
lema sacerdotal: “Estar sempre
pronto para servir”, sentia-me im-
Celebração da Eucaristia durante o 15º CEN, realizado em 2006
Três anos já passaram desde
que celebramos o XV Congresso
Eucarístico Nacional.
Lembremo-nos de que “na Eucaristia
está aquele Jesus que
os pastores encontraram deitado
na manjedoura; aquele Jesus
que Maria e José viram
crescer sob seus olhos; aquele
Jesus que atraía e ensinava as
multidões, que fazia milagres,
que se declarava a luz e a vida
Eucaristia
do mundo, que para nos salvar
morreu na cruz; aquele Jesus
que, ressuscitado, apareceu
aos Apóstolos e em cujas chagas
Tomé pôs o dedo; que subiu
ao céu, está sentado à direita
do Pai e, juntamente com
o Pai, envia aos fiéis o Espírito
Santo! Sempre o mesmo, “ontem,
hoje e por toda a eternidade.”
(Pe. Gabriel de Sta. Maria
Madalena)
Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
Arquivo/JA
Arquivo/JA
pulsionado com o mesmo ardor,
apesar de um certo peso da idade.
A diferença é que no sertão
da Bahia a população é bem mais
pobre e mais homogênea, não
existia tanta mistura de raças,
mas a fé, a fome de Deus, é a
mesma.
JA A - - Desde 2006, o Pe. Lúcio
Espíndola realiza trabalho missionário
na Guiné-Bissau. Essa experiência
pode despertar em nosso
clero o interesse pela missão
ad gentes?
Pe. e. V VValdir
VV
aldir - - Pe. Lucio não deixa
de ser um exemplo que orgulha
a todos nós. Mas, a maior experiência
sempre será a de Cristo
que se doou totalmente por nós.
E o seu mandato imperativo: “Ide
por todo mundo”... não admite
que nos instalemos. A missão é
dinâmica e inquietante, parece
que até faz a gente se renovar.
JA A - - Que mensagem deixa
para as pessoas que pensam em
realizar um trabalho missionário?
Pe. e. V VValdir
V aldir - - Todo ser humano, e
principalmente o padre, sonha com
um ideal. A realidade, no entanto,
nos pesa, nos questiona e nos intimida
e poderá até nos fazer retroceder.
Há o perigo de, tanto aqui
como lá (na missão), a gente se
acomodar. Penso que, se a gente
procurar sofrer com os que sofrem,
chorar com os que choram, alegrarse
com os que se alegram, Isto é,
ser solidário com as pessoas, não
é necessária muita burocracia nem
muita teologia. Aquele que “faz novas
todas as coisas” não deixa sem
rumo e sem ardor a quem procura
ser fiel a sua vocação...
Morada
O jovem padre estava rodeado
de crianças. Então perguntoulhes:
“Onde Deus mora?”. Não
vindo logo a resposta, colocou
uma mão no coração, pôs a outra
sobre esta, e de novo perguntou:
“Onde Deus mora?”. Então
Luísa, cinco aninhos, respondeu:
“Ele mora lá em casa!”. Que resposta,
que belíssima resposta!
Reveladora do ambiente onde a
pequena Luísa morava. Um pedacinho
do céu aqui na terra...
Vento
O vento me despenteia. Meu
cabelo é dócil e deixa-se despentear.
Por que não és assim, minha
alma?
Vento 2
Quando chegas, velho vento
sempre novo, caem primeiro as
folhas que já viveram mais. Caem,
também, as que não estão firmemente
unidas aos ramos. Venha
o sopro do Senhor tirar de mim o
que está velho e não unido a Ele,
venha o Sopro tirar de mim o que
está velho e renovar-me para, então,
produzir frutos!

Jornal da Arquidiocese Maio 2009
Bispos avaliam
vocações sacerdotais
no Brasil
Durante a 47ª Assembleia dos
Bispos do Brasil, realizada entre
os dias 22 de abril e 1º de maio,
em Itaici, São Paulo, os bispos
divulgaram o número de seminaristas
diocesanos no Brasil. No
total, são nove mil candidatos ao
sacerdócio, sem contar os seminários
religiosos. A questão do
número de vocações no país foi
abordada pelos bispos e conta
com a participação de especialistas,
como o responsável pelo
setor vocacional da CNBB, Pe.
Reginaldo de Lima.
O novo documento sobre a
formação presbiteral terá uma
parte dedicada à Pastoral
Vocacional. Contudo, esta missão
deve ser assumida em conjunto
com outras pastorais, como a da
juventude. O responsável pelo
setor da juventude da CNBB, Dom
Eduardo Pinheiro, afirma ser necessária
uma maior ousadia entre
os jovens e adolescentes a fim
de suscitar mais vocações.
Pontifícia Comissão
Bíblica realiza primeira
reunião do ano
A Pontifícia Comissão Bíblica
realizou, nos dias 20 a 24 de
abril, a sua sessão plenária, na
Casa Santa Marta, no Vaticano.
A reunião foi realizada sob a presidência
do Cardeal William Levada,
e o pró-secretário geral,
Padre Klemens Stock, dirigiu os
trabalhos. Trata-se da primeira
reunião da Pontifícia Comissão
Bíblica depois da renovação parcial
de seus membros. Os participantes
debateram o tema: “Inspiração
e verdade da Bíblia”.
Entre os participantes da reunião
está o Pe. Ney Brasil Pereira,
da nossa Arquidiocese. Ele
participa da Comissão desde
2001, quando foi nomeado pela
primeira vez. Na época, Josef
Ratzinger (Bento XVI) presidia à
comissão. Este ano, Pe. Ney foi
renomeado para a comissão.
Dom Orani toma posse como novo
Arcebispo do Rio de Janeiro
O novo arcebispo metropolitano
do Rio de Janeiro, Dom Orani
João Tempesta, tomou posse, no
dia 19 de abril, de suas atividades
no pastoreio da arquidiocese.
A acolhida de Dom Orani foi em
Missa celebrada na Catedral São
Sebastião, com a presença do
Núncio Apostólico, Dom Lorenzo
Baldisseri, os Cardeais do Rio de
Janeiro, Dom Eusébio Scheid e
Dom Eugênio de Araújo Sales, do
clero e fieis do Rio de Janeiro, além
de bispos de outras dioceses e de
muito povo, somando cerca de 20
mil pessoas. Dom Eusébio deu início
à Celebração e acolheu os fieis
presentes e seus irmãos no episcopado.
Em seguida, ocorreu a
leitura da Carta Apostólica do
Papa Bento XVI, que nomeou
Dom Orani como novo arcebispo
do Rio de Janeiro.
Missão do bispo
O Núncio Apostólico, Dom
Lorenzo, leu sua mensagem ao
novo arcebispo e lembrou um pouco
da história do Rio de Janeiro,
uma das sedes episcopais mais
antigas do Brasil. Dom Lorenzo
destacou que a missão de Dom
Orani consiste em “ensinar, santificar
e governar o povo de Deus”.
Junto com Dom Eusébio, Dom
Lorenzo entregou o báculo a Dom
Doação do Papa ajuda construção
de centro médico em Cuba
O centro médico e psico-pedagógico
“A idade de ouro”, em
Havana, Cuba, terá uma nova
sede, dentro de três meses. A
estrutura ampliada foi possível
graças às ofertas da Missa da
Quinta-feira Santa de 2008,
destinada pelo Papa Bento XVI
à obra.
A doação de cerca de 16 mil
euros permitirá a transferência
do centro médico para um novo
complexo, construído nas proximidades
do atual, e a prestação
de serviços de assistência
Dom Orani (esq.) recebe de Dom Eusébio (centro) e Dom Lorenzo o
báculo, símbolizando a tomada de posse da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Orani, simbolizando a entrega da
Arquidiocese em suas mãos. Em
seguida, o novo arcebispo foi saudado
por seus irmãos no episcopado
e presidiu ao restante da
Celebração. Em sua homilia, Dom
Eusébio falou sobre a missão do
bispo, que deve ser “sacramento
da bondade de Deus”.
Mensagem de Dom Orani
Em suas primeiras palavras
como Arcebispo do Rio de Janeiro,
Dom Orani disse que chega na
arquidiocese como cristão, discípulo
de Jesus Cristo, que foi esco-
social a cubanos portadores de
deficiências físicas e mentais.
A obra social, que é de propriedade
do Estado cubano e
gerido pelo Ministério da Saúde,
tem, em sua administração, a
presença das Irmãs Vicentinas,
desde a fundação, em 1914. Segundo
a superiora das religiosas,
Irmã Fara Gónzalez, a nova estrutura
será planejada “para
corresponder às condições físicas
e de saúde dos pacientes do
centro, mas, sobretudo, para garantir
uma adequada qualidade
lhido como apóstolo para anunciar
o Reino de Deus a todos. “Venho
como um cristão que sabe
que toda a terra é sua pátria e não
se sente estrangeiro em nenhum
lugar, mas que, também, caminha
para a Pátria definitiva”, disse.
Refletindo sobre seu lema
“Que todos sejam um”, disse que
é o que pretende vivenciar em todas
as realidades, para que a Igreja,
com suas diversidades de dons
e carismas, na unidade possa
evangelizar, para que o mundo
creia, diante das contrariedades
que hoje afligem a sociedade.
de vida das pessoas ali tratadas”.
A tarefa das Irmãs, que trabalham
com 380 agentes de saúde
e colaboradores, é a de oferecer
um tratamento personalizado
aos pacientes, satisfazendo às
suas necessidades de alimentação,
higiene, afeto, saúde, entretenimento,
atenção psicológica e
espiritual, além de trabalhar na
formação dos funcionários. Atualmente,
o Instituto acolhe 180
pessoas em regime assistencial
de internato, homens e mulheres
com idade entre 3 e 69 anos.
Divulgação/JA
Mundo
15
Exposição na casa
natal do Papa marca
seus 82 anos de vida
O papa completou, no dia 16
de abril, 82 anos, e em vários lugares
do mundo organizam-se comemorações
e eventos. Um deles,
de modo especial, está se realizando
justamente na casa onde nasceu,
em Marktl am Inn, na Baviera,
Alemanha: uma exposição que revela
os aspectos ‘domésticos’ de
Joseph Ratzinger. A mostra é
intitulada “Onde estou verdadeiramente
em casa: a pátria e o papa
Bento XVI”, e é dedicada especificamente
ao significado do conceito
de ‘pátria’ para o pontífice.
A casa natal do papa foi comprada
por uma Fundação logo após
a sua eleição como pontífice, em
abril de 2005, e transformada em
museu. Nesta mostra, os visitantes
podem ver documentos escritos
por ele, além de conhecer episódios
de sua infância.
Estréia documentário
sobre Irmã Dorothy
Desde o dia 17 de abril já está
nos cinemas de São Paulo, Rio de
Janeiro, Brasília e Belém, o
documentário “Mataram Irmã
Dorothy”. O título trata do assassinato
da freira americana Dorothy
Stang, 73 anos, morta com seis tiros,
em 2005, em Anapu, no interior
do Pará. Narrado pelo ator
Wagner Moura e dirigido pelo americano
Daniel Junge, o filme revela
bastidores do controvertido julgamento
dos assassinatos da
missionária americana, que teve
novos desdobramentos na última
terça-feira, quando a justiça anulou
o caso e pediu a prisão de
Vitalmiro Bastos, o Bida, apontado
como suposto mandante do crime.
O longa-metragem, de 94 minutos,
também investiga as razões
da morte da freira, bem como sobre
os verdadeiros mandantes do
crime. Em 2008, “Mataram Irmã
Dorothy” venceu o Prêmio do Público
e Grande Prêmio do Júri no
Festival South by Southwest, recebeu
menção honrosa do júri no FIC
Brasília e participou das seleções
oficiais do Festival do Rio e Mostra
Internacional de São Paulo.

16 Geral
Maio 2009 Jornal da Arquidiocese
Dom José assume a diocese de Blumenau
Celebração realizada no dia 04 de abril marcou a posse de Dom José como segundo bispo da diocese-caçula do Regional Sul IV
A Catedral São Paulo Apóstolo,
em Blumenau, ficou repleta de fieis
e clérigos que, na manhã do dia
quatro de abril, participaram da celebração
que marcou a posse de
Dom José Negri como novo bispo
da diocese. Centenas de padres e
diáconos da Arquidiocese de Florianópolis
e da diocese de Blumenau
participaram da celebração.
Bispos das dioceses do Regional
Sul IV, Regional da CNBB, também
estiveram presentes. Além de outras
autoridades civis e religiosas.
A primeira parte da celebração
foi conduzida pelo Núncio
Apostólico do Brasil, Dom Lorenzo
Baldisseri. Em nome do
Papa, ele fez a leitura da bula de
nomeação de Dom José para a
diocese. Na sequência, Dom
Lorenzo lembrou alguns dados da
biografia de Dom José e lembrou
das suas responsabilidades.
“Como pastor diocesano deve
acolher os fieis e zelar pela administração
da diocese”, disse
Dom Lorenzo.
Em seguida, chamou Dom
Angélico, para que, juntos, fizes-
Mais de 400 vozes de oito
corais da Grande Florianópolis
estiveram reunidos na
sem a entrega do Báculo, símbolo
da entrega da diocese às suas
mãos. Dom José sentou-se na
Cátedra, onde foi saudado pelos
padres membros do Colégio de
Consultores da Diocese.
Unidade com o Clero
Na continuidade, teve início a
Celebração Eucarística, presidida
pelo novo bispo. Em sua homilia,
Dom José fez um agradecimento
a todos, mas em especial a Dom
Angélico, que “acompanhou com
amor e zelo apostólico os primeiros
passos da Diocese de Blumenau,
a caçula do Estado de Santa
Catarina”.
Em suas palavras, Dom José
falou do seu desejo de cultivar a
união com os padres e diáconos,
que trabalharão com ele, além
dos seminaristas, “esperança da
Igreja”, bem como com todo o
povo de Deus, durante o seu ministério.
“Se essa unidade for alimentada,
as vocações aumentarão
sempre mais”, disse.
Em seguida, várias autoridades
fizeram a sua saudação ao novo
Dom José saúda os fiéis que participaram da celebração em que ele
tomou posse como novo bispo de Blumenau
bispo de Blumenau. Dom Murilo
falou em nome do Regional Sul IV
da CNBB. “Alegro-me, Dom José,
com tua presença em nosso Regional
Sul 4. Nós, teus irmãos bispos
deste Regional, queremos nos
unir a ti na proclamação a todos, e
a cada hora: Confiem no Senhor;
coloquem em seu Coração suas
preocupações. Seja nossa força a
certeza que nos dá: 'Basta-te a
minha graça!'”, disse Dom Murilo,
numa referência ao lema de ordenação
de Dom José.
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em em “Galerias”.
“Galerias”.
Conespa reúne oito corais para cantar a Páscoa
noite do dia 15 de abril, na Catedral
de Florianópolis, para participar
da XXIV edição do
Grande coro com 400 vozes encerrou a apresentação na Catedral
Foto JA
CONESPA, o “Concerto Espiritual
da Páscoa”. Após cinco anos,
o concerto voltou a ser realizado
na Catedral, local onde foi lançado
há 24 anos.
O evento foi iniciado com a
apresentação do Coral Santa Cecília
da Catedral. Após a apresentação,
nosso arcebispo Dom Murilo
Krieger dirigiu breves palavras
de elogio ao trabalho de Pe. Ney
Brasil Pereira, regente do Coral
anfitrião e organizador do evento.
Apresentaram-se os corais:
Associação Coral de Florianópolis,
Coral “Encantos”, Coral Lírico
da OSSCA, Coral Cidade de
São José, Coral de Antônio Carlos,
Coral São Sebastião, de Sul do
Rio/Santo Amaro, e “Polyphonia
Chorus”, além do Coral anfitrião.
Cada um deles pôde apresentar
três músicas de canto coral
relacionadas à Páscoa do Senhor,
escolhidas pelos seus
maestros. Após cada apresentação,
os corais receberam um
certificado de participação entregue
pelo Pe. Ney Brasil Pereira
ao regente e presidente do
respectivo coral.
Ao final, todos os coralistas
se uniram diante do altar. Foram
mais de 400 vozes que
cantaram o Aleluia de Haendel,
com acompanhamento de um
quarteto de cordas, e regidos
pelo Pe. Ney.
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“Galerias”.
“Galerias”.
Foto JA
Encontro reúne
padres por geração
Esse foi o primeiro encontro
do ano e reuniu os
padres ordenados até 1995
A Associação Padre Augusto
Zucco - APAZ, em Barreiros, São
José, sediou no dia 14 de abril o
encontro “Encontro Generacional”
dos presbíteros da Arquidiocese.
Durante todo o dia, 21 padres ordenados
a partir de 1995 participaram
de momentos de reflexão e
partilha. Este foi o primeiro encontro
do ano, que pretende reunir os
padres por tempo de ministério.
O encontro foi assessorado
pelo Pe. Luiz Bertotti, vigário da
Catedral, que falou sobre o tema
"A personalidade e a identidade
do presbítero diocesano". Com 52
anos de vida presbiteral, Pe. Luiz
falou que um padre deve agir
como um psicólogo, saber ouvir e
aconselhar. Durante o dia, os participantes
participaram da assessoria
pela manhã, depois foram
divididos em grupos. À tarde, todos
se reuniram para refletir sobre
o que discutiram.
Para o Pe. Celso Antunes
Duarte, ordenado há cinco anos
e pároco de Paulo Lopes, o encontro
foi importante para que os padres
pudessem se conhecer melhor
e expressar suas opiniões e
anseios. "Foi uma ótima oportunidade
para se cultivar a
fraternidade presbiteral", disse.
Este é o segundo ano em que
a formação é realizada. No ano
passado ela foi realizada pela primeira
vez como forma de celebrar
o Centenário da Diocese. Os próximos
encontros serão realizados
no dia 16 de junho, que reunirá
os padres ordenados entre 1980
e 1994, e no dia 07 de julho, com
os padres ordenados entre 1950
e 1979. Todos os encontros terão
a mesma dinâmica e serão realizados
na APAZ.